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*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-01-15

OCEANO 1979

79-01-16>petróleo-6> os dossiês do silêncio

PETRÓLEO: A MORTE DO OCEANO(*)

(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado no jornal «A Capital» (Opiniões Livres), 16/1/1979

16/1/1979 - Como o peixe também deve ter respeitado o limite das nossas águas territoriais, não há nada a temer quanto às consequências que para as pescarias portuguesas pode trazer o recente acidente com o «Andros Patria»: o petroleiro continuava a largar petróleo (até esgotar, possivelmente), mas - garantem as informações oficiais- tudo se passa do lado de lá das nossas águas.
Nesta fronteira, o direito internacional é absolutamente respeitado: nem os peixes passam para o lado de lá, onde está o petróleo, nem o petróleo passa para o lado de cá, onde estão os peixes.
Os ecolegalistas devem estar satisfeitos.

«PODEM POLUIR, MAS LONGE DE NÓS»

A Grã-Bretanha é que mostra não estar nada satisfeita com as costas dela e os petroleiros que não lhe largam o litoral.
Há dias, no programa «Zoom» (terça-feira, 9/1/1978), a Radiotelevisão mostrou um longo filme com as longas queixas das autoridades inglesas contra os longos petroleiros que lhe chafurdam as longas costas.
Contra aqueles que não cumprem as normas internacionais tantas vezes acordados, a fleuma britânica protesta.
Pergunta um telespectador indiscreto: e a British Petroleum?
Ou serão só os «piratas» que se acoitam sob a liberal bandeira da Libéria?
Estados Unidos e Japão também têm feito ouvir protestos. Eles querem igualmente que se cumpram as normas estabelecidas no acordo de 1954, rectificado em 1964.
Mas estas normas entre Estados soberanos e navios-piratas são uma anedota semelhante à da «linha separatória de águas territoriais»: para lá, todo o mundo pode poluir porque é baldio; para cá da linha divisória, está o nosso peixe, as nossas costas, os nossos brios, as nossas praias, a nossa vida. E os nossos queridos turistas que querem águas limpas.
As normas internacionais dos acordos contra a poluição petrolífera dos oceanos são um problema bairrista: poluir sim, todo o mundo pode,. desde que ,longe da nossa casa.

HUMOR E TERROR

Humorístico é que para um problema planetário - o petróleo mata o Oceano e matará em breve a Terra - as medidas tomadas, a estratégia internacional antipoluição e as tácticas, defensivas ou contra-ofensivas, não vão além das áreas interdomésticas das potências que traficam petróleo.
Tudo se passa como se houvesse, para lá das águas territoriais de cada país, uma espécie de «terra de ninguém» marítima, onde seria lícito, aí sim, despejar toda a porcaria que a marinha mercante transporta.
O direito internacional marítimo só diria respeito à casa de cada um, e não ao planeta, de repente tão pequeno para ser o caixote do lixo de tanta nafta derramada.
Depois, os países queixam-se de o problema não ter solução e de que as leis não tenham o poder de fazer «stop» repentino a um processo que - por todas elas - potências petrolíferas- é alimentado, fomentado, multiplicado.
Ao ver o «Zoom» de terça-feira, alguns telespectadores devem ter ficado comovidos. Pobre Grã-Bretanha tão poluída de ramas piratas!... Coitados dos peixes ingleses, que nem nas águas territoriais são poupados! Lá nisso, os portugueses tiveram mais sorte. Bastou uma ordem emanada do Conselho de Ministros, e os peixes todos se puseram a bom recato junto à costa. O «Andros Patria» só derramou para o lado de lá...
O filme da TV informou ainda da grande diferença entre poluição petrolífera de rotina e poluição acidental.
Aquela, de tão crónica, já nem notícia dá. Esta outra, presta-se a grandes especulações jornalísticas e tem direito a estatística.
Desde o «Torrey Canion», há 10 anos, partidinho em dois, foram apenas 190 petroleiros que se abriram e derramaram óleo nos oceanos.
O que, com os detergentes logo a seguir, contribuiu enormemente para as óptimas pescarias verificadas.
Os cientistas estão em vias de provar que os peixes engordam muito com a nafta dos petroleiros e até se lambem. É devido - diz-se - à proteína.
Articulistas bastante proteicos como Edouard Bonnefous, autor do livro eco-reformista «Sauver l'Humain», querem fazer-nos acreditar que há soluções domésticas para este problema planetário, de que as tácticas reformistas virão a ter algum êxito contra este desastre ecológico de amplitude universal que é a vaga crescente dos derrames no oceano.
Segundo os reformistas do tipo Bonnefous, não fora a cupidez de alguns armadores (tão desonestos, os piratas), não fora a «ilegalidade» das companhias que, sob a bandeira da Libéria, se permitem no mar as maiores libertinagens, não fora portanto a má vontade e a irresponsabilidade de alguns celerados, e o problema ambiental do petróleo não existia. Fixada a culpa na maldade de alguns homens, só a malvada natureza, por outro lado, (desencadeando tempestades, partindo cargueiros, arremessando às costas as «marés negras») impede também que o problema já esteja resolvido.
Eis como - por artes dos Boneffous - um problema ecológico-planetário se transforma num problema moral de consciências mais ou menos poluídas ou, então, num problema legal e policial: cumpridas as leis, estaria - segundo este e outros ambientalistas - tudo bem.
Quem tal idealismo ambientalista prega, no entanto, é quem mais dados fornece para demonstrar a irreversibilidade do processo e a impossibilidade de ser algum dia resolvido com medidas reformistas: sermões morais ou ameaças policiais de fiscalizacão e multas.
Entre a vida e o petróleo, a humanidade, terá de escolher.A chatice é que já escolheu o petróleo.

TRÁFEGO DA MORTE OCEÂNICA

Como lembra o próprio Bonnefous, em 1926 o transporte petroleiro mundial não ultrapassava 60 000 000 (sessenta milhões) de toneladas, enquanto em 1976 é de1500000000 (um bilião e quinhentos milhões) de toneladas.
Em 50 anos, a proporção é portanto de 60 para 1500, proporção a que todos chamam progresso.
Mas há mais números: em 1953, 1570 petroleiros podiam transportar 16 600 000 (dezasseis milhões e seiscentas mil) toneladas.
Vinte anos depois, em 1973, os 2000 petroleiros recenseados no mundo têm uma capacidade de 1 000 000 000 (um bilião) de toneladas.
Em vinte anos, a proporção é de 16 para 1000 (mil). A isto, todos chamam progresso.
Mais números: diariamente e em média, são derramados nos mares 10 000 (dez mil) toneladas de hidrocarbonetos.
Por malvadez ou má vontade?- pergunta a perturbada consciência ecológica da humanidade...
Sabe-se que não.
É a limpeza dos navios que obriga a deitar ao mar 1 por cento da tonelagem em ramas.
Contra esta poluição permanente, obrigatória, não acidental nem contingente, sistemática, que podem as leis? E que podem os ecolegalistas? Que adianta vociferar? Que resolvem os documentários televisivos que a Grã-Bretanha, muito indignada, empresta à TV portuguesa para nos transmitir os seus desgostos com o petróleo?
A ideia que sustenta as teses reformistas é que basta afastar a poluição da nossa casa para o problema ficar resolvido. Se a Grã-Bretanha, os Estados Unidos e o Japão não fossem tão atingidos, de certo que não se lembrariam de teleprotestar.
Existem nos portos do mundo muitas «gás limpo» de porta aberta para que os petroleiros aí «separem» os detritos.
Mas, na prática e na realidade, a permanência num porto custa milhões cada dia. Pelo que, na maior parte dos casos, as empresas depuradoras são só ficção e pouco negócio fazem.
O petróleo continua. E a morte do oceano também.
Amanhã: Morte em segurança
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(*) Publicado no jornal « A Capital» (Opiniões Livres), 16/1/1979***
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LISTA NEGRA 1999

99-01-16 >ea=ecologia alimentar

NOTÍCIAS DE ECOLOGIA ALIMENTAR E HUMANA

16-1-1999 - Tal como era previsível e alguns escreveram, preto no branco, as notícias de ecologia humana e saúde pública seriam, mais cedo ou mais tarde, dominantes nos jornais e telejornais.
Hoje, é possível, num único jornal, ou em jornais de dois ou três dias próximos, saber coisas como :
- A exposição pré-natal ao mercúrio prejudica o desenvolvimento neurológico
- Todos os produtos da empresa Coca-Cola vão ser retirados do mercado na Bélgica
- Começou mais uma época balnear e na camada de ozono vão-se abrindo brechas: é cada vez maior o risco de cancro de quem apanha sol
- Comissão Europeia impõe limites à emissão de quatro poluentes: óxido de azoto, dióxido de enxofre, amónia e compostos orgânicos voláteis
- A contaminação alimentar por dioxinas ocorrida na Bélgica é um dos mais graves casos ocorridos na Europa (11/6/1999)
- A França propõe que a União Europeia estuda a possibilidade de banir as farinhas de carne e ossos da alimentação animal (15/6/1999)
- Bélgica retira do mercado garrafas de coca-cola ( 11/6/1999)
- A crise alimentar está a causar elevados prejuízos económicos na Bélgica ( 11/6/1999)
- Perspectivas alimentares devem sofrer «deterioração» devido à quebra prevista da produção cerealífera mundial - alerta a FAO (11/6/1999)
- Maria de Belém defende que há competências que devem deixar de pertencer à agricultura e economia: Tudo para proteger a saúde pública (9/6/1999)
- Fungicida e CO2 contaminam coca-cola belga
- Responsáveis portugueses pela Agricultura e pela Saúde reunem-se para analisar medidas belgas (8/6/1999)
- Microndas inteligente facilita vida na cozinha (7/6/1999)
- Declaração portuguesa sobre alimentos geneticamente modificados está acessível na Internet (7/Junho/1999)
Além de regularmente auto-bombardeada, a Europa aparece agora, regularmente, com as calças na mão, a fugir de dioxinas nos frangos, das vacas ditas loucas e de outras emergências similares.
O que era tudo progresso e benefício do consumidor, transforma-se, de uma hora para a outra, em prejuízo económico, ao ser boicotado pelos altos poderes que podem boicotar.
Até a Coca-Cola, que sempre foi considerada uma bebida com virtudes medicinais, sofre agora os efeitos desta histeria alegadamente em favor da saúde pública.
*
Habitual e crónico, sempre que chega o Verão, é a campanha contra o aumento do cancro da pele, sequela de outro progresso humanitário: o dos clorofluorcarbonetos que, desde há vinte anos, alguns ecologistas mais desconfiados tinham denunciado como destruidor da camada de ozono da alta atmosfera, o que a ciência só veio a admitir uns bons dez anos mais tarde.
Quatro factores tornam, no entanto, ridículas estas campanhas de «prevenção» do cancro da pele causado pelos ultravioletas:
a) Um factor é que o pessoal quer mesmo torrar ao sol e não há nada a fazer contra a psicose do (negócio do) bronzeamento;
b) Outro factor é que os óleos de bronzear não estão para desistir do negócio;
c) Outro factor é que o cancro , a declarar-se, é alguns anos depois da exposição e nessa altura logo se vê, nessa altura já ninguém vai atribuir as culpas ao abençoado sol benfazejo mas ao malvado destino que continua a sair-nos torto;
d) Outro factor, finalmente, é que as campanhas europeias contra o cancro são mera demagogia, como é mera demagogia o diagnóstico precoce ou o rastreio (grátis) que as autoridades sanitárias(?)paternalmente propincuam às populações.
Resumindo e concluindo, temos não só o buraco do ozono que merecemos (como destemidos consumidores dos cloroflurcarbonetos), como os cancros da pele que também merecemos (como consumidores dos prazeres do sol e da praia e do belo bronzeamento). Embora talvez seja cruel ter que o dizer.
*
Se é mesmo a saúde pública que preocupa as autoridades, a lista negra de poluentes deverá (deveria)ser diariamente actualizada, figurando à frente de cada um dos poluentes o efeito já conhecido ou, pelo menos, de que a ciência suspeita.
Por exemplo: os poluentes do ar em que mais se fala ainda não estão estudados nos efeitos fisiológicos sobre a célula viva.
Há que os incluir na lista, com um ponto de interrogação:
- Óxido de azoto?
- Dióxido de enxofre?
- Amónia ?
- Componentes orgânicos voláteis.
*
O diagnóstico ecológico (ou despistagem ambiental dos sintomas) todos os dias se «enriquece» de novos poluentes e de novos factores de risco contra a saúde e a vida dos humanos.
As dioxinas nos frangos belgas foi novidade da «season» , mas há outros factores ambientais que se tornaram não só habituais como canónicos e mesmo sazonalmente previsíveis e, diríamos mesmo, desejáveis e imprescindíveis para o normal funcionamento do sistema.
É o caso da sinistralidade nas estradas, que tem os seus picos em épocas bem definidas do ano. Há um calendário de sinistralidade, como há um calendário de feiras e mercados, como há um calendário dos eventos políticos e eleitorais.
O inventário terá, portanto, que continuar, ligando o poluente ao efeito que o produz.
*
As dioxinas do frango - diz-se - são cancerígenas.
Será mais um poluente para a lista de poluentes cancerígenos, onde já se contam centenas, principalmente produtos químicos.
Curiosamente e como o sistema quer, a descoberta de um novo poluente como as dioxinas , poderia levar os solícitos mídia, sempre prontos a fazer balanços e a realizar estatísticas, a mostrar, em retrospectiva, essas listas de poluentes +ou- cancerígenos, para finalmente o consumidor saber aquilo com que pode e deve contar nesta sociedade do progresso acelerado.
Se o sistema assumisse as suas próprias poluições, o que os jornais e telejornais já deveriam ter feito era uma sondagem à opinião pública sobre saúde pública, perguntando assim:
- Quer ou não o progresso que é inseparável das dioxinas e de outros retrocessos?
E conforme fosse a resposta da opinião pública, as autoridades deveriam agir em conformidade.
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CIÊNCIAS 1998

98-01-16-ba-cc-balanço do ano–contra a ciência-sala-2- é um bom resumo dos temas que apontei durante as aulas na ESMNH em 1999

O QUE AS CIÊNCIAS PARTICULARES SABEM 
E A NATUROLOGIA IGNORA
ITENS DE INTERFACE - CIÊNCIAS DE INTERFACE

Lisboa, 16/1/1998 - Itens recolhidos ao longo das aulas das várias cadeiras e que são relevantes (muito, pouco, assim-assim) para o objectivo final da naturologia, aquilo a que podemos chamar a lógica ortomolecular :

A alma das crianças por inseminação artificial: uma questão referida na aula de Biologia Celular(14/1/1999) e que levanta toda a responsabilidade da ciência biológica na degradação energética e espiritual da espécie humana.
É um tema determinante na fundamentação de um novo paradigma e, portanto, de uma viragem de 180 graus nos critérios que presidem à ciência que se permite dizer que «fabrica a vida em laboratório».

Fenóis servem para embalsamar os animais (Bioquímica, 11/1/1999) - Técnica de embalsamamento, decisiva em Tanatologia , uma das ciências angulares da nova idade espiritual do Aquário. E que directamente diz respeito à Naturologia, como é óbvio, já que lida directamente com a vida e a morte dos seres humanos, e com o seu destino ou eternidade.

A memória química do organismo (da célula?) (Bioquímica, 11/1/1999) - Postulado fundamental para o mecanismo da homeostase que, por sua vez, é fundamental para a compreensão dinâmica da Imunidade natural e, portanto, da base da naturologia ou profilaxia natural, da lógica ortomolecular.


Iatrogenia (Bioquímica, 11/1/1999) - A principal frente de luta da medicina natural, já que tem de resolver os problemas criados pela intoxicação medicamentosa ou iatrogénese química. Um problema grave a necessitar, só por si, 6 meses de uma cadeira especializada que se chame Iatrogenia ou outro eufemismo qualquer.
O livro «Limites para a Medicina», de Ivan Illich, bem podia constituir o livro de texto a seguir, página a página, nessa cadeira, já que constitui o repositório mais completo e científico elaborado sobre o crime iatrogénico.


Substâncias isómeras (Bioquímica, 11/1/1999) - Um item a sublinhar como interface de outros itens igualmente importantes no conjunto das ligações holísticas e, portanto, da lógica ortomolecular e da provável inteligência da célula.

Vitamina E (Tocoferol) - Item a sublinhar pela sua importância angular relativamente às outras vitaminas e aos restantes nutrientes indispensáveis a um ortometabolismo e ao funcionamento ortomolecular da célula.
Problemas de obtenção da vitamina E na alimentação diária, onde os óleos refinados retiraram toda a hipótese de neles haver vitamina E. Há que saber onde encontrá-la, nos alimentos mais correntes, antes de ir para o seu uso em cápsulas.
Esta vitamina já me deu na cabeça.

Ácido láctico e fermentações lácticas (Bioquímica, 11/1/1999) - Alimento decisivo na dieta alimentar energeticamente equilibrada: é o apport mais completo de enzimas, no padrão alimentar corrente, que se pode dizer «cego de enzimas». Sem falar dos antibióticos (Biologia, 13/1/1999) que também, ao que parece, inibem as enzimas. Não deveríamos era ficar pelo que «parece»: mas ir a fundo no conhecimento da responsabilidade que assiste aos medicamentos mais violentos ( antibióticos, corticóides e vacinas) na patologia moderna.
Os factores químicos que produzem todo esse tipo de inibições celulares levantam um novo, grave e amplo problema que a naturologia tem que enfrentar, já que são o inverso de um funcionamento ortomolecular da célula.

Electrolitos (Bioquímica, 11/1/1999) - Tudo o que se relaciona com a actividade eléctrica da célula é importante em naturologia holística. É o único nível energético vibratório que a ciência vulgar consegue conhecer, num conjunto de 7 níveis vibratórios, de 7 áreas energéticas entre micro e macrocosmos. Vale a pena, ao menos, enfatizar esse nível (electromagnético?) que a ciência ordinária conhece mas que raramente vemos aplicado à prática.

A verosimilhança ou plausibilidade das teorias (12/1/1999) - É uma das teses mais perigosas da moderna ciência analítica, nomeadamente no campo das teorias biológicas, onde a moderna medicina se vai apoiar.
Darwin, Malthus, Pasteur, o inventor da vacina e o inventor do vírus, precisam urgentemente de ser revistos, à luz do novo paradigma ético-filosófico, à luz do novo paradigma ortomolecular, à luz do novo paradigma cosmobiológico, à luz do novo paradigma holístico, realizando-se o balanço dos malefícios e atrasos de vida que essas teorias têm produzido.
Basta lembrar, por exemplo, as doenças a que a medicina chama auto-imunes e que relação têm com a vacinação maciça obrigatória, baseada evidentemente numa teoria comprovadamente científica, ateia, laica e republicana. Bem como a chamada sida. E bem como as vulgaríssimas alergias.
Recorde-se que, na vastíssima bibliografia de epistemologia, que se diz «crítica da ciência» (?), só se conseguem encontrar dois ou três livros e autores que abordam as «ciências da vida», as ciências biológicas. É sintomático dos arranjos diplomáticos entre ciência e epistemologia, que deixa a biologia à solta para chegar aos apuros a que chegou com os avanços da engenharia genética e outras delicadezas. Avanços, progressos e sucessos que, na perspectiva do novo paradigma ortomolecular, são apenas retrocessos.

Classificação dos Temperamentos (Psicologia, 9/1/1999) - É bom lembrar que a psicosomática dos 5 elementos chineses é um antecedente 10 vezes milenar de todas as teorias sobre temperamentos posteriormente elaboradas, não se reconhecendo que elas tenham acrescentado ou aumentado alguma coisa à psicosomática yin-yang, base do diagnóstico visual chinês, placa giratória onde confluem aquilo que a ciência analítica continua separando em várias e desvairadas cadeiras:
patologia
diagnóstico
alimentação
psicosomática
psicologia diferencial
terapia
acupunctura
reflexologia
Mais do que entrar com o pé direito na Era do Aquário, a ciência ordinária parece mais interessada em rentabilizar os conhecimentos que vai inventariando e catalogando.

pH - Ácido/Base ( Bioquímica, 4/1/1999) - Tema decisivo na alimentação macrobiótica: pela simples detecção de uma situação ácida ou alcalina, podem diagnosticar-se um grande número de problemas de saúde.

Hidróxido de alumínio (Bioquímica, 4/1/1999) - A tese de que a doença de Alzheimer possa ser provocada ou agravada pelo uso prolongado de tachos de alumínio ( onde haveria eventualmente reacções originando o hidróxido de alumínio) exige pesquisa aturada e demonstração científica, já que a ciência oficial se desinteressa de todas as pistas que conduzem à relação da doença com o ambiente (neste caso o ambiente alimentar) que a provoca.
A medicina ecológica só agora está entrando no mercado editorial. Era tempo de entrar também num curso de naturologia. E de puxar as orelhas às indústrias que continuam alegremente a envenenar a malta.

Constantes (Bioquímica, 4/1/1999) - Sempre que se fala de «constantes» é de suspeitar que são temas interessantes a uma relação de interdependência entre partes de um conjunto. A uma intercomunicação celular. A uma interinformação entre 600 biliões de células do ser humano adulto.

Diafragma pélvico (Anatomia) - Lembrar que possa existir alguma homologia com o diafragma pulmonar. As homologias na anatomia são importantes numa visão holística do ser humano, mesmo o ser humano truncado e esquelético que se estuda em Anatomia.

Sedentarismo (Anatomia, 20/11/1999) - Será que o sedentarismo promove tantos malefícios ou será apenas um factor (nem sequer determinante) num conjunto de factores ambientais (endógenos e exógenos) causadores da doença?
Tão ou mais importante que o sedentarismo é um factor que o antecede, o extase sanguíneo ou o extase energético, factores de bloqueio das funções orgânicas.Mas esses factores já derivam de uma intoxicação alimentar e/ou medicamentosa do organismo. E assim por diante. A dificuldade metodológica reside em inventariar todos os factores e encontrar as relações de causa/efeito.

Aminoácidos (Biologia Celular, 9/11/1999) - Constantemente aparecem nestas lições mas constantemente se minimiza a sua importância relacional. Valia a pena parar dois minutos e pesar bem a importância dos aminoácidos na dinâmica metabólica.
Uma tese médica que está por demonstrar é de que alguns aminoácidos essenciais não existem na dieta vegetariana.
Será que a dieta carnívora não terá maiores omissões e carências?

Adenina trifosfato ( Biologia Celular, 16/11/1998) - Noção fundamental no funcionamento ortomolecular da célula e, portanto, na problemática da saúde, da alquimia da saúde. São quatro : adenina, citosina, guanina e timina.

13 protofilamentos ( Biologia Celular, 16/11/1998) - Sempre que na descrição do microcosmos celular surge um número, é caso para parar e pensar. O 13, curiosamente, é o dos dois dias polares do mês, sendo o outro o 26. Talvez haja aqui uma correspondência ou ressonância cosmobiológica. Nunca fiando...
Se o microcosmos reflecte o macrocosmos - postulado indiscutível em noologia ou ciência das energias - o melhor é mesmo a gente ir-se acostumando à ideia de que há um imperativo cósmico que nos obriga à mudança de paradigma, quer queiramos quer não e quer barafustemos muito, pouco ou nada.

Controlo neuro-muscular ( Psicologia, 4/11/1998) - Sempre que surge uma palavra compósita, é de arrebitar a orelha: há, com certeza, um fio de ligação, um interface entre dois domínios inseparáveis que a ciência quer separar mas que a realidade insiste em não querer separados. A ciência inventa então um hífen e liga-os... Às vezes, já bastante tarde .

Esfíncter anal (Psicologia, 4/11/1998) - Eis um item em que anatomia e psicologia se encontram. Em aula de anatomia não muito distante, falou-se em « músculo levantador do ânus». Era bom saber - em matéria importante para a dinâmica do ser humano - que relações existem entre estes dois itens que a ciência separa mas que a naturologia, como o Sísifo da fábula, tenta unir. Continuar a falar de sistema muscular, de sistema nervoso e de sistema glandular como coisas separadas e de «disciplinas diferentes», é algo difícil de engolir pelos alunos. Quando surge, enfim, neste deserto do estático, a dinâmica viva da fisiologia, por exemplo? Ao que consta, nunca chegaremos à anatomofisiologia, que é para a escola da Cruz Quebrada, a Faculdade de Motricidade Humana.
A questão muscular e nervosa é particularmente importante numa afecção corrente nas crianças, a enurese, e merecia que os vários especialistas (psicologia, anatomia, fisiologia, patologia, alimentação, terapia, etc) se conectassem para ver o problema nas suas implicações interdisciplinares...

Hereditariedade da espécie e hereditariedade do indivíduo (Psicologia, 27/11/1998) - Que pena, quando surge um item interessante, saltar logo sobre ele a pretexto de que é de outra cadeira... Este item dá bem para umas duas ou três aulas e para uma larga pesquisa interdisciplinar.Quando? Como?

Drogas influenciam o sistema nervoso (Psicologia, 27/11/1998) - Raramente surge a oportunidade dada por este item: a relação do factor exógeno no meio endógeno, relação que se deveria explorar numa cadeira chamada Ecologia Humana. Pode ser que, com o tempo, as ligações óbvias do ser humano e da saúde do ser humano com o meio ambiente possa vir a ser estudada. A lista negra de factores causais é já interminável. A incómoda ciência da ecologia humana é que tarda em surgir, porque a instituição médica ainda não deu autorização. É que só à sua conta, as drogas de farmácia que influenciam o sistema nervoso já fazem uma enciclopédia de vários volumes. Quando a Iatrogénese ou Iatrogenia for uma cadeira do curso de naturologia, começamo-nos a aproximar do real. Por enquanto, a ciência mantém-nos neste virtual absoluto, como se fosse um filme do Spilberg. E nós os seus dinossauros.

Adrenalina da mãe passa para o feto(Psicologia, 27/11/1998) - Valia a pena ponderar, por algum tempo tempo, esta ligação decisiva na vida de um ser humano entre o estado de nervos da mãe e as sequelas desse estado no futuro ser humano. O stress, aliás, poderia bem ser, só por si, um pólo holístico de estudo em naturologia, um tema aglutinador dado o número de interfaces que apresenta com a realidade global do microcosmos humano. (Ver diário de bordo que sobre esta lição do dia 27/11/1998, o aluno 170 do 1º ano redigiu, na tentativa de encontrar as ligações que faltavam. Os ligantes como diria a nossa professora de Biologia, Drª Luísa Valdeira)

Obsessão homeostática da Natureza (Epistemologia, 18/11/1998) - Inesperada e providencialmente, um tema da fisiologia aparece em epistemologia . Homeostase, de facto, é um tema angular na lógica ortomolecular que deverá fundamentar um curso de naturologia. Os mecanismos reguladores do ser vivo são a área, ao mesmo tempo, mais fascinante e mais importante, de uma provável ciência imunológica na perspectiva global e holística. Ciência que está por fazer, evidentemente.

Para a dinâmica orotomolecular é sempre de atender às palavras que contenham um certo sentido de movimento, como foi o caso nesta lição de Biologia do dia 9/11/1998: RNA mensageiro, ferrotransferina, RNA de transferência, partículas reconhecedoras do sinal, péptido da partícula reconhecedora do sinal (a palavra informação e cibernética surge imediatamente atrás desta nomenclatura!), síntese dos lípidos, síntese dos glúcidos, síntese proteica (finalização) . Tanta síntese pode, ao menos, corrigir o vício de análise e superanálise em que a ciência se queda, satisfeita de ser quem é: um dilúvio de peças soltas, com pouco ou nada a ver umas com as outras. O estudo do conjunto, talvez lá para o ano 3000.

Retículo-endotelial (Biologia, 9/11/1998) - Pela primeira e última vez, uma palavra que se reconhece importante, tratando-se de um tecido que, ao que parece, constitui uma segunda pele externa e interna de todo o ser vivo. Em extensão, poderá ser o tecido que abrange uma área relativamente mais vasta, ao mesmo tempo que é de uma grande vulnerabilidade e fragilidade. Valia a pena indagar se tudo isto não passa de boato e se haverá mesmo um tecido reticulo-endotelial que, sendo dos tecidos mais menosprezados pela santa medicina, poderá um dos mais importantes no binómio saúde/doença. É por isso que se diz que o aloé vera cura o cancro: sendo cicatrizante desse tecido reticulo endotelial, poderá ser uma boa profilaxia, lá isso é verdade.

Biogénese do retículo e Hidroxilação das drogas (Biologia Celular, 9/11/1998) - Mais duas expressões de recorte dinâmico (ortomolecular) e que se registam com agrado, no meio de um estatismo institucionalizado da ciência que continua separando, dividindo e analisando, deixando as sínteses (holísticas) para o gato. Ou para quem as há-de ter que fazer se quiser mesmo curar gente e tratar humanamente seres vivos.

E agora a palavra mais longa da história, criada pelo génio da biologia celular:
CICLOPENTANOPERHIDROFENANTRENO

Outra que também se candidata ao Guiness:
FOSFOINOSITOLBIFOSFATO
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LISTA NEGRA 1979

79-01-16-dioxina-1-na=notícias do apocalipse

CLORO A TODAS AS REFEIÇÕES(*)

(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado no «Jornal de Notícias» (Porto)( 16/1/1979) e no jornal «A Capital» (Lisboa)(20/1/1979)

20/1/1979 - A dioxina em Seveso há dois anos (Agosto 1976), o propileno ainda não há um ano em Los Alfaques (Tarragona), o ácido nítrico há dias no Rio Paraná, (10.11.78), o mercúrio industrial há 15 anos em Minamata e há dois anos no Rio Grande do Sul, as 164,6 toneladas de pesticidas em 1977 também no Atlântico Sul, o petróleo nos mares todos os dias, ora nas costas inglesas, ora nas costas bretã, galega e portuguesa, são apenas alguns casos, acidentes ou sinais de uma "lista negra" que não pára, que dia a dia cresce e se agrava, que tende a ser rotina em vez de acaso e que de acidental se arrisca a ser sistemática, "lista negra" em que se insere agora o desastre com a nuvem de cloro, após explosão, na fábrica Sonitecna de Estarreja.
No dia anterior, aliás, só por um triz não houvera mesmo no centro da vila uma tragédia: o choque de um camião cisterna com ramas de petróleo e uma camioneta de vinho.

1 - Sinal, sintoma, aviso, alarme ou "grito", este e outros factos (que já fazem bicha) deveria servir, ao menos, para nos ensinar alguma coisa. O menos que se pode fazer (além de cuidar dos vivos e enterrar os mortos) sempre que uma destas agora rotineiras tragédias acontece, é tirar a respectiva e necessária lição. Sejamos didácticos, saibamos o Mundo em que estamos e, principalmente, o mundo que os tecnocratas do crescimento económico nos preparam.
Tragédia maior, no entanto, é que ninguém tira lição nenhuma, desta e doutras, tudo volta à mesma, os riscos aumentam em número e gravidade, a segurança das populações é um mito, camiões, petroleiros, fábricas, cargueiros continuam a sua ronda de veneno, morte, destruição, terror.
Afinal temos ou não temos o petróleo (ontem), o cloro (hoje) e a radioactividade (amanhã) que merecemos?
O transporte de matérias perigosas é para nosso bem. E para confeccionar produtos, objectos, coisas lindíssimas que a gente quer por força consumir. Sobre nós todos, em última instância, recai a responsabilidade de acidentes como o do cloro. Claro. Se não fosse ele, ainda havia mais cólera nos bairros da lata... Graças ao cloro, temos água branca de neve mas limpinha de bactérias.
Em caso de acidente ou tragédia com matérias perigosas, portanto, o grande alibi dos fabricantes é que se trata de produtos necessários ao consumidor e que fazem parte integrante da nossa civilização e deste progresso todo.
Condiciona-se o consumidor a usar isto ou aquilo, para depois se dizer que, no fim de contas, é o consumidor quem exige e, logo, o culpado de haver tais matérias-primas em circulação no mar, nas estradas, nos caminhos de ferro. O que até é verdade: como consumidores, somos culpados de todas as tragédias e desastres industriais.

CLORO & ÁTOMO: A GUERRA DAS APLICAÇÕES PACÍFICAS

2 - Na I Grande Guerra, o cloro serviu para gasear as tropas inimigas. Aí por 1933 houve logo um senhor cientista que lhe descobriu uma "aplicação pacífica" à vida civil: passou a desinfectar-se a água dos canos com esse mortífero gás, pois o que não mata, engorda. E assim tem sido até hoje, não cessando de se multiplicar as aplicações "pacíficas" do dito, pois as fábricas que o produzem estão montadas e até haver outra guerra e outros soldados para gasear, há que ir gastando o cloro na paz.
Com o átomo aconteceu assim: começou bélico e acabou pacífico. Serviu para o senhor Truman varrer do mapa mundi com duas bombas as cidades de Hiroxima e Nagasaki mas, de 1945 até hoje, não cessaram de se multiplicar as aplicações desta indústria de guerra de paz que é a indústria nuclear.

3 - Quando se instala uma central nuclear ou uma indústria venenosa, os técnicos encarregados da segurança prometem que não haverá azar. Mas caso haja, foi azar...da sorte.
Em matéria de segurança vai sempre tudo no melhor dos mundos. Excepto quando a segurança falha: por causa humana, por causa técnica, mas (o que é um pouco mais terrível) porque o próprio sistema deixa de ter controle sobre os processos, circuitos e ciclos. Sobre o sistema, que passa então a auto-governado (desgovernado).
É a caso dos 5000 satélites (20 dos quais são reactores nucleares) que, em desórbita da terra, deixaram de obedecer às ordens dos papás e se estão espatifando um pouco por toda a parte em cima do mundo habitado.
Centrais nucleares - nunca há perigo. E a prova é que nenhuma companhia de seguros do mundo aceita apólices delas... Está dito e redito que são «a indústria mais segura do mundo»: a prova é que um terço do seu custo é para construir medidas de segurança...
Quando eles prometem, portanto, quem acredita?
Quem confia?

4 - Mas não é só o descontrole dos técnicos que leva à desconfiança das populações. Outros factores de cepticismo e dúvida há, como, por exemplo, quando o acidente deixa afinal de o ser porque obedece a uma necessidade inelutável: o caso das 164,6 toneladas de pesticidas no Rio Grande do Sul, não foi cargueiro encalhado, fábrica que explodiu, camião cisterna que derrapou ou outro qualquer desses “infortúnios" a que a malvada pouca sorte serve de bode expiatório. Não sabendo o que fazer aos pesticidas, foi autorizado ao barco que se efectuasse a descarga no oceano. E foram as autoridades que autorizaram.
Aliás, o cargueiro "Alchimist», que o ano passado encalhou perto de Sesimbra, é um caso interessante e suspeito. São cada vez mais as cargas de produtos cujos proprietários não sabem o que lhes hão-de fazer. Relativamente fácil e como recurso de emergência será "provocar" um acidente do tipo "encalhe" nos molhes, deixando (como foi o caso do «Alchimist») às autoridades portuguesas o trabalho e a despesa de transportar a carga perigosa para terra. (De qualquer maneira, fica sempre a pergunta: que fazer com ela? Enxotar o lixo da soleira não resolve.).
Resta saber se o armador desse e outros cargueiros "acidentados", não irão receber ainda somas fabulosos do seguro... Facto que levaria a supor cada vez mais frequentes os "acidentes" fabricados.
O plutónio como resíduo de centrais nucleares é o caso mais conhecido, mais falado, mais assustador (uma laranja dele exterminaria toda a vida da terra) mas não é o único. Acidentes com cargueiros podem passar a não ser tão acidentais como os pintam. E as costas largas de países como o nosso, que aguentem.
Isto sem falar do acidente que não chega a ser notícia, quando sucede longe das costas, Muitos caixões deve guardar hoje o fundo do oceano sem que nenhum jornal o tivesse sabido ou noticiado.

5 - Outra característica pouca tranquilizadora deste género de acidentes é que não têm contra-ataque possível.
Para os derrames de petróleo só se conhecem detergentes domésticos e, para nuvens de gases tóxicos, só resta (quando resta) evacuar as populações, que às centenas terão de deixar casa, haveres, trabalho, terras, etc.. Quando a densidade destes focos ou transportes não permitir espaço de recuo ou refúgio, só restará permanecer no meio do holocausto. Encurralado. Respirando a morte. Ou numa bola-cogumelo de fogo, que a pira de Joana d’Arc é muito medieval.
Medidas contra-ofensivas, regra geral de uma ridícula inoperância, nada podem. É quase sempre demagogia as promessas dos técnicos em segurança. E as tácticas defensivas que preconizam.

ECOLOGIA OU MORTE: A JUVENTUDE QUE DECIDA

6 - Nuvens de cloro, no fim de contas, são apenas e por enquanto, amigáveis avisos, benignos sinais do que poderá vir a ser a mundo de amanhã para as gerações de hoje.
Quem governa e decide são ainda os megalómanos do crescimento: os ecologistas permanecem em minoria e ainda não ganham eleições. Quando muito, servem de bobos aos colegas de emprego, que acham muita piada a esta esquisita raça de animais.
Com a nuvem de cloro e outros acidentes, no entanto, podemos tomar conta de que, para lá do contingente, é todo um sistema monolítico em marcha para o apocalipse... Por mais remendos que os reformistas aconselhem, pouco ou nada é possível fazer quando chega a hora da verdade ou da tragédia.
Os megalómanos do crescimento dizem que não é possível recuar, que estamos metidos neste progresso todo e que as pessoas, ao fim e ao cabo, têm a cloro, o petróleo, a radioactividade, a dioxina, o propileno e etc. que merecem. O que até é verdade.
Às populações e às novas gerações incumbe decidir: se é com medidas de contra-ataque que se vão defender. Ou se terão que pôr este sistema de pantanas, e substituí-lo por outro.
Se a opção é entre um funeral assim ou um funeral assado, ou se as opções terão que ser de fundo: o funeral ou a vida.
Como o cloro de Estarreja o mostra, o mundo está dividido nesta bipolaridade: Ecologia ou Morte.

O TIO PAVLOV

7- Se alguns conseguirem perceber isto, já não se perdeu tudo. Pode é já ser tarde e quando os jovens, povos e países decidirem acordar, verem que acordaram já...mortos
O anedótico da tragédia de hoje é que, amanhã, vamos todos (jornalistas também), aplaudir o senhor engenheiro, economista, técnico, financeiro, industrial, deputado, amigo da Pátria, político, quando eles, badalando a sineta do progresso, nos fizerem a todos salivar de impaciência com a promessa de mais postos de trabalho, mais fábricas, mais mundos concentracionários. O tio Pavlov tinha razão.
Seremos nós, as vítimas do veneno em liberdade, quem irá dizer amen, obrigado, queremos bis, a quantas Estarrejas, Sines, Alquevas, Barreiros & etc. cá meterem, via Mercado Comum.
Basta que seja um senhor bem falante, engenheiro, diplomado pelas melhores Faculdades do Estrangeiro, basta o Dr.. e uma boa estatística acompanhada pelo repenicado da guitarra científica, para nos lambermos todos com o belo fado do progresso. Teremos cloro ao pequeno almoço, almoço e jantar, mas temos progresso. Crescer é bestial.
Crescer é que é necessário.
Esquecem-se eles, e nós também, de explicar que esse crescimento infinito inclui o infinito crescimento de tudo o que pode caber na alma (?) paranóica de tal gente. Cresce o PNB (como eles dizem) mas crescem também os acidentes, desastres, tragédias, venenos, explosões, poluições, mortes, doenças, hospitais, polícias...

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(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado no «Jornal de Notícias» (Porto)( 16/1/1979) e no jornal «A Capital» (Lisboa)(20/1/1979)

HOLÍSTICA 1998

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2176 bytes-holii-1>-revista «Beija-Flor» Nº______ Separata

«THE CHOICE»

Combater o Cancro pela Química de síntese é, para uma concepção biológica da saúde e da vida humana, contraditório. Face a esta contradição que domina a sociedade moderna, a pesquisa e a prática de Serge Jurasunas compeliu-o a conceber métodos de prevenção e cura química, já que esta, a seu ver, necessariamente agrava a situação do terreno orgânico e prejudica ou anula a cura. Desta démarche fundamental, resultou a convicção profunda de todo um trabalho que, ao longo de década e meia e por força das circunstâncias, Serge Jurasunas designará de «medicina biológica», «bioterapia», «medicina natural» ou «naturopatia», palavras a que tem de recorrer apenas porque a Quimioterapia de síntese corrompeu o conceito hipocrático e perene (sempre e em si mesmo de respeito pelo biológico) de cura e tratamento. É esta uma opção de tal modo fundamental, que na Califórnia (em Los Altos) se publica uma revista intitulada «The Choice» exclusivamente dedicada à «opção biológica» no tratamento de doenças degenerativas. Neste jornal - subintitulado «The International Newsmagazine of metabolic Therapy and Freedom of choice in medicine» - faz-se regularmente o ponto da investigação mundial, em cada momento, aí se noticiando os progressos verificados nos métodos biológicos de cura, enquanto os fracassos da Quimioterapia vão fazendo bicha à porta dos hospitais...
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3584 bytes 8108 caracteres-holii-1>holi>notícias do movimento holístico-nomes, datas & factos do movimento holístico (inter)nacional - revista «beija-flor» nº_____ - separata «afluentes do grande rio»

QUANTAS ECOLOGIAS HÁ?
ECOLOGIA HUMANA:POR EXCLUSÃO DE PARTES

Quanto ao reino da Natureza que abrange, a ecologia considera duas grandes áreas: Ecologia Vegetal e Ecologia Animal, já que do Reino mineral ou inorgânico ainda é cedo para reclamar uma Ecologia. O ser humano parece ficar assim excluído dos ecólogos que têm feito a chamada Ecologia Académica.
Enquanto movimento de opinião, a Ecologia passou, nos últimos anos, por várias fases que se encontram ainda hoje no palco da história.
Por exemplo: a Protecção da Natureza Selvagem ou conservacionismo. Apesar de tudo, esta corrente é ainda a preponderante em Portugal, sendo apenas nela que pensam muitos dos que hoje falam em ecologia e ecologismo.
Com o incremento das indústrias pesadas vieram depois os ambientalistas da poluição e da antipoluição, engenheiros do Ambiente, técnicos sanitários, com os quais muitos ainda hoje identificam ecologiase ecologismo: no entanto, a anti-poluição transformou-se em uma indústria como qualquer outra, pronta a ser explorada por hábeis comerciantes com diplomas de engenheiros e outros doutoramentos, dificilmente tendo alguma coisa a ver com Ecologia e ecologismo.
Vieram depois os ambientalistas políticos, quando o Ambiente, a Poluição e a Ecologia, mercê da insistência com que aparecem nos órgãos de informação, a sensibilizar as massas e a mobilizar eleitores, tornando-se assim, esses temas, partidariamente rentáveis; surgiram movimentos juvenis do ambiente dentro dos partidos e alguns, como a coligação APU, chegaram mesmo a fabricar um novo partido, que começou por usurpar o nome de um movimento independente que já existia desde 1974, o Movimento Ecológico Português.
Em ligação com grupos, especialmente estudantis e juvenis, ditos contestários, anarco-libertários, pacifistas, etc., surgiram os ambientalistas da destruição, que se serviram, das teses mais radicais do ecologismo autêntico para as destruir por dentro.
No meio disto tudo, houve um ou dois franco-atiradores que chegaram à ecologia pela verificação da miséria humana diária e que se ficaram pela meia dúzia de temas «incómodos» que nenhum dos organismos, movimentos e tendências anteriores quiseram ou puderam assimilar.
Ainda hoje, nenhuma das «ecologias» em voga conseguiu digerir isso a que, por comodidade e à falta de melhor, chamei «ecologia humana», sinónimo de realismo ecológico ou realismo ecologista, defendido ao longo dos anos nas edições «Frente Ecológica».
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8320 bytes 7098 caracteres-holistic1>revista>ideias ac de 1986 para: iniciativas «bf» 1997

ANUÁRIO HOLÍSTICO «VIDA ALTERNATIVA, VIDA NATURAL»

Projecto editorial para divulgação, com passos seguros, das novas e antigas terapêuticas ecológicas
I
Ainda não foi realizado em Portugal o «Anuário Holístico», mas o projecto continua a parecer-me realista e comercialmente muito viável.
Tal como já foi tentado, por exemplo, no Brasil, um anuário dedicado ao «encontro das duas medicinas», poderia ser um guia indispensével a produtores e consumidores das mesmas medicinas.
A utilidade deste «Anuário Holístico» seria semelhante à que têm as «listas amarelas» para o público em geral. Poderia mesmo ser concebido, na base, como as «listas amarelas» na área das ecoterapêuticas alternativas.
O próprio modelo gráfico, à parte o tamanho, poderia ser semelhante. A informação sobre laboratórios, produtos, suplementos alimentares, clínicas, terapêutas, etc., seria, em princípio, incluída gratuitamente, em módulos standart, todos do mesmo tamanho.
Caso houvesse ume firma ou produto que quisesse uma inclusão de maior relevo, então pagaria esse espaço como publicidade.
Um «Anuário Holístico», que, de início, não precisa de ser exaustivo, pois vai-se completando, ano após ano, tem, entre outras, a vantagem de permanecer (ao longo do ano) na secretária dos que o utilizam, como fonte permanente de consulta.
Pode, neste aspecto, encontrar-se um paralelo no «Simpósio Terapêutico de consulta obrigatória em todos os consultórios e farmácias.
Além da parte de «Roteiro Holístico», com as fichas antes citadas sobre firmas e produtos «holísticos», o «Anuário Holístico» incluirá, necessariamente, artigos de informação e doutrina.
Os de informação podem ordenar-se por ordem alfabética, numa espécie de «Dicionário Holístico» que todos os anos se completa e complementa» de novas fichas, de A a Z.
Os artigos de doutrina são assinados por autores e podem abordar os assuntos mais variados na área holística da Medicina.
II
Para obviar ao grande problema da distribuição, poderia congeminar-se um esquema que me parece hábil e viável.
Mediante uma circular enviada a todos os laboratórios e firmas - grandes, médios e pequenos - seria estabelecido um acordo, estilo «gentleman´s agreement», com a editora do «Anuário Holístico» em que, uma vez saído , cada firma se comprometia a adquirir, ao preço de capa, x exemplares. Era esta a forma de as firmas comerciais compensarem a editora do «Anuário Holístico«» da informação inserida no mesmo «Anuário».
A outra forma, facultativa, seria, como já se disse, a publicidade paga.
III
A palavra holística tem, no contexto deste projecto, uma força especial e um especial significado, uma importância-chave, ainda que já tenha sido bastante desvirtuada, ou exactamente por isso. Trata-se então de lhe restituir a autenticidade que perdeu pelo abuso indiscriminado que dela se tem feito, a torto e a direito. Trata-se de divulgar, de forma correcta e com um discurso qualificado, a ideia que lhe subjaz, a ideia de «grande área unificada» não só no campo terapêutico, o que é já bastante, mas no campo mais lato da humanização das ciências humanas, entre as quais, como pedra angular, se encontra a Medicina... hoje tão desummanizada.
IV
Outro ponto a ponderar, desde já:além de um redactor fixo - A.C. - penso que mais duas pessoas, como colaboradores eventuais, resolveriam o problema da estrutura humana deste pequeno grupo editorial que teria no «Anuário Holístico» o seu pivot central, mas que se desdobraria, ao longo do ano. em pequenas outras edições, sempre que houvesse material e disponibilidades da equipa para isso.
Os outros dois elementos humanos que me parecem indispensáveis, além do redactor, é um para as relações comerciais e publicidade, e outro para expediente de secretaria ( cartas, dactilografias, traduções, etc.).
V
Como se poderá deduzir do que fica dito, o «Anuário Holístico» seria um veículo de publicidade às edições, mais leves, que se fossem realizando ao longo do ano.
Isto não impede que se publique, regularmente ( semanal? quinzenal? mensal?) um boletim de aspecto gráfico mais modesto e mais prático, apenas para veicular as notícias de última hora que interessa fazer chegar aos adeptos do Clube Holístico .
Este boletim poderia chamar-se «Actualidade Holística» ou «Notícias da Actualidade Holítica», podendo inclusive ser confeccionado em fotocopiadora ou stencil.
Tudo isto, porque - é o momento de o dizer - a estrutura a conceber, no âmbito deste grupo editorial, poderia assumir o aspecto de um «Clube Holístico do Livro» ou « Clube do Livro Holístico» , rede de endereços e contactos que seria mantida com os fiéis adeptos e simpatizantes que fossem surgindo na área holística: cada utente do Clube ( e não digo sócio) teria, entre outras, a vantagem de poder, por exemplo, usufruir de um serviço telefónico de emergência que pudesse vir a ser criado, com informações terapêuticas e alimentares( ou outras) de urgência a quem delas necessitasse. Ou descontos em produtos e medicamentos naturais, o que é também uma coisa que as pessoas gostam muito de ter...
Muito importante é o seguinte pormenor: todos estes títulos deverão ser registados o mais brevemente possível no Registo da Propriedade intelecual, por dois motivos principais:prevenir os «roubos» muito frequentes em Portugal,neste campo das ideias, e, impedindo a sua utilização por outros, impedir também que continuem a proliferar os desvirtuamentos da palavra «holística», a que já fizemos anteriormente referência.
VI
Temos assim, e para já, várias peças de um «puzzle» que se irá reconstruindo, à medida que o projecto se for concretizando e desenvolvendo:
- Livro «Anuário Holístico», peça-pivot do projecto;
- Desdobramentos editoriais durante o ano, que podem ir desde pequenos livros a cadernos e «breviários« úteis sobre matérias de utilidade prática para os «consumidores de saúde(«Breviários holísticos de saúde», «Cadernos Holísticos», « Vade Mecum» holístico...);
- Boletins noticiosos sobre «Actualidade Holística» ( que podem, inclusivé, funcionar como boletins de imprensa, veiculando informações da área holística para que sejam divulgadas em órgãos de Comunicação Social e agências noticiosas;
- Serviço Holístico de Apoio ( pelo telefone, com informações alimentares e outras, úteis aos adeptos do Clube);
É claro que um projecto desta natureza ganha os contornos de um verdadeiro «movimento holístico», movimento que nunca teve entre nós a expressão organizativa correspondente à simpatia que grangeou junto da opinião pública: existe virtualmente uma massa de pessoas interessadas a quem nunca foi dada a correspondente expressão em termos de comunicação social.
A este respeito, poderá ser lido um projecto pormenorizado que em tempos elaborei e que se destinava a definir as bases indispensáveis a um projecto de expansão informativa na «área holística», nome este que será também de registar, dado que serve idealmente para designar genericamente todo este conjunto de iniciativas e actividades que venho enunciando.
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