ORDER BOOK

*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-08-16

TIPOLOGIA 1996

1-2 - 96-08-18-ah> = ac dos projectos - 3584 bytes -emilia-1>psi>

TIPOLOGIA E COMPORTAMENTO

[18-8-1996]

- Linguagem do corpo
- Sistemas de classificação morfológica através das épocas:
a) Sistema taoísta : 5 elementos e reflexologia yin yang
b) Sistemas europeus: Hipócrates - Claude Sigaud - Mac Auliffe - Giacinto Viola - Nicolas Pende - Kretschmer - Sheldon
- Hormonas e Comportamento
Efeitos sobre: carácter, emoções, agressividade, inteligência, etc
- Grupos Sanguíneos e Carácter
- Diáteses em Medicina do terreno (Endocrinologia, Homeopatia, Oligoterapia, Floralterapia, etc)
- Caracterologia e doenças psicosomáticas (tendências genéticas)
- Biotipologia Humana
a) Morfologia - Temperamento - Carácter - Inteligência
b) Doutrinas e métodos
c) Aplicações:
Medicina geral
Clínica
Antropologia
Ciências criminais
Pedagogia,
Orientação e selecção profissionais (Psicometria)
Educação Física
- Quirognomonia (As mãos em medicina e psicologia)
Quiromancia e diagnóstico experimental
Mãos e espírito
Zona reflexogénica do corpo energético
- Cosmopsicologia ( Glândulas endócrinas e sistema solar)
a) Sistema hindu (Chacras)
b) Sistemas europeus (tipos de personalidade)
- Prognóstico experimental em Astrologia
Condicionantes astronómicas do comportamento(conjuntura astral e devir histórico)
Bibliografia de apoio:
- Sabine Baudet e outros - «O Corpo» - Círculo de Leitores, Lisboa, 1977
- Luís A. Duarte-Santos - Biotipologia Humana - Arménio Amado, Coimbra, 1960 ( 2ª edição)
- Michio Kushi - Diagnóstico na Medicina Oriental - Sétimo Circulo, Porto, 1978
- B. Hutchinson - La Main Reflet du Destin - Payot, Paris, 1971
- Jean Brun - La Main et L'Esprit - PUF - Paris, 1963
- André Barbault - Le Prognostic Expérimental en Astrologie - Payot, paris, 1973
- A Astrologia e as Glândulas Endócrinas - Augusta Foss Heindel - Alafaómega - Lisboa, s/d
***

NOOLOGIA 1997

ki-1>- cadernos do monitor 2 páginas

18-8-1997

NOOLOGIA YIN-YANG (CRONOBIOLOGIA CHINESA)

+Analogias (sinal = ) em Noologia Yin-Yang:

Yang = dinamismo?
Yin - Inércia ?
Yang = quente
Yin = frio
Matéria = Energia
Mais leve = mais yang ?
Mais pesada = mais yin ?

+Yin-yang produzem 3 sopros de energias:
-Puro = Céu
-Impuro= Terra
-Mistura = Homem

Alto do corpo = Yang
Esquerdo do Corpo = Yang

Baixo do corpo = Yin
Direita do Corpo = Yin

+Variantes de nomenclatura em Noologia Yin-Yang:
Tchi = Sopro = Energia=
=Chi = Ki (japonês)

+Clímaxes horários dos órgãos (de 2 em 2 horas):
24 H -> Vesícula Biliar
2 Horas -> Fígado
4 Horas-> Pulmão
6 Horas -> Intestino Grosso
8 Horas -> Estômago
10 Horas -> Baço/Pâncreas
12 Horas-> Coração
14 Horas -> Intestino Delgado
16 Horas-> Bexiga
18 Horas -> Rins
20 Horas -> Circulação/Sexo
22 Horas -> Triplo aquecedor

+Energias em Noologia Yin Yang
Os 5 elementos e as horas do dia:
Água - Noite - 21H-3H
Fogo - Dia - 9 H - 15H
Madeira - Manhã - 3 H - 9 H
Metal - Tarde - 15 H - 21 H

+Ciclos em Noologia Yin-Yang
a) Estações do ano
b) Dia-Noite
c) Ciclos solares (de 11 anos)
d) Ciclo lunar (29 dias)
e) Pontos cardiais

2 semestres do ano:
1º - 4 Fevereiro - 6 Agosto - Yang
2º - 6 Agosto - 4 Fevereiro - Yin

5 clímaxes ( de 2 meses) dos 5 elementos na roda do ano:

Madeira - Março-Abril
Fogo - Julho-Agosto
Terra - Fins de estação
Metal - Outubro- Novembro
Água - Dezembro-Janeiro

+Clímaxes em Noologia Yin-Yang :
Variáveis do calendário:
13-26 de cada mês
2 solstícios:
- de Verão ( 6 de Maio e ---)
- de Inverno (5 de Novembro a ---)

2 equinócios:
- de Primavera (4 de Fevereiro a ------)
- de Outono ( 8 de Agosto a -----)

+Energias em Noologia Yin-Yang
6 energias cósmicas que alimentam os 5 sabores e desenvolvem as 5 cores, transformam-se nos 5 sons e causam as 6 doenças:
1) Yin que causa doenças do frio
2) Yang que causa doenças quentes
3) Vento (doenças das extremidades)
4) Chuva (doenças do abdómen)
5) Falta de luz (doenças mentais)
6) Luz excessiva (doenças cardíacas)

+Postulados em Noologia Yin-Yang:
- O qualitativo supera o quantitativo
- O superior comanda o inferior
- Terra e Céu são opostos complementares

+ Binários em Noologia Yin-Yang :
Essência/ Substância
Transcendência/Imanência
***

ALZHEIMER 1997

alz-0>fichas de cura –cartas de socorro - a patologia em naturologia

A DOENÇA DE ALZHEIMER -À LUZ DA LÓGICA ORTOMOLECULAR

Nas doenças em que a medicina se confessa totalmente impotente, como na difícil doença de Alzheimer, é natural que a Naturologia tente, sem que consiga mais do que algumas melhoras

Nunca é tarde para entrar na via justa, cosmicamente justa.

18/8/1997 - Do que a medicina sabe (ou diz não saber) da doença de Alzheimer, poderá apurar-se o seguinte:

É uma doença da circulação nervosa e de interconexação entre as células, nomeadamente as células nervosas cerebrais; a terapia lógica, causal e ortomolecular, deverá ir, portanto, toda no sentido de incentivar essa comunicação e essa interconexação.
Os livros de medicina natural indicam a lecitina líquida - devido ao componente chamado colina - como o factor principal que irá facilitar a informação entre as células nervosas.
Sabe-se que deficiências de colina no organismo podem produzir anomalias no sistema nervoso, o que é o caso na doença de Alzheimer.
Todos os produtos químicos na alimentação - hoje tão abundantes - contribuem para inibir a interinformação celular nervosa. O mesmo se diga de todos os medicamentos, havendo alguns que têm exactamente um acção inibidora específica sobre a produção de colina, inibição que está na origem da doença: por isso a medicina diz que a doença é irreversível, já que só tem como solução administrar medicamentos que, a curto, médio e longo prazo, vão agravar a situação de toxemia química. Mas o maior inibidor será talvez a anestesia geral.

1º TEMPO - RECURSOS IMEDIATOS

Tomar a Lecitina que deve ser líquida e da melhor qualidade que existir no mercado: atenção, principalmente, ao seu teor em fosfatilcolina (30% dizem os entendidos)
Complemento vivo desta lecitina em frasco, é a adopção de bons derivados da Soja hoje existentes graças à macrobiótica:
a) Rebentos de soja (soja verde germinada) que se pode fazer em casa, a partir da soja verde, e que deverá ser comida em saladas e nunca cozinhada
b) Tofu - ou queijo de soja, que também pode ser feito em casa
c) Tempeh , derivado da soja, mas muito raro no mercado
d) O único derivado da soja não aconselhável é o Leite de Soja
- Logo a seguir, o doente deverá imediatamente adoptar processos de mineralização correcta, completa e equilibrada, onde entrem todos os oligoelementos essenciais ao equilíbrio celular:
a) O Caldo dos Vegetais Doces deve ser tomado todos os dias - é o mineralizador por excelência
b) As Algas - todo o tipo de Algas - devem entrar em abundância na dieta diária
c) Os alimentos, nomeadamente cereais, devem ser todos integrais e o mais variados possível: arroz, trigo, milho, milho-painço, cevada, aveia, centeio e outros cereais que a macrobiótica pôs em uso; não usar farinhas ou reduzir os farináceos ao mínimo dos mínimos;
d) Isto equivale a dizer que o doente se deve aproximar o mais possível do regime macrobiótico (todo ele baseado nos alimentos integrais e com grande apport de cereais, algas e leguminosas na comida diária, além, claro, dos vegetais frescos e folhas verdes )
e) Para suplemento de Magnésio - oligoelemento indispensável também à intercomunicação entre células nervosas - não usar o produto isolado, mas comer 3 ou 4 ou 5 tâmaras por dia, que têm o teor de magnésio assimilável pelo organismo
f) O Zel-Oxigen deve entrar também imediatamente no processo curativo, para ajudar à interinformação celular
g) Todos os dias, alternadamente, deverá tomar um sumo fresco de:
- Beterraba
- Cenoura
- Maçã Reineta
- Nabo/Rábano/Rabanete
- Aipo
h) A presença dos alimentos enxofrados - Nabo, Rábano, Rabanete - deve ser diária na alimentação (ralados, cozidos, de todas as formas possíveis)
hh) Se se quiser reforçar este aspecto do Enxofre - fundamental para a intercomunicação celular - poderá tomar-se o Rábano Negro, que existe em ampolas bebíveis, vindas de França, nos bons mercados dietéticos
i) A presença de legumes frescos e vegetais de folhas verdes (nomeadamente as couves, mas principalmente a Couve-Flor) deve ser também diária na alimentação
j) Se houver (ainda) tachos de alumínio em casa, devem ser substituídos, rapidamente, por outros materiais, pois muito se tem dito sobre a responsabilidade do hidróxido de alumínio na doença de Alzheimer
l) Para culminar e potencializar todo este trabalho, nada melhor do que pegar no pêndulo de radiestesia com a mão direita e tocando na esquerda os metais que estiverem à mão (ouro, prata, cobre, zinco, estanho, chumbo, ferro) ou as cores do arco íris, fazer o toque vibratório dessas estruturas: o trabalho do pêndulo com os metais equivale a uma reanimação do próprio ADN e, portanto, a uma imediata melhoria de circulação no trânsito intercelular: no caso de um doente de Alzheimer esse trânsito está mais congestionado do que o da cidade de Lisboa: façam o pêndulo e ensinem todos aos vossos filhos essa brincadeira, que é afinal a mais profunda e eficaz das terapias ortomoleculares.
m) O outro sal mineral tão importante como o Enxofre e o Magnésio para o funcionamento intercelular, é o Potássio: por isso, uma banana ou duas por dia talvez não faça nenhum mal ao doente, antes pelo contrário, poderá concorrer para a cura.

2º TEMPO - CUIDADOS A MÉDIO E LONGO PRAZO

Depois destes cuidados básicos, se não se verificarem melhoras sensíveis, deverão acrescentar-se, a pouco e pouco, verificando, um de cada vez, o que operou melhoras mais sensíveis:
O suplemento alimentar Ginkgo Biloba, em uma das marcas que existem à venda no mercado
Massagem shiatsu que, com alguma paciência, pode ser feita pelo próprio, desde que conheça os principais pontos onde agir
Fazer uma oligoterapia cuidada e muito moderada, na base de:
a) Oligoelemento zinco
b) Oligoelemento alumínio
c) Oligoelemento lítio
d) Oligoelemento Manganés+Cobre e Manganés + Cobalto
A oligoterapia aconselhável, no entanto, deverá ser escolhida em função de outros sintomas psíquicos de que o doente se possa queixar (além da falta de memória que é específica da doença).
O mesmo se diga para a Floralterapia de Bach, talvez a terapia psíquica que poderá concorrer para uma melhoria extraordinária do doente.
Recorrer a um especialista em quelatoterapia, para conseguir uma desincrustação mais eficaz de metais pesados no organismo (diga-se, no entanto, que a macrobiótica tem também vários recursos alimentares para conseguir este mesmo objectivo de desintoxicação, nomeadamente os lactofermentados de vegetais, ricos de enzimas, como o chucrute, os picles, o tamari, o shoiu, o miso, etc ).
Deverá também procurar um homeopata para indicação da melhor homeopatia desintoxicante: para já, a Hidrastys Canadensis tem acção de limpesa ao nível dos brônquios, o que indirectamente irá beneficiar a célula nervosa cerebral
De acção indirecta mas muito aconselhável, é o Aloés Vera, numa marca de confiança.

MUITO IMPORTANTE

Se na história clínica de um doente, houver uma (ou mais) anestesias gerais, todo o esquema que aqui se indica para a doença de Alzheimer deverá ser utilizado como profilaxia estrutural, de modo a prevenir doenças que a medicina considera irreversíveis e/ou incuráveis, como é o caso da esclerose em placas.

CONCLUINDO SEM CONCLUIR

Se fizer, ao menos, duas das coisas fundamentais que aqui se indicam, já será 50% de avanço na cura. Nunca poderá obter os 100 % mas , se não continuar a intoxicar-se com medicamentos, poderá obter entre 80% a 90% de resultados favoráveis.
Tudo está no êxito que o doente conseguir nestes dois pontos fulcrais:
a) Desintoxicar-se dos resíduos químicos tóxicos (incluindo medicamentos) que provocaram as carências minerais;
b) Recolocar os oligoelementos e sais minerais que estão em carência e cuja ausência provoca exactamente a doença.
Se a medicina considera irreversível a doença de Alzheimer, é talvez porque considera o problema como uma lesão no tecido nervoso e do cérebro: temos de acreditar que, através de um regime logicamente conduzido, não há lesão de células mas apenas disfunção causada por matérias estranhas dentro da célula. Disfunção que pode, portanto, ser corrigida.
+
alz-2> fichas de cura>

O ALIMENTO-CHAVE DO SISTEMA NERVOSO

A acetilcolina ajuda a transportar mensagens pelas conexões nervosas, de modo a que o sistema nervoso funcione adequadamente.
Vários tecidos usam os níveis sanguíneos de colina na manufactura de substâncias específicas como a lecitina e a acetilcolina.
Nesses tecidos incluem-se:
Baço
Cérebro
Fígado
Rins

Os tecidos que sintetizam colina são:
Coração
Fígado
Testículos

Deficiências de colina podem produzir anomalias no sistema nervoso.
Um medicamento anti-esquizofrénico, por exemplo, cria uma deficiência de acetilcolina em certos neurónios do cérebro.
Atenção ao teor de fosfatidilcolina (30%)na lecitina que se usar.
***

M.G.GUERREIRO 1979

1-3 - 79-08-18-ie-cpt= crónica do planeta terra - domingo, 24 de Novembro de 2002-scan

DE ONDE VEIO A TARTARUGA GIGANTE?

«A ecologia está na moda e isso corresponde a ser tratada com certa ligeireza, para não dizer incorrecção, o que acaba por se reflectir na pouca credibilidade que ainda hoje usufrui em certos sectores.»

[18-Agosto-1979, in «A Capital», Crónica do Planeta Terra ] - Com estas palavras abre o novo livro do Prof. Manuel Gomes Guerreiro, que foi subsecretário de Estado do Ambiente no primeiro Governo constitucional.
Actualmente responsável pelo departamento de Ciências do Ambiente da Universidade Nova de Lisboa, onde é professor, estando também a coordenar os trabalhos da Comissão Instaladora da Universidade do Algarve, Gomes Guerreiro tem vindo a definir-se não só como autoridade da Didáctica da Ecologia, mas também como filósofo (neo-fisiocrata lhe chamou Henrique de Barros) e pedagogo cívico a quem preocupam os problemas de fundo da sociedade portuguesa.
No Instituto Universitário de Évora. que ajudou a instalar como vogal e de que foi reitor, imprimiu também a força das suas posições às áreas e matérias ali ministradas, especialmente no campo da extensão rural e da prioridade ao sector primário que tão galhardamente tem defendido.
Silvicultor a partir de 1943, professor no Instituto de Agronomia em 1957, catedrático da Universidade de Luanda em 1968 (onde foi vice-reitor) a sua experiência estendeu-se ainda, a partir de 1958, ao Instituto de Investigação Científica de Moçambique.
Autor de uma vastíssima bibliografia, onde se mostra pioneiro e autêntico precursor de muitas teses que só duas décadas depois começaram a ser conhecidas das elites universitárias portuguesas, as palavras de Gomes Guerreiro têm portanto um peso indiscutível. E traduzem preocupações que levarão a reflectir muito seriamente aqueles que, como nós, admiram a sua coerência intelectual e não lhe regateiam um imenso e profundo respeito pelas teses que defende.

ECÓLOGOS E ECOLOGISTAS: DIÁLOGO OU HOSTILIDADE?

A questão levantada pelo prof. Manuel Gomes Guerreiro, ao abrir o seu livro mais recente “Ecologia dos Recursos Naturais”(*), não deixa de ser pertinente e de incitar ao debate que se desejaria, de facto, mais esclarecido e crítico do que até agora tem sido. O debate entre ecólo-gos e ecologistas ...
Comentando a citação de Gomes Guerreiro acima transcrita, ocorre-nos uma primeira pergunta: Caberá ao “leigo” ecologista toda a culpa e estará o cientista - ecólogo - isento nesse cartório?
O próprio especialismo em que o ecólogo se compraz, a sua visão míope e redutora da realidade, da natureza, da vida, da sociedade e dos ecossistemas, não terão contribuído também e em boa parte pare o descrédito desta «ciência das ciências»?
Por outro lado, não será lícito o nervosismo e a impaciência dos que sentem ameaçados o próprio solo e a própria terra que pisam, tentando eles com as suas poucas posses e ainda que não sejam especialistas, nem catedráticos, nem universitários, pensar este desvairado mundo que os especialistas, aliás, ajudam a desintegrar e a desvairar ainda mais? E a abanar, perdidamente, com o terror sísmico das bombas?
Quando se vê o crime praticado diariamente contra a vida, os equilíbrios naturais, as espécies, as grandes forças que nos sustentam ( a atmosfera, o oceano, as florestas, os rios, as serras, os lagos), a própria vida quotidiana que se degrada em qualidade a pretexto exactamente de a melhorar quantitativamente (pura burla, pura mentira), será mais prioritária a terminologia académica e universitária ( cujo hermetismo apenas serve às vezes para esconder uma grande penúria de ideias e de pensamento criador...) ou as acções práticas que tentam pôr um travão na loucura dos tecnocratas?
E não será verdade que a própria ecologia conseguiu ser invadida por tecnocratas do meio ambiente? Se Gomes Guerreiro é uma providencial excepção a essa triste regra ( melhor do que nós, ele conhece as misérias dos que invocam o meio ambiente e a sua defesa para melhor o massacrar ou deixar que outros o massacrem), porque não se insurge igualmente contra estes perigosos engenheiros do ambiente, que milagrosamente souberam dar a voltinha à moda da ecologia para a recuperar totalmente a favor do sistema (tecnocrático, de-senvolvimentista, industrial-poluidor) com o qual o prof. Gomes Guerreiro tem estado também em frontal discordância?
O inimigo principal da ecologia-como-ciência será o ecologista prático ou os cientistas em geral e os da ecologia em particular que teimam em ver apenas a parte ínfima, ignorando o todo?
Se se preconiza «a cada um a sua especialidade e cada especialidade para cada um» - dando a entender que deve o ecologista especializar-se na Universidade ou então mudar de nome...- será estranho que esta regra só funcione pare uns e não funcione para outros.
Porque então o jornalista, por exemplo, poderá dizer que os jornais são sua quinta privativa, devendo os especialistas, cientistas e universitários abster-se de aí meter o bedelho: ora isto não acontece e vemos cada engenheiro, cada doutor, cada Cada, botando na Imprensa a sua abarrotada faladura, que logo se nota quem mais manda na Imprensa não é o jornalista. Melhor as coisas andariam, se fosse...
Por outro lado, pensar e produzir ideias é também uma actividade «especializada», e bastante, num tempo-e-mundo em que a estupidez dos especialistas torna cada vez mais necessária e actividade sergianamente pensante do global.
Estranho, portanto, que se retire ao ecologista o direito de pensar, ler, analisar e interpretar ecologicamente esta realidade actual que, por impensável, absurda, inqualificável, muitos desistiram já de compreender ...
Se o especialista - o ecólogo - tem os seus domínios, cátedras, lugares exclusivos onde pontifica, incluindo ministérios, secretarias de Estado e direcções gerais, será que a Imprensa, os jornais e os mass media deverão ficar exclusivamente também ao seu serviço, abdicando o jornalista de ter personalidade profissional e até jurídica?

LER ECOLOGICAMENTE ESTE TEMPO-E-MUNDO

Mas sendo o jornalista apenas o cidadão que traduz vozes gerais na sua voz, escutando com atenção e reproduzindo com rigor - terá este cidadão ou homem comum que se penitenciar de pretender ter uma consciência ecológica deste tempo-e-mundo e agir de acordo?
Aliás, se a tese do especialismo vingasse, que sentido teria toda a pedagogia «ecológica» de que Gomes Guerreiro tem sido, ao nível universitário, um tão estrénuo e incansável defensor?
Teremos nós autodidactas, peões, consumidores, utentes, eleitores, cidadãos vítimas em suma da brutal sociedade de consumo, que esperar e salvação dos técnicos e engenheiros da ecologia, vendo por que ínvios caminhos eles vão conduzindo os problemas e de que maneira airosa lhes adiam as soluções?
Lutar pela qualidade de vida e contra a inaudita violência da ideologia tecnocrata será tarefa de catedráticos ou temos o direito de nos defender e salvar a pele das patifarias que eles cometem?
No campo dos leigos em Ciências ecológicas serão tudo erros e no campo dos doutores em ecologia tudo perfeição?

O MISTÉRIO DA TARTARUGA MARINHA

Até mesmo na perspectiva rigorosamente científica da investigação sobre o terreno, não terá a ecologia que acompanhar a vertigem e a velocidade a que a destruição se processa? Não irão ficando os ecólogos de gabinete totalmente desfasados da realidade que, decididamente, não marcha à velocidade deles?
Não será ridículo, por exemplo, um senhor cientista de Unesco, de lupa apontada para a fauna bentónica dos Açores e que de repente lhe aparece uma tartaruga marinha-gigante ao pé, sem que ele perceba de onde ela vem? Sem que ele perceba que a tartaruga vem afugentada do mar da Florida onde há dois meses o poço da plataforma submarina mexicana debita no oceano milhares de barris de petróleo?
Conhecer a fauna bentónica é lindo, o País está pagando bom ordenado, com certeza, a tão iminentes cientistas: mas ignorar a terrível «desecologia» que diariamente, hora e hora, altera todos os esquemas dessa linda ecologia académica, eis um facto que será pouco científico ignorar ou minimizar.
Deste dia-a-dia e o melhor que podem, encarregam-se os ecologistas.

SALVAR A PELE, E JÁ NÃO ERA MAU...

Que a tragédia do planeta Terra, as catástrofes já consumadas e as que se perfilam
no horizonte próximo, a ameaça de extinção que paira sobre a espécie humana e outras espécies, seja obra só de especialistas e diplomados, eis o que talvez fosse cómodo para aqueles que, a contragosto, se vêem obrigados a meter o nariz onda não são chamados.
Mas se o fazem, é porque os ecólogos de gabinete se demitiram totalmente das suas obrigações para com a sociedade e são hoje animais empalhados e pré-históricos alheados do tempo e mundo em que vivemos, mas em que principalmente morremos das mortes com que eles nos assassinam..
Com ou sem eminentes especialistas na matéria, trata-se para a esmagadora maioria da Humanidade (tecnofascistas à parte) de salvar a pele. Ou, pelo menos, de o tentar.
Desumano - e surrealista - seria obrigar o náufrago a ter diploma de salvamento para o autorizar a... salvar-se.
Quando e verdade é que a Ciência em geral a alguns ecólogos em particular foram, são e continuam a ser os mais directos responsáveis pelo naufrágio.
Quem retira, afinal, credibilidade à Ciência? Os seus críticos radicais como nós, ou os seus torpes e péssimos servidores?

(*) «Ecologia dos Recursos da Terra», Manuel Gomes Guerreiro, Ed. Comissão Nacional do Ambiente, Col. «O Ambiente e o Homem»
***

DÉFICE 1999

1-3 - 99-08-18-mk> = mein kampf – cm - saude-1>

DESPESAS COM A DOENÇA: UM DESPERDÍCIO QUE LEVARÁ O SISTEMA AO COLAPSO

Que lógica é esta do absurdo?

18/Agosto/1999

18/8/1999 - Em 8 de Julho de 1999, os jornais divulgavam um facto inédito: pela primeira vez, o Tribunal de Contas fazia questão de tornar público o défice do Serviço Nacional de Saúde em 1998, défice que teria atingido os 330 milhões.
Ocorrem, desde logo, 3 questões que ninguém se lembrou de levantar:
1) Se todos os anos o Tribunal de Contas faz estas contas, porque só agora se acha na obrigação de as vir divulgar com grande pompa e circunstância?
2) Se no ano de 1998 foi de 330 milhões de contos, interessante seria saber qual tem sido então a evolução desse défice através dos anos, dos governos e dos regimes.
3) Uma terceira e última questão, é esta e fala do inverosímil: se se fizesse uma auditoria ao serviço particular de saúde, tal como se fez ao serviço público, qual seria o «desperdício» encontrado?
Queiramos ou não, objectivamente este relatório conduz indirectamente à apologia de um serviço de saúde particular, pela condenação formal do serviço público, o tal que tem o nome de Serviço Nacional de Saúde mas que antes se deveria chamar Serviço Nacional de Doença. Também o Ministério da Saúde se deveria chamar Ministério da Doença e a Política de Saúde uma Política de Doença.

Deste equívoco vocabular - chamar saúde àquilo que é doença - resulta afinal tudo o que gira à volta das chamadas despesas de saúde que são, obviamente e sem discussão, despesas (astronómicas) com a doença e com um sistema que multiplica e faz proliferar doenças e doentes.

Os desperdícios assinalados pelo Tribunal de Contas são todos explicáveis por esse equívoco vocabular.
Ou seja: não é a santa Ministra da Saúde, coitadinha, que tem a mínima culpa, nem Leonor Beleza, nem Bagão Félix, nem as dezenas de ministros que pelo chamado Ministério da Saúde passaram.
A culpa de todos os desperdícios é do sistema, só do sistema e sempre do sistema.
Tem necessariamente que entrar em bancarrota e os défices serão cada vez mais astronómicos, um sistema que continua a ser um sistema de doença em vez de um autêntico sistema de saúde. Ou, no mínimo, enquanto o sistema de doença não admitir, em metade, um verdadeiro sistema de saúde.
Tem necessariamente que entrar em bancarrota um sistema que se baseia no sistemático desperdício de recursos, mas nem só financeiros: em saúde, o principal dos recursos a preservar são as próprias defesas naturais do organismo, coisa com que o sistema médico nem ninguém se preocupa minimamente.
Tem necessariamente que provocar buracos orçamentais no orçamento do Ministério da Saúde, um sistema (sintomático em vez de causal e ecológico) que incentiva a multiplicação das doenças e eterniza até à doença crónica, a monodependência dos doentes aos serviços médicos e hospitalares (assistanato).
Tem necessariamente que conduzir à falência financeira e técnica, um sistema que incentiva (em vez de desincentivar) o gasto de medicamentos que, pelos efeitos adversos (cinicamente apelidados de secundários) , provocam necessariamente mais medicamentos e estes mais medicamentos, numa escalada que tem muito de infernal mas com a qual, aparentemente, ninguém se preocupa.
Tem necessariamente que provocar despesas astronómicas com a chamada saúde, um sistema que não se ocupa minimamente com a saúde (e portanto com a profilaxia natural da saúde e com as artes ecológicas de curar) mas que se limita a dizer que combate a doença, ou seja, a asfixia dos sintomas que, por sua vez, irão recrudescer um pouco mais tarde sob formas cada vez mais violentas e virulentas, ou crónicas.
Tem necessariamente que trazer em conflito permanente a classe médica e o Ministério, um sistema que só sobrevive quanto mais doentes engendrar e que, por isso, consciente ou inconscientemente, os produz através de uma lógica de absurdo que é a lógica sintomatológica do ataque ao sintoma.
Tem necessariamente que deixar todos frustrados - médicos honestos, ministério bem intencionado e doentes (im)pacientes - um sistema que, em vez de curar, trata, apenas trata e, a maior parte das vezes, maltrata.
Tem necessariamente que rebentar pelas costuras um sistema que se alimenta, vorazmente, de tecnologias cada vez mais sofisticadas e caras, sem que uma tal perfeição tecnológica tenha alguma contrapartida na diminuição de percentagens de doentes e doenças.

O PROGRESSO DA DOENÇA

Se o progresso, em saúde, é ter cada vez mais hospitais, mais médicos, mais doentes, mais doenças e, portanto, mais filas de espera, é evidente que o sistema há-de um dia rebentar pelas costuras, se é que não rebentou já.
Tem necessariamente que fazer pensar as pessoas honestas, este absurdo: Que, com mais de 7 mil especialidades farmacêuticas no mercado, continue a haver cada vez mais doenças e doentes, cada vez mais hospitais, cada vez mais filas de espera, cada vez mais intervençõs cirúrgicas.
Tem necessariamente que ser reformado, um sistema que, não sabendo curar uma gripe, se vangloria dos sucessos da grande e caríssima cirurgia, sem querer reconhecer que esse progresso da cirurgia (caríssimo para o orçamento do ministério e que todos pagamos) é a mais óbvia consequência da completa falência da terapia química.
Tem necessariamente que custar caríssimo ao contribuinte um sistema que incrementa sistematicamente novas patologias, sem que haja a honestidade de reconhecer que essas novas patologias são, em grande parte, produtos da medicina química (aquilo que os sábios chamam iatrogénese).
Tem necessariamente que irritar toda a gente, um sistema médico-farmacêutico que põe a cirurgia nos cornos da lua quando meteu no buraco do mais absoluto silêncio e ostracismo tudo o que fosse educação sanitária, ecologia humana, despistagem dos factores ambientais da doença, higiene alimentar, profilaxia natural, enfim, a famigerada saúde pública.
Tem necessariamente que conduzir ao suicídio colectivo um sistema médico-sintomatológico que degrada a imunidade natural em vez de nela se apoiar como alicerce e pilar da verdadeira cura.
Tem necessariamente que produzir cada vez mais doenças e doentes (e portanto despesas com a doença a que se chama saúde) um sistema que deliberadamente ignora a alquimia da célula, o metabolismo celular e que a cura, a verdadeira cura, tem que passar necessariamente pelas chamadas «reacções curativas», como todos os grandes clássicos da medicina, de Hipócrates a Indíveri Colucci, de Colucci aos novos arautos da lógica ortomolecular, sempre propugnaram como o princípio de todos os princípios.
Tem necessariamente que levar à revolta de uma parcela de consumidores cada vez mais numerosa, mais consciente e mais exigente, o facto de os representantes da ordem médica estarem sempre mais preocupados com a manutenção dos seus privilégios do que com os grande problemas de saúde pública que hoje são o constante gáudio de jornais e telejornais e sem os quais problemas não viveriam: ou será que a medicina não tem a ver com saúde pública e com as poluições alimentares e com os ambientes patogénicos?
Ou será que só lhe interessam os 25 milhões de contos que o sector das medicinas alternativas movimenta por ano?
Nesse caso porque está sempre a meter o nariz no campo da saúde que é o campo do naturólogo, do professor de saúde, do higienista, do técnico holístico a quem as poluições basicamente preocupam e para quem a maior parte das doenças, hoje, são doenças do consumo e começam exactamente nos factores endógenos e exógenos de ambiente?
Tem necessariamente que revoltar o cidadão comum - o que paga sempre todas as farras de todos os desperdícios - um sistema que gasta rios de dinheiro dos contribuintes com a doença mas que se nega a dar um tostão, se um desses contribuintes quiser curar-se por meios naturais e com recursos certamente muito mais baratos ao orçamento de Estado do que os custos astronómicos do sistema vigente?
Tem necessariamente que se reflectir na votação dos eleitores e no número de abstenções, um sistema que trata injustamente os cidadãos, apoiando os que se tratam pelos meios mais caros e segregando os que se tratam pelos meios mais económicos.
Tem necessariamente que irritar os pacientes mais pacientes, um sistema que ainda não percebeu a mais comezinha realidade dos factos: o negócio médico não tem nada a perder, pois terá sempre quem o procure. Metade da humanidade há-de sempre fatalmente preferir a engrenagem (caríssima) da monodependência médico-hospitalar. Mas há também a outra metade que prefere prevenir em vez de remediar e que, portanto, aposta nas alternativas de vida, nas tecnologias ecológicas de saúde, na autosuficiência terapêutica, na agricultura biológica, na profilaxia natural, nas artes de curar milenares e nas tecnologias holísticas de ponta.
Na humanidade, há os masoquistas que continuarão a percorrer a via sacra dos médicos e medicamentos. Mas há os não masoquistas que não estão dispostos a percorrer essa via sacra , porque têm mais que fazer do que estar permanentemente doentes.
E é esta metade que não é masoquista, a única esperança de o sistema não cair irremediavelmente em bancarrota.
Os responsáveis do poder político têm que o perceber de uma vez por todas. E antes que o sistema lhes caia em cima.
***