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*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-06-23

QUÍMICOS 1987

dcm87-5> Fichas de Ecologia Humana- Pistas de investigação em Ecologia Humana

23-6-1987

AGENTES QUÍMICOS NA SAÚDE - O CASO DOS DETERGENTES

Palavras-chave desta ficha:
Ácidos
Agentes tensoactivos
Amolecedores de tintas
Colóides protectores
Crómio
Diluentes
Excipiente alcalino
Níquel
Removedores de tintas
Silicato de sódio
Solventes
Sulfato de sódio
Trifosfato de sódio

23/Junho/1987 - Agentes tenso-activos, excipiente alcalino, diluentes, amolecedores de água, removedores de tintas, coloides protectores, ácidos, solventes: eis alguns dos compostos químicos que entram na confecção de um detergente e que dele fazem um agente de vários efeitos sobre a célula viva.
Sendo o óleo, quase sempre, um indutor de ácido no organismo, como se explica que os detergentes, que são alcalinizantes, contenham óleos?
Também se compreende mal que nos detergentes, cuja função é determinada pela reacção alcalina, se encontrem, como seus componentes, substâncias ácidas.
Trifosfato de sódio, sulfato de sódio, silicato de sódio, níquel, crómio: são as substâncias que nos detergentes ocupam a percentagem menos importante.
Apesar disso, os seus efeitos sobre o organismo vivo estão mal estudados sabendo-se, vagamente, que o crómio e o níquel podem provocar reacções alérgicas na pele de quem os utiliza (dermatites de contacto).
Note-se a presença de sais de sódio, já que o sódio se apresenta como o mais conhecido alcalinizante ou alcalinizador, face aos prótidos, glúcidos e hidratos de carbono, cuja acidez eles são chamados a debelar ou contrabalançar.
Também na alimentação humana se podem considerar algumas substâncias, entre elas o sal (o sódio), portanto, como poderosos alcalinizantes, por oposição aos alimentos que acidificam.
Mas é óbvio que não se pode depositar no sal a tarefa de combater todos os excessos de acidez, um pouco à maneira da farmácia que recomenda bicarbonato de sódio (outra vez o sódio) para combater a acidez ou azia.
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PETRÓLEO 1993

1-1 - 93-06-23-ie-na> = ideia ecológica – notícias do apocalipse

23-6-1993

NOTÍCIAS

-> ENERGIA VIBRATÓRIA
->
-> EH

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[ massacre dos inocentes, derivados do petróleo, viva o petróleo, viva a morte ] Sabe-se que anestésicos, analgésicos e cortisonas bloqueiam os efeitos da agulha nos tratamentos de acupunctura. A energia Ki deixa de circular nesses meridianos. É então necessário um «desmame da droga» farmacêutica para que os tratamentos de Acupunctura possam agir com toda a eficácia. Sabe-se que os antibióticos destroem a fauna e flora intestinal, imprescindível à digestão e, portanto, à assimilação, ou seja, à vida do indivíduo.
Sabe-se que os adubos químicos «varrem» da terra os bioelementos ou oligoelementos mais subtis, como selénio, magnésio e outros, considerados protectores da célula viva e, portanto, anticancerígenos.
Sabe-se que os pesticidas e herbicidas matam, por definição, toda a vida da terra. A terra, massacrada com produtos químicos (adubos e biocidas) está morta porque não tem humus. Sabe-se ainda que a presença de qualquer derivado do petróleo no digestor de uma unidade produtora de biogás paralisa imediatamente a digestão, os enzimas ficam paralisados, não há mais fermentação. Nem gás, portanto. Nada. Sabe-se que estamos na Era do Petróleo e que vai preso quem não beber petróleo de manhã à noite. Estamos, portanto, na Era da Morte e do Cancro. Viva o Petróleo!
reteclado em 23/6/1993
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FOME 1993

1-2 - 93-06-23-ie> = ideia ecológica - RESTOS DE UM DIÁRIO MILITANTE -NOTÍCIAS DO TERROR - ECOLOGIA DOS RECURSOS

23-6-1993

OS «MITOS» DA FOME

*
[o desenvolvimento do subdesenvolvimento ]

O que foi durante séculos a dialéctica do terror à escala planetária - o desenvolvimento do Norte feito à custa do subdesenvolvimento do Sul - verifica-se, a pouco e pouco, a todos os níveis - nacional, regional, local - onde quer que o mesmo modelo de desenvolvimento foi chegando.
Josué de Castro foi dos primeiros a levantar a lebre, ao lembrar que o subdesenvolvimento é apenas a outra face do desenvolvimento. A pouco e pouco se foi vendo isso, mesmo que muitos ainda neguem a evidência, continuando a entoar a ladainha do miserabilismo.
E hoje é possível traçar um quadro ou balanço dos resultados obtidos com o chamado desenvolvimento. Em toda a parte se repete o esquema ou pecado original: o desenvolvimento do subdesenvolvimento.
Exemplo flagrante é o das tensões e pretensões mundiais no campo das pescas, embora se pretenda desviar para motivos colaterais a verdadeira essência ecológica do problema dos «recursos pesqueiros». A sobrepesca das potências com frotas mais poderosas, é um facto mas é também um desses factores colaterais. Facto fundamental - e não colateral - é que a diminuição dos «stocks» cresce vertiginosamente devido ao biocídio praticado nos oceanos, lagos e rios pelas actividades do imperialismo industrial, o tal desenvolvimento.
Que a outra face do crescimento industrial é a fome e não a prosperidade, prova-o o défice cada vez maior de produtos pescados nos oceanos em geral e nas costas portuguesas em particular, como os vários incidentes com pesqueiros constantemente têm provado nos últimos anos. Todos os dias, entretanto, nas listas dos portos mais fartos de pesca, Matozinhos, Peniche, Olhão, camiões frigoríficos recebem toneladas de peixe fresco que transportam rumo à Europa , nomeadamente Itália, que consegue assim abastecer os seus hotéis de luxo com o peixe que já não consegue tirar das águas podres do Adriático. «Não há falta de peixe» - continuam a dizer os entendidos. «O peixe está cada vez mais caro» - dizem os desentendidos, sem ligar o efeito à causa. Ignorando que esta sociedade aumenta constantemente os preços sem dizer nunca que é o produto que cada vez mais rareia.
[Afonso Cautela, reteclado em 23/6/1993]
*
[pecuária sem fins de abate - balanço energético menos negativo - proteínas vegetais - estrume natural - cultura diversificada - pastagens/pousio - combate à monocultura industrial ]
Para o leite que o País necessita, dizem os entendidos que é preciso uma «reconversão da pecuária» com fins mais produtivos e reprodutivos do que de abate. Também os ecologistas defendem a criação de gado para fins que não sejam os de abate, embora por motivos diferentes e até antagónicos daqueles. Motivos que se podem enunciar em alguns pontos: é preciso que os portugueses se acostumem a comer menos carne e a desencantar proteínas vegetais.
Uma pecuária sem fins de abate não só aumentará as reservas de leite - como pretendem os produtores deste - mas produzirá estrume natural ou fertilizante orgânico (dispensando importação de adubos), levando as unidades de produção diversificadas (em vez do absurdo ecológico da monocultura extensiva das culturas industriais) e ao sistema de rotação pastagens-poisio que é fundamental para a manutenção dos ecossistemas agrícolas.
É possível ver nos que defendem a criação de gado sem fins de bate um aliado táctico. O leite, o estrume, a pastagem-poisio, a produção diversificada e o combate implícito à monocultura industrial são afinidades suficientemnete importantes para o ecologista. Isto sem entrar no balanço energétio negativo que o consumo de carne representa face ao consumo de proteína vegetal e de cereais.
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[os 8 mitos da fome ]
O texto sobre os 8 mitos da fome publicado pela revista «Eco-forum», órgão internacional das Organizações não Governamentais para o Ambiente (ONG) que se publica em Nairobi, sede do Organismo das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), consegue desmistificar o problema mundial da Fome em poucas palavras e destruir sofismas da longa e exaustiva demagogia que, a Leste e a Oeste, continua produzindo a fome dizendo que a mata.
Este texto, publicado em uma revista que reflecte a vanguarda do movimento eco-alternativo mundial, serve para, no campo de concentração português, se compreender até que ponto nos mentem, dia a dia, hora a hora, sobre os assuntos fundamentais do globo, e até que ponto nos lavam o cérebro as centrais de intoxicação planetária que, a Leste e a Oeste, conseguem mentir a meio mundo e enganar outro meio.
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ECO-DIAGNÓSTICO 1987

1-1 87-06-23-cc-cm> contra a ciência médica - cdm-4>

INVESTIGAÇÃO MENOSPREZA CAUSAS QUÍMICAS DA DOENÇA

23/6/1987 - O efeito de substâncias químicas no metabolismo dos seres vivos é ainda mal conhecido porque está mal estudado e está mal estudado porque, como causa ambiental de doenças, interessa ao sistema estabelecido que ele continue mal estudado.
A ciência (e quem a subsidia) está mais interessada em continuar a investigar medicamentos para combater o sintoma (efeito) do que em conceder verbas para indagar (investigar) das causas (ambientais) que produzem os sintomas ou efeitos.
A ciência (e quem a subsidia) está mais interessada em continuar a investigar a forma de complicar a já complicada engrenagem de combate ao sintoma, engrenagem que leva todos, doentes e médicos, hospitais e ministérios da saúde, ao stress e, portanto, ao abuso de psicotrópicos.
A ciência (e quem a subsidia) está mais interessada em deixar intactas as causas que accionam os lucros das indústrias medicamentosas, psicotrópicos e nem só.
A ciência (e quem a subsidia) está mais interessada em continuar explorando o pormenor do pormenor, em vez de caminhar para uma exploração cada vez mais global do ambiente e dos ambientes que condicionam a saúde e a doença.
A ciência (e quem a subsidia) está mais interessada em continuar subdividindo as matérias de estudo em campos onde a análise já atingiu os extremos do absurdo (perdendo completamente a consciência do conjunto que é afinal o ser humano) , porque essa hiperanálise não põe em causa a essência do sistema, a estrutura do sistema, limitando-se a ter uma função lúdica para o investigador, que se diverte analisando e subdividindo, ou porque essa análise aperfeiçoa produtos já no mercado sem pôr nada em causa.
Por isso o metabolismo das drogas chamadas psicotrópicas, está mal estudado e é pouco conhecido.
Um dos caminhos será talvez saber como o peso atómico das substâncias químicas determina a sua acção sobre o metabolismo.
Por enquanto, a ciência não tem um método e aproveita, como cobaias, os consumidores de droga que lhe passam pelas mãos. O pouco que a ciência sabe sobre metabolismo das drogas, aprendeu-o fortuitamente e não metodicamente.
É que a ciência nem sequer ainda tem um método para avançar nesse campo.
Dois investigadores da Organização das Nações Unidas, Georg Ling, director da Divisão de Narcóticos, e Susan Boutle, da mesma Divisão, analisavam na revista «Saúde Mundial» (Junho de 1979) , o efeito que poderá ter na placenta do feto a ingestão pela mãe grávida de drogas como a heroína.
No caso do tranquilizante Talidomida, esse efeito só foi conhecido quano nasceram as primeiras crianças deformadas.
Mas é necessário investigar o efeito de outras drogas que, mais raras ou mais de rotina, podem criar situações que são hoje totalmente ignoradas.
Ter-se inventado um vírus para a imunodeficiência, que é hoje um sindroma tipicamente ambiental, para não dizer iatrogénico ( produto de uma sucessão de medicações com vacinas, corticoides e antibióticos, cujos efeitos nunca foram suficientemente estudados e são praticamente desconhecidos nas suas consequências a médio e longo prazo) é exemplo definidor da situação que sufoca a investigação científica actual.
«Compostos de peso molecular inferior a 600 facilmente atravessam a placenta, enquanto muitas drogas e substâncias terapeuticamente eficazes têm peso molecular inferior a 600», escrevem os autores do artigo já referido.
Insistindo propositadamente numa droga de excepção e condenada pela moral vigente - a heroína - os autores desvalorizam insensivelmente o restante tropel de drogas que a mãe grávida em geral e não só a heroinómana consomem, com repercussões desconhecidas (???) no futuro filho.
Já nessa data, Junho de 1979, os dois técnicos em Narcóticos da Organização Mundial de Saúde, alertavam para o consumo crescente entre crianças de hidrocarbonetos voláteis, tais como acetona, cola ou solventes de pintura, prática que pode causar arritmia cardíaca, lesões cerebrais e mesmo morte.
Cuidadosamente, os autores enfrentam o assunto entre todos tabu, a terapia medicamentosa para casos que a psiquiatria classifica como hiperactividade, à qual pode associar lesão cerebral.
«Paradoxalmente - escrevem os autores, numa crítica implícita - as drogas mais eficazmente usadas para controlar esse comportamento são estimulantes do sistema nervoso central, como o metilfenidato e a dextroanfetamina.»
O ambiente físico e social também é chamado à responsabilidade na criação de estados de espírito que levam as crianças a consumir drogas psicotrópicas.
Referem os autores, por exemplo, «a falta de áreas de lazer e instalações adequadas de recreio, a ausência de programas para o desenvolvimento de actividades sociais e criadoras, a inexistência de ambiente doméstico e social que atenda necessidades de afeição, compreensão, estímulo, apoio, amizade e sensação de valor pessoal.»
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THREE MILE ISLAND 1979

1-4 - nuclear-4-ie> = ideia ecológica - os dossiês do silêncio – a sociedade do nuclear – os retrocessos do progresso – as datas do século

AINDA «THREE MILE ISLAND»:ENERGIA NUCLEAR MAIS SEGURA DO QUE NUNCA(*)

23/Junho/1979 - Pelo que deixou a claro e a descoberto, mas também pelos enigmas e dúvidas que veio lançar no já obscuro domínio da indústria nuclear, a acidente de Three Mile Island será cada vez mais uma data-chave nos tempos modernos.
Talvez as futuras gerações, as que conseguirem sobreviver ao holocausto nuclear, venham a falar de um tempo «antes» e de um tempo «depois» de Three Mile Island. Por causa deste acidente, muita coisa já mudou mas muito mais coisas ainda irão mudar.
Ainda não se sabia até onde as coisas poderiam piorar e o ambiente já andava saturado de elogios à segurança da indústria electro-nuclear.
«Este acidente permitiu verificar que os meios técnicos de segurança contra semelhantes problemas são suficientes. . . » podia ler-se logo no meio das notícias do dia 29, horas depois dos técnicos confessarem que tinham perdido totalmente o controle sobre o reactor e que tudo a partir de agora, podia acontecer a 16 Km de Harrisburg (cidade de 80.000 habitantes) e a 320 Km de Nova Iorque.
Tudo poderia acontecer quando, já em 29 de Março, «vestígios de vapor radioactivo eram detectados a 25 Km da central».
Em declarações à Televisão Portuguesa, no dia 6 de Abril de 1979, a engª Isabel Torres, da Direcção Geral de Energia e autora do livro editado pela Arcádia «Centrais Nucleares e Meio Ambiente», não só elogiava as condições de segurança em que funcionam as centrais nucleares, como manifestava o seu regozijo por ver as medidas de emergência que os norte-americanos conseguem pôr em prática, em caso de catástrofe iminente.
«Não morreu ninguém» – afirmava a engª Isabel Torres, glosando a mesmísima afirmação feita por James Schlesinger, secretário de Estado da Energia das Estados Unidos, no filme transmitido pelo Telejornal das 20 horas no domingo, dia 8 de Abril de 1979.
Dias antes, milhões de pessoas em todo o Mundo tinham lido as notícias de Three Mile Island:
«Os responsáveis da central lançaram voluntariamente vapor radioactivo para a atmosfera ontem de manhã, sem saberem que estava contaminado.
(France Press, 29.3.79).
«Oito trabalhadores directamente expostos as radiações, foram submetidos a exames...» (Expresso, 31.3.79).
«Mais de 1 milhão e meio de litros de água contaminada vertidos no Rio Susquehanna»
(ANOP, 30.3.79)
« Habitantes locais aconselhados a permanecer em casa com as janelas fechadas»
« Mulheres e crianças evacuadas de um raio de 8 Km do reactor.»
«Guarda nacional e unidades de defesa civil entram de alerta ...»
(F.P., Reuter 30.3.1979).
«400 funcionários dos serviços de saúde entram de prevenção no estado de Nova Iorque»
(F.P. Reuter 31.3.79).
«Serviços de Saúde, em Siracusa (Nova Iorque), a 320 Km de Harrisburg, anunciam níveis de radioactividade 3 ou 4 vezes acima do normal.»
(Reuter, 31.3.79).
«As autoridades advertem que a situação poderá conduzir ao pior possível antes de uma explosão nuclear ...»
(Reuter, 31.3.79).
«Radiações atravessam paredes de cimento com 3 metros de espessura »
(ANOP, 2.4.79)
«Bolha de gás pode transformar-se numa mistura explosiva, cujo ponto crítico poderá ser atingido dentro de 2 dias.»
(ANOP. 2.4.79)
Autoridades federais e estatais organizam plano de evacuação numa escala nunca antes tentada em tempo de paz nos E. U. A 160 Km, serão criados centros de emergência para acolher as pessoas que abandonarão o local por todos os meios, (carros particulares, autocarros de escolas, comboios).»
(Reuter, 2.4.79)
«Enormes depósitos de aço e cimento transportados para o local, toneladas de tijolos e escudos de chumbo, a fim de proteger os cientistas que trabalham perto do reactor.»
(Reuter, 2.4.79)
«Governo envia, como medida de precaução, um milhão de doses de iodeto de potássio, produto químico que permite reduzir o efeito das radiações na glândula tiróide».
(ANOP, 3.4.79)
«Os cientistas crêem que evitaram o acidente mais devastador desde que começou a era nuclear ».
(ANOP, 3.4.79)
A General Public Utilities, filial da Metropolitan Edison, informou não saber ainda que os estragos ultrapassariam a verba coberta pelo seguro de 300 milhões de dólares.»
(3.4.79)
Dr. Georg Wald, biólogo e Prémio Nobel em 1976: «Os efeitos do acidente podem registar-se a longo prazo, daqui a 30 ou 40 anos, podendo verificar-se um aumento de casos de cancro.»
(4.4.79)
« Percentagem de radioactividade regressa à normalidade »
(5.4.79)
«O governo tenciona vigiar estado de saúde da população, durante anos, ainda que não se preveja aumen to de cancros na região.»
(5.4.79) . .
«Mil peritos nucleares encontram-se desde quarta-feira, no local de Three Mile Island».
(4.4.79)
«Será enviada aos Estados Unidos equipa de peritos espanhóis para estudar causas e possíveis consequências do acidente.»
(4.4.79)
«Vão prosseguir, nos próximos dias, as operações de resfriamento.»
(5.4.79)
«O nível de radiações dentro do recinto atinge 30 mil roengtons por hora.» (Harold Denton, director da Comissão Federal de Controle Nuclear).
(5.4.79)
«A espessura de cimento do edifício onde se encontra o reactor não permite reter tal dose de radiações.» (Porta voz da Metropolitan Edison, proprietária da central)
« 50 mil pessoas tinham abandonado a região, desde 4ª feira, dia 29 de Março.»
(5.4.79)
«Nos termos do acordo de 1975, o Brasil irá comprar à RFA, até 1990, reactores nucleares, uma instalação de enriquecimento de urânio e uma unidade de retratamento.»
(5.4.79)

Enquanto os jornais publicavam estas e outras notícias da catástrofe que esteve para acontecer, do acidente que foi o maior da história nuclear, dos planos de emergência e do estado de alarme que esteve para ser decretado, das pessoas que chegaram a ser evacuadas e das que fugiram sem esperar qualquer ordem para isso, enquanto todo o mundo se voltava para Three Mile Island à espera do pior, os mesmos jornais faziam-se eco do que, à mesma hora, acontecia em Lisboa, no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, onde o Prof. Axel Romagna, do Centro de Oceanografia da Bretanha, serenamente, beatificamente, estoicamente, debitava para técnicos portugueses:
«Não temos a menor ideia sobre qual o impacto ecológico de uma central termonuclear no litoral.» (31.3.79).
Para dizer isto foi pago o sr. Axel Romagna , que acrescentou:
«Nem sempre o impacto é negativo e no estuário do Sena, por exemplo, chegou-se à conclusão de que poderia ser positivo para a flora e fauna locais, devido à baixa percentagem do oxigénio na água...»

Enquanto sucediam as fugas de vapor radioactivo, em Three Mile Island, enquanto eram postos de alerta 400 funcionários dos serviços de saúde, enquanto a governo federal determinava exames, durante anos, a todas as pessoas da área, enquanto chegavam camiões de
iodeto de potássio para combater o efeito das radiações na tiróide, enquanto falhavam as três barreiras que na central se opunham à fuga de radiações, eis que a tudo isto chama a Engª Isabel Torres «capacidade que a indústria nuclear demonstra para quaisquer eventualidades.»
Comentando Harrisburg, a revista «Triunfo» de Barcelona, chamava-lhe, com efeito, «Apoteose do cinismo nuclear».
No caso da engenheira e suas sensacionais afirmações à RTP, eu diria que é mesmo a apoteose da apoteose da apoteose.
Num rápido esboço do que poderia acontecer na península ibérica, a revista «Triunfo» escrevia o seguinte, num artigo de Pedro Costa Morata:
«Das três centrais que funcionam em Espanha, é a de Zorita (a mais pequena das três) a que se encontra em situação mais perigosa: a uns 80 Km de Madrid.
«A de Caroña, no Norte de Burgos, tem apenas , a uns 30 quilómetros, a cidade de Miranda do Ebro.
«A de Vandellós, na costa de Tarragona, está na proximidade de numerosas localidades piscatórias principalmente, sendo a primeira que despeja directamente no mar.
« Das quatro centrais em construção (num total de 7 reactores) a de Almaraz está situada em zona de baixa densidade de população; a de Ascó numa comarca bastante povoada; a de Lemoniz , numa das zonas de maior concentração demográfica da Europa; e a de Cofrentes a uns 70 Km de Valência na cabeceira de uma horta rica e povoada.»
«Se um acidente «tipo Harrisburg» se produzisse na central de Zorita e a nuvem radioactiva tomasse a direcção de Madrid, provavelmente toda a população interposta, mais de 3 milhões, se veria submetida a doses de exposição excessivas. Mais do que a evacuação, que é impensável, seria a fuga desordenada, produzindo-se mais vítimas por confusão e pânico do que pela própria radiação.
«Se sucedesse em Lemoniz, no caso de que chegasse a funcionar e se desse o acidente, a mortandade medir-se-ia por dezenas de milhar em poucos dias, tendo em conta que a potência de um reactor é seis vezes superior à de Zorita e que a população bilbaína está concentrada a 15/20 Km.»
(In semanário «Triunfo», de Barcelona, 7.Abril.1979)
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(*) Publicado no semanário «Gazeta do Sul», 23/6/1979
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HOMEOPATIA 1997

14 208 bytes -guiao-6> = tese de noologia - guião de estudo, leitura ( crítica) e pesquisa

SERÁ A HOMEOPATIA UMA TERAPIA ÚTIL, INÚTIL OU PERIGOSA?

Comentários de Afonso Cautela ao capítulo II da 8ª parte, do livro «L'Alchimie de la Vie», de Etienne Guillé, entre as páginas 177 -181

23/Junho/1997 - 1 - Embora a ciência ordinária, através da revista «Science et Vie» ( Maio, 1997) já tenha demonstrado que a Homeopatia não existe, esta terapia das altas diluições infinitesimais ritmicamente dinamizadas, parece que continua a prestar bons serviços aos terapeutas e aos doentes que precisam de ser energeticamente dinamizados e estimulados, dada a sua indubitável estagnação energética, fonte de todas as doenças.

2 - Terapia de reacção, a homeopatia funciona principalmente pelo seu poder indutor das defesas naturais (o que Etienne Guillé, na página 179, chama de «energia vital»).
Desde logo e por aí, vê-se a que reducionismo os nossos homeopatas remeteram a homeopatia, fazendo dela uma terapia do específico, do pormenor orgânico e do particular concreto, em vez da terapia holística que ela é.
Nas mãos dos reducionistas, tudo se reduz à sua imagem e semelhança, incluindo a Homeopatia, terapia holística e global por excelência, que se aplica hoje, como a alopatia farmacêutica, ao nível do caso pontual e do específico sintomatológico. Mais uma casuística, num campo onde há casuísticas a mais e holística a menos.

3 - Na aplicação da Homeopatia à cura iniciática, podemos ter, desde logo, alguns itens interessantes a reter:
O RITMO no fabrico das próprias dinamizações, surge como um factor que induz a cura iniciática.
Como diz Etienne Guillé (LAV, 177) «se diluir determinada substância por um processus rítmico (o sublinhado é dele), atinge-se rapidamente um «ponto morto», em que as acções das substâncias em estado ponderal já não se manifestam.»
Longe de se chegar ao «nada» - nota E.G., contrariando o que os senhores da revista «Science et Vie» proclamaram do alto do púlpito - produz-se um efeito, oposto e complementar, que vai agir no meio ambiente ou medium circundante (água ou álcool).»

4 - OPOSTO e COMPLEMENTAR - eis um factor sine qua non da iniciação, como já foi dito.

Façamos um parêntesis para exemplificar com um caso concreto muito simples, a démarche possível a seguir numa terapia de urgência.
Se, no caso da dor na boca do estômago, depois do almoço, se verificou, após um inquérito rápido ao doente, que a causa determinante é a chávena de café tomada após a refeição, talvez que o melhor «medicamento» seja a diluição rítmica e dinamizada do café ou, mais simples ainda, o toque vibratório do café durante meia hora, todos os dias, para quem faça a radiestesia holística.
Se o doente não tem os receptores abertos e não pode fazer radiestesia, o terapeuta poderá, pura e simplesmente, fazer transferir a energia café para um copo de água que dará a beber ao doente.

5 - Será que o radiestesista pode transferir veneno para um copo de água? - pergunta alguém.
No caso apontado do café tomado depois de almoço, transferir a energia - e apenas a energia - da mesma «bica», dinamizada e altamente diluída, para um copo de água, talvez fosse a terapia de socorro imediato mais à mão, antes de recorrer a processos mais sofisticados.
Sem esquecer que a terapia de socorro não é uma terapia de fundo.
Como assinala E.G., verifica-se uma «inversão de acção dos remédios, conforme a dose utilizada.»
Óbvio, sempre assim foi e sempre assim será: a dose é fundamental em qualquer terapia.
Esta informação de E.G. desmistifica a utilização altamente especializada da homeopatia, para a tornar, como deve ser, uma terapia de uso democrático, por toda a gente e a toda a hora, sem gastar um tostão em frasquinhos...
Ignoram os senhores da revista «Science et Vie» que, «na relação substracto/solvente (água, álcool), - como escreve E-G. - a quantidade de substracto não desempenha um papel determinante mas cada substracto diluído modifica especificamente a estrutura físico-química do solvente (ou envolvente).»

6 - Verificam-se, principalmente, «modificações características dos equilíbrios electro-estáticos (!!!) entre as moléculas do solvente (água ou álcool) assim como modificações da constante dieléctrica - essa dimensão que mede a capacidade de neutralizar a atracção entre as cargas eléctricas».
Se assim é, pode surgir aqui uma primeira e definitiva contra-indicação da homeopatia.
Será, de facto, terapêutico e salutar modificar essa constante dieléctrica das células ou, pelo contrário, prejudicará o doente tão profunda alteração genética?
É que, informa E.G., essas mudanças ou alterações das cargas eléctricas são susceptíveis de se transmitir, no organismo, aos colóides, na sequência já conhecida dos que estudam radiestesia holística/gnose vibratória: -> metal-> transportador de metal-> água-> adn (enzimas, etc) -> teleacção -> genes-> metal -> : Nesta série de setas podemos verificar um processo de feedback , factor sine qua non de cura iniciática ( Ver homeostasia).

7 - Problemático, porém, com o intervencionismo homeopático, continuam a ser as modificações introduzidas nesse processo de intercomunição molecular e, portanto, na natureza da informação entre as células que, através da intervenção homeopática, é veiculada.
À luz desta hipótese, a Homeopatia não seria inútil nem inócua, como queria a revista «Science et Vie», mas potencialmente perigosa.
O curioso é que E.G., ilustrando a «distracção do sábio», constata essas modificações - que se estendem ao que ele designa por «receptores electromembranares», aos «metalo-ADN», à «permeabilidade membranar», aos «rearranjos cromossómicos», à «tumorogeneicidade» e à «activação de novos genes ou novos capítulos do ADN» (!!!)- e não deixa de relacionar tais modificações com o que se passa na indução do Cancro.
Como podemos nós saber se uma homeopatia estará ou não, com tantas alterações moleculares provocadas, a induzir o cancro ou qualquer outra patologia?

8 - Como refere E.G. , uma homeopatia - através de todos os factores indicados - metal, transportador de metal, água, ADN, enzimas, teleacção, genes, permeabilidade membranar, etc - « vai produzir uma activação de novos genes, ou seja, de novos capítulos do ADN e uma modificação por mutações, da sequência do ADN, implicando progressivamente uma mudança dos receptores membranares.»

9 - A palavra-chave é, evidentemente, MUTAÇÃO: nada nem ninguém, a não ser a inteligência natural da célula, está autorizado a produzir mutações, a mais complexa e melindrosa fase do processo alquímico.
Comparativamente, uma estimulação do organismo através de uma energia floral, por exemplo, de uma energia cor, de uma energia metal, poderá - por SINERGIA - induzir menos ou nenhuns riscos de mutação genética do que a homeopatia.

10 - Factor sine qua non da cura iniciática, a SINERGIA surge na terapia homeopática , tal como surge na oligoterapia, que actua por reacção.
«Os dois binómios EV X SV são sinérgicos - diz E-G. - quer dizer que, à escala da membrana celular, a energia vibratória recebida pelos receptores especializados é já programada evolutivamente para desencadear a recepção de uma outra energia vibratória pelos receptores do ADN - sequências repetidas - da heterocromatina constitutiva, e inversamente. »

11 - Curiosamente, E.G., ou a sua diligente colaboradora nesta obra, Christine Hardy - que lhe deve ter inspirado este capítulo sobre homeopatia - mostra-se, na página 170, menos preocupado com as mutações genéticas verificadas com uma intervenção homeopática do que com a «bela» confirmação que este seu estudo consegue dar da eficiência do método a que chama «análise sistémica» e que foi buscar a Louis Von Bertalanffy.
O que fica por provar - o perigo das propriedades farmacológicas das altas diluições dinamizadas - é que é verdadeiramente importante, para o destino da homeopatia, das medicinas energéticas e da própria RH/GV, que tão largamente utiliza esta muleta terapêutica nos seus (deles) consultórios.
Esta dúvida sobre a capacidade de mutação genética das dinamizações homeopáticas é que é perturbante, inutilizando completamente a ingénua afirmação, feita a seguir, na página 179:
«O objectivo da homeopatia é curar as doenças pela estimulação da energia vital» (!!!).
Era, se fosse.
A que preço ortomolecular?
Com que sequelas a nível genético?
E de que energia vital se trata? Etérica, astral, causal, etc?

12 - E.G./C.H fazem intervir a seguir a noção de homologia - raciocínio por analogia - factor sine qua non de cura iniciática que se inscreve na questão das diluições/dinamizações homeopáticas, com base no postulado cosmobiológico básico que é o dos campos de morfogénese cósmica (cmc).
O método das «cristalizações sensíveis» para diagnóstico, tão falado por E.G., dá um bom exemplo desses CMC, da lei da analogia, do princípio da homologia, a que logo deveremos ligar a sincronicidade de Carl Gustav Jung e o princípio tradicional das correspondências/equivalências vibratórias entre estruturas do universo.
Mas todos estes postulados cosmobiológicos chocam frontalmente com a técnica de manipulação homeopática de indução da mutação genética, exactamente o oposto da ordem cósmica.
Aquilo a que todas as civilizações chamaram «assinatura» e que é factor sine qua non de cura iniciática - o acesso ao Nomen Mysticum - é exemplificado na prática corrente, como ensina a alquimia alimentar taoísta:
o Feijão Azuki com a forma de um rim como terapia dos rins
a Couve Flor (e outras planas labirínticas) como terapia do cérebro
Etc.

13 - Tarefa árdua de demonstrar pela prática é esta afirmação de E.G./C.H.: «Seres análogos , no sentido energético do termo, têm as mesmas direcções de vibração, embora tenham frequências e amplitudes diferentes, numa relação definida.»
Mais uma vez, a frequência vibratória é questão por resolver:
«O Metal cobre, o planeta Vénus, uma planta, um animal ou um homem venusiano, vão vibrar nas mesmas direcções (as 7 direcções do Cobre) mas com frequências e amplitudes diferentes.(???) »
Problemático é se, como quer E.G., esta lei da similitude se estende ao que Hahnemann dizia dessa lei:
«Uma substância que produz sintomas numa pessoa saudável vai curar esses mesmos sintomas numa pessoa doente.»
«Curar», induzindo uma mutação genética ?
Não esqueçamos, como os próprios autores parecem esquecer, que, como vem numa página anterior, este «curar» implica mexer numa cadeia de estruturas moleculares, provocando, em última análise, uma mutação genética.
Na prática - segundo E.G./C.H. - tudo seria muito simples:
«Todos os medicamentos homeopáticos podem ser classificados em função do DNA: para um dado doente é preciso apenas escolher uma preparação que vibra nas mesmas direcções do doente.»
A escolha das frequências, por seu turno, e das amplitudes do medicamento «seria também a partir do DNA do doente, conforme a esfera ou as esferas energéticas perturbadas.»

14 - Resumindo e concluindo: na melhor das hipóteses, a homeopatia agiria apenas e só por ressonância vibratória entre as esferas energéticas do medicamento (!!!) e as esferas-alvo do doente.
Na secretária do terapeuta deverá sempre estar a ficha auxiliar de memória com as esferas energéticas do ser humano.
Como a acupunctua vem no capítulo seguinte do livro, poderemos, desde já, adoptar as esferas energéticas agrupadas pelos chineses através dos 5 elementos energéticos da incarnação:
- Fogo
- Ar
- Terra
- Metal
- Água
Ou então, usar a classificação, mais globalizante, de Rudoldo Steiner ( ver página 119 deste livro, o diagrama fundamental «dos ritmos cósmicos aos ritmos celulares»):
- Esfera neurosensorial
- Esfera rítmica
- Esfera metabólica
Ou então :
- Lado esquerdo
- Lado direito
Etc
Estamos nas perguntas básicas de qualquer teste a fazer pelo terapeuta quando tem um doente na frente e quer localizar o mal de que ele sofre (Ver grelhas já elaboradas) :
- Esfera energética afectada
- Qual dos 5 elementos está mais afectado
- Qual dos 3 sistemas está afectado
- A perturbação é mais yin ou mais yang
- Lado do corpo afectado
- DNA do sintoma (!!!)
Etc
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