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*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-09-03

NÃO-VIOLÊNCIA 1990

1-1 -90-09-05-ie-di> = a ideia ecológica – diário de um idiota - Greves> - conceito alargado ecos 1980

JORGE DOMINGOS DIAS ANDRADE EM GREVE DA FOME

[5-9-1990]

Suicídio, greve da fome, objecção de consciência, são formas ou técnicas de não-violência activa só praticáveis com base num suporte organizado, numa estrutura que previamente possa apoiar essas acções.
São impensáveis como acção desgarrada, fatalmente esmagada pelo sistema.
Por outro lado e se alguma acção é desencadeada, como aconteceu com o cidadão Jorge Domingos Dias Andrade, em 1980 [+-], o poder procurará inevitavelmente, através dos seus lacaios e serviços ou tentáculos anexos (entre os quais a imprensa se destaca) silenciar e depois denegrir ou minimizar essas acções na sua importância política, quer dizer, moral.
A imprensa, reflexo do poder, espelha esse misto de medo, desprezo e basófia com que o poder encara a contestação moral que esses actos representam.
No fundo, o poder não perdoa a quem, pacificamente, lhe devolve a imagem de Crime e Imoralidade pela execução de um acto absolutamente moral, como pode ser uma greve da fome.
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ECO-TECNOLOGIAS 1992

1-3 - 92-09-05-AH> ac dos projectos - elo-18>

EUROPA-CABO VERDE - PROJECTOS EDUCACIONAIS EM PROJECTO - II - PRODUZIR MAIS, IMPORTAR MENOS (CAMPO ALIMENTAR)- APROVEITAMENTO DE RECURSOS COM TECNOLOGIAS ARTESANAIS

# PARA UM PRONTUÁRIO DE ECOLOGIA ALIMENTAR

5-9-1992

Uniformatada em fotocópias A4, existe documentação bastante no espólio da «Frente Ecológica» para apoiar projectos vários de iniciativa no campo das pequenas indústrias de fins alimentares. Damos a seguir alguns exemplos dos temas devidamente documentados:

- «Cuscus» simboliza, enquanto prato típico de Cabo Verde, o produto interno que se internacionaliza e que se pode, por isso, tornar produto de exportação. Merece estudo e análise aprofundada a forma como, por exemplo, os países do Norte de África comercializaram um cereal que é também seu e a que também deram um tratamento artesanal de transfornmação muito próprio e que o tornou desejado. «Cuscus» é também um símbolo do que pode a imaginação do povo ajudada pelas tecnologias simples mas apropriadas.

- O fabrico caseiro de pão e os moinhos domésticos de farinação são dois bons exemplos de úteis actividades artesanais que não devem perder-se e, antes pelo contrário, ser incentivadas, como alternativa à invasão consumista que, no caso do pão, e com a sua industrialização, tende a produzir um alimento cada vez menos recomendável do ponto de vista nutritivo e de higiene alimentar.

- Coca-Cola e Hamburgers simbolizam a sociedade de consumo no que ela tem de poder de penetração nos mercados mais distantes, internacionalização que nada tem a ver com qualidade biológica e valor alimentar desses produtos. Os povos e países têm o direito de se defender dessas invasões e agressões. A melhor defesa é criar «anti-corpos», ou seja, alternativas de produção própria (artesanal? familiar? pequena indústria?) que se tornem mais populares entre os consumidores do que os produtos internacionais de grade expansão.

- A pequena indústria dos Oligoelementos - técnica terapêutica moderna em franca expansão, pela sua simplicidade e eficácia - serve de exemplo às múltiplas pequenas indústrias de grande importância em uma economia de recursos em luta contra as economias do desperdício. Indústrias que merecem, no mínimo, uma larga divulgação junto da opinião pública, como riquezas potenciais a explorar. A base ou matéria-prima desta pequena indústria são os elementos minerais, que podem ser encontrados em quaisquer solos, vulcânicos ou não...É o que vale a pena investigar e desenvolver, a partir das inúmeras pistas documentais existentes no espólio da «Frente ecológica»

- Os países ricos são muito prontos em apontar carências alimentares nos regimes dos países pobres. É verdade, é um facto, mas poderiam apontar também carências - e gravíssimas - nos países da fartura. A quantidade quase nunca significa, ecologicamente falando, qualidade. Se há, com certeza, doenças da fome, há também (ainda mais) doenças da pletora. Do que se trata, para uns e para outros, é saber comer: não só na perspectiva egoísta da saúde individual (cada um defende-se) mas principalmente na perspectiva solidária de uma ordem internacional mais justa. Ninguém colocou, até hoje, estes problemas nos termos correctos e profundos como o fez [---], autora desse manifesto para o Mundo Alimentar que é «Dieta para um Pequeno Mundo» (?)

- Extractos fluidos de plantas e tinturas vegetais medicinais são apenas dois exemplos dos múltiplos aproveitamentos que se podem fazer com base no cultivo e apanha de humildes ervas com virtudes medicinais. Note-se, por exemplo, o trabalho exemplar que se fez em Moçambique, ao inventariar as plantas de valor medicinal da flora local, úteis na perspectiva farmacêutica, através de pequenas indústrias, por vezes artesanais. (Ver listagem de livros-chave, neste relatório)

- A destilaria de óleos essenciais, por exemplo, a partir de plantas aromáticas, é possível realizar-se por processos mais simples e artesanais da tradição popular. Basta um alambique... Todos os povos com juízo estão pensando nisso e um dos exemplos que correm mundo é o do Sri Lanka.

- O fabrico de Leite em pó e as técnicas de liofilização de alimentos, são exemplos do mal menor em vez de um mal maior. É questão a ponderar por uma política alimentar de autosuficiência na perspectiva de crises climáticas na agricultura ou de bloqueios internacionais às importações. Se os alimentos conservados - por liofilização ou outros processos - não são, evidentemente, os mais recomendáveis sob o ponto de vista de higiene alimentar, podem justificar-se, em casos de mergência como reservas de segurança e socorro, que todos os países, mesmo os de celeiro mais cheio, não podem desdenhar. As técnicas de conservação de alimentos (excluindo evidentemente a técnica por radiações ionizantes) podem ser um mal necessário a ponderar.

- Tofu, Kuzu, Amasake, Koji, Ameixa Umeboshi, (...) são palavras japonesas, exemplos de outras tantas pequenas indústrias de importância capital no campo da higiene e terapêutica alimentar. Isto, curiosamente, num país dominado pela tecnologia moderna e todos os seus malefícios, o que não impediu, antes pelo contrário, o desenvolvimento e recriação de indústrias tradicionais de grande valor humano. E que hoje competem no mercado da economia mundial...

PRODUZIR MAIS, IMPORTAR MENOS

Outros temas com abundante documentação no espólio da «Frente Ecológica»:

- Como se faz Legumes Lactofermentados e Picles - Pequenas indústrias caseiras - Enzimas para toda a família
- Como se faz um germinador caseiro - Todas as Vitaminas sempre à disposição
- Como se faz Compostagem para agricultura Biológica - Novos contributos a velhos métodos
- A Cafeína do Guaraná e a Teína do Chá - Produtos que o mundo adoptou
- Algas e seus múltiplos derivados - Um tesouro do Mar que é só apanhar - Agar e agar para exemplo
- Como se faz Tofu e outros derivados do grão de Soja, raínha das Oleaginosas
- Mel de arroz serve de exemplo aos múltiplos derivados do precioso grão que é o Arroz
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PRODUZIR MAIS, IMPORTAR MENOS:

Sementes de Cucurbitáceas
- Malas de escola em serapilheira que as de plástico destronaram
- Pegas almofadadas
- [ coisas que em Portugal são feitas por cegos e outros deficientes ]
- Secar sementes de Cucurbitáceas
- Apanhar algas
- Secar Algas
- Técnicas de secagem de frutos
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