ORDER BOOK

*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-05-03

SEMÂNTICA 1999

1-1 -99-05-03-nb-ac> note book ac - miscelânea - mais99-3>

[3-5-1999]

+ títulos de arrumação:

Recortes - A Minha Escolha
Miscelânea de urgências
Stress & Imunidade (capítulo da tese): A minha especialidade
Modelos
Cábulas do Terapeuta

+ Palavras-chave em bioinformação:
Codificar
Descodificar
Sinal
Revelação
Mensagem
Byte
Conduzir - Dutere - Caminho

+ Palavras-chave sobre bioinformação retiradas do livro «Alucinógenos Y Chamanismo», de Michael J. Harner :
Sistema comunicativo
Perceber
Cogitar
Meditar
Sobrenatural
Entidades sobrenaturais
Canções curativas
Mantra
Visões
Alucinações
Poder sobrenatural
Espíritos
Revelação
Transe
Visão interior

+ Livros urgentes para tese s/bioinformação:
John R. Pierce - Symboles, Signaux et Bruit ( Symbols, Signals and Noise ) - Ed. Masson - 1966

+ Agenda:
Teclar tese: Informação e Contra-Informação em Naturologia
***

RETROVISOR 1991

cucos-2>retrov>diario91>diario> - retrovisor - no reino da cucolândia - o diário das siglas

MALGRÉ MOI

Lisboa, 3/Maio/1991 - Por mais que queira disfarçar e fingir que não noto, sinto-me irremediavelmente «plagiado» por onde quer que vou e para onde me volto.
Dezenas reúnem-se em Madrid para tratar da saúde à Antártida -- e eu pergunto-me onde já vi isto, e há quantos anos eu falava, escrevia da Antártida, sob os olhos gozões de inteligentes camaradas que lamentavam a minha queda mental para só tratar de assuntos menores, ainda por cima longínquos. A Antártida -- diziam -- fica atrás das terras do Sol Posto.
De repente, o sr. dr. NNN, cirurgião , promove uma prémière de luxo utilizando a Acupunctura para anestesia, com direito a ver-se entrevistado na televisão, e eu pergunto-me, afinal, se não estarei a sonhar, pois falar de Acupunctura em geral e de acupunctura anestésica em particular ainda ontem era pretexto para me rotularem de caquético, atrazado mental, arcaico, antiprogressista. Quantas risadas me receberam por saberem que eu frequentava um curso de Acupunctura.
No mesmo dia e como se fosse pouco, ainda dou de caras com outros temas «plagiados», repentinamente e com toda a sem cerimónia.
Para me ressarcir desta brotoeja , deste veneno da alma ( oh! querida Simone Weil), deste sindroma palúdico da antecipação (ter razão antes do tempo) resolvi criar, com pompa e circunstância, no meu arquivo S.S. (sacos suspensos) a rubrica «retrovisor» que significa a das minhas andanças e vinganças pessoais. .
Como dizia há uns bons sete ou oito meses (ou anos?) o irmão e camarada Rudolfo Iriarte, eu estava fadado (ou condenado) a lutar para trazer à luz do dia os temas malditos, queimando-me com eles, temas que depois, numa hora e num dia, se transformavam em descoberta, em negócio, em expofil, em lucros, em vantagem do primeiro oportunista ou grupo de oportunistas que se acheguem.
No mesmo dia e como se os fados também fossem impiedosos no «acaso» de fazer convergir tudo à mesma hora -- confirmando o diagnóstico de «provocação» -- sei, por acidente, que o faustoso ciclo de música da D. Fundação Gulbenkian traz, com grande aparato de Philip Glass e seu conjunto de sintetizador musical, o terrível título do cinema que é «Koyanastsky», pelo qual me batera sem êxito no Festival Internacional de Cinema de Troia, em 1985, quando toda a gente, nesse mesmo ano, incensava o «Cotton Club», curiosamente do mesmo produtor, Francis Ford Coppola.
Poderá pensar-se que dá grandes alegrias ser-se precursor e ter razão antes do tempo. Mas o sentimento que hoje me invade é de sentir a boca açaimada e não poder dizer o que os outros podem livremente afirmar, porque durante anos, com sangue, suor e lágrimas, lhes abri para isso o caminho. Eu fui-me queimando, jornal após jornal, por antecipar demais. Hoje quem está nos jornais são os que se aproveitam das batalhas ganhas.
É mesquinho e desagradável sentir-me copiado nas ideias. No fundo, a mania da antecipação não é nenhum dom especial nem confere grandeza a ninguém. Antes pelo contrário: sinto-me roubado, utrapassado, amesquinhado, desfrutado, usado e isso não dá a ninguém uma consciência de nobreza.
Resumindo e concluindo: levei a vida a defender, anos antes, o que só anos depois veria os outros descobrir com grande pompa e circunstância. E vai daí?

[Tema, por exemplo e pelo contrário, ainda não admitido e que continua submetido à censura do macrosistema , é o dos sismos provocados. É tema que continua virgem e intocável. Ai de quem o levantar. Quando será que o oficializam? Ainda será em vida que verei um grande congresso em Madrid para debater os nefastos efeitos sobre a crosta terrestre de 25 anos de testes nucleares subterrâneos?
Gastei dezenas de páginas a denunciar relações de causa e efeito entre as bombas subterrâneas dos testes termonucleares e os sismos, e, hoje que me calei, o silêncio sobre este sismogenocídio continua a ser total. É falar no vazio, ladrar no deserto. ]
***

UTOPIA 1986

ta-1> os dossiês do silêncio - discurso envenenado

NOVAS TECNOLOGIAS: MAS QUAIS?

3/5/1986 - Os novos tecnocratas ou ambientocratas são mais subtis do que os de ontem. Enfeitam-se com a vanguarda das «novas energias» e «novas tecnologias». Ora as «novas tecnologias» podem ser, evidentemente, encaradas como a reconversão in extremis do sistema imperialista mundial, o único a estar efectivamente em crise. Abandonar os sistemas tecnológicos actuais, pondo todo o mundo a comprar novos, a pretexto de que são ecológicos, biológicos e fazem bem ao ambiente, eis uma neo-estratégia que não pode deixar de entusiasmar os ecotecnocratas, a que, mais limpidamente, Michel Bosquet chama ecofascistas.
Alguém, por exemplo, dirá que «álcool combustível não é poluente». Dirá um outro que o nuclear não deita fumo nem produz dióxido de carbono, esse «terrível veneno».
E o discurso poluído da antipoluição prossegue, poluindo os cérebros.
A retórica da poluição (e respectiva anti-poluição) conduz, como se vê, à reconversão directa do sistema, permitindo instalar uma indústria anti poluição, ambientocrata, falsamente alternativa e abrindo um novo mercado de «novas tecnologias.
Se a poluição fosse critério para definir uma escolha ecológica, bem se podia perguntar: será a exploração do homem pelo homem poluente? E o fascismo, será poluente?
Poluente, antes de mais nada, é o discurso com que nos envenenam. Mitos, sofismas, eufemismos, mentiras, demagogia: as poluições mais mortíferas.
É pela análise e crítica destas «poluições» que começa o realismo ecológico.
A prática de agricultura natural e biológica, o uso das eco-energias e das tecnologias intermédias, tem mais a ver com uma posição filosófica ou moral perante a vida do que com a ciência e sua suposta neutralidade.
O grande problema é que essas tecnologias, enquanto tal, podem servir perfeitamente o sistema existente, e particularmente podem servir para o capitalismo ganhar novo fôlego, na medida em que as alternativas, nomeadamente no campo energético, permitem uma reconversão de mercado para as economias energívoras agonizantes.
São, afinal, novos mercados que se abrem: nada impede assim que uma empresa de energia nuclear ou petrolífera esteja a investir, já, no fomento das energias limpas e infinitas.
Jogam estas multinacionais nas energias da destruição e do apocalipse, mas jogam também nas energias que já são parte intrínseca dos que estão tentando construir o ainda possível mundo de amanhã.
Livres, leves e limpas serão as energias, tecnologias e indústrias de um mundo (futura e necessariamente) civilizado, um mundo que suceda à barbárie dos 5 M.
As alternativas ecológicas na Agricultura, na Energia, na Medicina, correm este risco: são usurpadas com a maior facilidade pelo sistema do desperdício que adapta então à direita e à esquerda as teses de uma ecologia que não tem esquerda nem direita.

TECNOLOGIAS APROPRIADAS

As respostas do realismo ecológico (à crise) são por natureza plurais e diversificadas. São parciais e não totalitárias, democráticas e não estatais.
Não se deposita a esperança num sistema, numa engrenagem, numa instituição ou num messias salvador, não se exige que seja o Estado a fazer e a resolver tudo, mas aos homens enquanto pessoas, a cada grupo de homens enquanto comunidade democrática fica o encargo de se organizarem para praticar as tecnologias apropriadas e as alternativas possíveis.
Não se trata de salvar a pátria ou o mundo de uma penada, como dizem fazer as ideologias revolucionárias - de dar a felicidade total ao povo de uma vez por todas, de engendrar, por milagre totalitário, a transformação ou mudança prometida, de transmutar magicamente todo o mal em bem total.
«Vamos contribuindo para...», vamos dando passos pequenos mas seguros e, principalmente, irreversíveis: é o lema. Vamos semeando, vamos somando, parcela e parcela, libertando passo a passo, emancipando pessoa a pessoa, cada um às suas próprias mãos.
Seja qual for o sistema, o regime, o governo, o partido, a coligação que estiver no poder, trata-se de exercitar cada vez melhor e um número cada vez maior de pessoas nas tecnologias apropriadas.
Comecemos pelo A B C.
As tecnologias apropriadas a que se chama, no mundo moderno, «alfabetização», revelam até que ponto é restritivo esse conceito de alfabetização mas, por outro lado, mostra também como as tecnologias apropriadas não são uma novidade, uma inovação recente, mas coexistem com as técnicas de alienação.
Escrever, Ler e Contar são, com efeito e sem dúvida, tecnologias libertadoras básicas: e a nossa admiração é que elas, também elas, não tenham já sido banidas do (nosso) sistema escolar, feito para escravizar as pessoas ao sistema.
Mas só com esta alfabetização elementar também não se formam homens para a liberdade, para a democracia, para o «self-government» e para a auto-suficiência.
A instrução básica, como diria um iluminista de novecentos, inclui hoje outras tecnologias apropriadas. Centenas de «TA.».

TÉCNICAS PERSONALIZADAS

Sempre no pressuposto de que a «revolução cultural» começará por ser uma revolução pedagógica, é indispensável que o sistema escolar se diversifique e maleabilize, de forma a preparar as pessoas para as tarefas que, enquanto pessoas, têm que realizar.
Como se calcula, é aqui que se abre o abismo com o sistema escolar vigente. Na sua quase totalidade, ele prepara as pessoas para as transformar em servidores funcionários e funcionais do sistema.
O que se pressupõe, como reivindicação prioritária, é uma Escola aberta e Livre, não comprometida com o sistema mas com as pessoas enquanto tal, com os cidadãos enquanto células vivas da democracia viva, células do tecido social.
Á escola aberta, ecológica ou democrática, cabe abrir brecha no sistema monolítico, na sociedade unidimensional, encarregada de reproduzir o sistema até ao infinito.
Quase inconcebível num Estado moderno - preocupado em manipular as pessoas para que sigam, obedientes, servindo servilmente o sistema - a Escola aberta é a aposta e a proposta ecológica por excelência.
Dela decorrem as propostas centrais que a caminhada para a sociedade ecológica implica:
Renascimento Rural.
Reciclagem sistemática de resíduos, desperdícios e materiais.
Técnicas de cooperativismo activo.
Organização (tácita ou explícita) de uma Oposição Crítica Radical ao sistema vigente.
Técnicas de apropriação de cultura agrícola ecológica.
Aproveitamento das leis existentes favoráveis à defesa pontual ou sectorial do ambiente, da natureza, da segurança, etc.

DEFRONTAR UM DOGMA

O projecto ecológico é, por natureza e na sua máxima extensão, pedagógico. Ou, se quiserem, informativo. É no mundo da comunicação, em sentido lato, que se decidirá a subversão ou alteração de fundo da ordem estabelecida: quer dizer, o sistema que assassina os ecossistemas.
É na área da informação ou da comunicação que se trava a batalha ecológica, que aposta na transformação da superestrutura, independentemente das infra-estruturas estarem ou não a caminho da mudança.
Mas como se sabe, isto é afrontar um dos dogmas mais poderosos da ideologia marxista, que faz depender toda a superestrutura das infra-estruturas económicas.
A «utopia» de António Sérgio radica aí, no afrontamento desse dogma, e volta até nós com o projecto ecologista, que alguns, certa ou erradamente, classificam de neo-franciscanismo, mudar os homens para mudar a humanidade.
Tal como António Sérgio, acreditamos na «reforma das mentalidades» para a transformação da sociedade portuguesa. O sentido das palavras sergianas talvez tenha que ser apurado e depurado, adequando-o aos tempos de hoje, menos racionalistas e mais humanistas. Mas, na essência, as categorias básicas do seu pensamento e do seu projecto pedagógico, permanecem no ecologismo de 1983, quanto às respostas e propostas práticas, às apostas da opção ecologista.

QUE FAZER?

Onde estão as chaves, respostas ou soluções?
Para o habitante da cidade, prisioneiro da engrenagem urbana, a resposta é Renascimento Rural.
Para o consumidor alienado a produtos tóxicos e cancerígenos, a resposta é produção descentralizada e biológica à medida do homem.
Para o cidadão eleitor que se limita a pôr nas urnas o voto, a solução, alternativa, resposta ou chave, é autogestão dos meios de produção, auto-organização com outros cidadãos por afinidades de base, autarcia, independência local.
Para o aluno alienado à escola teórica, dogmática, mnemónica, a alternativa é a escola paralela, prática, de tecnologias apropriadas, energias suavas, aprendizagem de autocontrole.
Para o funcionário cansado de ser um número no rebanho, a solução ou alternativa é um sindicato de revoltados e descontentes, um sindicato de desempregados, um sindicato de marginalizados pelo sistema.
Para o desempregado, a solução alternativa é formar um sindicato de desocupados, tal como todas as outras vítimas da engrenagem trituradora; peão, consumidor, aluno, paciente, doente, eleitor, munícipe, etc.
Para todos em geral e para o ecologista em particular - a alternativa é aprender a ler criticamente a vida e o mundo, não ter medo de doutores, cientistas, técnicos, engenheiros, médicos, professores, advogados, e outros animais ferozes, atrever-se a pensar pela própria cabeça.
- - - - -

(*) Publicado no jornal «A Capital» (Crónica do Planeta Terra), 3/5/1986
***

ENTROPIA 1992

<92-05-03-iv> = interlocutor válido, procura-se - 10368 bytes - 9260 caracteres crise-9>hv>cura>

DIÁLOGO COM UM INTERLOCUTOR VÁLIDO - ILUMINANDO O UNIVERSO

Lisboa, 3/5/1992 - C. F. M. da L.: Vamos a ver se, com a ajuda do Grande Mago e do chá de vegetais doces - o milagre que completa o do Arroz integral - consigo religar agora alguns fios da meada, inclusive aqueles fios que, por vocação, desempenham essa função religadora (yoga, macrobiótica, etc) ou religiosa. Tudo vai dar a essa Big questão e tudo vem daí.
A Inflação, como fizeste notar e muito bem, verifica-se também e principalmente ao nível das correntes místicas que prometem o mundo do espírito contra este mundo de materialidade, promessas e fés para sair do Atoleiro, que nos são propostas a cada esquina e por uma multidão de gurus. A banalização e inflação de propostas, invalida-as a todas, reforçando um clima de total cepticismo - um dos actuais demónios da Entropia, a que se junta o Ecletismo, a Dúvida sistemática e pirrónica.
Quer dizer: se chegar e quando chegar o verdadeiro Profeta com a verdadeira Boa Nova, já não damos por ele... Já nem ligamos ao discurso. Será porventura esta a Perversão das perversões, a maior de um sistema estruturalmente perverso. Atenção às vozes de sereia, que nos prometem o Céu para nos meter no Inferno. São conhecidas, desde longa data, as artes do Diabo...
A Inflação em todos os domínios, desde o económico ao espiritual, é ainda uma característica da Velha Idade de Kali Yuga, a transpor-se para os primeiros alvores da Nova Idade do Aquário. Estamos na transição, em cima da ponte. Tu deste, ao ter consciência dessa Inflação de informações e desse Congestionamento de correntes, um primeiro passo em cima da ponte. Como vamos superar, ultrapassar mais essa armadilha proposta pelo sistema do Gigantismo, da Pletora, das supermitologias, da Asfixia, enfim, da ENTROPIA?
Soube, pelo Grande Mago, que já existe um antónimo de Entropia, que é Desentropia. É como o Ivan Illich ensina: a palavra vem, historicamente, à frente do Conceito. Se a palavra surge, vibra a Esperança de que surja em breve o seu conteúdo. O grande Mago ensina as técnicas fundamentais de Desentropia. Tudo vai dar aí - Energia/Entropia. Já te falei desse livro importantíssimo editado pela Universidade do Algarve, que se chama exactamente «Entropia», de Jeremy Rifkin, e que figura agora como um dos meus pontos de passagem obrigatória, estudo e afinco mais prioritários.
A partir do centro da Mandala, começa a desenhar-se o mapa para sair do Atoleiro. Com o Grande Mago encontrei a ponta da Meada, todas as importâncias se hierarquizam, livros, autores, leituras, temas, problemáticas, alimentos, contactos, eleição de amigos e inimigos... É o avanço da Propedêutica, da Heurística como precursores da mágica Holística. Tal como a Ecologia, a Macrobiótica, o Yoga, a Acupunctura, a Homeopatia, a palavra Holística começa também a vulgarizar-se, a ser minada (queimada) por dentro (mas também por fora) pelos malditos soldados e ideólogos do Mal e do Inferno (leia-se Entropia) e é uma das palavras que temos o dever de salvar, de salvaguardar.
Porque na Holística reside a Área Unificada (a mandala com seu centro) para a qual o Grande Mago nos dá agora o método prático e operativo ( a vida prática, a ajuda concreta aos seres humanos que sofrem, o abraço de solidariedade contra o Cancro do Egoísmo e da Inveja social que corrói esta podre sociedade de consumo, esta podre «democracia de sucesso», esta podre Eurocracia.
Holística, ainda por cima, é uma palavra linda, que os alquimistas e astrólogos já tinham cunhado e que nem sequer tivemos que inventar. Mas para ser mais alguma coisa do que Eclectismo, catálogo de ciências, empirismo, necessita de uma dinâmica e de uma força que até agora as disciplinas ditas holísticas, as técnicas de vida e de saúde aparentemente mais vocacionadas para isso, não tinham conseguido. Até porque essas técnicas, na sua maior parte - Macrobiótica, Yoga, Acupunctura, Homeopatia, Chi Kung, artes marciais - já foram em parte, descaradamente, recuperadas pelo sistema e tornaram-se matéria de marketing, da avassaladora ideologia do marketing, que tudo mina, contamina, polui, corrói, corrompe, canceriza.
A partir do Pêndulo (e com o Ensinamento do Grande Mago) todo o tecido pode ser tecido, na base da célula, na base da desconstrução e reconstrução da célula e das poderosas energias subtis que a INFORMAM.
Na base da informação celular, a Boa Nova está aí: e de alguma coisa nos há-de servir a nós a Intuição, já que, em outras circunstâncias, é a Intuição, a Lucidez excessiva (quase clarividência) que tanto nos faz sofrer, vendo, através das aparências com que nos querem manipular, o fundo mais profundo da Abjecção, do Horror, do Terror moderno. Mas a Intuição, se reforçada pela Dialéctica (e tu viste bem o interesse da dialéctica Yin Yang), deve ver a Abjecção mas também o seu antagonista complementar: a Esperança. Tudo isso é retomado, com o Pêndulo, pelo Grande Mago, que nos propõe uma releitura iluminada do universo (macro/microcosmos), e de outros fios doirados da Meada, da Tradição: o I Ching e seus 64 hexagramas, o «Bardo Thodol» (Livro dos mortos tibetano), o mistério das pirâmides, a alquimia, a Bioquímica, a Biologia quântica, a Física Quântica, a Acupunctura, a Homeopatia, a Cosmogonia taoísta e todas as terapêuticas de base vibratória.
Curiosamente, também a Inflação tem minado esse projecto de esperança que são as medicinas de suporte vibratório, as medicinas doces em geral. A quantidade acabou por asfixiar a qualidade e é nessa fase que ainda nos encontramos. A proposta do Grande Mago é que façamos a triagem rápida, separemos o trigo do Joio, pondo a Intuição - nosso emblema e nossa arma - ao serviço dessa triagem.
Quando em Bioquímica se fala em informação celular, é outra ponta da Meada que surge e vemos ela religar de um lado a informação no sentido da Entropia diabólica a que os «media» nos conduzem e do outro a informação no sentido da corrente energética que estrutura as forças mais subtis, que são também as mais poderosas.
Não podemos perder este confronto final...Por isso o estudo em grupo de trabalho - nem que sejam só dois indivíduos - é de capital importância, o individualista e franco-atirador é susceptível de ser esmagado mais depressa. E talvez importe pouco que haja ainda poucos a tactear esta saída. Tu e eu já sabemos que temos de contar com o labéu de precursores, profetas, etc. Fundamental é que esses poucos remem no mesmo sentido.
A Meditação Transcendental - a MT - pôs em voga uma utopia esclarecedora: e se todos - uns milhares - fizessem meditação ao mesmo tempo, já se viu que quantidade de energia vibratória se concentraria em um determinado momento da História? Acho que se terá de passar por essa utopia. A Meditação Transcendental, aliás, afigura-se uma versão moderna e adaptada à sociedade de consumo de uma Corrente de fundo oceânico - o Ayurveda - que aguarda, na primeira fila de prioridades, a integração holística.
A Homeopatia, desde a mais tradicional à mais moderna (a redescoberta de Hahnemann) é uma das medicinas de suporte vibratório que o Grande Mago cita na primeira linha de técnicas de ajuda. Seria quase premonitório que fosse a Homeopatia a mensageira do destino para te pôr no veículo certo em que o destino quer que viajes (mais depressa e mais seguro). Nesse caso, tu estarias maduro para começar a transmutação (a iniciação) e terias, como eu há mês e meio, batido no fundo do poço, começando agora a ser içado com um poderoso guindaste... Se tiveres curiosidade em saber as fases de convulsão e crise que me «empurraram» para o Grande Mago, já falei delas em algumas cartas, a outros amigos - o J.C.M. - e posso dar-te conhecimento, caso isso adiante alguma coisa à tua actual tomada de consciência.
Se somarmos experiências, surge o fenómeno da Sinergia, palavra tão linda em que fala o Grande Mago e em que algumas terapêuticas holísticas - como a Oligoterapia - também falam. A propósito de Sinergia: Oligoterapia e Homeopatia falam de Diáteses, no sentido em que a ciência europeia fala de Biótipos humanos.
Não sei se já te disse o Relâmpago que foi, para mim, há vinte anos, o livro de Isidoro Duarte Santos sobre «Biotipologia Humana», história das teorias que na Europa tentam perceber como e porque existem vários tipos humanos - temperamentos, caracteres - sete exactamente, como os corpos subtis do nosso corpo eléctrico ou como os centros endócrinos. Ou como os chacras.
Sempre tive a intuição de que nos centros endócrinos se fazia a fronteira entre o físico e o subtil.Talvez por signo zodiacal, como já te fiz notar, sou (para o mal e para o bem) um ser de fronteira, um homem de Interfaces: nasci a 19 de Fevereiro, à hora-fronteira da meia-noite, na fronteira entre Peixe e Aquário, data que é dada como a do início do Ano Tibetano e o fim de outro... Chego, com estas coordenadas, a supor-me um predestinado ou, como costumo dizer, um peixe fora do aquário. A minha dispersão e a minha falta de memória intelectual (só na memória afectiva sou um crack!) são sintomas dessa predestinação, dessa vocação para as interfaces. Nunca consegui ser especialista em coisa nenhuma e sempre me interessei por toda a diversidade de culturas, vozes, seres humanos, classes sociais, raças, idiomas, etc.... Para meu mal, de que faço mea culpa...
***

MEDICINA 1994

1-5 - 94-05-03-cm-cc- contra a medicina - 12900 caracteres ficcoes

 A CIÊNCIA EM GERAL 
E A CIÊNCIA MÉDICA EM PARTICULAR

CARTA DE UM CONSUMIDOR DE MEDICINAS 
AOS SEUS AMIGOS


Se a lei dos 3 estados está certa e se a humanidade «evolui» segundo as leis que Augusto Comte preconizou, então o êxito da medicina é, como o de qualquer outra ciência, avaliado em função do seu desenvolvimento tecnológico. Se a medicina é um avião, como a descreveu o dr. Castanhinha, da Ordem dos Médicos, na RTP (19/10/1984) quanto mais complicada, cara, energívora e sofisticada for, mais cura.

Se os jornalistas se lembrarem um dia de erigir o «acto jornalístico» em feudo de uma casta de iluminados, só praticável por quem for devidamente doutorado em jornalismo, o sindicato dos jornalistas terá que assumir vigorosa posição em favor do referido «acto». Ou será o «acto jornalístico» menos importante que o famoso «acto médico»?

Reparem só nas pandemias do século XX que são consideradas bençãos do progresso:

Desemprego maciço provocado pelo sistema informático e pela automatização /robotização

Devassa da vida privada individual pelo sistema informático  internacionalmente organizado

Resistência dos micróbios aos antibióticos mais poderosos

A manipulação que a política faz das teorias científicas modernas, criadas por investigadores e organizações multinacionais que destroem o Planeta a ritmo alucinante

Iatrogénese como símbolo  da prática médica que a ciência moderna potencializa ao provocar o que diz combater

Medicamentos responsáveis por acidentes rodoviários, tema subestimado pela  retórica desenvolvida a favor do álcool

Invasão oceânica da terra firme provocada pelo derretimento dos gelos árticos, mais vulneráveis, segundo se julga, do que os do Antárctico.

Ouve-se, insistentemente, e os jornais ampliam, falar de medicina preventiva e profiláctica. É com certeza para bem do povo e para lhe tratar da saúde. Mas é também para promover, em grande escala, a vacinação, escoando os stocks dos laboratórios. É esta medicina preventiva  do Serviço Nacional de Saúde

O Flúor para combater a cárie é um bom exemplo de como a ciência cauciona a propaganda . E a prova também de como a medicina necessita de complicar para manter o nível de crescimento necessário da indústria médico-medicamentosa. A OMS patrocina em Portugal uma campanha para adição de Flúor na água de beber, plano que arrancou no distrito da Covilhã. Sabe-se que o Flúor é um das substâncias que concorre para lesões renais. Sabe-se ainda que, instalada uma rede de centros de hemodiálise no país, é necessário que esses centros sejam rentáveis e que portanto atendam o máximo de doentes renais. Nada melhor, pois, do que o Flúor na água de beber para fabricar contingentes  de nefríticos. Para a hemodiálise primeiro e para a transplantação renal depois.

[in «PH»] Uns dirão que o meio sócio económico é que fabrica os doentes e que sem mudar a classe dirigente não se resolvem os problemas da doença. Até lá, vão receitando vacinas, antibióticos, pílulas, supositórios e - in extremis -, quando tudo isto agravou mais do que solucionou, a cirurgia.
Outros dirão mesmo que o meio sócio ecológico é que fabrica os doentes e que sem mudar o padrão da economia vigente - substituindo os critérios de quantidade pelos de qualidade humana e de vida - de pouco servirá criar clínicas de ataque aos sistemas produzidos por aquelas causas.
Mas quem apresenta desde já alternativas práticas aos que quiserem libertar-se da medicina químico-farmacêutica, porque continua a ser marginalizado e perseguido? Num caso e noutro, porém, teria que se estender esta crítica causalista e com muito mais razão, a toda a medicina sintomatológica, que ataca o efeito e ignora (ou finge ignorar) a causa. No meio da Sintomatologia, a medicina Física e de Reabilitação ainda é a menos desumana, a menos traumática

Um dia foi descoberto, numa Maternidade do Estado, um «inimigo da civilização» pondo brometo no jarro da água de uma parturiente. Investigações posteriores, levadas a efeito por eminentes especialistas e obstetras (em equipa interdisciplinar) demonstraram que o brometo seca o leite no peito das mães, pelo que, desde então, os leites artificiais invadiram os mercados, sendo os industriais obrigados a fabricá-los em maior quantidade.

A OMS tem sido muito felicitada por mais este benefício prestado à Humanidade no Ano Internacional da Criança e as empresas leiteiras em pó descansaram de tanta fadiga, uma vez que as mamãs já estão outra vez aptas a dar, como sempre deram, o seu leite ao bebé.
Decorre também uma campanha promovida pela Comissão da Condição Feminina para educar as mães no sentido de perceberem as vantagens do aleitamento natural. Como se sabe, foi por estupidez e malvadez que as mães do Mundo deixaram de dar o seio aos filhos. Agora precisam de ser educados e a OMS já ofereceu professores, técnicos altamente especializados que, na televisão, têm ensinado as imensas vantagens do leite da mãe. Todos gostámos de saber o que não sabíamos. 

De repente, os serviços oficiais começam a ficar muito preocupados com a paralisia cerebral infantil. E caem as estatísticas sobre o leitor de jornais: «Em Portugal registam-se por ano 540 casos de crianças com paralisia cerebral» declara-se num colóquio realizado num hospital do Porto para incitar ao aconselhamento genético. De vez em quando, portanto, e quando menos se espera, o sistema parece que se ocupa e preocupa com as pessoas humanas. O que é caso para desconfiar. Sabendo-se que o Poder nunca faz nada por amor ao Povo, nem para o bem estar das populações e que a Ordem Económica Mundial, tal como existe, a Leste e a Oeste, não é para servir o homem mas para pôr o homem ao serviço da economia, tudo o que apareça de cuidado, protecção e de (inusitado) carinho pela «qualidade de vida» das populações, pela Criança, pela Terceira Idade, pela Mulher, pelo Reformado, é só e apenas porque se encontra, na forja, mais um negócio com quem alguém irá lucrar. O Serviço de Aconselhamento genético que neste momento se apregoa não é evidentemente para pôr cobro ao escândalo das crianças que nascem com gravíssimos defeitos, mas para promover mais um grande negócio: atendendo a que as doenças congénitas se estão a produzir em grande escala por causa, exactamente dos «cuidados médicos» (sic) a que as parturientes são submetidas, pode imaginar-se que enorme negócio não será «combater» por um lado o que está a fabricar, em grande escala, por outro.

Outro exemplo de bom negócio: o Plano de Saneamento Básico tem andado na berra, há uns anos para cá. Já tem o patrocínio prometido pelo Banco Mundial, que nele investirá se a «política interna portuguesa» se comportar dentro das normas admitidas e admissíveis. Consultores da Organização Mundial de Saúde têm percorrido alguma regiões do país, a ver onde podem investir com maior proveito e «para se inteirar das carências». Não faltam inquéritos. Como já está próximo o investimento do Banco Mundial, é também a altura de dar ênfase ao subdesenvolvimento deste povo e aos concelhos deste país, tão carenciados de esgotos (só de esgotos?) e de água potável (quem a despotalizou, na maior parte dos casos?). «Deploráveis condições» - gritam os jornais. «Panorama desolador» - repetem os «mass media», unânimes em traçar um quadro negro das nossas carências no campo sanitário. Toda a gente se convence de que uma rede de esgotos salvará para sempre este País do subdesenvolvimento e da miséria. Abundam os seminários ligados a empresas de saneamento básico, analisando estas carências infraestruturais. Um Curso de Engenharia Sanitária foi criado na Universidade Nova de Lisboa (e nem só) e os quadros de engenheiros começam a sair diplomados. Um canudo tem que ser colocado em algum sítio, foi para isso que a UNESCO (ou outra maternal organização) apoiou e subsidiou. Defensores do meio ambiente devidamente remunerados (diplomados) começam a proliferar, o Banco Mundial e a OMS acompanham a safra e não há dúvida de que as carências do povo português vão ser finalmente satisfeitas com tantos protectores do nosso meio ambiente.

Outro exemplo. Os colóquios e seminários sobre cárie infantil começam a multiplicar-se. À vista o «negócio do Flúor» em escala nacional. Também a OMS se encontra metida nisso. A revista «Poder Local», do PCP, elogia o Plano de Fluorização da Água (pública) de beber e todo o Mundo descansa, pois as crianças, agora, além de cárie, vão também ter doenças renais (e nem só) inerentes ao Flúor que reconhecidamente as produz, as fabrica, as provoca. E são, eles, funcionários da OMS, que o disseram, não fui. Daí que os pressurosos colóquios sobre paralisia cerebral infantil tragam, também e com certeza, lucro no bico. Ver-se-á. É de prever que se prepare a montagem de qualquer coisa como clínicas ( gratuitas) pré-natais. Com que dinheiro serão pagas estas consultas médicas gratuitas às mamãs, sabemos nós que é o nosso e ainda bem. Para pior antes assim.

Não digo que a ciência chinesa seja a ciência dos deuses, herdeira legítimas do yoga original, elo da linhagem ininterrupa que liga o princípio ao fim dos tempos. Mas é, pelo menos, como nos ensina a sua ciência médica, uma honesta aproximação da verdade, da sabedoria, da luz original. E, acima de tudo, funciona. E - ainda por cima - serve de teste magnífico quando em contacto com a ciência ocidental, nomeadamente no campo da ideologia médica. É sempre um espectáculo aliciante ver um eminente ocidental - cidadão ilustre ou pirata da perna de pau - chegar a terra estrangeira - por exemplo a China - e, com a habitual franqueza do colonizador falando, de chicote na mão, aos colonizados, ajuizar sobre manifestações culturais que não percebe, não percebeu, nem poderá jamais perceber.
Por força que o Ocidente - só porque tem os canhões - há-de ser também o detentor da verdade única. Esta ideologia imperialista tem raízes, tem antecedentes, tem uma longa história. De tal maneira que nas Universidades de Pequim é a medicina do Ocidente que se ensina e, quase por vergonha, a medicina tradicional chinesa. A revolução cultural chinesa, em vez de estimular os brios da própria tradição médica, apenas a tolerou e subalternizou à medicina ocidental. Daí que a acupunctura seja usada como anestésico em operações cirúrgicas. Para eles - maoístas - a cirurgia europeia é indiscutivelmente um progresso e mesmo na fase  das transplantações nunca deixará de ser progresso. Particularmente ilustrativo das relações que o imperialismo ocidental estabeleceu com outras civilizações e culturas é o que o Padre Huard, professor na faculdade de Hanoi, diz da Medicina Chinesa na revista «Médecine de France».

1) A relutância da civilização chinesa pelos metais é considerada pelo ilustre professor cirurgião um preconceito francamente «bárbaro». É facto que ele apreende as razões filosóficas dessa relutância aos metais, mas é só para assinalar de que a filosofia nada tem a ver com medicina moderna, só contribui para o atraso das técnicas em geral e da técnica cirúrgica em particular. O professor, portanto, critica a ciência chinesa de não ser violenta...
Escandalizado com a repugnância do chinês à Cirurgia, o Prof. Huard acusa o chinês de estar preso a uma cultura vegetal: por exemplo, o cordão umbilical devia ser cortado, no Vietname, com a ajuda de uma lâmiba de bambu e no Japão com uma lâmina de osso. Huard fica possesso com a proibição chinesa do ferro e dos instrumentos em metal.
+
1-2 - 94-05-03-cm- contra a medicina - 5580 caracteres sero-2-ficcoes


ESSA ECOLOGIA HUMANA DE QUE SOMOS COBAIAS
O ENGODO DA VACINA


A partir da descoberta da vacina e com a vacina, mais ainda do que com os medicamentos, estava lançado o maior negócio de todos os tempos, o  mecanismo de supermultiplicação das doenças. Já não era o combate à doença depois dela se declarar - que só por si serviu de alicerce a toda a indústria médica - mas a venda e inoculação obrigatória de um produto obrigatório que alegadamente defende os sãos de contrair a dita doença.
O princípio da vacina, aliás, é a pura perversidade: eliminar as doenças benignas, interiorizá-las, para mais tarde degenerarem em doenças malignas, muitas delas desconhecidas. Mexer no sistema imunitário como fazem as vacinas é cometer o maior erro de que há memória desde que existe Vida na terra.


Espoliando o homem dos seus poderes naturais, a ciência  em geral e médica em particular reforça o poder artificial das instituições. Há séculos que somos expropriados de nós próprios. Trata-se de recriar uma medicina, uma ciência e uma tecnologia apropriada ao homem. Ciências experimentais e positivas criaram um poderio incomensurável, poderio que esta civilização não deixa ostensivamante de usar e exibir como suprema glória. As instituições em geral e o Estado em particular reforçam o poder que detêm pelas tecnologias a que a ciência experimental e positiva dá suporte.

Assistência médica à grávida pode ser mais traumatizante para o feto do que a própria falta de assistência: quem poderá comprovar que radiografias, medicamentos e manipulações não causam no feto deformações que a medicina classificará de congénitas logo que a criança nasça, lavando daí as suas mãos?

Prevendo-se, como ameaça latente, um perigo de proporções colossais, é depois mais fácil fazer recair sobre as populações a rotina dos perigos menores e reais. O «duche escocês» em Ecologia Humana consiste numa técnica muito simples mas extremamente eficaz na manipulação do homem pelo homem.

Se não existisse, a doença seria inventada pela medicina. Tal como a Poluição, o Stress, a Alienação, a Pobreza, a Inflação, o Bairro da Lata, a Infelicidade, o Medo, enfim, tudo o que der lucro, a Doença existirá como factor integrante deste sistema.

Cirurgia em geral e transplantologia em especial são ou não a prova de uma terapêutica (medicina) falhada? O estudo deste mecanismo - a  sintomatologia médica - leva a formular uma das leis fundamentais da ecologia humana: o progresso da medicina consiste no seu próprio retrocesso (até aos limites da barbárie).

Adiar sempre para depois de amanhã o que não se pode nem sabe resolver hoje. Constantemente a Medicina conta histórias de «estranhas» doenças que a Medicina ainda desconhece. O que é assim a prova confessada da ignorância médica, transforma-se, por magia, na proclamação triunfalista de que a medicina irá progredir até descobrir todos esses mistérios que são para ela a maior parte das doenças actuais. O aleatório constitui um dos mecanismos fundamentais do sistema, uma lei da Ecologia Humana. As doenças-mistério mostram ainda que a medicina positivista se encontra afinal na fase teológica da humanidade: acredita que caem do céu as doenças que afinal só podem (numa perspectiva positiva, experimental e materialista) ser resultado do ambiente patogénico.

O sistema médico não se limita a produzir doenças. Aplica-se a reproduzi-las e a fazê-las proliferar. Desde que a medicina se constituiu em indústria, reclama consumidores (doentes) que comprem o produto. As instalações médicas de alta tecnologia - transplantes, hemodiálise, etc - precisam de ser rentáveis e precisam de clientes. Na medida em que não cura nem trata mas adoece, a medicina está vocacionada, como indústria, para criar clientela a muitas indústrias que giram na sua órbita, num ciclo vicioso imparável.
Para sustentar este status quo, desenvolve uma acção intensiva de manipulação e condicionamento da opinião pública. A literatura médica e o discurso biocrático vigente socorrem-se de uma teia de sofismas próprios que os mass media regularmente publicitam.
A medicina fabrica doentes para garantir e prorrogar o próprio negócio: sem consumidores (doentes) a indústria médica abortará. E nenhuma instituição, enquanto tal, se suicida.
O sistema médico não só produz doenças como sistematicamente as reproduz. O fracasso terapêutico é, em parte, estrutural a uma medicina que perdeu todo o sentido do humano para apenas analisar a parte inerte do homem. Mas é também intencional: ao teimar na sintomatologia do efeito, ela sabe (ou não saberá?) que a doença se multiplicará até ao infinito. E os lucros também.