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*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-06-17

PROGRESSO 1979

petróleo-1> os retrocessos do progresso – metas de morte

OS RETROCESSOS DO PROGRESSO

17/6/1979 - É facto consumado que a administração Carter irá subvencionar de 5 dólares por barril (15 por cento do preço aproximadamente) as importações de «fuel».
Mau grado o ardil norte-americano de ter subsidiado as importações de produtos petrolíferos com este «bónus» ( que se assemelha ao mel para atrair a formiga ao veneno) está dito e redito pelas sete irmãs petrolíferas que os Estados Unidos vão sofrer dois anos de penúria e que o melhor, para já, é irem pensando em racionar. Vai ser de morte.
«A falta não é fictícia» (quer dizer que podia ser...) e o público tem de compreender que há uma falta real de petróleo» - assegura a Standart Oil of Indianna.
O público compreende. Ficou de língua de fora quanto aos prazeres da gasolina e seus derivados, mas compreende. O que (o macaco) não entende é como se vai aguentar, com mais este balanço, o triunfalismo do desenvolvimento, do crescimento, da taxa de expansão, do PNB sempre a subir, da curva exponencial que é o alfa e o ómega desta sociedade a caminho do infinito (da infinita asneira e miséria), enfim, do progresso e do paraíso que nos prometeram a troco de toda a porcaria chamada poluição, de toda a poluição chamada alienação, de toda a alienação chamada exploração do homem pelo homem. Da abundância do desperdício.
Como é que tão paradisíacas promessas e tecnoprofecias se conciliam (sem contradição mortal) com a «marcha atrás» que a já prevista escassez de petróleo irá provocar, eis o que as multinacionais não precisam de explicar. A gente só queria entender.
Recessão, desemprego, estagnaflação - eis onde mergulha, de repente, a euforia triunfalista que prometeu mundos e só nos deu fundos (rotos), que nos promete mil e um paraísos enquanto nos vai dando o Inferno.
Anos e anos, os monopólios da energia (e nem só) convenceram o consumidor de que tudo devia estar na dependência de uma só torneira: a que eles controlavam, evidentemente. Através de gigantescas lavagens ao cérebro, convenceram a opinião pública de que as ecoalternativas tecnológicas e energéticas (sol, vento, biogás, ondas, marés, geotermia) ainda não eram «rentáveis». Desculparam-se de que era necessário aperfeiçoar tecnologias. Etc. O disco de sempre, para manter o monopólio.
Mas agora que a torneira petrolífera fecha outra vez (o primeiro corte a magoar foi em 1973) ninguém está preparado, mas ninguém , também, deverá queixar-se ou achar esta súbita escassês incómoda. Para os demagogos e pacóvios do energivorismo, o público deve aceitar estes atrasos (de vida) e estes retrocessos como o preço a pagar pelo (alegremente ...) progresso.
Durante muito tempo as críticas feitas ao desenvolvimento foram consideradas, pelas ideólogos e técnicos do triunfalismo tecnológico, manifestações saudosistas e os ecologistas, ainda hoje, são rotulados de reaccionários por se recusarem a aceitar o «progresso» que mata, queima, intoxica e destrói.
O crescimento infinito, o desenvolvimento logarítmico ou exponencial, as metas que constantemente eram apontadas para atingir, as taxas a conquistar e a expansão a manter criaram uma «teologia dogmática que, como uma igreja sectária, não permitia qualquer objecção, por mais racional, realista e sensata que fosse, em defesa da Natureza e da Vida.
Ora o que se verifica hoje, a olhos vistos, é que o tal desenvolvimento começa a travar. As tais taxas deixaram de aumentar. O crescimento deixou de crescer. E o progresso é feito de constantes retrocessos que, ainda por cima, as pessoas pagam quase sempre na sua segurança, na sua vida e na sua tranquilidade. Os ideólogos, técnicos e metafísicos da religião tecno-industrial, agora que são eles a travar o comboio de loucos que até agora tinham accionado, não tugem nem mugem. Dão ordens de marcha atrás, e calam-se. Fecham a tor-neira do petróleo, produzem a recessão, o desemprego, a estagninflação maciça, mas não são por isso cognominados de reaccionários. Sucedem-se as derrapagens, mas eles continuam olimpicamente os heróis da fita. Imperturbáveis, os tecnocratas que nos estão mergulhando numa nova idade média, com laivos de pedra lascada e canibalismo, devem considerar que todos estes retrocessos, atrasos (de vida) e derrapagens fazem parte do «progresso» à maneira deles.
Quando eles prometiam que a curva de crescimento económico não tinha fim, logo qualquer pessoa sadia de mente e espírito percebia que o dito «progresso» tinha que ter um ponto crítico e não poderia marchar infinitamente até ao infinito.
Afinal, não foram os ecologistas («reacionários» segundo os duros do PNB tecnocrático) que contribuíram para este panorama de caranguejo que são as consecutivas «arrecuas» verificadas no sistema económico mundial. Para estas misérias, racionamentos e apertos de cinto.
Os ecologistas limitam-se, neste momento, a constatar pura e simplesmente que tinham razão. Enquanto a crise alastra, a penúria aumenta e a escalada do disparate assume os aspectos hilariantes que se vai vendo, o ecologista descansa. Não precisa de lutar nem de arremeter contra as «hostes inimigas». É o próprio sistema (a intrínseca inércia do disparate e absurdo que lhe é própria) a trabalhar e ele a descansar.
Por outro lado, rebentam as contradições de um sistema cuja lógica foi sempre anti-ecológica. Crescimento infinito num globo ou ecossistema finito teria que dar raia. Está dando. Enquanto o canceroso progresso apodrece e as ruínas deste modelo de triunfalismo balofo se começa a empilhar no dia a dia mundial, os homens de bom senso e amor e justiça constroem uma eco-sociedade onde não dê vergonha nem nojo nem vómito nem raiva viver.
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ECOLOGISTAS 1987

dcm87-10>edita-2>Revisão:Domingo, 23 de Agosto de 1998

PORQUE É QUE NEM OS ECOLOGISTAS PEGAM NA ECOLOGIA HUMANA - PORQUÊ?

17/Junho/1996 - São páginas de 1987 as que a seguir se repescam e teclam em 17 de Junho de 1996, quase dez anos depois. «Não perderam a actualidade», como se costuma dizer. E a pergunta continua no ar: «Ecologia humana faliu, ou nunca existiu?». Vendo o estado da nação ecologista, a pergunta justifica-se, impõe-se. E justifica-se o pânico de um velho de 63 anos, por ter dedicado a vida ao que bem pode ser uma fraude ou um falência.
Mais do que um dossiê maldito (entre as dezenas de dossiês malditos que continuam guardados na m/ caixa «Silêncios & Silenciamentos»), Ecologia Humana é a «ciência maldita» que já em 1987 ma parecia que era.
São maldições a mais para um homem só.

O silêncio de morte que, nos últimos vinte anos (1967-1987), se estabeleceu sobre as principais teses, premissas, hipóteses, princípios, valores e desafios da ecologia humana, leva-nos a uma pergunta: terá sido a ecologia humana uma burla inventada por atrasados mentais, autodidactas e franco-atiradores anarco-comunistas como o sr.Afonso Cautela?
Será a ecologia humana a ciência das ciências profanas, como esse senhor e alguns outros, poucos, pretendem, será a tão proclamada disciplina-base de todas as ciências humanas, a linha de investigação dos novos tempos, a matéria subversiva por excelência e definição ou, pelo contrário, apenas fumaça, pó e nada?
Relendo textos inéditos de 1967 sobre medicina em geral e cirurgia dos transplantes em particular, textos logo engavetados na arca dos impublicados por impublicáveis, pergunto-me se as intuições fundamentais da ecologia humana, afirmadas, desenvolvidas e defendidas durante quase quinze anos nas edições «Frente Ecológica» (1974-1989), alguma vez poderão sair desse gavetão, ter quem as leia, ouça e aprofunde.
Se todo esse trabalho de sapa - produzir ideias para as pessoas consumirem - tinha na verdade algum fundamento e se visava fundamentalmente dar uma arma de auto-defesa a todas as vítimas da desastrosa engrenagem industrial, a tal que leva inevitavelmente ao holocausto, pergunto-me porque das ridículas tiragens dessas edições (entre 150 a 200 exemplares cada título) raras foram as que esgotaram.
Quase vinte anos depois desses textos impublicados por impublicáveis, onde se escreviam banalidades demasiado óbvias e onde a verdade, de tão simples, certamente escandalizaria a chamada opinião pública, a verdade é que a correlação de forças permanece exactamente na mesma e a ecologia humana continua a ser uma «ciência maldita».
De novo se impõe a grande dúvida: eram tudo teias de aranha na cabeça de um franco-atirador sem imaginação, carácter instável e temperamento irascível? Ou as centenas de ideias lançadas pelo grupo «Frente Ecológica» correspondem de facto e virtualmente a uma necessidade que só daqui a muitos anos terá inserção prática no real concreto dos acontecimentos históricos?

A dúvida impõe-se: errei literal e totalmente em todas as linhas, pontos e vírgulas de centenas e centenas de páginas (umas inéditas outras publicadas) ou uma ao menos dessas ideias me redimirá?
Os principais porta-vozes da instituição médica nunca estiveram tão activos como hoje a proclamar os seus mais amados sofismas.
Terá a ecologia humana algum futuro, portanto, além do silenciamento total dos seus princípios fundamentais a que tem sido votada por partidos, políticos, governo, autoridades de saúde e alegados ecologistas?
Os crimes da tecnocracia em geral e da biocracia médica e particular serão, de facto, tão perfeitos que nada poderá quebrar a conspiração e engrenagem?
Estarão as pessoas não só resignadas mas eufóricas e felizes, adaptadas ao paraíso da química, da alienação, da porcaria, da manipulação mediática, do crime metódico e cirúrgico?
Iremos já em queda livre na fase irreversível da vertente do abismo, em que nada quebra o ciclo vicioso que o sistema de facto conseguiu atar à volta do pescoço da humanidade para levar pacificamente a humanidade ao hospital e ao matadouro?
Vítima da prepotência criminosa das instituições tecnocráticas em geral e da instituição médica em particular, enredado no ciclo vicioso e totalitário da manipulação do homem pelo homem, já ninguém quer, sabe ou pode dizer não?
Face às evidências de uma sociedade que fragorosamente exibe os seus próprios crimes, não será a ecologia humana uma redundância inútil e perigosa?
Não estará a alegada ecologia humana chovendo no molhado, gastando cera com um defunto já morto?
Que adianta vermo-nos enredados no «qui pro quo» das criminosas evidências que, embora se metam pelos olhos, as pessoas aceitam e até exigem como se abençoassem a mão do próprio carrasco?
É lícito que as novas gerações possam vir a pedir-me contas de tantos enganos e enredos com que afinal tentei enganar, iludir, ludibriar todos quantos passaram, ao menos uma vez ou um dia, os olhos pelas ditirâmbicas prosas que publiquei, em cadernos da «Frente Ecológica» ou em artigos de «O Século», do «Portugal Hoje» ou de «A Capital».
O silêncio público sobre essas diatribes e malvadas prosas põe em causa a sua legitimidade e existência.
Não terá passado a pretensa Ecologia Humana pela qual me bati, as 24 horas do dia durante década e meia, não terá passado de uma burla ou de uma brincadeira de mau gosto com que teria tentado aliciar a inocente juventude para a sua própria perdição?
Com o objectivo de facilitar o trabalho aos que desejarem demonstrar a fraude das teses criadas, defendidas e desenvolvidas na oficina clandestina da «Frente Ecológica» sobre uma alegada Ecologia Humana, que mais parece uma isca para apanhar jovens incautos numa tenebrosa rede de chantagem e pornografia, vou resumir o que os textos editados em cadernos e jornais ou inéditos teimosamente martelaram como uma monomania ( obcecante e neurótica) - Lisboa, 1987
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MEP 1972-90

1-4 - 99-07-18-ie-ac> ideia ecológica - datasac6>

18-7-1999

DATAS AC (1972-1990)- INTERVENÇÕES EM NOME DA ECOLOGIA

Ver desenvolvimentos em anexos a este file

72-00-00 - Conferência da ONU em Estocolmo
73-00-00 - AC publica o livro «Depois do Petróleo o Dilúvio», onde comenta as teses de Ivan Illich à luz dos recentes acontecimentos da guerra do Kipur e respectiva interrupção da torneira petrolífera (Ver em anexo, dactilografia de uma página de diário)
74-05-17 - Reunião em Lisboa, no restaurante Unimave, Rua da Boavista, 57, de várias «correntes não violentas» para deliberar sobre a criação do movimento ecológico em Portugal
75-00-12 - AC publica no nº 8 da revista «A Urtiga» um artigo sobre «Terror Atómico e Terremotos»
75-12-20 - A convite do conselho directivo da Escola ~Sá de bandeira, de Santarém, AC paricipa num colóquio sobre Ecologia
76-03-15 - Jornada anti-nuclear de Ferrel
77-00-00 - Frente Ecológica cria na Livraria Peninsular a Biblioteca para os Tempos Difíceis
77-03-22 - Com a chancela «FE», AC publica uma comunicação anti-nuclear: Quem vai ser responsável pelo crime nuclear - 40 perguntas do Povo Português (feitas) pelo jornal «Frente Ecológica»
77-05-02- A convite de Boaventura Sousa Santos, do Grupo de Intervenção Ecológica da Faculdade de Economia, AC participa no colóquio «Ecologia Política - a Luta por uma sociedade alternativa», na Faculdade de Economia, em Coimbra
77-05-13 - A Convite da Câmara Municipal de Setúbal, AC participa no colóquio sobre ecologia.
77-05-13 - A convite da Comissão de Ecologia, Ambiente e Habitação da Assembleia Municipal do Montijo, AC participe na mesa redonda sobre ecologia e saúde. Presentes: Maria Alfreda Cruz Viana, Luiz Grand'Vaux Barbosa, Afonso Cautela e José Carlos Marques
77-06-10 - A casa da Cultura das Caldas da Raínha realiza o Forum Junho, «por uma intervenção popular criativa em defesa do ambiente não degradado». Participaram: Cadernos «Viver é Preciso», Comissão de Apoio à Luta contra a Ameaça Nuclear (CALCAN), Comissão de Luta Anti-Poluição do Alviela ( CLAPA), Cooperativa Pirâmide (Porto), Frente Ecológica (Paço de Arcos), Grupo Não à Opção Nuclear (NON), Grupos de Intervenão Ecológica de Coimbra, Évora e Lagos, Revista Alternativa (Porto)
78-02-09 - A convite de um grupo de alunos - AC participa em Lisboa no debate sobre Ecologia e Saúde na Faculdade de Ciências Médicas.
78-03-11 - É divulgado o primeiro comunicado do grupo fundador do Programa Ecológico de Esquerda, assinado por: Afonso Cautela, Artur Tomé, Deodato Santos, Helena Vaz da Silva, João Pedro Teixeira Ferreira, João Ramos, José Aredes, Luís de Almeida Figueiredo e Sá, Mário Alves, Mário Vidal
78-07-01 - A convite do Centro Cultural Popular Bento de Jesus Caraça, AC participa em Vila Viçosa, com Rocha Barbosa, no debate sobre medicina do trabalho e problemas do ambiente
78-12-19 - Palestra de AC na SPN sobre «Ecologia e Naturismo»
79-04-04 - A convite da Sociedade Recreativa Artística Bejense, AC participa em Beja no colóquio sobre a barragem de Alqueva. José António Moedas serviu-lhe de guarda-costas para não apanhar uma sova dos comunistas presentes que o convidaram.
79-06-08 - Debate sobre energia nuclear na Biblioteca Operária Oeirense: Afonso Cautela, Frederico de Carvalho, Eurico da Fonseca, Margarida Barros
79-07-12 - Publicado em Lisboa o 1º nº do Boletim da Associação Portuguesa de Ecologistas «Amigos da Terra»
79-11-01 - Em Évora, na Pousada da Juventude, o I Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Ecologistas «Amigos da Terra.»
79-11-23 - Em Lisboa, na sede da Associação Portuguesa de Ecologistas «Amigos da Terra», realiza-se a assembleia geral para ratificar a «Declaração de Princípios» que começou a ser debatida na reunião de Évora.
80-02-11 - Encontro de Ecologistas em Lisboa ( Ver em anexo, carta de AC a Rocha Barbosa)
80-10-07 - Artigo de AC sobre Graal in «Portugal Hoje» , com base em elementos colhidos no boletim «Mudar de Vida»
81-01-00 - Iniciativa Planetária para um Mundo à Nossa Escolha
81-02-21/22- A convite do grupo ecológico da Associação Académica de Coimbra, AC participa no ciclo de informação ecológica, realizado no edifício Chiado, Rua Ferreira Borges.
81-06-08 - «D. de N.» publica o Manifesto Alternativo, assinado por AC, Delgado Domingos, Eduardo Cruz de Carvalho
81-07-15 - Proposta da «FE» apresentada na reunião de Lisboa: Curso por correspondência s/ tecnologias libertadoras e Formas Alternativas de Vida
82-02-17 - AC publica in «PH» uma entrevista com o ecologista francês René Dumont
82-05-00 - Reunião em Nairobi (?) de ONG's de 55 nações
82-06-02 - A convite de um grupo de alunos da Escola do Magistério Primário de Évora, AC participa em Évora no debate «A Serra de Ossa de Ontem, de Hoje e de Amanhã».
82-06-18 - Reunião constituinte do Movimento Ecologista Independente - Associação para o Renascimento Rural
82-08-21 - Reunião realizada em Lisboa destinada a «intervir na transformação da sociedade portuguesa, unindo os esforços de todos os interessados em construir alternativa de vida viáveis», com a presença de[ ] . Acta da reunião, foi enviada para: Afonso Cautela, António Duarte, António Fonseca, Carlos Pessoa, Delgado Domingos, Deodato Santos, Domingos Janeiro, Eduardo Olímpio, Fernando Pessoa, Jacinto Vieira, João Freire, João Reis Gomes, José A. Gomes Ribeiro, José Carlos Marques, José Leal, José Manuel Lopes, Juana Warden, Júlio Valente, Manuel João Calado, Manuel Joaquim Gandra, Paulino de Magalhães, Rocha Barbosa, Taciano Zuzarte, Teresa Santa Clara Gomes
83-02-28 - AC participa no Canal 2 da RTP, no programa Clube de Imprensa, com Ribeiro Telles e...
83-04-01 - Mário Soares almoça em Lisboa, num restaurante da Madragoa, com um grupo de Ecologistas, 3 dezenas de pessoas ligadas a movimentos ecologistas, anti-nucleares e de defesa da vida selvagem.
83-04-08/15 - III Semana do Filme ecológico, em Leiria, promovida pelo teatro da Columbina, Cooperativa de Produção e Animação Cultural
83-05-22 - Sai o número do jornal «Ecologia em Movimento»
83-05-26 - Reunião em Lisboa do grupo «Ecologia em Movimento», com as seguintes presenças: Adelino Dias Cardoso, Afonso Cautela, Gertrudes Silva, João Paulo Cotrim Pires, Joffre Justino, Jorge Leandro, Jorge Murteira, José Afonso Faria, José Diniz, José Manuel Brito de Melo Amaral, José Manuel Lopes, Maria da Conceição da Silva Costa Lopes, Mário Cruz, Marta David Lopes
83-05-28 - É publicado no semanário «Gazeta do Sul» um comunicado do Grupo «Ecologia em Movimento», assinado por: Afonso Cautela, António Duarte, António Eloy, António Fonseca, António Franco, Artur Tomé, Fernando Pessoa, Franklin Silva, Gertrudes Silva, João Reis Gomes, Joffre Justino, Jorge Leandro Rosa, Jorge Murteira, José Afonso Faria, José Manuel Lopes, Júlio Valente, Mário Cruz, Rocha Barbosa
83-06-09 - A convite do Teatro da Columbina, AC participa no Colóquio sobre Ecologia em Portugal em Leiria na III Semana do Filme Ecológico
85-00-00 - AC encabeça a lista municipal de independentes /Amigos da Terra /Partido Popular Monárquico. O lugar de eleito na Assembleia Municipal foi ocupado por Henrique Barrilaro Ruas.
85-03-16/17 - Encontro de Ecologistas em Troia, promovido pelo jornal «Setúbal Verde»
85-07-17 - Sabe-se lá porquê e para quê, AC escreve uma carta ao Dr. Carlos Carvalho intitulada: « Eu, Afonso Cautela, Gata Borralheira da Naturopatia». (Ver em anexo, dactilografia original)
86-00-00 - Ano Europeu do Ambiente
88-01 -10 - Aproveitando o balanço da exposição «15 anos do Movimento Ecologista», Vasco de Melo lança o projecto Ecologista Independente
88-01-11 - A convite dos finalistas da licenciatura em Bioquímica da Faculdade de Ciências de Lisboa, AC participa no debate «A Tecnologia , a Alienação e uma Sociedade Aslternativa»
88-03-21 - Na data de encerramento do Ano Europeu do Ambiente, Maria de Lurdes Pintasilgo, deputado do Parlamento Europeu, anuncia a Plataforma Europeia do Ambiente
88-07-18 - Três eurodeputados subscrevem em Estrasburgo a Plataforma Europeia para o Ambiente
89-01-20 - A UGT realiza no Hotel Roma um seminário sobre Educação Ambiental , com José Almeida Fernandes, José Augusto Neto, Adelaide espiga e Pereira Lopes.
89-01-25 - Reunião no Hotel Roma?
89-01-27 - A Associação 25 de Abril realiza em Lisboa o colóquio «As Lutas Actuais pela Qualidade de Vida» , com Beja Santos, Gonçalo Ribeiro Teles, Pedro Vieira de Almeida, Fernando Micael Pereira, Maria Helena Roseta e Maria Belo
89-12-07 - A convite de um grupo de alunos e professores do Liceu D. Pedro V, em Lisboa, AC participa num colóquio com a comunicação que não chegou a ser lida: « Será a prova geral de acesso uma prova iniciática? - O que terá a ver cultura com ecologia?»
90-08-25 - José Carlos Marques policopia um comunicado «Porque não Serei candidato às Presidenciais 1991»
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M.L. PINTASILGO 1988

pintasilgo-2> datas ac – datas mep – os dossiês do silêncio – eco-ecos – eco-documentos

PLATAFORMA EUROPEIA DO AMBIENTE (*)

(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado no jornal «A Capital», 18/7/1988

18/7/1988 - Um 'comité europeu de alto nível para as normas ambientais" deverá ser criado no âmbito da CEE até 1992, "exercendo as suas funções tanto ao serviço da opinião pública como ao serviço específico da Comissão Europeia".
Este foi um dos pontos analisados na reunião de sábado passado, em Lisboa, pelo grupo de trabalho que em Portugal vai representar a Plataforma Europeia para o Ambiente, iniciativa lançada em Março no âmbito do Parlamento de Estrasburgo e que foi inicialmente subscrita por Maria de Lurdes Pintasilgo, mais dois deputados do Parlamento Europeu - François Roealants du Vivier e Carmen Diez de Rivera - além de Brice Lalonde, conhecido activista das movimentações ecologistas e actual membro do governo francês.

DIVERSIDADE NO CONSENSO

A primeira reunião da Plataforma em Portugal, teve lugar no Sábado, aproveitando o início das férias parlamentares de Lurdes Pintasilgo, que dialogou com alguns dos primeiros signatários, entre os quais o Prof. Gomes Guerreiro, o eng. Sidónio Paes e a documentalista Maria João Beça Múrias.
Duas dezenas de personalidades integram já, entre nós, esta P.E.A., que irá procurar agir, em cada País da Comunidade, de acordo com as prioridades ecológicas de cada um e os seus problemas específicos.
Deram até agora a sua adesão à Plataforma Europeia para o Ambiente personalidades de diversos quadrantes partidários e variada formação profissional mas "unidos" no objectivo comum de defender o Ambiente .
São eles até ao momento: Maria João Beça Múrias, Torres Campos, Adelino Cardoso, Afonso Cautela, Natália Correia, António Bruto da Costa, José Torres Couto, Delgado Domingos, António Lobato de Faria, Gomes Fernandes, João Freire, António González, Nuno Grande, António Guterres, Lagoa Henriques, Alberto Martins, Helena Sanches Osório, Nuno Portas, Nuno Teotónio Pereira, Júlio Resende, Helena Roseta, Beja Santos e Boaventura Sousa Santos.
Na proposta básica, que deu origem à Plataforma Europeia para o Ambiente, considera-se que há ainda um numeroso grupo de pessoas que opõem protecção do ambiente e desenvolvimento económico.
Ora os signatários pensam que uma coisa e outra têm de seguir a par e é por isso que resolveram agir, informando a opinião pública e pressionando os diferentes "agentes" políticos e económicos, no sentido de que estes integrem o ambiente em todas as suas decisões.
Se alguns já o fazem, são tentativas isoladas e bastante tímidas, pelo que a Plataforma se propõe exactamente "acelerar o processo", em particular na perspectiva do grande mercado único europeu previsto para 1992.
" Esperamos provocar - afirmam os autores da iniciativa que deu lugar, em Março passado, à PEA - um vasto movimento na Europa, susceptível de promover uma política ao mesmo tempo ambiciosa e realista do ambiente no horizonte 1992."
O apelo está lançado em todos os países da C.E.C. e espera-se que até ao próximo Outono fiquem delineadas as primeiras acções concretas no sentido de "atacar" , um por um, os grandes problemas ambientais, a nível europeu e planetário, alguns dos quais já se encontram citados no "dossier" inicialmente elaborado como primeiro documento de trabalho.

METAS ATÉ 1992

A meta da plataforma é constituir um Comité Europeu de alto nível para as normas ambientais, como démarche de fundo que dê apoio a todas as outras que se projectam: uma inspecção europeia do Ambiente, o reconhecimento do direito colectivo de fazer apelo à justiça, um IVA modulado em função de objectivos ambientais, a obrigatoriedade de estudos de impacto para todos os financiamentos CEE, uma etiquetagem ecológica dos produtos de consumo , um programa "empregos-ambiente", uma participação institucionalizada das regiões, uma estratégia "energias renováveis", um órgão independente para a segurança nuclear e uma política agrícola comum qualitativa.
Pontos mais concretos contemplados na PEA podem citar-se os seguintes: Programas "Erasmus" ''Comett'' e "Ciência" para o ambiente, um órgão parlamentar europeu de avaliação das escolhas cientificas e técnicas, uma integração completa da política do ambiente em Lomé IV, um plano activo de luta contra a desertificação, uma directiva "madeiras tropicais", o lançamento de um plano mundial contra o aquecimento do clima, o desenvolvimento da estratégia internacional anti-ácido, uma moratória para os oceanos-caixotes do lixo, agências internacionais de protecção das bacias de água, prevenção internacional das catástrofes, rede mundial para a promoção da transferência das tecnologias limpas e normas jurídicas mundiais para a salvaguarda da fauna, da flora e dos meios naturais.
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(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado no jornal «A Capital», 18/7/1988