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*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-07-15

BENZODIAZEPINAS 1992

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ECOLOGIA DAS BENZODIAZEPINAS

15/7/1992 - Passagens de uma entrevista [que me foi] dada por José Andresen Leitão, catedrático da Faculdade de Medicina de Lisboa e membro integrante de várias comissões consultivas sobre medicamentos na Direcção-Geral dos Assuntos Farmacêuticos; além de ser vogal da comissão técnica dos novos medicamentos, preside a duas outras comissões: «medicamentos de venda livre» e «comissão do formulário nacional dos medicamentos».
As declarações de Andresen Leitão a «A Capital» referem-se ao decreto-lei 430/83, posteriormente complementado pelo decreto regulamentar 71/84, documentos que constituem hoje o pano de fundo em que irá inscrever-se, de futuro, toda a política de prevenção e combate à droga:
«Não conheço uma lei tão punitiva desde as de Hitler»
«Este decreto põe nas mãos da polícia um poder inacreditável»
«As benzodiazepinas foram um grande avanço para a saúde pública: diminuíram úlceras, colites, situações de asma, foram benéficas, pois com elas as pessoas recorrem menos aos hospitais...»
«É certo que a OMS recomendou vigilância sobre as benzodiazepinas, é certo que há habituação e viciação mas não tão grave como as drogas fortes.»
«Os tratamentos mais potentes são os mais tóxicos, no sentido de terem acções acessórias potentes. Aliás, tudo é tóxico, até a água se o doente estiver em insuficiência renal [sic]. O medicamento mais anodino pode ser perigoso. O medicamento é sempre uma faca de dois gumes e temos que aceitar isso como uma lei indiscutível
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CIÊNCIA 1978

1-1- 78-07-15-cpt> terça-feira, 26 de Novembro de 2002-scan

AUTOSUFICIÊNCIA IMPLICA SOLUÇÕES ECOLÓGICAS (*)

[15-7-1978] - Alguma literatura contestatária, acusando influência de um certo folclore anarco-comunitário, reclama-se da arquitectura ecológica, do forno solar fabricado à mão, da bicicleta como meio de transporte democrático, etc.
Não é mal intencionada, essa literatura, e há uma bibliografia abundante que já fornece uma verdadeira enciclopédia para o militante radical.
«Manual da Vida Pobre» ou «Manual para os Tempos Difíceis», estamos perante uma verdadeira enciclopédia do militante, tal a abundância bibliográfica já fabricada nomeadamente nos Estados Unidos, na França e na Inglaterra.
Sem rejeitar esses contributos de boa vontade, há que notar, porém, o carácter fragmentário e de solução abstracta, universal, não ecológica, que alguns desses receituários têm.
O importante, nas soluções de vida unitária e comunitária, é que a ciência e a tecnologia nascem de uma prática, que funciona em relação imprescindível com as características do meio biofísico, porque e enquanto funciona numa estratégia de auto suficiência.
A solução abstracta, universal, concentracionária, da ciência ordinária acaba, ao fim e ao resto, por tornar a vida (com) unitária dependente de importações várias, desde o material e as matérias-primas até ao utensílio, ao objecto, ao artefacto, até aos alimentos e ao vestuário.
A lição da ciência popular sobrepõe-se assim à lição que porventura nos possam dar brilhantes «manuais do tempo futuro»; precisamente porque a ciência e a tecnologia populares nasceram de uma necessidade profunda de autosuficiência, a qual imprimia, portanto, às soluções uma inevitável marca ecológica, concreta, local
Falar da civilização do granito é falar dessa intrínseca unidade entre autosuficiência de materiais, ecologia e (ciência ou) tecnologia popular.
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(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado, com este título, no jornal «A Capital», «O Mundo da Ecologia», 15-7-1978

PROSPECTIVA 1979

79-07-15> dl - unideologia

OS SUSTOS QUE ELES NOS PREGAM

15/Julho/1979 - O prognóstico é a arte de aterrorizar o próximo com pouco dinheiro e ter nas mãos (unhas ou garras) o povo incrédulo.
Seja o prognóstico dos tecnocratas, estilo adiposo Herman Khan, que prevê a humanidade afogada em merda (ele diz «poluição»);
seja a bola de vidro dos magos astrólogos que têm as datas de 1983 (astros em linha recta) e 2012 já marcadas para o fim do mundo, respectivamente ensaio geral e estreia.
seja o aviso dos médicos senhores doutores que nos apalpam e diagnosticam gripe mas vão, com um sorrisinho significativo, insinuando que temos o cancro.
seja os meteorologistas que ultimamente têm andado furiosos a prever alterações climáticas drásticas que eles sabem muito bem que são provocadas pelos actuais manipuladores de climas ( precipitação provocada e outras habilidades);
seja os geofísicos iminentes, quer da URSS quer dos EUA, que estão sempre prevendo sismos para as falhas de S. Francisco, Alasca e Lisboa, nos próximos 10 ou... 100 anos, sabendo eles que todas as semanas, ao fim de semana, os rebentamentos subterrâneos, quer na URSS (Semipalantinsk) quer nos EUA (deserto do Nevada), desencadeiam ondas sísmicas que elevam os sismos milhões por ano e os mortos a milhares;
seja ainda o senhor Helmut Schmidt que prevê uma guerra originada na penúria (de petróleo) e consequente corrida ao petróleo, aproveitando a «deixa« para entretanto aconselhar que se acelere o nuclear dos super-regeneradores, alimentados a plutónio;
seja ainda o estratega militar que está sempre a ameaçar-nos com uma guerra nuclear entre a China e a URSS, as quais não hesitariam - diz-se - em acabar de vez com a espécie humana, escusando-se de a continuar debulhando às pinguinhas (com os sismos provocados e outros genocídios ao abrigo da defesa dos direitos do homem), dando assim de vez saída aos recalcamentos e complexos de homosexuais frustrados que são, mais ou menos e segundo a interpretação existencial-psicanalítica de Jean Paul Sartre, todos os donos do Poder (com P).
Não contentes com o terror diário que a sociedade industrial produz e debita sobre o cidadão, consumidor, transeunte, etc., não contente com o presente que dia a dia nos é dado, em alienação, em poluição, em desastres, em explosões, em incêndios, em petroleiros partidos, em centrais nucleares em panne ( e multidões em pânico), em sismos provocados e fabricados no deserto do Nevada e no perímetro do Semipalantisnk, eis que estes tecno-profetas, estes prospectores do futuro, estes adivinhões, estes futurologistas da corda, este vígaro-visionários, estes astro-magos reforçam o terror instalado com o terror avulso das suas antevisões para amanhã e depois.
A prospectiva ecológica, entretanto, vê-se em palpos de aranha para situar os factos no campo do realismo, entre duas utopias: a utopia dos catastrofistas que querem envolver-nos numa guerra de nervos (além de outras) e a dos anjinhos cor-de-rosa para quem tudo é estável e sem crises, para quem o mundo será feliz e contente, prometendo-nos o paraíso tecnológico e consumista, um mundo robotizado de olhinho lúbrico só consumidor e hedonismo.
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CEE 1991

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A EUROCASSETE

15/Julho/1991

A factura dos fundos perdidos da CEE aparece agora, subitamente, sob a forma de «papelada» que os agricultores têm de apresentar para fazerem escoar o que produzem. E são penalizados por produzir. Há 5, 10, 15, 20 anos eram penalizados por não produzir -- esclarece Casqueiro, presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP)-- agora são punidos por produzir. CEE quer acabar com a agricultura, mas um engenheiro da Direcção-Geral da Agricultura diz que há alternativas: comercialização, turismo rural e -- claro! -- onde tudo vai dar, a Floresta, a última a ser dita mas a primeira a ser pensada, já que a intenção última da CEE é induzir os agricultores que ainda restam a deixar-se eucaliptar. Eles, os agrocratas, eurocratas e tecnocratas da CEE já não vêm com pézinhos de lã. Já compraram as consciências que tinham a comprar com os fundos estruturais, podem abrir o jogo e dizer o que querem. Agora já não se pode voltar atrás e desistir dos favores da CEE. Rosnava-se de que a factura havia de chegar. Agora, no concreto, está-se vendo que chegou. Os agricultores gemem, mas é tarde. Têm que preencher mil papéis e são quase analfabetos, mas é tarde. Além de fodidos são humilhados. Os custos humanos da modernização. Eles têm uma expressão idiomática para justificar todas as situações que se sabia haviam de chegar. Têm tudo em cassete. Em eurocassete. As coisas vão acelerar e ninguém sairá impune, a não ser os altos funcionários da Nomenklatura interna, que ajudaram a preparar (mas nem sequer amortecer) o choque. Quem ganha, são os cúmplices, incluindo os cronistas da Imprensa, que tanto ajudaram a lavar cérebros para que tudo isto fosse aceite ... sem gemidos. O grande despotismo do Mercado Único vem aí. E nem sequer vai haver quem tenha capacidade de gemer.
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HOLÍSTICA 1996

telmo-1>+telmo-2> milenio> - 15/Julho/1994

ANUÁRIO HOLÍSTICO PARA O ANO 2000 PORQUÊ?

15/Julho/1996 - Porque às décadas do Corpo, que foram os anos 80 e 90 vai suceder-se, velozmente, a década do Espírito: e é preciso uma revista - mensário ou anuário - que seja porta-voz dessa ponte, dessa passagem entre duas Eras.
- É necessário dar as notícias do mundo que finda e do mundo que vai nascer: nenhuma publicação ainda o faz, neste momento, existem apenas revistas pontuais que enfatizam um outro aspecto do velho mundo, um ou outro aspecto do Novo Mundo
- Trata-se, efectivamente, de anunciar a felicidade a todos os seres humanos e não humanos: daí que haja uma certa urgência, antes que a Humanidade se suicide por desespero de não encontrar saída para o Mundo Velho
- Ninguém melhor do que a Meribérica para avançar com um projecto destes, pois a felicidade é a melhor oferta que se poderá dar aos filhos dos nossos filhos e aos netos dos nossos netos
- Tem este projecto apoio publicitário?
- Não só tem apoio publicitário como sobra: não existe neste momento nenhuma revista que, cobrindo toda a vastidão da área holística, dê saída a toda a vasta gama de produtos e consumos de um mercado em expansão: todo aquele mercado que diz respeito ao culto e à mística do Corpo, mas também aquele mercado que diz respeito ao Culto e à Mística do Espírito, em franco desenvolvimento e expansão, porque as próprias condições cósmicas e a era zodiacal o impõem: não ganhamos nada em contrariar as tendências que convergem no Ano 2000, temos apenas que entender a Lei Cósmica, aprendê-la e sintonizar com ela. Uma revista - mensário ou Anuário - chamada «Terceiro Milénio» poderá perfeitamente corresponder a essas exigência objectiva
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telmo-3> Confidencial - 1

Lisboa, 24/Maio/1994

Telmo Protásio, Meu Prezado Amigo:Tal como o combinado, vou estar aqui na «Teleculinária» para lhe fazer, durante 12 números (12 meses), o «Guia do Consumidor». Aproveitarei a oportunidade para lhe preparar, também, embora ninguém me tenha pedido, a grelha de partida de uma nova revista (mensário ou anuário) que se intitulará «Terceiro Milénio», com o subtítulo «A Revista do Ano 2000» ou «Notícias da Idade de Ouro». A contagem das datas será decrescente, começando no Ano 6 antes do ano 2000, até ao ano zero que será o fim do 2º e o princípio do 3º Milénio. Acho que é o momento de ir pensando nesta data e preparando as duas décadas da Nova Idade de Ouro que se avizinha a passos largos. Ninguém me pediu nada disto, é certo, e o meu amigo vai com certeza ficar surpreendido deste trabalho que lhe quero oferecer. Eu próprio estou surpreendido com a ideia e pergunto-me porque é que ninguém até agora se lembrou dela. Mercado não falta: pululam as actividades que preparam o Novo Advento - desde as ecológicas e holísticas até às esotéricas e espirituais, por vezes em grande confusão. É necessário e urgente separar o trigo do joio, a Esperança do Desespero, coisa em que me considero perito, talvez porque levei a vida a não fazer outra coisa. Neste momento, os sinais de esperança começam a falar mais alto do que as trombetas do Apocalipse, e no entanto ainda poucos deram por isso. Acho que o Telmo é um dos que já deram por isso. Aproveitando o mercado nascente e em expansão que está aí à espera de uma revista «especializada» onde anunciar, é o momento, creio, de oferecer essa revista a esse mercado, pois é o momento de lançar a grande mensagem da Nova Idade de Ouro. Acho que tinha de ser assim. E o «Guia do Consumidor» foi apenas um bom pretexto para chegar até si com esta carta, com este projecto, que me parece irrecusável. Estou trabalhando nele 48 horas por dia... E acho que vou continuar, mesmo que o meu amigo hesite, por agora, em aceitá-lo. Só tenho receio de surgir por aí alguém a fazer isto primeiro do que nós. Porque:
1º - Isto tem de ser feito
2º - Isto vai ser feito
3º - Isto só pode ser feito por si (eu dou uma ajudinha...)
Escusado será dizer que esta mensagem é ultraconfidencial, porque senão, amanhã, aparece nas bancas uma revista futurista e holística do grupo Berardo.
Este projecto não tem nada a ver, embora pareça, com qualquer seita religiosa dessas que anunciam o apocalipse e a forma de salvar as nossas almas... É um tempo de grande confusão, este nosso, e até por isso uma revista poderá ter um papel pedagógico de extrema importância. A pouco e pouco vou-lhe deixando alguns textos preparatórios (e justificativos) do projecto, nomeadamente o «Know how» necessário e apropriado ao caso. Acho que o próximo ano seria óptimo - é o 5º antes do ano zero - Nova Idade de Ouro.
Voltarei a dar-lhe notícias do ano 2000.
Afonso Cautela
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PLATAFORMA 1988

88-07-15> notícias da frente

PLATAFORMA EUROPEIA PARA O AMBIENTE

Este texto inédito deverá ter sido escrito para o projecto que nele se cita: uma colecção chamada «Notícias da Clandestinidade», nome que, por demasiado forte, poderá ter sido substituído por «Colecção dos 100 dias», numa alusão ao governo-relâmpago de Lurdes Pintasilgo, que teve essa duração. A ideia (e situação) de clandestinidade, então vigente, continua curiosamente cada vez mais vigente: e agora, com a lei do acto médico, perfeitamente actual para a classe profissional dos naturoterapeutas. Ou seja: nunca fui, afinal, suficientemente radical, por mais radical que tivesse querido ser. E este país é de facto, o país-canibal de que em 1988, há 10 anos, eu falava. (10/Agosto/1999)

15/Julho/1988 - Após alguns meses, que somaram anos, de silêncio, as edições «Frente Ecológica» voltam a publicar-se, mantendo a sua habitual e astronómica tiragem de 150 exemplares (em média).
Não foi só cansaço e nojo o motivo que levou à suspensão temporária destes cadernos sempre «clandestinos». Foi, principalmente, não haver nada, no horizonte nacional e internacional, que verdadeiramente justificasse e motivasse qualquer militância, incluindo a informativa.
Depois de ter sido derrotada, em Junho(?) de 1986, a candidatura de Maria de Lurdes Pintasilgo, era a Esperança que ficava novamente adiada num país eternamente adiado. E até ver, até que de novo houvesse motivos de esperança, não me parece que valesse a pena «mexer uma palha» neste país entregue à missão sobrehumana e heróica de gerir a mediocridade em todos os sectores e azimutes.
A olhos vistos, a história aqui continuava a apodrecer .
Maria de Lurdes Pintasilgo foi para o Parlamento Europeu e de lá, em Março de 1988, envia de novo para Portugal notícias da esperança, a «Plataforma Europeia para o Ambiente» de que é, com Brice Lalonde e mais dois deputados europeus, um dos quatro primeiros signatários.
Estava lançado o desafio para retomar as edições «Frente Ecológica» e o contributo que, na clandestinidade, tentámos dar, com estas edições , à humanização ecológica deste país-canibal.
Com esta série de cadernos intitulada «Notícias da Clandestinidade» , vamos retomar o diálogo com aqueles poucos franco-atiradores que ainda acreditam na força das ideias, ainda que, como nós, autor e editor, achem também que continuar a ter e a difundir ideias, neste país de idiotas, é a actividade mais idiota que há.
Contributo livre à «Plataforma Europeia para o Ambiente», aqui continuaremos a arquivar aqueles textos que só vindo a ter vigência em finais da década de 90 e proximidades do ano 2000, são por enquanto e naturalmente insusceptíveis de se ver divulgados nos órgãos ditos de comunicação social. São, portanto, clandestinos.
Nada disto é de admirar, pois há textos nossos de há 15 anos (15!), quer inéditos quer publicados, que clandestinos continuam, embora grande parte das ideias e das teses que há vinte anos propomos e pensamos já nos tenha sido largamente surripiada por tudo quanto de verde e melancia se tem instalado no País.
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COSMOS 1993

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93-07-15

Pós-Radiestesia - NOTÍCIAS DOS ASTROS E DA TERRA

-> LEITURAS MORAES PARA AS ESCOLAS
-> NOTÍCIAS DO UNIVERSO
-> TODOS OS MUNDOS NUM SÓ


À ESCALA DO UNIVERSO - A VERTIGEM DOS NÚMEROS

Notícias coleccionadas ao longo dos anos, podem agora, depois da Radiestesia, ser lidas a uma nova luz:

1965 - Nos fins de 1963, registou-se na terra uma gigantesca explosão produzida no Universo há um milhão e meio de anos, quando o nosso planeta se encontrava ainda na era glaciar. O fenómeno verificou-se na Galáxia M-82, que se encontra à distância de 10 milhões de anos-luz de distância, E daí a razão porque a luminosidade produzida pelo estampido tenha demorado tanto tempo para chegar até nós. Observada e fotografada pelo maior telescópio do mundo, em Monte Palomar, na Califórnia, EUA, a explosão desfez o núcleo de milhões de estrelas que constituíam a Galáxia e lançou e lançou no espaço fragmentos que representam o equivalente a cinco milhões de sóis, à velocidade de até 32 milhões de quilómetros por hora. Segundo se anuncia, a M-82, cujo disco achatado tem cerca de 20 mil anos-luz de comprimento, encontra-se ainda em processo de explosão.

13/4/1966 - Buenos Aires - Um astrónomo jesuíta afirmou que o seu observatório, perto desta cidade, observara ontem uma explosão solar com cerca de 50 vezes o volume da Terra. O padre Benito Reina, director do observatório de Adara, de propriedade particular, disse que o dono do estabelecimento, Luis Ferro, vira a explosão às primeiras horas da manhã de ontem. Jactos de chamas espalharam-se para além de 100.000 quilómetros da superfície do Sol. O padre Reina disse ainda que esta fora a quarta mancha solar avistada pelo observatório nos últimos dois meses. A frequência era de surpreender visto que se tinha pensado que o período de 1957 a 1968 fose calmo. O sacerdote relacionou a ocorrência de explosões solares com alterações magnéticas na Terra que, disse, resultavam de tremores de terra, inundações e furacões. Acrescentou que as recentes inundações no nordeste da Argentina poderiam estar ligadas com a actual série de explosões solares.

23/7/1966 - Há várias possibilidades do asteroide Ícaro colidir com a terra, segundo declarou Sir Bernard Lovell, director da estação de rádio astronáutica de Jodrell Bank.

Setembro/1966 - Moscovo - O facto de os dias parecerem agora maiores não é produto da imaginação, segundo afirmam os cientistas russos. Entre 1963 e 1965 os dias aumentaram de 1,6 milésimos de segundo. Os cientistas soviéticos de acordo com um artigo publicado na revista «Zemlya I Vzelennaya», atribuem o fenómeno à deformação da crosta terrestre e à actividade solar. A não uniformidade da rotação da terra em torno do seu eixo é conhecida desde há muito, mas a sua variação média era de um milénio de segundo em cada 120 anos. Os cientistas serviram-se agora de processos electrónicos para a medição do tempo, e os seus cálculos puderam, assim, ser rectificados - diz a revista científica russa.

25/3/1967 - Saint-Malo (França) - Milhares de turistas enchem as praias do norte de França e da zona do canal da Mancha, dispostos a não perderem um espectáculo único: a «baixa mar do século», em que o Oceano vai recuar, em poucas horas, cerca de seis milhas. Esta maré extraordinária deve-se a uma coincidência - uma maré extremamente alta e uma maré extremamente baixa verificadas no mesmo dia.

5/2/1970 - Nova York, 5 - O continente americano sobe e desce em média 30 centímetros duas vezes por dia, acompanhando as marés. Estes resultados foram anunciados por cientistas na Universidade de Columbia. As marés terrestres são provocadas pela força de atracção do Sol e da Lua e pela massa das águas dos oceanos. Este fenómeno já é estudado há cerca de 50 anos mas só há muito pouco tempo é que surgiram instrumentos com a sensibilidade necessária para medir com precisão estes movimentos.

5/8/1972 - Astrónomos federais anunciaram que a Terra será hoje atingida por uma gigantesca «tempestade magnética», quando chegarem ao planeta os efeitos de uma das maiores erupções solares jamais observadas. A tempestade geomagnética provocará o «blackout» nas comunicações pela rádio nas regiões polares. A erupção foi a segunda grande erupção registada na superfície solar em três dias. Segundo Ralph Segman, informador da Administração dos Serviços Oceânicos e Atmosféricos, declarou que a erupção foi uma das cinco maiores observadas até agora, e provocou «uma onda de choque interplanetária de plasma solar ou gases electrificados» que atingem a Terra, despedaçando violentamente o campo magnético do nosso planeta.

30/12/1972 - Washington - Segundo os sábios que estudam há vários meses as fotografias tiradas pela Mariner 9, certos traços do relevo marciano só poderiam ter sido causados pela água. Trata-se de fendas que devem ter sido resultado de uma erosão. O estudo das nuvens feito a partir de fotografias e infravermelhos revela também que contém gotas de água e não bióxido de carbono, o principal dos gases constituintes da atmosfera marciana. Estas conclusões foram apresentadas na assembleia anual da Associação Americana para o Desenvolvimento da Ciência.

31/12/1973 - Londres - É possível que os planetas influenciem as condições atmosféricas terrestres - de acordo com a teoria agora apresentada pelo cientista britânico John Gribbling. A atracção dos planetas - explica - provoca «marés» nos gases que cobrem a superfície do Sol e coincidem com o ciclo de onze anos nas manchas solares que influenciam directamente o clima terrestre, de 179 em 179 anos, os planetas situam-se num lado do Sol, e o efeito da sua atracção combinada sobre a radiação solar poderia ser a causa de um novo ciclo. Este ciclo poderia por sua vez ser a causa da actual seca em certas partes da África, e também das persistentes chuvas na Inglaterra, norte da Europa e Mediterrâneo.

14/7/1983 - Cientistas norte-americanos crêem que o estudo da relação entre a força gravitacional da lua e as marés terrestres pode permitir-lhes futuramente predizer os terramotos em algumas partes do mundo - soube-se agora em Washington. A teoria baseia-se na correlação de movimentos lunares e oceânicos e foi avançada depois de os geólogos Burt Kilston e Leon Knopof terem realizado um estudo sobre as estatísticas da influência exercida pelas marés e a gravitação da lua quando ocorrem simultaneamente.

13/10/1981 - Um cometa chocou há dois anos com o Sol, libertando uma quantidade de calor equivalente a um milhão de bombas de hidrogénio e espalhando destroços seus através de milhões de quilómetros do sistema solar. O registo desta gigantesca explosão, agora divulgada pelo Laboratório Naval de Washington, constitui uma estreia mundial no mundo científico. Nenhum fenómeno semelhante fora efectivamente observado até hoje no espaço.

12/10/1983 - Paris, 12 - Corpo celeste invisível faz vibrar sol e terra - O Sol, e talvez a Terra, vibra sob o efeito de ondas gravitacionais emitidas por Geminga, um corpo celeste que está a menos de 300 anos-luz do Sol e que alguns chamam o «Sol Negro» por invisível. Esta descoberta de pulsações periódicas na superfície solar em ligação com ondas gravitacionais provenientes de Geminga, nas quais o Globo terrestre também se banha, constitui uma prova directa da sua realidade prevista pela teoria einsteiniana. Anunciada ontem pelo Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS), em Paris, esta descoberta é obra de três equipas de investigadores franceses, britânicos e italianos. Vai marcar a história da astrofísica e parece dever favorecer, num futuro imediato, o lançamento de novos meios de estudo.

5/1/1980 - A actividade solar máxima que ocorrerá em 1980 não se distinguirá dos numerosos ciclos precedentes que se repetem, em média, de 11 em 11 anos, afirmou o académico soviético Andrei Severny, chefe do Observatório Astrofísico da Crimeia da Academia de Ciências da URSS.

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Uma enorme mancha solar foi descoberta ontem pelo observatório «Bendandi», de Ravena. A mancha, segundo esclarece o comunicado do observatório, mede mais de cinquenta mil quilómetros de diâmetro, incluindo sombra e penumbra.
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