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*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-06-18

HIROXIMA 1992

1-1 -92-06-18-di-ie> = diário de um idiota – ideia ecológica - 1141 caracteres fol-rost> publicados ac(*) para ac ficcionar

O MAIOR LABORATÓRIO EXPERIMENTAL DO MUNDO

Lisboa, 18/6/1992

Se o Japão está a colonizar o mundo ocidental, incluindo os Estados Unidos, que estrebucham nas suas mãos, há uma hipótese de explicar o fenómeno expansionista dos nipónicos que não coincide com nenhuma das explicações oficiais apresentadas pelos economistas, políticos e outros ideólogos do aparente.
A causa que todos temem apontar é uma: a vingança do Japão está chegando aos EUA, que mandou, em 6 de Agosto de 1945, despejar a bomba atómica sobre Hiroxima e Nagasaki.
Segunda hipótese de ficção: Hiroxima e Nagasaki foram o primeiro e maior laboratório experimental do Mundo de ecologia humana. Resta saber - ainda como hipótese de ficção científica - se as catástrofes do terror tecno-industrial não serão, todas elas, laboratórios das chamadas ironicamente ciências humanas. Que a ciência das relações entre homem e ambiente avança a passos largos a cada desastre, a cada catástrofe, a cada queda de avião, a cada nova explosão, a cada nova fuga de reactor nuclear, (...) isso é um facto.
Ficcionemos, pois.
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(*) In «Diário de Notícias», 6/8/1981

MISTÉRIOS 1994

telmo-4>chave>cartas> manifesto de um ressaibiado - no reino da cucolândia - tantos sapos vivos, chiça - memorandum retro - falta emendar - grelha aberta a novos itens

AFINAL TINHA RAZÃO,EMBORA ANTES DO TEMPO

18/6/1994 - Quando, em 26/10/1980 me interrogava, no jornal «A Capital», sobre «Os Mistérios do Mar» e sobre «O Mistério dos Afundamentos de Cargueiros» fenómeno então quase diário, podia lá saber que, em 26/Maio/1993, 13 anos mais tarde, o Comissário Mega Ferreira iria enviar-me uma carta a convidar-me para um brain storming sobre os oceanos, porque entrementes os oceanos ficaram na moda, todos os comissários começaram a defendê-los e a ficar preocupados com o suicídio das baleias e outros mamíferos de grande porte que não era costume, antes do petróleo e das radiações, suicidarem-se. Espero que a Expo 98, auge da civilização que deu mundos ao mundo e extinguiu praticamente as espécies, incluindo as de alto mar, venha dar a resposta às perguntas que ficaram sem resposta - sobre a extinção dos oceanos, no meu artigo de 26/10/1980 e de 15/11/ 1980 de «A Capital». Que até nem tenho a certeza se ficou inédito. Por isso guardo o original, bastante mal dactilografado graças a Deus.
Mais títulos publicados sobre Oceanos:
- Internacional Ecologista, in CPT, 15/11/1980
- Alarmismo, CPT, 15/11/1980
- Fundos Oceânicos, CPT, 15/11/1980
- Sismos no Mar - A Grande Vaga do Natal, CPT, 3/1/1981
- SOS Oceanos, CPT, 28/3/1981

Quando, em [---], me atrevi a imaginar que alguém no futuro, com espírito de negociante, havia de vir a defender a Natureza porque era um bom investimento na indústria Turística, estava longe de acreditar que em 1994 se publicasse (e já vai no número 30) um pasquim chamado «Ambutur», que se subintitula

Quando (em que ano e em que termos medrosos ) defendi eu a agricultura a que chameri (simplesmente) ecológica e que hoje se chama biológica, não antevia tão solene presença, a do Secretário de estado do Ambiente e Defesa do Consumidor, Joaquim Poças Martins, na sessão de encerramento do 8º Encontro Nacional de Agrobiologia ? (Cf. «Consumidor», do INDC)
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ECO-OPÇÕES 1991

ecoecon>diario>- [ data do «manifesto alternativo» ] -manifesto do realismo ecológico - - prioridades de uma economia ao serviço do homem

DILEMAS POSTOS À OPÇÃO ECOLOGISTA

18/6/1991 - Uma política ecológica não é propriamente o fim do mundo.
Não é uma remota ficção no horizonte da utopia ou um graal que se procura com muitos dragões pelo caminho.
Uma política ecológica será uma coisa que os jovens hão-de ter que procurar, cada vez mais, à medida que as contradições da sociedade industrial os obrigarem a isso.
A política ecológica, aliás, já existe, mais ou menos dissimulada na política corrente de diversos países.
Só que, em tais casos, aplicam-se apenas pontualmente soluções ou medidas ditas ecológicas e para defesa do Ambiente, num contexto que de ecológico não tem nada.
Em tais casos, não há coerência ecológica entre essas medidas que resultam, portanto, demagógicas ou oportunistas, às vezes, até, eleitoralistas.
Que os governos tomem medidas ditas ecológicas quando elas são directamente simpáticas aos eleitores, até nem é raro e é óbvio. Mas que eles tomem medidas ecológicas de fundo é que constitui raridade.
É para isso -- para uma reconversão ecológica da política -- que os ecologistas têm na sociedade um lugar único, específico, insubstituível.
Eles pressionam o poder, seja ele qual for, a tomar medidas de fundo ecológicas, na certeza de que elas terão de ser tomadas, queiram ou não os governos e as oposições, de direita ou de esquerda, a longo ou a curto prazo, mais tarde ou mais cedo.
Por isso uma estratégia ecológica de desenvolvimento defende:
Prioridade ao sector primário, ao desenvolvimento de pequenas e médias explorações agrícolas, sempre que o dilema seja entre indústria e agricultura;
Prioridade na agricultura às culturas de subsistência, sempre que o dilema seja entre agriculturas industriais esgotantes e culturas alimentares básicas;
Prioridade, nos solos aráveis, a culturas fundamentais, sempre que o dilema seja entre agricultura e turismo, agricultura e parques industriais, agricultura e eucaliptos, agricultura e perímetros militares;
Prioridade ao caminho da autosuficiência alimentar, sempre que o dilema seja entre produzir o que comemos ou importar o que temos de comer;
Prioridade às energias não poluentes, sempre que o dilema seja entre energias que temos e energias que temos de importar;
Prioridade às indústrias menos energívoras e portanto menos poluentes, prioridade às indústrias que gastam menos água;
Prioridade aos direitos das comunidades locais e regionais, sempre que estes entrenm em conflito com os planos nacionais de desenvolvimento;
Para os subscritores do Manifesto Alternativo, trata-se de proclamar a República ecológica, quando estiverem para isso reunidas as condições históricas.
Mas até lá não se trata de manter a mono-arquia do desenvolvimento económico monopolista, logarítmico e exponencial -- apenas com algumas correcções de carácter parcial, pontual ou sectorial.
Pode ser contraproducente -- e desacelerador do processo histórico que conduz à República ecológica -- as soluções de protecção ou defesa, ditas ecológicas, dentro de um contexto totalmente inverso dos princípios ecológicos.
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