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*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-04-28

RETARDADOR 1979

79-04-28-mk> - dossiês proibidos - mein kampf - unideologia e discurso - sintomatologia e causalidade

EFEITOS A RETARDADOR

Este texto está inserido in «Macroensaio (manifesto) sobre o macrosistema que destropi os ecossistemas.»

28/4/1979 - O mecanismo «a retardador», constante típica do discurso científico que serve o sistema, assinala-se em diversas circunstâncias, nomeadamente no mito que dá pelo nome de sida.
É de regra: o reconhecimento público de um determinado fenómeno endémico só se faz, um tanto contraditoriamente, já tarde e a más horas, só depois de o sistema ter inventado (arquitectado) uma rede de argumentos que permitam arranjar um culpado e ilibá-lo de mais um crime .
Aconteceu assim com quase todos os surtos pânicos do actual apocalipse, desde o ozono da alta atmosfera destruído pelos jactos , atomizadores, etc, o desequilíbrio hídrico, o desequilíbrio térmico, o sindroma sísmico-nuclear, ou as grandes pandemias da sociedade industrial,, que são o cancro em geral e o cancro ocupacional em particular.
O sistema só reconhece o surto quando já conseguiu arranjar, engendrar para ele uma explicação falsificada ou um tecnologia aparentemente substitutiva (uma prótese) ou o produto que se diz irá curar o surto.
No caso da sida e à falta de vacina (porque o vírus é mutante...) vendem-se preservativos: foi tudo o que de mais belo e imaginoso o sistema conseguiu arranjar para ...debelar a famosa sida.
Mas o discurso da propaganda médica não desarma, todos os dias manda para os jornais notícia de ue «novo medicamento está na forja» .
O mecanismo «a retardador» - uma das constantes que regem o funcionamento do sistema - tem uma variante que é a da polémica ou aparente controvérsia que serve também como efeito de adiamento e distracção.
Ou seja: um ano faz-se o congresso em que cientistas iminentes (para os jornais os cientistas são sempre iminentes) reconhecem, por exemplo, a subida da temperatura na atmosfera e alarma-se a opinião pública com a hipótese de os gelos do Ártico derreterem, submergindo as regiões costeiras de todos os continentes.
No ano seguinte, além de proclamar que a imprensa andou a propalar boatos alarmistas sobre temperatura, gelos derretidos e dilúvios nas cidades costeiras, faz-se outro congresso a provar que a temperatura está de boa saúde, equilibrada, não vão derreter gelos nenhuns nem o dilúvio está para já. O que nunca falta ao sermão oficial do discurso oficioso é a condenação solene do alarmismo produzido por ecologistas que querem por força prever catástrofes climáticas num mundo que - conclui o congresso deste ano - vai andando no melhor dos mundos.
Transcrevo a típica notícia do segundo modelo, quer dizer, da facção contra-Apocalipse:
« Holocaustos & Hecatombes - Cientistas reunidos recentemente em Genebra, para a Conferência Mundial sobre o clima, negaram as versões alarmistas segundo as quais haveria o risco de uma nova era glaciar no hemisfério Norte ou a ameaça de o gelo do Árctico se derreter e inundar várias cidades.
Nenhuma catástrofe natural ameaçará o mundo nos próximos dez mil anos, segundo a conclusão a que chegaram mais de 400 especialistas presentes à reunião.
Este esquema tem uma certeira variante, que é quando a ciência decide recorrer à tréplica e vir um terceiro congresso alargar, com novos delírios, os alarmismos e contra-alarmismos já exibidos da primeira e da segunda vez.
No caso do clima aquecer ou arrefecer e consequente degelo-dilúvio, houve um soviético, em Março de 1979, que disse:

NOMENCLATURA 2002

02-04-28-bm> file anexo à série reinu->

+ 36 SINÓNIMOS PARA A NOMENCLATURA-CHAVE EM CIÊNCIAS ANALÓGICAS (NOOLOGIA)

28/4/2002 - A quem procura a linguagem de gente para se exprimir, dá muito jeito um dicionário de sinónimos. Tendo a palavra «correspondências» letras demais, fui à procura de um sinónimo mais curto de letras.
E encontrei alguns para sublinhar:
Analogias
Comunicação
Correio
Relação
Simetrias
Acho que escolho Analogias e simetrias. E destas duas, escolho «simetrias», porque lembra o palindroma.
Procurando sinónimos de analogia, deparo com estes:
Afinidades
Ar
Harmonia
Relação
Semelhança
E «analógico», ainda melhor, deu:
Proporcional
Relativo
Semelhante

E «análogo» deu:
Afim
Gémeo
Idêntico
Tal
Semelhante

«Comunicação» também deu «links» (sinónimos) interessantes:
Amizade
Caminho
Conhecimento
Correspondência (de novo «correspondência»!)
Informação
Ligação
Notícia
Passagem
Relação (de novo «relação»)
Transmissão

«Ligação» deu links interessantes e de poucas letras (nem só a língua inglesa é sintética!):
amizade
conexão
elo
laço
liga
nexo

união.

Recapitulando e mergindo todos estes sinónimos (links) , obtemos de A-Z um conjunto muito útil para a nomenclatura-chave em noologia, ou seja, o estudo do Macro/Microcosmos e do Céu/Terra (mantemos os sinónimos repetidos).
1. Afim
2. Afinidades
3. Amizade
4. Amizade
5. Analogias
6. Ar
7. Caminho
8. Comunicação
9. Conexão
10. Conhecimento
11. Correio
12. Correspondência (de novo «correspondência»!)
13. Elo
14. Gémeo
15. Harmonia
16. Idêntico
17. Informação
18. Laço
19. Liga
20. Ligação
21. Nexo
22. Nó
23. Notícia
24. Passagem
25. Proporcional
26. Relação
27. Relação
28. Relação (de novo «relação»)
29. Relativo
30. Semelhança
31. Semelhante
32. Semelhante
33. Simetrias
34. Tal
35. Transmissão
36. União.
***

ENERGIAS 1995

caee-1>cartas> caee = carta ao encontro de estudo

AO ENCONTRO DAS ENERGIAS SUBTIS

Mensagem lida no final do Encontro de Estudo realizado nos dias 28/29 de Abril de 1995, na Sociedade Portuguesa de Naturologia:

30/Abril/1995 - Dado que teremos de proceder, a direcção da SPN e eu, da maneira mais correcta relativamente aos direitos de divulgação da obra de Etienne Guillé em Portugal, e porque não queremos molestar nem prejudicar ninguém, os nossos encontros de estudo vão regular-se por alguns pontos elementares, a saber:
1 - Serão denominados Encontros de Estudo
2 - Só serão contactados, por carta, sobre a data do (s) próximo(s) encontro(s) as pessoas que deixarem inscrita a sua morada e o seu nome (ou pseudónimo) num dos papéis existentes para o efeito
3 - Além dos livros de Etienne que estão à venda nas livrarias e a que todos podem ter acesso, a informação suplementar (os utensílios de estudo) só serão transmitidos às pessoas que verdadeiramente queiram utilizar essa informação no melhor entendimento da obra lida
4 - Para estas pessoas, interessadas em aprofundar o conhecimento da obra de Etienne Guillé, disponibilizará a SPN um espaço onde funcionará um «Círculo de Amigos e Leitores da obra de Etienne Guillé» que, como se disse, reunirá mensalmente nesta sala para trocar impressões sobre as leituras e práticas entretanto efectuadas.
5 - É aqui que faz sentido a SPN dirigir um convite a Manuel Fernandes, a Maria Correia Pinto, a Afonso Lopes Vieira e a José Carlos Alverca para virem assistir a essas mesas redondas, um deles em cada mês, dando um contributo de esclarecimento às dúvidas das pessoas que se confrontam, sozinhas, com várias dificuldades de leitura da obra de Guillé.
6 - Com a ajuda e permissão, portanto, da presidente da direcção da SPN, Palmira Bastos, vamos encontrar-nos regularmente para estudar a obra de Luz e Liberdade que Etienne escreveu e nós, seus leitores, temos o direito e o dever de constantemente recriar pelo exemplo e pelo pensamento. Em vez de a desvirtuar, por acção ou omissão
Afonso Cautela
***

CÔA 2001

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AOS JORNAIS QUE PUBLICARAM A NOTÍCIA DAS FIGURAS RUPESTRES NEM FÁTIMA (n)OS LIVRA

28/Abril/2001 - Dia 28 de Abril, li a notícia em quatro jornais: Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Público e Correio da Manhã. E cada um diz a sua.
Ponto comum: a deliberada intenção de confundir a gente sobre quem verdadeiramente fez o achado; a deliberada defesa da EDIA, que não sabia de nada (dizem uns) ou que sabia de tudo (dizem outros); depois, com citações avulsas de Guterres e outros importantes, a deliberada tentativa (apriorística) de minimizar e desvalorizar a importância do achado; finalmente, a desculpabilização do IPA (Instituto Português de Arqueologia) , que afinal (diziam todos) não estava a dormir na forma mas que até já tinha avisado a EDIA de que, tal e coisa.
Como sou leitor e vítima do que os jornais me impingem, não faço comentários a este tipo de (des) informação. Como, para mim, o achado significa a ponta de um iceberg que deve ser o maior, até hoje, da arqueologia sagrada mundial, estou-me perfeitamente borrifando nas manipulações de todos os manipuladores. Que hão-de pagar caro todas as mentiras.
Gostaria, no entanto, se não é pedir muito, que deixassem, em próximas edições dos vossos preciosos periódicos, muito bem explicadinho quem afinal descobriu as gravuras e quem andou este tempo todo a ver se as escondia.
Por hoje só tenho a dizer mais o seguinte: Apesar de ter gasto 1 milhão de contos com os arqueólogos que encomendou, a EDIA – empresa construtora de Alqueva – não fez o achado mais importante. «Limitou-se» a duplicar o número de sítios com megalitos... para afundar.
O mais importante achado arqueológico do milénio, provavelmente à borla, foi feito por uma equipa de independentes, guiada por Manuel João Calado e que deve ter trabalhado a expensas suas.
Era bom que isso se soubesse e fosse tornado público. Ainda há gente neste país que trabalha por amor à arte e à camisola, neste caso a arqueologia sagrada.
O escândalo de Alqueva, que já não pode ser maior, conseguiu ficar ainda maior.
E ainda agora, como não se cansam de nos dizer, a procissão vai na praça. Quando chegar ao adro, não vai chegar o maior largo artificial da Europa para o esconder dos olhos dos portugueses.
De escândalo em escândalo, de abuso em abuso, de prepotência em prepotência, de truque em truque, de dinheiro em dinheiro (arrancado ao orçamento e portanto aos nossos bolsos), assim se vai consumando o maior atentado jamais cometido contra a identidade ancestral deste país. Não queriam que isto tivesse consequências?
A prova que Nossa Senhora de Fátima também já nos retirou a protecção divina, está na nega que Bruxelas anunciou, há dias, de financiar até ao fim a loucura de Alqueva. Buena gente, essa de Bruxelas: foram os instigadores de Alqueva e sem a sua luz verde o atentado não se teria cometido; e agora dizem que não têm mais que pagar.
Não será, portanto, nem Fátima nem Bruxelas que nos livrará da maldição que inevitavelmente recairá sobre nós, profanando como se profanou a mais importante zona da geografia portuguesa do sagrado.
Preparem-se, pois, os que (ainda) cantam de poleiro, que a justiça vai ser selectiva.
O primeiro-ministro que se decida e que não ceda a pressões dos lobbies, com argumentos de chacha, do tipo «a economia portuguesa precisa de Alqueva.». Por aí, o primeiro-ministro vai é precisar muito do seu querido confessor Melícias.
É o mesmo que dizer: a economia portuguesa precisa de mais pontes de Castelo de Paiva, porque, como é sabido, a catástrofe incrementa a economia e faz subir a bolsa de valores.
A SIC radical que o diga.
Para esta argumentação economicista, há que dizer: chega, agora que o arqueólogo Manuel João Calado, professor da Faculdade de Letras de Lisboa, pôs a nu a capital portuguesa (e provavelmente mundial) do sagrado (alquimicamente puro) . O velho disco da rentabilidade e da economia do país, em nome das quais todos os crimes foram, são e querem continuar a ser cometidos, soa mais do que nunca a disco rachado. Chega de tanto disparate.
É o que os peregrinos devem ir rezar a Fátima, no ano em que o contingente aumenta – dizem os jornais – por causa do clima de catástrofe que se adensa de dia para dia. Lá isso é verdade. Os bispos apontaram outras catástrofes, mas a causa é a mesma. Havemos de pagar caro ousadias como a de Alqueva. E não deve ser a isto que o primeiro ministro chama a importância económica de Alqueva.
Se resta uma ponta de bom senso aos que têm na mão o volante do poder, recolham-se, vão a Fátima, meditem e não se queixem se, mesmo assim, a partir de agora, que a profanação do sagrado (alquimicamente puro) ficou a descoberto, a catástrofe de Castelo de Paiva se multiplicar por mil.
Não venham é dizer que ninguém sabia. Agora já sabem. E agradeçam ao Manuel João Calado e à sua fabulosa equipa. Para ele, um abraço do amigo e conterrâneo
Afonso Cautela
***

TECNO-DISCURSO 1989

tecnodis-1> = a perversidade do tecnodiscurso – unideologia – inédito ac de 1989 – tese de 5 estrelas

A PERVERSIDADE DO TECNODISCURSO

28/4/1989 - Quando se proclamam defensores da Natureza e da Floresta os plantadores profissionais de Eucaliptos, classificando de provocadores os movimentos conservacionistas e do Ambiente.
Quando se chama de Saúde o ministério da Doença - dos Hospitais, da Sintomatologia, dos medicamentos e de tudo o que é o contrário da Saúde.
Quando se chama Economia ao sistema que se baseia no desperdício sistemático de recursos, valores, pessoas e culturas
Quando se chama Desenvolvimento de um país ao processo que é feito à custa do subdesenvolvimento agravado de outros países e continentes inteiros.
Quando se chama Estado de Direito àquele onde os direitos fundamentais do cidadão são diária a sistematicamente violados e onde um sistema que se diz de Justiça todos os dias agrava as injustiças e desigualdades sociais.
Quando as radiações ionizantes que produzem cancro são medicamente indicadas como terapêutica contra o Cancro.
Quando o rebentamento de bombas nucleares subterrâneas que produzem ondas sísmicas, é preconizado como processo de prevenção sísmica.
Quando na frente de luta pela vida e pela qualidade de vida (a saúde) se encontra um produto que leva consigo o nome de "antibiótico".
Quando os conceitos e as palavras significam exactamente o seu contrário, estaremos ou não perante a Perversidade fundamental do sistema que vive de ir matando os ecossistemas?
Que se pode esperar de todo um sistema e de toda uma mitologia que se baseia nestes princípios perversos, nestes pressupostos viciados, neste discurso contraditório?
Contraditório em si mesmo e contraditório da realidade, da qual completamente se divorcia por antagonismo?
Será por isso que o mundo nos aparece como uma dança de fantasmas, um sabat alucinado de mitos e mitificações ?
Será por isso que as ideologias do sistema são todas mitologias ?
Um discurso que constantemente significa o seu contrário, oposto, inverso ou antónimo, onde nos conduzirá estes discurso?

OS "DIAS MUNDIAIS"

Os "dias mundiais" são habitualmente usados pela Comunicação Social - cuja vocação é debitar o discurso mitológico e perverso em vigor - para debitar às massas, com maior abundância, esse discurso da .perversidade.
Quando as companhias celulósicas pagam páginas de publicidade nos jornais, que em troca lhes transcrevem o discurso a favor do Eucalipto, discurso que classifica "a crítica ao Eucalipto uma campanha manipuladora da opinião pública" , é evidente que os jornais ficam mudos para fazer qualquer crítica aos eucaliptos e às celuloses.

Quem tem força para manipular?
Quem pode pagar aos manipuladores (jornalistas e arredores)?
Não contentes em vomitar em cima de nós, estes activistas da mentira e do crime ainda cagam.

INIMIGO PRINCIPAL - IMPERIALISMO INDUSTRIAL - BIOCÍDIO

"O Homem mata o Meio Ambiente." Lê-se frequentemente este tipo de discurso claramente mistificador, em que se mitifica um Homem abstracto com H maiúsculo.
Calma aí, gente.
Qual "Homem" e quais homens é que matam o Ambiente?
O conceito de inimigo principal nesta matéria é também muito importante. Convém não escamotear o principal inimigo - o imperialismo industrial - com eufemismos e inimigos muito secundários. Neste caso, um mito.
Quem mata a Natureza é o imperialismo industrial e quem directamente o serve como funcionário, mais ou menos superior e enquadrado, do sistema. O resto é fita, figura de retórica, poluição, antipoluição, etc
Transferir para uma Humanidade mítica e abstracta as culpas do Ecocídio é manobra ideológica frequente entre ambientocratas, quando o imperialismo tecno-burocrático que eles servem é que é o principal factor quer de genocídio, quer de etnocídio, quer de biocídio em geral e em todas as frentes.
Por exemplo: de que modo o mito da explosão demográfica da tal abstracta humanidade tem servido ao sistema para perpetrar os seus crimes?
A verdade é que nunca houve nem haverá gente a mais no Planeta: mas, para justificar a mortandade de populações inteiras, o imperialismo manda os seus ideólogos apregoar que o "aumento da população é culpado número 1 da Poluição e da Destruição do Meio Ambiente."
Proclamando que "há gente a mais", o imperialismo pretende deixar no subconsciente colectivo legitimado o genocídio que vai praticando, ao mesmo tempo que lança sobre o Homem e a Humanidade - entidades abstractas que não existem - as culpas que só a ele, Assassino da Vida, cabem.

A INFLAÇÃO DAS TEORIAS

A inflação das teorias não abre um espaço de tolerância mas de cepticismo.
Quando se quer impor um crime como o Nuclear, o melhor é encenar um debate pluralista com a participação de vários quadrantes partidários, de preferência com assento parlamentar.
Quando se quer estabelecer a confusão no espírito das pessoas, quando se quer condicionar propiciatoriamente o consumidor, arranja-se uma panóplia de teorias, contraditórias umas das outras, levando o consumidor (receptor da mensagem que explicita essas teorias) à conclusão, regra geral sub-consciente, de que afinal nada é certo nem seguro,
No campo alimentar, este niilismo produzido pela multiplicidade das teorias, prepara um terreno propício à recepção do discurso publicitário, aos spots televisivos sabre todos os crimes alimentares.
O cepticismo é, em nome da tolerância, do livre pensamento, da independência intelectual, da neutralidade e objectividade científica, o caminho aberto à aceitação resignada, pelo consumidor, da religião publicitária.
E sobre essa há uma só opinião. É regime de partido único.
***

TECNOLOGIA 1992

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UM TEXTO PRETENSAMENTE EXPLICATIVO

Lisboa, 28/Abril/1992 - Vais talvez receber um texto pretensamente explicativo do que é unideologia: mas desde já com um aviso prévio. Em nenhuma circunstância seria para publicar, pelo menos sem que seja expurgado de muitos parágrafos.
Só um pedido teu me faria regressar a montes de papel que já prometera a mim próprio nunca mais desatar, pois atados já estavam e metidos em caixotes, a caminho não sei muito bem de onde. De parte nenhuma, provavelmente. É matéria, além do mais, bastante inflamável e, como verás, pouco ou nada tem a ver com os ecologismos que se têm consumido por aqui. O nome de «unideologia» que dei à Sofística que se exala de todo esse conjunto de factos e datas da abjecção contemporânea, foi circunstancial e o mais moderado que encontrei, pois sei que não gostas de nomenclaturas muito escatológicas.
Definir Unideologia, portanto e como calculas, não é só ter que meter as mãos na poluição e perder mais horas a pesquisar os arquivos que cautelosamente fui mantendo, apesar de terem ido toneladas de papel pró lixo. Não é só esse desgosto de voltar a tantas horas e energias desperdiçadas: é reconfirmar o que de perigoso tem a ecologia, quando vista por esse lado...humano.
Os cargueiros afundados servem dois (pelo menos) objectivos:
- lançar no fundo do oceano detritos tóxicos e perigosos que tanto embaraço causam em terra firme;
- a notícia de cargueiros desaparecidos vai intensificar a consciência do medo do consumidor, que se segura bem segurado quando tem mesmo que mandar despachos por mar...
Durante anos, a ponte de S. Luís (?) no Porto - cai, não cai - foi matéria de ameaça para milhares de utilizadores do comboio. Aí, tratava-se de motivar politicamente qualquer governo para empreender a construção de uma nova ponte que logo, na inauguração, se viu rodeada de incidentes «ameaçadores», com esse louco do engenheiro que se julga génio a presidir à encenação . Além de espevitar os dinheiros do Governo para a construção da nova ponte, a periclitante ponte antiga naturalmente estava e está de tão boa saúde como sempre esteve. Mas não faltarão engenheiros abalizados a confirmar o estado «periclitante» da dita...
Uma indústria subsidiária, que também ganha com o Medo é a dos Tranquilizantes e a dos Estupefacientes. Etc.
Aqui tens um exemplo, entre outros, de um tema de ecologia humana que, portanto, interfere (faz interface) com outros temas e que por isso é bem um subproduto da tal Unideologia. Mas são hipóteses que eu próprio tenho medo de pensar e é por isso que o teu desafio para escrever sobre unideologia - um texto didáctico... - me deixa em pânico. Cá está. Estamos num mundo onde há que ter medo de tudo - assim convém ao sistema, mas principalmente medo de dizer o interesse que o sistema tem em que a gente tenha medo... «O medo é o que o medo quer» - dizia Alexandre O'Neil. Já viste que grande confusão? Já viste o que era um repositório destas teses loucas?
Ideias há que a gente sente medo de pensar. A escrevê-las, um dia, só sob a forma de ficção, de contrário oferecem risco para quem as pense e escreva. Sequer sonhe. Por isso o texto que aí for sobre Unideologia não será didáctico nem publicável, porque no mínimo terá de ser polémico.
***

COBAIAS 1992

1-4 -92-04-28-cw & gt; = complete works - 5 estrelas

A UNIDEOLOGIA EXPLICADA ÀS CRIANÇAS - EXEMPLOS COLHIDOS NA ÁREA DA ECOLOGIA HUMANA E ARREDORES

[28-04-92]

A Unideologia é perita em «manobras dilatórias», um dos dispositivos do seu arsenal a que recorre com mais frequência.
Ela desvia as atenções para o Elefante para fazer entrar a Formiga (ou vice-versa).
Ela encontra «bodes expiatórios» nos níveis intermédios da responsabilidade (mal pagos), da hierarquia social que serve o capitalismo. Ela joga simultaneamente em vários tabuleiros e usa, regra geral, vários braços armados, deixando para os protagonistas do Poder, os papéis simpáticos e populares.

ECOLOGIA HUMANA: CAMPO PRIVILEGIADO DA UNIDEOLOGIA

A Unideologia consegue este prodígio: quando há «doenças da civilização» aos punhados, «doenças do Ambiente», «doenças do Consumo», «doenças do Trabalho» de inacreditável gravidade, consegue mobilizar a opinião pública para o espectáculo grotesco da sida (ver dispositivo Elefante-Formiga), que de duas uma: ou existe como imunodepressão generalizada nos tempos que correm e é apenas uma doença do ambiente industrial (ainda que a mais paroxística e mãe de todas as doenças), ou então não existe: como produto de um vírus, a sida é apenas uma anedota mal contada.
Só que a Unideologia caracteriza-se exactamente por conseguir convencer todo o Mundo de coisas que nem sequer existem. Ou existem mas, se forem implicitamente denúncias espectaculares contra o sistema ( e a Imunodepressão põe esta sociedade definitivamente no Banco dos réus), a Unideologia consegue dar-lhes a volta e responsabilizar...o Vírus.
Não é argumento que a doença assim designada tenha incidência no Terceiro Mundo não industrializado: se há sucesso de que a Unideologia se pode gabar é a rápida exportação de poluições e doenças típicas do industrialismo.
Aliás, a imunosupressão tanto pode ser um resultado da Pletora alimentar como da Fome: porque a Pletora alimentar em termos de quantidade significa, nas sociedades industriais, a fome oculta a que tantos já se referiram.
Pergunte-se a um socialista, a um social democrata, a um democrata cristão, a um comunista, a um anarquista, a um maoísta, a um trotsquista e a um anarquista: todos acreditam na sida, como todos acreditam na medicina oficial, na ciência oficial, na tecnologia oficial, no discurso oficial, na tecnocracia oficial, na mitologia oficial,
Modelar é este caso - o chamado vírus - para definir o poder e a amplitudade da Unideologia: ele é um prodígio de hipnotismo e de manipulação do homem pelo homem
A Unideologia paga para em uma página, de preferência em papel «couché» e tetracromia, se fazer o elogio dos Antibióticos e paga para, na seguinte página, se fazer a crítica «científica» (quer dizer, dubitativa:« pode ser isto ou pode ser aquilo, os cientistas ainda não concluíram») dos mesmos antibióticos, barrando o caminho a qualquer tentativa de crítica radical, que chame aos antibióticos o que de facto são.
A Unideologia tem artes de financiar campanhas contra o uso de animais para experiências de laboratório, na aparente e piedosa intenção de amor aos animais, mas trata-se apenas de fazer esquecer junto da opinião pública que os doentes são sempre, urbi et orbi, cobaias dos medicamentos, dos novos e velhos medicamentos, constantemente introduzidos no mercado e que raramente são testados em animais. A Unideologia, aliás, tenta convencer a opinião pública de que os efeitos produzidos no Homem pelos medicamentos são iguais aos produzidos em Ratos, ou podem ser inferidos destes, o que é uma redonda mentira. Além de ser um insulto à qualidade especificamente humana das pessoas.
A Unideologia consegue arranjar um nome inocente, pomposo ou apenas eufemístico -«novas doenças» ou «doenças da civilização» - para as doenças que são pura e simplesmente produzidas, provocadas, causadas pelo capitalismo galopante e pelo ambiente de terror tecno-industrial, instaurado, principalmente, depois de Hiroxima.
A Unideologia consegue o à-vontade que a revista «Olá» (30.5.1987) mostra, ao intercalar entre dois pujantes anúncios de bronzeadores, com as sereias já devidamente torradas aos raios solares, um artigo muito providencial e amigo das leitoras: «Cancro da Pele: um perigo crescente a merecer congresso». Em matéria de Ecologia Humana, a Unideologia atinge, regra geral, requintes desta grandeza.
Como é que a indústria das Próteses Oculares, se não estivesse inspirada na Unideologia (que santifica a Prótese), atingiria o florescimento que actualmente tem? Se o mundo industrial não estivesse dominado hoje pelo pesadelo visual dos media electrónicos, dos ecrãs catódicos de computador, dos relâmpagos das fotocopiadoras, etc, como é que se podiam vender óculos (armações) que vão de 5 a 150 contos? Se não estivéssemos mergulhados num sistema que tem na vista - orgão hipersensível do ser humano e inclusive sede de uma das suas zonas reflexas - um dos seus alvos predilectos de agressão, quem iria investir na indústria de oculista?
Só a Unideologia conseguiria o prodígio de se referir à doença do patronato (a doença por excelência provocada pelo Patronato e adjacentes) - o Stress - com o à vontade que todos os dias os «media» revelam.
Aqui a Unideologia usa um dos seus dispositivos de psicomanipulação predilectos: repetir para banalizar e banalizar para minimizar.
A Unideologia tem lata (e só ela a tem) de encomendar a um articulista de serviço um artigo de denúncia das explosões nucleares na atmosfera, no mesmíssimo dia em que as ex-grandes potências - URSS, EUA, China, França, Grã Bretanha - acordaram começar as experiências subterrâneas, com o rol de sismos que têm assolado o Globo desde então.
Só a força da Unideologia, aliás, conseguiria ter toda a gente em todo o Mundo convencida de que, desde então, os sismos nada têm a ver com os milhares de explosões subterrâneas efectuadas. Só a Unideologia consegue tornar Opaco, de uma Opacidade total, o que é o estridente e «ululante» óbvio( outro dos seus dispositivos de Poder invencíveis).
Só mais um exemplo da Unideologia no campo da Ecologia Humana: a coexistência Leste-Oeste, dita pacífica, raiz da Unideologia, permitiu algumas realizações de grande vulto no campo da Utopia tecnocrática e outras que -- de tão utópicas -- nem chegaram à prática, mas ficaram como ameaças de megagigantismos e megaengenheiros, pairando sobre as nossas cabeças:
- Rebocar Icebergues (resposta ao Hidrovorismo do sistema)
- Desviar Rios
- Alterar Climas
- Fazer chover (iodeto de prata saiu de cena, não se sabe porquê)
Unideologia é assim: cura os males da tecnologia com mais e mais cara tecnologia, responde a um poluente industrial industrializando um anti-poluente, resolve as marés negras com detergentes, depois de 20 anos de vários Clorofluorcabonos, começa a industrializar produtos de substituição, que daqui a 20 anos serão substituídos por outros, depois de o mercado estar saturado de ecrãs radioactivos de monitores, lança um ecrã não radioactivo, etc
A Unideologia tem a seu favor o sindroma do «tele-efeito» ou efeito a retardador, do tipo «bomba-relógio»:
- Petroleiros afundados, submarinos atómicos afundados, cargueiros com produtos tóxicos propositadamente afundados, etc

A UNIDEOLOGIA NO CAMPO DA ECOLOGIA ALIMENTAR

Pela boca morre o Peixe e ninguém melhor do que a Unideologia o sabe e pratica, controlando completamente o discurso da informação alimentar e silenciando os pontos incómodos em que o sistema, a pretexto de servir bem o público, sistematicamente incorre.
Um exemplo fora da Ecologia Humana: A Unideologia, por exemplo, tem artes de propor à opinião pública, para que sejam queimados em fogo brando, os «madeireiros», indicando esse estrato profissional como o «lobby» principalmente responsável dos incêndios de Verão, desviando assim as atenções públicas das Celuloses e das Multinacionais celulósicas, que querem continuar eucaliptando o País e, portanto, arrasando matas de pinhais para novas plantações de «globulus».
A Unideologia tem artes de atribuir a pirómanos maníacos e a maluquinhos da aldeia a sementeira de fogos que é feita - toda a gente já sabe - de helicóptero, em várias frentes ao mesmo tempo e recorrendo aos mais refinados processos e recursos tecnológicos.
Só a Unideologia, com seus largos recursos retóricos, conseguiria convencer todo o Mundo de que esses helicópteros andam lá voando para vigiar as matas e protegê-las dos fogos... O discurso sobre o pirómano continua a debitar-se, apesar de se ter encontrado outro bode expiatório mais conveniente e convincente - os madeireiros.

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SILÊNCIOS 2001

súmula-1- Síntese das sínteses – os dossiês do silêncio – itens do prefácio – chave ac – 1982/83

«OS DOSSIÊS DO SILÊNCIO» 
ITENS PARA O PREFÁCIO

28-04-2001 - As listagens que passei no scanner e a seguir imprimi, servem de recapitulação de matéria dada até 1982/1983, data provável deste empreendimento que classifiquei, no original, como síntese das sínteses, espécie de súmula ecológica do que fui debitando na Crónica do Planeta Terra. Para um desmemoriado como eu, serve também (e muito bem) para me ir lembrando de alguns nomes-chave, de algumas datas e até de algumas CPT mais dignas de serem passadas no scanner. Serve também como panorama dos itens que deverei contemplar no possível prefácio-resumo do livro a que (quase definitivo) chamarei «Os Dossiês do Silêncio» . É o que melhor encaixa num conjunto heterogéneo: ou então, «Diário de um Idiota» (mais geral) ou Mein Kampf (mais geral ainda). Não esquecer que a holística e o consumidor de medicinas, bem como os yin-yang serão volumes à parte e em parte já mais avançados do que este «Os Dossiês do Silêncio» que só agora, com o scanner, me encorajei a fazer. Sabe-se lá quando perderei a coragem: são 10 anos, todas as semanas, de CPT: é muita CPT para a minha camioneta.

ACUSAÇÕES (QUASE SEMPRE IMPLÍCITAS) À ECOLOGIA HUMANA

Denunciando a face infernal do paraíso tecnológico é industrial, a Ecologia Humana é irritante e enfadonha, desmancha-prazeres face à opinião pública

Chegando na fase do "facto consumado", quando as novas tecnologias se verificam finalmente poluentes mas entretanto já invadiram todos os locais habitados, a Ecologia Humana limita-se a inventariar os malefícios dos benefícios tecnológicos, pelo que é também assimilada com a imagem do conformismo, "sopas depois de almoço"
Nada podendo fazer para inverter ou substituir uma situação irreversível e totalitária, a Ecologia Humana é muitas vezes vista como conivente com os patrões da sociedade industrial

Ao apontar a face infernal do paraíso tecnológico, a Ecologia Humana é irremediavelmente considerada reaccionária e impopular, funcionando como inimiga do trabalhador e até do movimento sindical, já que só prevê doenças e desgraças onde, até agora, por via de as ignorar, o trabalhador supunha ver só saúde e segurança

Ao fixar como seus laboratórios experimentais, as datas negras como Hiroxima, Seveso, Three Mile Island, Chernobyl, Bophal etc. a Ecologia Humana cria fama de agoirenta e de só reter a parte negra da realidade

Com efeito, a Ecologia Humana como ciência, só pode experimentar as suas leis quando os desastres industriais acontecem: é natural que a considerem necrófoga e, além do mais, sádica, e que muitos dos desastres possam mesmo ser atribuídos a ecologistas militantes que os provocariam para a Ecologia Humana, como ciência , progredir

COMPONENTES DA ABJECÇÃO

A marca irreversível e totalitária das chamadas inovações tecnológicas, que só se reconhecem poluentes e prejudiciais depois de terem invadido o Planeta
A doença de todas as doenças chamada Trabalho
O sistema que vive de ir matando os ecossistemas
O efeito-estufa dos discursos oficiais dominantes emanados de poderosas organizações internacionais (sem brecha) como: OMS, FAO, OMM, UNESCO

AS ILUSÕES DO APOCALIPSE

1ª ilusão - A tecnologia pesada e poluente resolve todos os problemas
2ª ilusão - Os homens podem ser indefinidamente escravizados, espoliados e enganados
3ª ilusão - Os combustíveis fósseis são inesgotáveis como inesgotáveis são os recursos naturais renováveis da Biosfera
4ª ilusão - Não há limites para o crescimento industrial e económico, o desenvolvimento é infinito, exponencial e logarítmico
5ª ilusão - A ciência experimental - espécie de alta autoridade de última instância - incarna o dogma e representa a verdade absoluta

AS PRAGAS DO APOCALIPSE

A desinformação da Informação
A economia baseada no desperdício
A medicina que provoca doenças
A energia nuclear que gasta mais electricidade do que aquela que produz
A radioactividade que trata cancros provocados por radioactividade
Os radioisótopos usados em estudos de Ecologia experimental
O acidente máximo impossível que já foi possível várias vezes em 10 anos
O falado progresso que se caracteriza por taxas de suicídio à média de um por dia (Japão, ver eco datado 80)

REGRAS DE FUNCIONAMENTO DA ABJECÇÃO

O sistema só reage e toma medidas contra qualquer fenómeno de biocídio (morte rodoviária, por exemplo) quando esse fenómeno começa a pesar no Orçamento de Estado ou nos lucros das empresas (e) seguradores.
(Ver CPT, "As Outras Olimpíadas", 22.3.80)

TRUQUES DO DISCURSO TECNO-ABJECTOCRATA:

O truque do eufemismo ( poluição em vez da palavra "merda", por exemplo)
O truque da controvérsia para discutir o crime declarado (crime nuclear, pesticida, antibiótico, etc.
O truque do segredo de Estado para escamotear informação sobre o terror etnocida que dizima a humanidade
O truque do preço a pagar pelo que chamam eufemisticamente progresso
O truque do"não fomos nós foram os comunistas" ou "não fomos nós , foram os americanos"
O truque de caricaturar o realismo ecologista (o único irredutível a caricaturas) sob a forma dos seus diversos equívocos (ambientalismo, escutismo, amor à Natureza, defesa do património, protecção das espécies, anti-lixo urbano, anti-poluição, etc.)
O truque de considerar a priori "impossível" o acidente máximo possível
O truque "democrático" (entre aspas) dos referendos manipulados pelo poder
O truque de silenciar factos, para que os factos assim não existam

CRISE PLANETÁRIA-VECTORES PRINCIPAIS:

guerra dos cereais
" do clima
" da chuva manipulada
" sísmica
" da mega-engenharia
" dos tufões modificados
" da desarborização (chuva ácida)
" da fome provocada
" química
" biológica
" da engenharia genética

CRISE PLANETÁRIA-GRANDES REGIÕES DA BIOSFERA EM ESTADO CRITICO:

Amazónia
Antártida
Aveiro
Falha de Santo André
Mar do Norte
Mediterrâneo
Pântanos de Foz
Setúbal
Sines
*
A CRISE PLANETÁRIA - LINHAS DE ARRUMAÇÃO (SACOS-DOSSIÊS)

Apocalipse
Balanços do Terror
Biocídio
Bophal
Cenários 2000
Chernobyl
Datas de Ecologia Humana
Datas-desastre - 1980
Datas-desastre - Notícias
Datas-Desastre (Fotos)
Desastres Industriais
Espanha 82
Etnocídio
Explosões
Filmes-desastre
Fugas-Radiações
Hamburgo 84
Hiroxima
Horror (Imagens)
Ixtoc Um
Love Canal
Megaplanos
Oceano assassinado
Ozono
Reactores-acidentes
Recursos naturais
Referendos s/ nuclear
Sahel
Sindroma sísmico-nuclear
Three Mile Island
Vietname
***

INTERFACES 1992

1-5 - 92-04-28-cw= complete works

28-4-1992

INTERFACES DA ECOLOGIA HUMANA - ÁREA PRIVILEGIADA DA UNIDEOLOGIA

«Com uma cajadada, a Unideologia mata sempre vários coelhos»

Informação formatada em fotocópias A4, arrumada por temas:

Entre livros e documentação seleccionada A4, a área de ecologia Humana, em interface com a Holística, tem na Biblioteca da «Frente Ecológica» alguma informação, arrumada por grandes áreas, tais como:
A) O Macro-sistema contra os Ecossistemas:
- A Era da catástrofe = Os retrocessos do Progresso
- O efeito «a retardador» = Desastres de efeito diferido («bombas-relógio») ou tele-efeito ( fenómeno inédito em toda a história humana - nunca uma notícia foi tão prolongada como Chernobyl, Three Mile Island, Seveso, Vietname, Hiroxima, etc.
B) Ecologia Humana
C) Holística e Bionergética Humana
D) Tecnologias de saúde e alternativas de vida

I
A) A ERA DA CATÁSTROFE - TEMAS MAIS NEGATIVOS DE ECOLOGIA HUMANA:
- Grandes desastres: Laboratórios de Ecologia Humana ( ex: Hiroxima)
- Mega-engenharias e megalomonias («the big is beautiful»):
- Rebocar icebergues, desviar rios, alterar climas, construir superaceleradores de partículas, super reactores nucleares, superpetroleiros, superjactos, etc.
- Poluições Itinerantes - Produtos perigosos - Camiões-cisterna -
- Ruído, interface típico da Ecologia Humana (Surdez + Stress + Interferências nas energias vibratórias do ser humano humano > Se não houvesse Ruído, a indústria das Próteses Auditivas não existia, nem a dos Tranquilizantes, nem a dos tampões auditivos...)
- Os fascismos da Democracia:
- O Cidadão metido em bancos de dados informáticos - Interligação de polícias - Interligação de polícias a todos os departamentos do Poder - Viva a Interpol - Coexistência pacífica ( KGB + CIA + Inteligent Service + etc) =
- «O Estado vai interferir na nossa vida privada?» - pergunta um; Resposta do outro, tipo Sopas-depois-do-almoço: «O Estado promete não se meter na nossa vida privada»
- Outra ocorrência do tipo sopas-depois-do-almoço é o ar condicionado: a uma fase de elogiosa propaganda e de panegírico, e quando já todo o Mundo tinha comprado ar condicionado, começam os efeitos sobre a saúde...
- Outro interface da ecologia humana desta nova tecnologia: Gasta energia eléctrica enquanto as tecnologias solares e a arquitectura solar não entrarem nos hábitos do consumidor enganado
- Doping: aparentemente «maldito» no desporto - à luz de uma retórica moralista em que os media são peritos - o «doping» - caso particular da Iatrogénese - é a droga nossa de cada dia na medicina e nem só: mas só nas Olimpíadas e na Volta a Portugal é que se dá por isso (classificar nas mais belas hipocrisias do sistema)
- Crianças com doenças de adultos e velhos ( o cancro é principal causa de morte em crianças até aos 15 anos nos EUA)
- Televisão contra as crianças ( > écrãs catódicos do computador)
- Manipulação psíquico-ideológica dos «media» e nem só ( + manipulação radioactiva)
- Sofismas e mitos do discurso oficial - o Ambiente invisível que nos condiciona até ao ADN
- Saúde Pública: escândalos silenciados > Ciências ocultas em tempo de inquisições
- Novos hábitos alimentares (divulgadíssimos na TV) e Cancro: «fast-food», cereais e óleos refinados, alimentos sem fibras, aditivos e corantes químicos, fritos e hamburgers, alimentos irradiados, fornos de micro-ondas, etc
- Doenças do Trabalho = Doenças do Stress (90% dos textos relacionam (causa > efeito ) Stress e Indução do Cancro
- Causas Conhecidas de Doenças (ditas) «desconhecidas» ou «misteriosas» (Ver os preciosos dossiês com notícias seleccionadas do terror tecnoindustrial ( «Notícias do Apocalipse - 1946-90») = Impacto da sociedade industrial na Vida Humana = Desastres industriais: laboratórios de Ecologia Humana [ver cronologia dos grandes desastres desde Hiroxima e Vietname até Three Mile Island e Chernobyl), que tanto ajudaram os cientistas a compreender os efeitos das radiações no ser humano (caso de Hiroxima) e do agente laranja--herbicidas-- (no caso do Vietname e Seveso), etc]

II
B) ALGUNS EXEMPLOS DE ECOLOGIA HUMANA
Informação formatada em fotocópias A4, arrumada por temas, tais como:
- Consumos provocantes (café, chá, coca-cola, estupefacientes, etc)
- Toxicologia e Ecologia Humana («A química que adoece»)
- Nós, Cobaias da Ecologia Humana ( Iatrogénese, caso particular da Toxicologia médica, um crime capital do Mundo contemporâneo)
- Doentes usados como cobaias ( a neutralidade da ciência tudo justifica e autoriza)
- No Tempo das Próteses, esse portentoso negócio da sociedade traumática por excelência ( ex: «cirurgia corta com a faca o que não consegue curar pela terapêutica» - «cirurgia melhora negócio enquanto a medicina não for (alimentarmente) preventiva ou profiláctica»)
- Óculos (a prótese mais antiga, mãe de todas as próteses...)
- Aparelhos auditivos
- Próteses dentárias
- Próteses de grande cirurgia (Transplantes):«Substituição do coração humano por bomba de plástico», «Válvula biológica aplicada a coração de paciente», «Primeira implantação mundial de células num cérebro humano (26/7/1982)»,« Homem subsiste com aorta de plástico», «reimplantação de mão», « Unidade cirúrgica laser - grande progresso da ciência», «Rins de cadáver para hemodialisado», «Um homem de 24 anos e uma senhora de 51 beneficiados com os rins da vítima de um acidente de viação ocorrido próximo de Coimbra (1/7/1980)», «Transplante da Córnea»,« Feto operado», etc
- Hemodiálise

III
ECOLOGIA ALIMENTAR - UM CASO PARTICULAR DE ECOLOGIA HUMANA
Alguns exemplos dos temas documentados em fotocópias normalizadas A4:
- Regimes alimentares ancestrais e modelos culturais de alguns povos (ex: os Hunza) - Interface com a fome do terceiro Mundo provocada pela Pletora do Primeiro - Macrobiótica, desde este ponto de vista, apresenta-se como a técnica alimentar de menor desperdício energético e a que menos depreda recursos

AMBIENTOPATOLOGIA - UM CASO PARTICULAR DA ECOLOGIA HUMANA:
- Ambiente determina comportamento
- A «civilização» da doença
- Doenças do Ambiente
- Doenças do Consumo
- Doenças do Trabalho
AMBIENTOPATOLOGIA ALIMENTAR
- Febre de Malta e outras doenças de contaminação alimentar, nomeadamente bactereológica e química (tóxica)
- Diabetes
- Alcoolismo
- Alzeheimer (tachos de alumínio)
- etc

V
TEMAS QUE TÊM INTERFACE COM VÁRIAS FACES DA ECOLOGIA HUMANA E QUE CONSTITUEM POR ISSO PISTAS DE INVESTIGAÇÃO FASCINANTES PARA O REALISMO ECOLOGISTA:
- Aspectos biomédicos e ecológicos da Longevidade o Mistério do Envelhecimento = Revisão ecológica da ciência geriátrica
- O Cancro
- Cancro da Pele: interface da ecologia humana (Buraco de Ozono + O Negócio dos Bronzeadores + A força das modas mesmo assumidamente criminosas + SIDA + Aerossois + Concorde fica ileso de culpas na destruição do Ozono)
- Limites da Natureza humana (expedições aos pólos, ao fundo do mar, ao Evereste, à Lua, etc) > Interface muito interessante com a Bionergia e as faculdades supranormais > Interface muito interessante com megagigantismos e megalomanias da Era da Catástrofe > Outro interface: o lúdico e gratuito da Natureza Humana;
- Ruído : interface da ecologia humana/problemas de saúde pública)

VI
TEMAS DE ECOLOGIA HUMANA QUE SE TORNARAM MODA E MODA QUE NÃO É INOCENTE:
- Behavior humano
- Sexualidade
- Alimentação «racional» (uma forma de não ensinar a Bionergética alimentar, de que a Macrobiótica - baseada na tradição taoísta do yin-yang - é uma das interfaces mais lógicas, interessantes e, acima de tudo, eficazes)

ECOLOGIA HUMANA DO QUOTIDIANO - CASO PARTICULAR DA DEFESA DO CONSUMIDOR:
- Animais domésticos - factor de ambiente
- Poluição atmosférica = Cidades sem respirar
- Defesa ecológica do consumidor
- Segurança quotidiana do Cidadão - Interface interessante com «protecção civil» («defesa do território»), Socorrismo ( prontuário de urgências de enfermaria) e a Engrenagem da sociedade industrial, estruturalmente traumática

VII
C) BIOENERGÉTICA - TEMA-CHAVE OU COMO PEGAR NA PONTA DA MEADA (Operação ADN):
- O Corpo não dorme
- Ritmos, ciclos e ondas
- Biocronologia
- Cosmopsicologia
- Poluição eléctrica e Maschiterapia
- Sono - Sonho - O Oceano do Inconsciente ( > interface com métodos do surrealismo e realismo fantástico)

INTERFACES DA BIOENERGÉTICA:
- Medicinas energéticas = Área de vanguarda das mais antigas medicinas sagradas, desde o Ayurveda, a Acupunctura a Farmacopeia Tibetana, à moderna Reflexoterapia, Homeopatia, Radistesia, etc. / Capítulo avançado das Medicinas doces ou artes de curar
- Stress > Exploração do homem pelo homem > «O tempo que nos roubam» > O pânico programado # Ganham as Seguradoras >

VIII
D) TECNOLOGIAS APROPRIADAS DE SAÚDE PARA UM MANUAL PRÁTICO DE ECOLOGIA HUMANA E ALIMENTAR :
- Profilaxia alimentar das doenças ( a verdadeira medicina preventiva e não as VACINAS, que são apenas um crime social dos mais antigos da sociedade moderna)
PROJECTOS DE TRABALHO AC NO ÂMBITO DA ECOLOGIA HUMANA:
- Dicionário Crítico dos Consumos
a) Consumos alimentares
b) Consumos Tóxicos ou provocantes: Tabaco, Álcool, Químicos - aditivos etc.
- «Dicionário dos Alimentos, Substâncias e Poluentes Alimentares» para (projectado) Gabinete de Informação Ecológica > «Dicionário dos Poluentes e Contaminantes alimentares»
- «Os Sete Cavaleiros do Apocalipse: Ruído, Química, Radiações, Sismos nucleares, Stress, Cancro,
-«Dicionário do Terror Industrial»
Projectos pela positiva (alternativas de vida e tecnologias de saúde):
-«Dicionário sobre Artes de Curar = Ecoterapêuticas ou medicinas Ecológicas (energéticas e metabólicas ou do terreno)
-«Manual Prático de Ecologia Humana»
-«Prontuário Alimentar de Urgência»
-«Anuário Holístico (Roteiro de actividades s/ tecnologias apropriadas de saúde e alternativas de vida)»
-
-«Dicionário das Tecnologias libertadoras / Apropriadas»

TÍTULOS DE ARTIGOS E OBRAS QUE ILUSTRAM TEMAS DE ECOLOGIA HUMANA E DE UNIDEOLOGIA:
- «Manipulação Psíquica», in «La Gueule Ouverte», 249, 21/Fevereiro/1979
- «Egas Moniz - evocação de uma obra e de um prémio», in «Boletim do Ensino Secundário», 3/Maio/1975
- «Cruzada Contra A Lepra», P.K. J. Menon, in «A Saúde no Mundo», Maio 1979
- «Macacos de laboratório (e outros animais), in «La Gueule Ouverte», 247, 7/Fevereiro/ 1979 (pg 16)
- «Bócio endémico», in «A Saúde no Mundo», Agosto/Setembro 1979
- «A raiva», in «A Saúde no Mundo», Outubro/1978
- «A Criança e as Drogas», G.M. Ling e S. Boutle, in «A Saúde no Mundo», Junho 79
- «Diabetes», R. Luft, in «A Saúde no Mundo», Maio/1979
- «O discurso da parvoíce - há sempre quem faça o elogio do crime - os panglosses fingidos» (artigo ac)

ABJECÇÃO 1979

sistema-11- os dossiês do silêncio – o sistema contra os ecossistemas – inédito ac de 1987 – tese 5 estrelas

CONSTANTES DO MACRO-SISTEMA - NÃO-DEGRADABILIDADE

[28-4-1979]

1987 - A "não-degradabilidade" das substâncias inventadas pela tecnologia poluente (conscientemente poluente e não por acaso, por acidente, diga-se) é uma das realidades mais alarmantes que compõem o quadro apocalíptico da actual crise planetária engendrada pela classe tecnocrática.
A retórica ambientalista, no entanto, raramente faz a distinção fundamental entre os poluentes indegradáveis, os verdadeiros poluentes, afinal, e todos os outros detritos que, a curto ou longo prazo, reentram na biosfera.
O fabrico de substâncias que ficam "a mais" no ambiente é um dos verdadeiros atentados que põem a actual tecnologia em Tribunal dos Direitos Humanos: não que essa tecnologia tivesse feito, por engano, o que não devia, mas por ter feito na perfeição o que está estruturalmente na sua natureza fazer.
Exemplificando com o DDT, o agrónomo brasileiro G.A. Lutzenberger descreve, de maneira exemplar, essa súbita intromissão do Hiperpoluente ou Poluente propriamente dito, que os ambientalistas deviam distinguir do poluente menor ou biodegradável.
Uma dicotomia que supera a poluição e a não poluição é, assim, a de bio-degradabilidade e a degradabilidade, pois é aí que está o grande e maior busílis.
Diz Lutzenberger: “O veneno mais conhecido do público, todos os dias mencionado em todos os jornais do mundo, o DDT, é um hidrocarboneto clorado, uma substância sintética que não tem semelhante entre as milhões e milhões de substâncias até hoje inventadas pela Natureza. A Natureza - infelizmente o homem moderno insiste em querer ignorá-lo - sempre foi e continua sendo muito sábia. Para cada uma da infinidade de substâncias que inventou, ela sempre inventou, também, concomitantemente, a enzima capaz de decompô-la. Todas as substâncias que o mundo vivo até hoje produziu são biodegradáveis, a própria vida sabe como destruí-las e sempre as retira de circulação, logo que cumpriram sua função. O homem tecnológico, no entanto, com toda a sua habilidade e racionalidade, não gosta de olhar muito além da ponta do seu nariz, inventa centenas de milhares de substâncias, muitas delas potentíssimas, as emprega despreocupadamente mas, uma vez cumprida a missão imediata a que se destinavam, se desinteressa por elas e as abandona simplesmente no ambiente. Mas a Natureza não está preparada para estas loucuras, muitas vezes não consegue inactivar o que lhe entregamos inadvertidamente. Estas substâncias escapam ao controle humano e continuam agindo na Natureza, nada mais consegue detê-las.”

SECTORIZAÇÃO

O discurso vigente prefere transladar o centro da questão para aspectos marginais. É a sectorização, truque muito conhecido usado pelos servidores do sistema.
Truque utilizado pelo sistema de comercialização das tecnologias poluentes e biocidas é, com efeito, o de recomendar o seu "bom uso", pretendendo o discurso que a tecnologia não é má em si (nunca é) mas o que há, ou pode haver, é um "bom" e um "mau" uso dela.
Useiro e vezeiro neste "neutralismo" ou pilatismo, o discurso agroquímico prega aos agricultores os cuidados que devem ter com o uso de pesticidas, uns fulminantes, outros persistentes.
Venenos como o Aldrin, o Dieldrin, o Clordano e o DDT, por exemplo, são eficientes porque são persistentes, porque permanecem muito tempo no ambiente sem decompor-se.
Outros venenos , menos persistentes, como Paratião, Ketasistox, Dímetoate, etc., são eficientes porque são fulminantes.
É ainda uma constante do sistema colocar o consumidor perante o facto consumado, deixando-lhe a escolha entre o sal e a salmoura, a peste e a cólera, o mau e o péssimo.

DOSES MÁXIMAS ADMISSÍVEIS

As "doses máximas admissíveis" ou "limites máximos admissíveis" é uma verdadeira instituição do discurso ambientalista,  entregue à autoridade científica de organismos que se convencionou considerar respeitáveis.
Em matéria de consumos alimentares e respectivos aditivos químicos , são instância suprema inapelável a "Comissão do Codex Alimentarius”, a OMS., a F.A.O. e mesmo a C.E.E. com suas directrizes ou directivas.
Ocultar o "mal maior" com o "mal menor" é assim algo muito utilizado pelo sistema quando se trata de encontrar desculpa para alguns pecados  capitais contra a Humanidade.
A perda da qualidade biológica dos alimentos, condição sine qua non da função fisiológica e metabó1ica que esses alimentos têm a desempenhar na saúde da humanidade, será um desses pecados mortais, mal percebido ainda em toda a sua transcendência.
Organismo do Estado que se proponha disciplinar o mercado dos consumos alimentares, inverterá então as prioridades e colocará a tónica nos pequenos delitos ou nos pequenos mixordeiros, esquecendo as multinacionais que controlam as indústrias alimentares e a intrínseca destruição da qualidade biológica dos alimentos praticada por essas indústrias.
Enquanto se dá atenção a pequenas infracções e delitos como, por exemplo, leite mal pasteurizado ou contaminado por micro-organismos, arroz com mais trincas do que a percentagem legal, conservas avariadas, carne podre de talho, água no vinho, manipulações de azeite, vinho a martelo, matança clandestina, peixe podre, prego no papo-seco ou parafuso no iogurte, etc. distrai-se as atenções da tal qualidade biológica que os alimentos, à partida, deixaram de ter com o incremento da agricultura química e da química na alimentação.
Um ''tang" anunciado na televisão e que é só produtos químicos, fica apenas como o símbolo de uma prática que fundamentalmente caracteriza o sistema das indústrias alimentares, desejosas de substituir pelo químico o orgânico ou biológico que ainda resta.

SÍNDROMA SÍSMICO NUCLEAR

A "cumplicidade" da ciência relativamente a uma tecnologia que força até ao paroxismo todos os limites da resistência humana e do Planeta Terra, é uma constante da ideologia vigente, largamente comprovada com exemplos como o do "síndroma sísmico nuclear" .
Negando-se reconhecer até hoje que haja relação de causa-efeito entre os milhares de rebentamentos atómicos subterrâneos (URSS, EUA, França, Grã Bretanha, China, África do Sul) e o recrudescimento da actividade sísmica, que atinge ondas de perfeita loucura pânica, a ciência entra em especulação de novas teorias como alibi para esse recrudescimento provocado por causas bem óbvias.
A tectónica de placas e a actividade solar são duas teorias que se enquadram nesse propósito sofistico de cumplicidade com o sistema sísmico-nuclear estabelecido.
Tremores de terra, tufões, tempestades, trovoadas, crescente actividade vulcânica, quadro climático perturbado, é o sintoma ou conjunto de sintomas que os cientistas atribuem às erupções solares periódicas - dizem eles - que libertam tanta energia como a explosão de milhares de bombas de hidrogénio.
Concluem cientistas soviéticos, tão iminentes como os ocidentais, que as variações cíclicas da actividade solar influem sobre tudo o que é vivo: nos anos de actividade máxima, as árvores crescem mais depressa e o rendimento das searas é maior...
Mas quando os ecologistas falam de óbvias relações bio-climáticas, são apelidados de fantasistas.

FATALISMO

O "fatalismo" ou indispensabilidade é um dos princípios fundamentais que regem o funcionamento do macro-sistema  tecno-industrial.

Uma vez montado um sistema de vigilância e defesa computarizado, como o que tem os EUA, a tendência é para mostrar que esse sistema envelheceu, que qualquer falha do sistema pode originar uma guerra nuclear e que é urgente substitui-lo por outro inteiramente novo.
(Em outra altura se falará do papel que o mito do novo desempenha no girar ininterrupto do sistema, promovendo modas e condenando ao lixo a moda imediatamente anterior).

Uma vez montada a indústria nuclear dita pacífica, a tendência é para criar novas necessidades justificativas dessa energia, nem que seja a conservação de alimentos por radiações, análises clínicas por raios X, etc.,
Se vierem a verificar-se desastrosos efeitos provocados pelas tecnologias que eram só vantagens ao instalar-se, a sua indispensabilidade é um facto, bem como a sua inevitabilidade, irreversibilidade ou fatalidade.

VIGIAR OS ASTEROIDES

Curioso exemplo desse "fatalismo", dessa criação irreversível de novas necessidades, é dado por um programa que a NASA se propunha realizar, em 1981, de vigilância do espaço para proteger a terra contra a colisão de um asteróide.
Em pleno espaço do aleatório, é fácil convencer a opinião pública do perigo que oferecem cerca de 800 asteróides prontos a colidir com a Terra.
A catástrofe absoluta seria então possível, tal como (diz-se) foi a de há 65 milhões de anos, quando desapareceram os dinossauros (tese de Luiz Alvarez , Prémio Nobel da Física).
Os dinossauros que não morreram com o choque, acabaram por morrer à fome, já que a terra esteve privada séculos da luz solar, devido à nuvem de poeira levantada pela colisão do gigantesco asteróide."
Primeiro 500 mil e depois 50 milhões de dólares seria a quantia pedida pela NASA com o objectivo de vigiar os asteróides prontos a colidir com a terra...
Repare-se como a NASA joga bem com o aleatório em duas dimensões: o aleatório da dimensão futuro e o aleatório da dimensão passado (o recuo até aos dinossauros...).

TOLA INOCÊNCIA"

A "tola inocência" é típica característica da classe tecnocrática e seu discurso em favor dos poderes biocidas estabelecidos.
A prioridade do tecnocrata não é a Saúde Pública, da qual, aliás, amplamente desdenha, se tiver oportunidade disso. Tão pouco a saúde individual dos filhos e a saúde própria, o tecnocrata presa, confiado de que há sempre uma técnica médica que resolve todos os problemas.
A infinita confiança na técnica leva-o a subestimar a saúde - mostrando-se, portanto, falsamente "inocente" ou "ignorante", quando dados laboratoriais relacionam as mais variadas doenças, desde cancro a arterioeselerese, com a proliferação de consumos químico-alimentares, com a poluição química na agricultura, na atmosfera respirável e nas águas de consumo, desde metais pesados - mercúrio e cádmio, por exemplo - a gases de óxido de enxofre, carvão, anidrido sulfúrico, anidrido carbónico, protóxido de azoto.
É sabido que um médico, por exemplo, jamais reconhece determinados sintomas sobrevindos ao doente, mesmo que esses sintomas venham indicados como "efeito secundário" que os medicamentos receitados podem suscitar.
Quando a ciência assim se encontra submetida a prioridades que não são as pessoas, os indivíduos, a saúde e a segurança das populações, a classe científica tem sempre um mecanismo a funcionar que inibe o reconhecimento dos verdadeiros culpados e inventa bodes expiatórios.
A ciência, tal como está e tal como se usa, tem que funcionar de acordo com esta e outras leis de funcionamento do sistema; mas já o mesmo não se poderá dizer dos cientistas, que em princípio têm cabeça própria e deveriam poder decidir por si, sem cega obediência às regras do sistema.

ABJECÇÃO

Abjecção é uma daquelas palavras que as gralhas têm um prazer sistemático em substituir por objecção.
Como o acaso nunca é por acaso, penso haver algumas constantes e correspondências mágicas nesta aparente coincidência.
Abjecção sugere mesmo objecção e exerce uma energia repulsiva no meio ambiente.
O subconsciente individual e colectivo evita aquilo que mais sintoniza o seu próprio comprimento de onda.
Semelhantes repelem-se, contrários atraem-se (isto em teoria).
Há, depois, uma passagem automática à fase seguinte - em sequência lógica à abjecção - que obviamente é objecção.
Mas se a objecção se tornou aceite pelo subconsciente colectivo, até emergir em movimentos de opinião como o Maio 68, se a palavra objecção se sacralizou no caso dos “objectores de consciência", a sua aparentada abjecção permanece repulsiva, solitária e com tendência irreprimível a perder o "a" em favor do "o".

INTERDEPENDÊNCIA

O mecanismo "carambola", "interdependência" ou "pescadinha-de-rabo-na-boca" - verificado nos fenómenos de amplitude planetária - tem ilustração significativa. no processo que é normalmente designado por "efeito de estufa”.
1º - O aumento de anidrido carbónico na atmosfera, provocado por aumento da actividade industrial, deveria contar , em princípio, com um factor correctivo que é o coberto florestal do Planeta;
2º - Devido à desflorestação ou desmatamento que, a par da actividade fabril, o sistema também promove, o referido factor correctivo diminui, contribuindo para um suplementar aumento do nível de anidrido carbónico;
3º - Este aumento de anidrido carbónico , por um lado provocado e por outro lado não corrigido, faz subir a temperatura média que, por sua vez, poderá derreter os glaciares das calotes polares;
4º - A transformação dos grandes volumes de gelo em água, por sua vez, vai originar oscilações substanciais no eixo da terra e também desaceleração da rotação; o que pode ser outro factor de acumulação do já referido anidrido carbónico;
5º - E assim sucessivamente, num quadro que é de "carambola" ou de efeitos sinérgicos

BIOCÍDIO DE ESPÉCIES

O biocídio de espécies e a pilhagem de recursos vivos naturais é uma constante da actual crise planetária, não apenas porque a cobiça faz parte da natureza humana, desde sempre e para sempre, mas porque a esses predicados se acrescenta a cobiça da engrenagem industrial, especialista de produção em massa.
Massacre de focas no Norte do Canadá, massacre de golfinhos no Japão, massacre de baleias em todos os oceanos, são assim alguns dos símbolos emblemáticos da crise planetária, resultado da mentalidade que tem subsistido no homem de todos os tempos, mas que o sistema industrial permitiu levar até aos requintes do absurdo universal.
Fenómeno dominante da crise planetária são as "estranhas migrações" de insectos, principalmente abelhas e gafanhotos, que vagueiam por continentes inteiros, sem se saber ao certo de onde vieram ou para onde vão.
Mas sabe-se que existem e deles se fala, de vez em quando, que mais não seja para proclamar que os espera um poderoso insecticida .
Isto, diz-se, embora já todos saibam que as referidas vagas de insectos são exactamente resultado de desequilíbrios ecológicos verificados por usos maciços de insecticidas e pesticidas, e que estas novas vagas, não só pela quantidade atingida como pela habituação ao veneno, criaram gerações ou estirpes mais poderosas, além de, como se disse, mais numerosas.

SEGREDO DE ESTADO

O argumento "segredo de Estado" - constante do sistema - alarga até ao infinito as hipóteses de termos infiltrado pelo sistema , seus truques  e subtilezas, o quotidiano dos países, especialmente dos mais ingénuos e pobres.

Basta que se invoque o argumento "segredo de Estado" para justificar a instalação, dentro do máximo segredo, de áreas onde se desenvolvem, por exemplo, pesquisas de armas bactereológicas ou químicas, experiências genéticas, manipulações climáticas, etc..
A praga dos eucaliptos entrou em Portugal com toda a argumentação disponível do "desenvolvimento", do "crescimento", da "modernização etc.
Não é , por outro lado, improvável que surtos endémicos até hoje inexplicáveis ou mal explicados, tenham sido eventualmente provocados por instalações desse tipo que as populações ignoram. O que é "top secret” mantém-se, por definição, secreto.
A investigação do efeito das micro-ondas no comportamento humano pode ser já hoje matéria de experiências secretas que, em nome da defesa do segredo de Estado, se fomentam.

Se se trata de experimentar forças naturais e a forma de as manipular, é ainda o "segredo de Estado" que justifica manter o maior silêncio público sobre essas experiências, em que as cobaias, por isso mesmo, não sabem que o são.

A-RETARDADOR

O mecanismo "a-retardador" , constante típica do discurso científico que serve o sistema, assinala-se em diversas circunstâncias.

Aconteceu assim com quase todos os surtos pânicos do actual apocalipse, desde o ozono da alta atmosfera destruído por jactos, atomizadores e etc., o desequilíbrio hídrico , o desequilíbrio térmico, o sindroma sísmico-nuclear, ou as grandes pandemias da sociedade industrial, que são o Cancro em geral e o Cancro Ocupacional em particular.
O sistema só reconhece o surto quando já conseguiu arranjar, engendrar para ele uma explicação falsificada e uma tecnologia aparentemente substitutiva (uma prótese ou o produto que se diz irá curar o surto).

O mecanismo a-retardador, uma das constantes que regem o funcionamento do sistema, tem uma variante que é a da polémica ou aparente controvérsia que serve também como efeito de adiamento e distracção.
Ou seja: um ano faz-se o congresso em que cientistas iminentes (para os jornais os cientistas são sempre iminentes) reconhecem, por exemplo, a subida da temperatura na atmosfera e alarma-se a opinião pública com a hipótese de os gelos do Árctico derreterem, submergindo as regiões costeiras de todos os continentes.
No ano seguinte, além de se proclamar que a imprensa andou a propalar boatos alarmistas sobre temperatura, gelos derretidos e dilúvios nas cidades costeiras, faz-se outro congresso a provar que a temperatura está de boa saúde, equilibrada, não vão derreter gelos nenhuns nem o dilúvio está para já.
O que nunca falta é a condenação solene do alarmismo produzido por ecologistas que querem por força prever catástrofes climáticas num mundo que vai andando no melhor dos mundos.
Transcrevo a típica notícia do segundo modelo, quer dizer, da facção contra-Apocalipses:
“Holocaustos e Hecatombes – Cientistas reunidos recentemente em Genebra, para a Conferência Mundial sobre o Clima, negaram as versões alarmistas, segundo as quais haveria o risco de uma nova era glaciar no hemisfério Norte ou a ameaça do gelo do Ártico se derreter e inundar várias cidades.
Nenhuma catástrofe natural ameaçará o mundo nos próximos dez mil anos, segundo conclusão a que chegaram mais de 400 especialistas presentes à reunião. “
Jornal «Expresso», 28/4/1979
Este esquema tem uma certeira variante, que é quando a ciência decide recorrer à tréplica e vir um terceiro congresso alargar, com novos delírios, os alarmismos já exibidos da primeira e da segunda vez.
No caso do clima aquecer ou arrefecer e consequente degelo-dilúvio, houve um soviético, em Março de 1979, que disse: [---]
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