MEDICINA 1994
1-5 - 94-05-03-cm-cc- contra a medicina - 12900 caracteres ficcoes
Se a lei dos 3 estados está certa e se a humanidade «evolui» segundo as leis que Augusto Comte preconizou, então o êxito da medicina é, como o de qualquer outra ciência, avaliado em função do seu desenvolvimento tecnológico. Se a medicina é um avião, como a descreveu o dr. Castanhinha, da Ordem dos Médicos, na RTP (19/10/1984) quanto mais complicada, cara, energívora e sofisticada for, mais cura.
Se os jornalistas se lembrarem um dia de erigir o «acto jornalístico» em feudo de uma casta de iluminados, só praticável por quem for devidamente doutorado em jornalismo, o sindicato dos jornalistas terá que assumir vigorosa posição em favor do referido «acto». Ou será o «acto jornalístico» menos importante que o famoso «acto médico»?
Reparem só nas pandemias do século XX que são consideradas bençãos do progresso:
Desemprego maciço provocado pelo sistema informático e pela automatização /robotização
Devassa da vida privada individual pelo sistema informático internacionalmente organizado
Resistência dos micróbios aos antibióticos mais poderosos
A manipulação que a política faz das teorias científicas modernas, criadas por investigadores e organizações multinacionais que destroem o Planeta a ritmo alucinante
Iatrogénese como símbolo da prática médica que a ciência moderna potencializa ao provocar o que diz combater
Medicamentos responsáveis por acidentes rodoviários, tema subestimado pela retórica desenvolvida a favor do álcool
Invasão oceânica da terra firme provocada pelo derretimento dos gelos árticos, mais vulneráveis, segundo se julga, do que os do Antárctico.
Ouve-se, insistentemente, e os jornais ampliam, falar de medicina preventiva e profiláctica. É com certeza para bem do povo e para lhe tratar da saúde. Mas é também para promover, em grande escala, a vacinação, escoando os stocks dos laboratórios. É esta medicina preventiva do Serviço Nacional de Saúde
O Flúor para combater a cárie é um bom exemplo de como a ciência cauciona a propaganda . E a prova também de como a medicina necessita de complicar para manter o nível de crescimento necessário da indústria médico-medicamentosa. A OMS patrocina em Portugal uma campanha para adição de Flúor na água de beber, plano que arrancou no distrito da Covilhã. Sabe-se que o Flúor é um das substâncias que concorre para lesões renais. Sabe-se ainda que, instalada uma rede de centros de hemodiálise no país, é necessário que esses centros sejam rentáveis e que portanto atendam o máximo de doentes renais. Nada melhor, pois, do que o Flúor na água de beber para fabricar contingentes de nefríticos. Para a hemodiálise primeiro e para a transplantação renal depois.
[in «PH»] Uns dirão que o meio sócio económico é que fabrica os doentes e que sem mudar a classe dirigente não se resolvem os problemas da doença. Até lá, vão receitando vacinas, antibióticos, pílulas, supositórios e - in extremis -, quando tudo isto agravou mais do que solucionou, a cirurgia.
Outros dirão mesmo que o meio sócio ecológico é que fabrica os doentes e que sem mudar o padrão da economia vigente - substituindo os critérios de quantidade pelos de qualidade humana e de vida - de pouco servirá criar clínicas de ataque aos sistemas produzidos por aquelas causas.
Mas quem apresenta desde já alternativas práticas aos que quiserem libertar-se da medicina químico-farmacêutica, porque continua a ser marginalizado e perseguido? Num caso e noutro, porém, teria que se estender esta crítica causalista e com muito mais razão, a toda a medicina sintomatológica, que ataca o efeito e ignora (ou finge ignorar) a causa. No meio da Sintomatologia, a medicina Física e de Reabilitação ainda é a menos desumana, a menos traumática
Um dia foi descoberto, numa Maternidade do Estado, um «inimigo da civilização» pondo brometo no jarro da água de uma parturiente. Investigações posteriores, levadas a efeito por eminentes especialistas e obstetras (em equipa interdisciplinar) demonstraram que o brometo seca o leite no peito das mães, pelo que, desde então, os leites artificiais invadiram os mercados, sendo os industriais obrigados a fabricá-los em maior quantidade.
A OMS tem sido muito felicitada por mais este benefício prestado à Humanidade no Ano Internacional da Criança e as empresas leiteiras em pó descansaram de tanta fadiga, uma vez que as mamãs já estão outra vez aptas a dar, como sempre deram, o seu leite ao bebé.
Decorre também uma campanha promovida pela Comissão da Condição Feminina para educar as mães no sentido de perceberem as vantagens do aleitamento natural. Como se sabe, foi por estupidez e malvadez que as mães do Mundo deixaram de dar o seio aos filhos. Agora precisam de ser educados e a OMS já ofereceu professores, técnicos altamente especializados que, na televisão, têm ensinado as imensas vantagens do leite da mãe. Todos gostámos de saber o que não sabíamos.
De repente, os serviços oficiais começam a ficar muito preocupados com a paralisia cerebral infantil. E caem as estatísticas sobre o leitor de jornais: «Em Portugal registam-se por ano 540 casos de crianças com paralisia cerebral» declara-se num colóquio realizado num hospital do Porto para incitar ao aconselhamento genético. De vez em quando, portanto, e quando menos se espera, o sistema parece que se ocupa e preocupa com as pessoas humanas. O que é caso para desconfiar. Sabendo-se que o Poder nunca faz nada por amor ao Povo, nem para o bem estar das populações e que a Ordem Económica Mundial, tal como existe, a Leste e a Oeste, não é para servir o homem mas para pôr o homem ao serviço da economia, tudo o que apareça de cuidado, protecção e de (inusitado) carinho pela «qualidade de vida» das populações, pela Criança, pela Terceira Idade, pela Mulher, pelo Reformado, é só e apenas porque se encontra, na forja, mais um negócio com quem alguém irá lucrar. O Serviço de Aconselhamento genético que neste momento se apregoa não é evidentemente para pôr cobro ao escândalo das crianças que nascem com gravíssimos defeitos, mas para promover mais um grande negócio: atendendo a que as doenças congénitas se estão a produzir em grande escala por causa, exactamente dos «cuidados médicos» (sic) a que as parturientes são submetidas, pode imaginar-se que enorme negócio não será «combater» por um lado o que está a fabricar, em grande escala, por outro.
Outro exemplo de bom negócio: o Plano de Saneamento Básico tem andado na berra, há uns anos para cá. Já tem o patrocínio prometido pelo Banco Mundial, que nele investirá se a «política interna portuguesa» se comportar dentro das normas admitidas e admissíveis. Consultores da Organização Mundial de Saúde têm percorrido alguma regiões do país, a ver onde podem investir com maior proveito e «para se inteirar das carências». Não faltam inquéritos. Como já está próximo o investimento do Banco Mundial, é também a altura de dar ênfase ao subdesenvolvimento deste povo e aos concelhos deste país, tão carenciados de esgotos (só de esgotos?) e de água potável (quem a despotalizou, na maior parte dos casos?). «Deploráveis condições» - gritam os jornais. «Panorama desolador» - repetem os «mass media», unânimes em traçar um quadro negro das nossas carências no campo sanitário. Toda a gente se convence de que uma rede de esgotos salvará para sempre este País do subdesenvolvimento e da miséria. Abundam os seminários ligados a empresas de saneamento básico, analisando estas carências infraestruturais. Um Curso de Engenharia Sanitária foi criado na Universidade Nova de Lisboa (e nem só) e os quadros de engenheiros começam a sair diplomados. Um canudo tem que ser colocado em algum sítio, foi para isso que a UNESCO (ou outra maternal organização) apoiou e subsidiou. Defensores do meio ambiente devidamente remunerados (diplomados) começam a proliferar, o Banco Mundial e a OMS acompanham a safra e não há dúvida de que as carências do povo português vão ser finalmente satisfeitas com tantos protectores do nosso meio ambiente.
Outro exemplo. Os colóquios e seminários sobre cárie infantil começam a multiplicar-se. À vista o «negócio do Flúor» em escala nacional. Também a OMS se encontra metida nisso. A revista «Poder Local», do PCP, elogia o Plano de Fluorização da Água (pública) de beber e todo o Mundo descansa, pois as crianças, agora, além de cárie, vão também ter doenças renais (e nem só) inerentes ao Flúor que reconhecidamente as produz, as fabrica, as provoca. E são, eles, funcionários da OMS, que o disseram, não fui. Daí que os pressurosos colóquios sobre paralisia cerebral infantil tragam, também e com certeza, lucro no bico. Ver-se-á. É de prever que se prepare a montagem de qualquer coisa como clínicas ( gratuitas) pré-natais. Com que dinheiro serão pagas estas consultas médicas gratuitas às mamãs, sabemos nós que é o nosso e ainda bem. Para pior antes assim.
Não digo que a ciência chinesa seja a ciência dos deuses, herdeira legítimas do yoga original, elo da linhagem ininterrupa que liga o princípio ao fim dos tempos. Mas é, pelo menos, como nos ensina a sua ciência médica, uma honesta aproximação da verdade, da sabedoria, da luz original. E, acima de tudo, funciona. E - ainda por cima - serve de teste magnífico quando em contacto com a ciência ocidental, nomeadamente no campo da ideologia médica. É sempre um espectáculo aliciante ver um eminente ocidental - cidadão ilustre ou pirata da perna de pau - chegar a terra estrangeira - por exemplo a China - e, com a habitual franqueza do colonizador falando, de chicote na mão, aos colonizados, ajuizar sobre manifestações culturais que não percebe, não percebeu, nem poderá jamais perceber.
Por força que o Ocidente - só porque tem os canhões - há-de ser também o detentor da verdade única. Esta ideologia imperialista tem raízes, tem antecedentes, tem uma longa história. De tal maneira que nas Universidades de Pequim é a medicina do Ocidente que se ensina e, quase por vergonha, a medicina tradicional chinesa. A revolução cultural chinesa, em vez de estimular os brios da própria tradição médica, apenas a tolerou e subalternizou à medicina ocidental. Daí que a acupunctura seja usada como anestésico em operações cirúrgicas. Para eles - maoístas - a cirurgia europeia é indiscutivelmente um progresso e mesmo na fase das transplantações nunca deixará de ser progresso. Particularmente ilustrativo das relações que o imperialismo ocidental estabeleceu com outras civilizações e culturas é o que o Padre Huard, professor na faculdade de Hanoi, diz da Medicina Chinesa na revista «Médecine de France».
1) A relutância da civilização chinesa pelos metais é considerada pelo ilustre professor cirurgião um preconceito francamente «bárbaro». É facto que ele apreende as razões filosóficas dessa relutância aos metais, mas é só para assinalar de que a filosofia nada tem a ver com medicina moderna, só contribui para o atraso das técnicas em geral e da técnica cirúrgica em particular. O professor, portanto, critica a ciência chinesa de não ser violenta...
Escandalizado com a repugnância do chinês à Cirurgia, o Prof. Huard acusa o chinês de estar preso a uma cultura vegetal: por exemplo, o cordão umbilical devia ser cortado, no Vietname, com a ajuda de uma lâmiba de bambu e no Japão com uma lâmina de osso. Huard fica possesso com a proibição chinesa do ferro e dos instrumentos em metal.
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1-2 - 94-05-03-cm- contra a medicina - 5580 caracteres sero-2-ficcoes
ESSA ECOLOGIA HUMANA DE QUE SOMOS COBAIAS
O ENGODO DA VACINA
A partir da descoberta da vacina e com a vacina, mais ainda do que com os medicamentos, estava lançado o maior negócio de todos os tempos, o mecanismo de supermultiplicação das doenças. Já não era o combate à doença depois dela se declarar - que só por si serviu de alicerce a toda a indústria médica - mas a venda e inoculação obrigatória de um produto obrigatório que alegadamente defende os sãos de contrair a dita doença.
O princípio da vacina, aliás, é a pura perversidade: eliminar as doenças benignas, interiorizá-las, para mais tarde degenerarem em doenças malignas, muitas delas desconhecidas. Mexer no sistema imunitário como fazem as vacinas é cometer o maior erro de que há memória desde que existe Vida na terra.
Espoliando o homem dos seus poderes naturais, a ciência em geral e médica em particular reforça o poder artificial das instituições. Há séculos que somos expropriados de nós próprios. Trata-se de recriar uma medicina, uma ciência e uma tecnologia apropriada ao homem. Ciências experimentais e positivas criaram um poderio incomensurável, poderio que esta civilização não deixa ostensivamante de usar e exibir como suprema glória. As instituições em geral e o Estado em particular reforçam o poder que detêm pelas tecnologias a que a ciência experimental e positiva dá suporte.
Assistência médica à grávida pode ser mais traumatizante para o feto do que a própria falta de assistência: quem poderá comprovar que radiografias, medicamentos e manipulações não causam no feto deformações que a medicina classificará de congénitas logo que a criança nasça, lavando daí as suas mãos?
Prevendo-se, como ameaça latente, um perigo de proporções colossais, é depois mais fácil fazer recair sobre as populações a rotina dos perigos menores e reais. O «duche escocês» em Ecologia Humana consiste numa técnica muito simples mas extremamente eficaz na manipulação do homem pelo homem.
Se não existisse, a doença seria inventada pela medicina. Tal como a Poluição, o Stress, a Alienação, a Pobreza, a Inflação, o Bairro da Lata, a Infelicidade, o Medo, enfim, tudo o que der lucro, a Doença existirá como factor integrante deste sistema.
Cirurgia em geral e transplantologia em especial são ou não a prova de uma terapêutica (medicina) falhada? O estudo deste mecanismo - a sintomatologia médica - leva a formular uma das leis fundamentais da ecologia humana: o progresso da medicina consiste no seu próprio retrocesso (até aos limites da barbárie).
Adiar sempre para depois de amanhã o que não se pode nem sabe resolver hoje. Constantemente a Medicina conta histórias de «estranhas» doenças que a Medicina ainda desconhece. O que é assim a prova confessada da ignorância médica, transforma-se, por magia, na proclamação triunfalista de que a medicina irá progredir até descobrir todos esses mistérios que são para ela a maior parte das doenças actuais. O aleatório constitui um dos mecanismos fundamentais do sistema, uma lei da Ecologia Humana. As doenças-mistério mostram ainda que a medicina positivista se encontra afinal na fase teológica da humanidade: acredita que caem do céu as doenças que afinal só podem (numa perspectiva positiva, experimental e materialista) ser resultado do ambiente patogénico.
O sistema médico não se limita a produzir doenças. Aplica-se a reproduzi-las e a fazê-las proliferar. Desde que a medicina se constituiu em indústria, reclama consumidores (doentes) que comprem o produto. As instalações médicas de alta tecnologia - transplantes, hemodiálise, etc - precisam de ser rentáveis e precisam de clientes. Na medida em que não cura nem trata mas adoece, a medicina está vocacionada, como indústria, para criar clientela a muitas indústrias que giram na sua órbita, num ciclo vicioso imparável.
Para sustentar este status quo, desenvolve uma acção intensiva de manipulação e condicionamento da opinião pública. A literatura médica e o discurso biocrático vigente socorrem-se de uma teia de sofismas próprios que os mass media regularmente publicitam.
A medicina fabrica doentes para garantir e prorrogar o próprio negócio: sem consumidores (doentes) a indústria médica abortará. E nenhuma instituição, enquanto tal, se suicida.
O sistema médico não só produz doenças como sistematicamente as reproduz. O fracasso terapêutico é, em parte, estrutural a uma medicina que perdeu todo o sentido do humano para apenas analisar a parte inerte do homem. Mas é também intencional: ao teimar na sintomatologia do efeito, ela sabe (ou não saberá?) que a doença se multiplicará até ao infinito. E os lucros também.
A CIÊNCIA EM GERAL
E A CIÊNCIA MÉDICA EM PARTICULAR
CARTA DE UM CONSUMIDOR DE MEDICINAS
AOS SEUS AMIGOS
Se a lei dos 3 estados está certa e se a humanidade «evolui» segundo as leis que Augusto Comte preconizou, então o êxito da medicina é, como o de qualquer outra ciência, avaliado em função do seu desenvolvimento tecnológico. Se a medicina é um avião, como a descreveu o dr. Castanhinha, da Ordem dos Médicos, na RTP (19/10/1984) quanto mais complicada, cara, energívora e sofisticada for, mais cura.
Se os jornalistas se lembrarem um dia de erigir o «acto jornalístico» em feudo de uma casta de iluminados, só praticável por quem for devidamente doutorado em jornalismo, o sindicato dos jornalistas terá que assumir vigorosa posição em favor do referido «acto». Ou será o «acto jornalístico» menos importante que o famoso «acto médico»?
Reparem só nas pandemias do século XX que são consideradas bençãos do progresso:
Desemprego maciço provocado pelo sistema informático e pela automatização /robotização
Devassa da vida privada individual pelo sistema informático internacionalmente organizado
Resistência dos micróbios aos antibióticos mais poderosos
A manipulação que a política faz das teorias científicas modernas, criadas por investigadores e organizações multinacionais que destroem o Planeta a ritmo alucinante
Iatrogénese como símbolo da prática médica que a ciência moderna potencializa ao provocar o que diz combater
Medicamentos responsáveis por acidentes rodoviários, tema subestimado pela retórica desenvolvida a favor do álcool
Invasão oceânica da terra firme provocada pelo derretimento dos gelos árticos, mais vulneráveis, segundo se julga, do que os do Antárctico.
Ouve-se, insistentemente, e os jornais ampliam, falar de medicina preventiva e profiláctica. É com certeza para bem do povo e para lhe tratar da saúde. Mas é também para promover, em grande escala, a vacinação, escoando os stocks dos laboratórios. É esta medicina preventiva do Serviço Nacional de Saúde
O Flúor para combater a cárie é um bom exemplo de como a ciência cauciona a propaganda . E a prova também de como a medicina necessita de complicar para manter o nível de crescimento necessário da indústria médico-medicamentosa. A OMS patrocina em Portugal uma campanha para adição de Flúor na água de beber, plano que arrancou no distrito da Covilhã. Sabe-se que o Flúor é um das substâncias que concorre para lesões renais. Sabe-se ainda que, instalada uma rede de centros de hemodiálise no país, é necessário que esses centros sejam rentáveis e que portanto atendam o máximo de doentes renais. Nada melhor, pois, do que o Flúor na água de beber para fabricar contingentes de nefríticos. Para a hemodiálise primeiro e para a transplantação renal depois.
[in «PH»] Uns dirão que o meio sócio económico é que fabrica os doentes e que sem mudar a classe dirigente não se resolvem os problemas da doença. Até lá, vão receitando vacinas, antibióticos, pílulas, supositórios e - in extremis -, quando tudo isto agravou mais do que solucionou, a cirurgia.
Outros dirão mesmo que o meio sócio ecológico é que fabrica os doentes e que sem mudar o padrão da economia vigente - substituindo os critérios de quantidade pelos de qualidade humana e de vida - de pouco servirá criar clínicas de ataque aos sistemas produzidos por aquelas causas.
Mas quem apresenta desde já alternativas práticas aos que quiserem libertar-se da medicina químico-farmacêutica, porque continua a ser marginalizado e perseguido? Num caso e noutro, porém, teria que se estender esta crítica causalista e com muito mais razão, a toda a medicina sintomatológica, que ataca o efeito e ignora (ou finge ignorar) a causa. No meio da Sintomatologia, a medicina Física e de Reabilitação ainda é a menos desumana, a menos traumática
Um dia foi descoberto, numa Maternidade do Estado, um «inimigo da civilização» pondo brometo no jarro da água de uma parturiente. Investigações posteriores, levadas a efeito por eminentes especialistas e obstetras (em equipa interdisciplinar) demonstraram que o brometo seca o leite no peito das mães, pelo que, desde então, os leites artificiais invadiram os mercados, sendo os industriais obrigados a fabricá-los em maior quantidade.
A OMS tem sido muito felicitada por mais este benefício prestado à Humanidade no Ano Internacional da Criança e as empresas leiteiras em pó descansaram de tanta fadiga, uma vez que as mamãs já estão outra vez aptas a dar, como sempre deram, o seu leite ao bebé.
Decorre também uma campanha promovida pela Comissão da Condição Feminina para educar as mães no sentido de perceberem as vantagens do aleitamento natural. Como se sabe, foi por estupidez e malvadez que as mães do Mundo deixaram de dar o seio aos filhos. Agora precisam de ser educados e a OMS já ofereceu professores, técnicos altamente especializados que, na televisão, têm ensinado as imensas vantagens do leite da mãe. Todos gostámos de saber o que não sabíamos.
De repente, os serviços oficiais começam a ficar muito preocupados com a paralisia cerebral infantil. E caem as estatísticas sobre o leitor de jornais: «Em Portugal registam-se por ano 540 casos de crianças com paralisia cerebral» declara-se num colóquio realizado num hospital do Porto para incitar ao aconselhamento genético. De vez em quando, portanto, e quando menos se espera, o sistema parece que se ocupa e preocupa com as pessoas humanas. O que é caso para desconfiar. Sabendo-se que o Poder nunca faz nada por amor ao Povo, nem para o bem estar das populações e que a Ordem Económica Mundial, tal como existe, a Leste e a Oeste, não é para servir o homem mas para pôr o homem ao serviço da economia, tudo o que apareça de cuidado, protecção e de (inusitado) carinho pela «qualidade de vida» das populações, pela Criança, pela Terceira Idade, pela Mulher, pelo Reformado, é só e apenas porque se encontra, na forja, mais um negócio com quem alguém irá lucrar. O Serviço de Aconselhamento genético que neste momento se apregoa não é evidentemente para pôr cobro ao escândalo das crianças que nascem com gravíssimos defeitos, mas para promover mais um grande negócio: atendendo a que as doenças congénitas se estão a produzir em grande escala por causa, exactamente dos «cuidados médicos» (sic) a que as parturientes são submetidas, pode imaginar-se que enorme negócio não será «combater» por um lado o que está a fabricar, em grande escala, por outro.
Outro exemplo de bom negócio: o Plano de Saneamento Básico tem andado na berra, há uns anos para cá. Já tem o patrocínio prometido pelo Banco Mundial, que nele investirá se a «política interna portuguesa» se comportar dentro das normas admitidas e admissíveis. Consultores da Organização Mundial de Saúde têm percorrido alguma regiões do país, a ver onde podem investir com maior proveito e «para se inteirar das carências». Não faltam inquéritos. Como já está próximo o investimento do Banco Mundial, é também a altura de dar ênfase ao subdesenvolvimento deste povo e aos concelhos deste país, tão carenciados de esgotos (só de esgotos?) e de água potável (quem a despotalizou, na maior parte dos casos?). «Deploráveis condições» - gritam os jornais. «Panorama desolador» - repetem os «mass media», unânimes em traçar um quadro negro das nossas carências no campo sanitário. Toda a gente se convence de que uma rede de esgotos salvará para sempre este País do subdesenvolvimento e da miséria. Abundam os seminários ligados a empresas de saneamento básico, analisando estas carências infraestruturais. Um Curso de Engenharia Sanitária foi criado na Universidade Nova de Lisboa (e nem só) e os quadros de engenheiros começam a sair diplomados. Um canudo tem que ser colocado em algum sítio, foi para isso que a UNESCO (ou outra maternal organização) apoiou e subsidiou. Defensores do meio ambiente devidamente remunerados (diplomados) começam a proliferar, o Banco Mundial e a OMS acompanham a safra e não há dúvida de que as carências do povo português vão ser finalmente satisfeitas com tantos protectores do nosso meio ambiente.
Outro exemplo. Os colóquios e seminários sobre cárie infantil começam a multiplicar-se. À vista o «negócio do Flúor» em escala nacional. Também a OMS se encontra metida nisso. A revista «Poder Local», do PCP, elogia o Plano de Fluorização da Água (pública) de beber e todo o Mundo descansa, pois as crianças, agora, além de cárie, vão também ter doenças renais (e nem só) inerentes ao Flúor que reconhecidamente as produz, as fabrica, as provoca. E são, eles, funcionários da OMS, que o disseram, não fui. Daí que os pressurosos colóquios sobre paralisia cerebral infantil tragam, também e com certeza, lucro no bico. Ver-se-á. É de prever que se prepare a montagem de qualquer coisa como clínicas ( gratuitas) pré-natais. Com que dinheiro serão pagas estas consultas médicas gratuitas às mamãs, sabemos nós que é o nosso e ainda bem. Para pior antes assim.
Não digo que a ciência chinesa seja a ciência dos deuses, herdeira legítimas do yoga original, elo da linhagem ininterrupa que liga o princípio ao fim dos tempos. Mas é, pelo menos, como nos ensina a sua ciência médica, uma honesta aproximação da verdade, da sabedoria, da luz original. E, acima de tudo, funciona. E - ainda por cima - serve de teste magnífico quando em contacto com a ciência ocidental, nomeadamente no campo da ideologia médica. É sempre um espectáculo aliciante ver um eminente ocidental - cidadão ilustre ou pirata da perna de pau - chegar a terra estrangeira - por exemplo a China - e, com a habitual franqueza do colonizador falando, de chicote na mão, aos colonizados, ajuizar sobre manifestações culturais que não percebe, não percebeu, nem poderá jamais perceber.
Por força que o Ocidente - só porque tem os canhões - há-de ser também o detentor da verdade única. Esta ideologia imperialista tem raízes, tem antecedentes, tem uma longa história. De tal maneira que nas Universidades de Pequim é a medicina do Ocidente que se ensina e, quase por vergonha, a medicina tradicional chinesa. A revolução cultural chinesa, em vez de estimular os brios da própria tradição médica, apenas a tolerou e subalternizou à medicina ocidental. Daí que a acupunctura seja usada como anestésico em operações cirúrgicas. Para eles - maoístas - a cirurgia europeia é indiscutivelmente um progresso e mesmo na fase das transplantações nunca deixará de ser progresso. Particularmente ilustrativo das relações que o imperialismo ocidental estabeleceu com outras civilizações e culturas é o que o Padre Huard, professor na faculdade de Hanoi, diz da Medicina Chinesa na revista «Médecine de France».
1) A relutância da civilização chinesa pelos metais é considerada pelo ilustre professor cirurgião um preconceito francamente «bárbaro». É facto que ele apreende as razões filosóficas dessa relutância aos metais, mas é só para assinalar de que a filosofia nada tem a ver com medicina moderna, só contribui para o atraso das técnicas em geral e da técnica cirúrgica em particular. O professor, portanto, critica a ciência chinesa de não ser violenta...
Escandalizado com a repugnância do chinês à Cirurgia, o Prof. Huard acusa o chinês de estar preso a uma cultura vegetal: por exemplo, o cordão umbilical devia ser cortado, no Vietname, com a ajuda de uma lâmiba de bambu e no Japão com uma lâmina de osso. Huard fica possesso com a proibição chinesa do ferro e dos instrumentos em metal.
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ESSA ECOLOGIA HUMANA DE QUE SOMOS COBAIAS
O ENGODO DA VACINA
A partir da descoberta da vacina e com a vacina, mais ainda do que com os medicamentos, estava lançado o maior negócio de todos os tempos, o mecanismo de supermultiplicação das doenças. Já não era o combate à doença depois dela se declarar - que só por si serviu de alicerce a toda a indústria médica - mas a venda e inoculação obrigatória de um produto obrigatório que alegadamente defende os sãos de contrair a dita doença.
O princípio da vacina, aliás, é a pura perversidade: eliminar as doenças benignas, interiorizá-las, para mais tarde degenerarem em doenças malignas, muitas delas desconhecidas. Mexer no sistema imunitário como fazem as vacinas é cometer o maior erro de que há memória desde que existe Vida na terra.
Espoliando o homem dos seus poderes naturais, a ciência em geral e médica em particular reforça o poder artificial das instituições. Há séculos que somos expropriados de nós próprios. Trata-se de recriar uma medicina, uma ciência e uma tecnologia apropriada ao homem. Ciências experimentais e positivas criaram um poderio incomensurável, poderio que esta civilização não deixa ostensivamante de usar e exibir como suprema glória. As instituições em geral e o Estado em particular reforçam o poder que detêm pelas tecnologias a que a ciência experimental e positiva dá suporte.
Assistência médica à grávida pode ser mais traumatizante para o feto do que a própria falta de assistência: quem poderá comprovar que radiografias, medicamentos e manipulações não causam no feto deformações que a medicina classificará de congénitas logo que a criança nasça, lavando daí as suas mãos?
Prevendo-se, como ameaça latente, um perigo de proporções colossais, é depois mais fácil fazer recair sobre as populações a rotina dos perigos menores e reais. O «duche escocês» em Ecologia Humana consiste numa técnica muito simples mas extremamente eficaz na manipulação do homem pelo homem.
Se não existisse, a doença seria inventada pela medicina. Tal como a Poluição, o Stress, a Alienação, a Pobreza, a Inflação, o Bairro da Lata, a Infelicidade, o Medo, enfim, tudo o que der lucro, a Doença existirá como factor integrante deste sistema.
Cirurgia em geral e transplantologia em especial são ou não a prova de uma terapêutica (medicina) falhada? O estudo deste mecanismo - a sintomatologia médica - leva a formular uma das leis fundamentais da ecologia humana: o progresso da medicina consiste no seu próprio retrocesso (até aos limites da barbárie).
Adiar sempre para depois de amanhã o que não se pode nem sabe resolver hoje. Constantemente a Medicina conta histórias de «estranhas» doenças que a Medicina ainda desconhece. O que é assim a prova confessada da ignorância médica, transforma-se, por magia, na proclamação triunfalista de que a medicina irá progredir até descobrir todos esses mistérios que são para ela a maior parte das doenças actuais. O aleatório constitui um dos mecanismos fundamentais do sistema, uma lei da Ecologia Humana. As doenças-mistério mostram ainda que a medicina positivista se encontra afinal na fase teológica da humanidade: acredita que caem do céu as doenças que afinal só podem (numa perspectiva positiva, experimental e materialista) ser resultado do ambiente patogénico.
O sistema médico não se limita a produzir doenças. Aplica-se a reproduzi-las e a fazê-las proliferar. Desde que a medicina se constituiu em indústria, reclama consumidores (doentes) que comprem o produto. As instalações médicas de alta tecnologia - transplantes, hemodiálise, etc - precisam de ser rentáveis e precisam de clientes. Na medida em que não cura nem trata mas adoece, a medicina está vocacionada, como indústria, para criar clientela a muitas indústrias que giram na sua órbita, num ciclo vicioso imparável.
Para sustentar este status quo, desenvolve uma acção intensiva de manipulação e condicionamento da opinião pública. A literatura médica e o discurso biocrático vigente socorrem-se de uma teia de sofismas próprios que os mass media regularmente publicitam.
A medicina fabrica doentes para garantir e prorrogar o próprio negócio: sem consumidores (doentes) a indústria médica abortará. E nenhuma instituição, enquanto tal, se suicida.
O sistema médico não só produz doenças como sistematicamente as reproduz. O fracasso terapêutico é, em parte, estrutural a uma medicina que perdeu todo o sentido do humano para apenas analisar a parte inerte do homem. Mas é também intencional: ao teimar na sintomatologia do efeito, ela sabe (ou não saberá?) que a doença se multiplicará até ao infinito. E os lucros também.
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