21376 bytes meh-1> - manifesto de ecologia humana11-6-1997HOLÍSTICA E MEDICINA:CADA UMA NO SEU LUGAR
Medicina é a ciência do combate à doença,
Holística é a conservação da saúde, a arte (técnica) de conservar a saúde.Situada no ponto de confluência de várias disciplinas, ciências e técnicas, que têm a pessoa humana como objecto de estudo, é essa mesma circunstância - interdisciplinar ou multidisciplinar - que torna a ecologia humana inassimilável pelos vários destinatários ou pelos que dela se dizem subsidários.
Carrefour de múltiplos caminhos, a ecologia humana torna-se maldita em todos os quadrantes e por onde quer que a gente se volte. Este tabu mostra, afinal, a diminuta importância que a pessoa humana - sua vida, saúde e segurança - têm no contexto das sociedades ditas civilizadas, arrogantes na muita ciência profana que acumularam.
Vejamos alguns sectores da sociedade que, em princípio, poderiam adoptar a Ecologia Humana como disciplina básica, mas que o não fazem por ignorância, preconceito ou má fé. Mas, principalmente, por medo e receio de desagradar à omnipotente medicina e à omnipotente «sociedade de consumo» que a EH estruturalmente põe em causa.
Em cena para disputar essa «honra», estariam se estivessem:
Política oficial do ambiente
Medicina, nomeadamente nos ramos chamados «medicina preventiva», «medicina psicosomática» e «saúde pública»
Toxicologia
Defesa do Consumidor
Analisemos, um por um, cada um desses sectores potencialmente vocacionados para adoptar a EH mas até agora incapazes de o fazer por inércia do próprio sistema que rejeita aquilo que o pode criticar ou minimamente pôr em causa - como é, obviamente, o caso da Ecologia Humana.
A política oficial do Ambiente, que por vezes e abusivamente se intitula de ecológica e mais abusivamente de ecologista , demonstra a sua total incapacidade em absorver o principal capítulo da ecologia que é a Ecologia Humana, ao deixar de fora toda a temática e problemática específica, ou seja, a que respeita às relações do ser humano com o seu ambiente.
O próprio ecologismo, enquanto movimento de fundo, conforme o define Dominique Simonnet, num conspecto histórico e crítico, só dificilmente consegue apanhar e acompanhar os temas específicos da Ecologia Humana, tais como:
Fisiologia do stress
Fisiologia das radiações ionizantes
Fisiologia dos consumos tóxicos e perigosos
Fisiologia das emoções e dos sentimentos
Fisiologia do Trabalho e das Doenças do Trabalho
Fisiologia da Iatrogénese (doenças da medicina)
Quanto à Toxicologia, todos os anos se atrasa e desactualiza mil vezes como ciência do homem, já que nada consegue saber, em tempo útil, dos efeitos que sobre o ambiente e, portanto, sobre a fisiologia e a bioquímica humana, têm mil novas substâncias lançadas pelas fábricas no mercado dos consumos correntes.
A ecologia humana sugere apenas que a actualização se faça e que a Toxicologia, como ciência, não se demita de ser o que é, como até agora tem acontecido, e que se mantenha a par dos tóxicos que vão sendo produzidos e lançados no meio ambiente humano. Manter actualizada a «lista negra» dos poluentes e respectivos efeitos é o menos que se pode pedir a uma ciência que tão arrogantemente se reclama de o ser.
A defesa do consumidor tem-se aparentemente candidatado a ramo de actividade sócio-política capaz de absorver e assimilar a Ecologia Humana, já que a chamada «qualidade de vida» teria que ver, na perspectiva da política oficial do Ambiente, com o nível e quantidade dos consumos. Se há expressões que têm sido capazes de significar tudo, até e principalmente o seu oposto, «qualidade de vida» é uma deles. Associando-se a «consumos» e sendo hoje os consumos o que se sabe, há quem pergunte como pode, ultrapassando o poder económico da publicidade e da indústria, proteger-se a vida e a segurança do consumidor.
Adiando para as calendas um Banco de Dados sobre Produtos Perigosos, os políticos e eurocratas que se dizem preocupados com o consumidor, expressam, eles também, a incapacidade para digerir dados simplistas e óbvios como estes:
«O cancro está no ambiente»,
«O cancro está nos consumos», depois de se saber que ele também está no Ar, na Água, nos Solos, etc.
Mal ou bem, com maior ou menor coragem, ainda é no âmbito da Saúde Pública que os múltiplos temas da EH acabam por ser abordados, embora de maneira ínvia e nem sempre crítica.
De facto, matérias a integrar num futuro «Manual de Ecologia Humana» que ainda não existe - para uso universal e não só universitário - podem ser recompiladas dos cursos de pós-graduação em Saúde Pública destinados a médicos de clínica geral e ministrados na Escola Nacional de Saúde Pública. (Ver documento anexo).
O plano de formação de médicos de clínica geral em saúde pública, publicado no «Diário da República», II série, de 29/8/1984, subdivide-se em duas partes:
na 1ª, um curso de cuidados de saúde primários
e na 2ª , cursos monográficos em cuidados de saúde primários.
Na perspectiva de um futuro «Manual de Ecologia Humana» que ainda não existe, importa assinalar :
na 1ª parte , problemas de saúde da população portuguesa
na 2ª parte, interessariam eventualmente à Ecologia Humana os seguintes cursos monográficos:
e) Nutrição
f) Economia da saúde
g) Saúde escolar e de adolescentes
h) Epidemiologia e controle das doenças crónico-degenerativas
i) Educação e promoção da saúde
j) Saúde materna e infantil
l) Factores ambienciais na saúde individual e comunitária
m) Saúde mental
n) Saúde ocupacional
De tal maneira alguns temas são coincidentes com os de Ecologia Humana - - nomeadamente o da alínea l - que nos perguntamos: afinal porque é a nossa medicina tão pouco humana e tão pouco ecológica, apesar de tão largamente pós-graduada?
Ou o curso como o que acima se refere ainda não foi suficiente e ainda não houve tempo de criar uma nova geração e uma nova mentalidade para que se pudessem sentir os seus efeitos sobre os cuidados de saúde primários?...
Ao definir o próprio campo de acção, a Ecologia Humana orienta os seus esforços em 3 sentidos convergentes :
1 - Demarcar-se da medicina que trata a doença, procurando definir-se exclusivamente no campo da saúde a que se deverá chamar «campo holístico» ou «campo unificado».
2 - Demarcar-se das múltiplas correntes e disciplinas que têm vindo a reclamar-se da Natureza e das forças terapêuticas da Natureza, expurgando-as de tudo o que seja misticismo religioso, crença, fé ou convicção moral e prédica moralizante: holística e EH é uma questão de ciência.
3 - Em resultado dos dois pontos anteriores, a Holística ou EH aposta na listagem, desenvolvimento e aperfeiçoamento do que chama «tecnologias apropriadas de saúde», não se imiscuindo assim nas técnicas médicas e no «acto médico» que a medicina reivindica para si, nem nas intermináveis polémicas de índole ideológica e moralista, do tipo vegetarianismo/ carnivorismo, tabagismo/antitabagismo, etc.
Nas «tecnologias apropriadas de saúde», a Ecologia Humana recenseou não só as que já estão perfeitamente testadas e consolidadas , até pela sua antiguidade (caso da Acupunctura), mas as que se encontram ainda em fase de investigação (grafodiagnóstico, por exemplo) ou de redescoberta (astrodiagnóstico, por exemplo).
Quando a ciência médica pretende justificar as suas desinteligências com as correntes que desafiam a sua ortodoxia imobilista, o argumento geralmente utilizado é a falta de «qualidade científica» do discurso que se reclama do naturovitalismo, da escola neo-hipocrática, do higienismo, do vegetarianismo, do naturismo e de outros ismos.
É assim que, pelo menos desde 1985, consta - sem que se saiba nada de concreto - que uma equipa de médicos em Portugal, provavelmente em concordância com a Ordem, estaria interessada em dotar de «estatuto científico» as medicinas naturais.
11 anos decorridos, ainda não se tornou pública nenhuma atitude, nem sequer consta que esse «estatuto científico» já se encontre elaborado ou em vias de.
O que prevalece, entretanto, do lado da instituição médica, para lá da política de silêncio e silenciamentos que há muitos anos a caracteriza, é a acusação pré-histórica de «charlatanismo» lançada contra tudo o que não tenha o beneplácito da referida ordem médica.
A julgar pela lista divulgada pela OMS --- (ver em anexo) - uma centena de práticas e técnicas (que a medicina ignora, hostiliza ou calunia) seriam «charlatanismo».
Que a OMS tenha dado aval e luz verde a tanto charlatanismo, dá que pensar.
É pena que a acusação de charlatanismo feita sobre os «naturologistas» seja tão unilateral , como se da parte da ciência e da prática médica fosse tudo isenção, objectividade e rigor, como se, na prática médica, não houvesse conceitos, preconceitos e procedimentos bem mais graves (para a saúde pública) do que as «ingenuidades» em que, no pior dos casos, se esgota o discurso naturologista, quase sempre «naif».
Compete à EH meter-se pelo meio e, com equidistância e equanimidade, distribuir o mal pelas aldeias, dando a césar o que é de césar e a deus o que é de deus, reconhecendo que charlatanismo existe dos dois lados e que não é exclusivo dos ingénuos ou inocentes naturólogos.
No campo das ciências médicas e biomédicas, basta referir, por um lado, o discurso biocrático e seus delírios triunfalistas e, por outro, o total silêncio sobre o fenómeno do «biocídio» generalizado na sociedade industrial, os crimes diariamente praticados contra a vida, a saúde e a segurança das pessoas, biocídio em relação ao qual , de facto, não vemos as ciências médicas assumindo uma atitude, que mais não fosse em defesa do doente.
Ao facto de a EH ter, por definição, que analisar exactamente esses aspectos e factores do ambiente que condicionam a saúde humana, é que muitos atribuem o anátema de maldição que sobre a EH pesa e porque continua ela a ser a ciência-tabu por excelência, e a ciência dos temas-tabu por excelência (basta consultar a lista de itens de EH, em anexo, para confirmar esta tese).
Biocracia e biocídio foram conceitos e palavras que o realismo ecologista se viu obrigado a cunhar, como neologismos, usando-os pela primeira vez através das edições «Frente Ecológica».
De pouco serviu, aliás, pois ainda ninguém dos alegados ecologistas pegou na questão «vital» que é o biocratismo imperante na tecnocracia contemporânea, resultante directa do Biocídio da sociedade industrial.
Que alegado ecologista, aliás, defrontou aqui a tecnocracia, ou sequer se lhe referiu nos sereníssimos discursos proteccionistas, conservacionistas e reformistas em que se tem comprazido o alegado ecologismo à portuguesa?
Ecologismo sem crítica à Tecnocracia é apenas «une bonne merde».
No entanto e entretanto, o discurso da ciência biocrática
o da Imunoterapia,
o dos Vírus,
o da sida,
o da Transplantologia,
o da Manipulação psíquica em laboratório,
o dos Reflexos condicionados,
o das chamadas Biotecnologias , etc , constitui hoje um domínio de tal maneira avassalador, óbvio, provocante e até escandaloso, que brada aos céus não haver uma só palavra, do lado ecologista ( como não há do lado dos tecnocratas) denunciando, para lá dos crimes de Biocídio, o discurso do triunfalismo biocrático que continua proclamando o sofisma de sempre: ou seja, que a tecnologia vai resolver no futuro os problemas que foi a própria tecnologia a agravar ou a criar, e que nunca soube resolver.
Este é o âmbito da discussão que a EH propõe a todos os responsáveis mas que, da parte de todos os responsáveis (políticos, médicos, sociólogos, universitários, etc) só tem recebido o silêncio da arrogância e da ignorância. E, claro, o silenciamento dos órgãos mediáticos, que para outra coisa não foram feitos.
Quando, in extremis, resolverem «sentar-se à mesa das conversações», não deverá ser para abordar falsos problemas marginais, como os do corporativismo da classe médica, mas para abordar o que é fundamental para o ser humano, nos termos amplos e correctos em que a EH entende a dialéctica saúde/doença, vida/qualidade de vida: equidistante do charlatanismo naturovitalista e naturovegetariano e do charlatanismo igualmente vigente do biocídio e da biocracia.
É natural que o sistema médico use meios drásticos de contra-ataque quando alguma coisa, mesmo vaga e distante, aponta para a diminuição do seu imenso poder e da sua patente de exclusividade sobre o cidadão, ao qual a medicina pitorescamente chama «paciente».
Qualquer simples beliscadura no seu imenso poder, faz com que a ordem médica reaja da maneira mais contundente.
De facto, os últimos dez anos têm sido férteis em acontecimentos , conceitos, novas ciências e novas tecnologias que têm, em comum, a diminuição da zona de influência da medicina. A saúde é hoje assunto de uma enorme quantidade de técnicos - técnicos de saúde - e nem só um assunto exclusivo de médicos, como acentua a OMS.
Mas, principalmente, a saúde é hoje assunto das próprias pessoas, que para isso, aliás, são solicitadas por uma pressão dos órgãos mediáticos e por livros e livros de reputadas editoras, livros que, muitas vezes, e ao contrário do que acontecia a princípio, já nem sequer se dão ao cuidado de referir, em nota de rodapé, que, em caso de dúvida sobre a sua própria doença, o melhor para o leitor é ...consultar um médico.
Lenta mas inexoravelmente, a «democratização da saúde» aponta para um «cura-te a ti mesmo», na linha daquela moda que tem produzido vários livros do estilo «Faça você mesmo».
Só que o «cura-te a ti mesmo» não é uma moda de construir gadgets mas um dos mais antigos princípios das grandes medicinas sagradas ou medicinas eternas.
Um postulado eterno da lei eterna universal.
Todas as técnicas e organizações holísticas de saúde, - mais antigas ou mais modernas, preventivas ou profilácticas por definição - reafirmaram e continuarão a afirmar o «cura-te a ti mesmo» como princípio de ouro.
Se as doenças estão no ambiente e para as debelar é preciso mudar o ambiente, ou reforçar as defesas naturais do doente contra o ambiente - como diz a EH - o médico é uma parte diminuta no processo de combate à doença, quando não é uma parte agravante da doença e retardadora do estado de saúde.
Como Ivan Illich, na sua obra «Nemésis Médicale», demonstra de maneira documentada, exaustiva e definitiva, «a medicina cria mais doenças do que as que trata».
Tragédias como a da Talidomida e a geração de talidomizados, deixaram marca profunda nas populações e a iatrogénese é hoje motivo de inquietação constante não só de catedráticos que escrevem livros monumentais mas das populações e , até, diariamente dos orgaõs mediáticos.
Medicina é a ciência do combate à doença,
Holística é a conservação da saúde, a arte (técnica) de conservar a saúde.
Com este princípio fundamental da EH, os campos separam-se e deixa de fazer sentido que a Holística vá pedir conselho à medicina ou que a medicina ataque ou critique a Holística.
Como diz o povo: cada macaco no seu galho e tudo irá bem na sociedade dos humanos.
Se conservar a saúde é uma arte e uma técnica, essa arte e essa técnica deverá ser sistematicamente ensinada a toda a gente, para que toda a gente saiba fazer as opções certas no momento certo.
Uma nova figura profissional surge: o educador ou professor de saúde, designação que foi introduzida entre nós e muito bem pela Instituto Kushi.
Um mercado crescente de produtos e equipamentos holísticos vem reforçar com argumentos «económicos» uma actividade que já não vive na clandestinidade mas que é uma força comercial das sociedades de consumo ou ditas de «mercado aberto».
A própria dificuldade que as ciências do ambiente têm em «digerir» a área de interface onde o Ambiente se choca com a saúde humana, é significativa da encruzilhada em que o explosivo sector da saúde se encontra: já não podendo conter-se nos limites tão estreitos da «actividade clínica» e do famoso «acto médico», a saúde exorbita e torna-se «multidisciplinar», apanhando em cheio a área da Ecologia, já que a dialéctica saúde/doença está obviamente no centro das relações entre o ser humano, o ser vivo e o seu ambiente.
Curiosa e espantosamente, os ambientalistas e alegados ecologistas ainda não conseguiram digerir a EH, talvez porque a ciência do ambiente não queira fazer à ciência médica a ofensa de lhe retirar o seu tradicional monopólio da por eles chamada «saúde» mas que, se virmos bem, é sempre e simplesmente doença.
Jamais a medicina se ocupa da saúde: ocupa-se, sim, da doença e de um combate sintomatológico, marginal, artificioso à doença. O que não tem nada a ver com saúde, conservação de saúde, artes e técnicas de conservação da saúde.
EH é assim o ponto de viragem, o coração do problema, a encruzilhada onde chegam ciências de várias procedências mas que, ao avistar Dona Medicina no seu castelo roqueiro, monopolizando saúde e doença, chamando saúde à doença, depositam armas e recuam, assustados.
Com o poder da medicina - poder de vida ou de morte sobre nós todos - qualquer se assusta.
Outras portas, entretanto, além da EH, a medicina tem fechado para manter aquilo a que chama a «saúde» aferrolhada no seu castelo medieval.
A chamada Saúde Pública, por exemplo, já citada em ponto anterior, é a expressão indecisa para designar «Higiene Pública».
A Toxicologia, outro exemplo, fica limitada aos tóxicos usuais há 20 ou 50 anos, como se não entrassem, todos os anos, no ambiente, mil novos tóxicos químicos (ver ponto acima).
Banco de dados sobre produtos perigosos continua esperando que os comités de consumidores pressionem as autoridades, nada resolvidas a verificar, premindo o botão, que de 20 em 20 segundos, alguém adoece ou morre por intoxicação químico- medicamentosa.
Assim cercada, a medicina chega a meter dó.
Mas não pensemos que a sua conduta é de «castelo sediado», antes pelo contrário: são muitos os alibis, ainda, nomeadamente as urgências hospitalares em geral e as urgências traumáticas em particular, os casos-limite, a cirurgia traumática, que dão uma imagem de absoluta necessidade social da medicina.
É com os desatinos da sociedade industrial que a medicina ainda tenta encontrar algumas justificações da sua acção e da sua existência.
Cortar órgãos por doenças que não soube curar, ou reparar órgãos traumatizados por uma sociedade industrial criminosa , ou responder a casos crónicos porque não deu resposta aos estádios agudos, tudo isto são os alibis que a medicina deve reivindicar para já.
Fora disso, a prevenção, por exemplo, nada tem a ver com Vacinas: pelo que este, o da prevenção é outro dos campos brutalmente arrebatados ao monopólio da medicina. Prevenção ou profilaxia é sinónimo de meios naturais de conservar a imunidade, é sinónimo de holística, nada tendo a ver com as chamadas «medicina curativa» e a chamada «vacinoprofilaxia».
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