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*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-09-13

TRABALHO 1979

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MENOS HORAS DE TRABALHO PARA COMBATER DESEMPREGO

13/Setembro/1979 - Em 13 de Setembro de 1979, o «Correio da Manhã» escrevia em título «Menos horas de trabalho para resolver desemprego», mas sem esquecer de referir, que a «Receita não se aplica a Portugal», antetítulo baseado em afirmações feitas por dirigentes da UGT... O facto desta central sindical se ver obrigada a negar a evidência, é só por si significativo do estado de espírito dominante, em todos estes anos de «democracia», entre os chamados responsáveis sindicais, relativamente a progressos no campo do trabalho. Portugal não está preparado para a democracia - dizia Salazar; Portugal não está preparado para reduzir o horário de trabalho, diz a UGT.
A notícia que dera pretexto a posição tão progressista desta central sindical, dizia respeito à solução apresentada no 24º Congresso pela Federação Internacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, que apresentava menos horas de trabalho como solução para o desemprego. O mesmo Congresso concluiu que a alta produtividade laboral requer menos horas de trabalho, e que esta redução estimula a capacidade criadora e o bem estar das classes trabalhadoras. De acordo com uma análise económica feita em 22 países, a FITIM resolveu dar prioridade ao estudo e aplicação desta nova política laboral e apoiar os seus filiados na luta pela obtenção de um horário de trabalho reduzido.
Organizações sindicais de vários países, desde o Brasil, onde se pretendia passar das 48 horas para as 40, passando pela Grã Bretanha, onde a meta eram já as 35 horas semanais, foram unânimes em considerar que o combate ao desemprego se pode fazer com um encurtamento laboral.
A mesma tese fora defendida, havia pouco tempo, no Congresso da Federação Europeia de Sindicatos (CES), realizado em Munique, e a Juventude Operária Católica (JOC) lançara igualmente um apelo para a redução dos horários de trabalho nas fábricas. Ao falar-se em «redução de horários» estava, como continua a estar, implícito a antecipação da idade da reforma e o fim das horas extraordinárias, cumprindo-se assim um duplo objectivo: obstar à crise económica inflaccionária e melhorar as condições de vida do trabalhador.
Pois não é que a UGT, neste ano de 1979, achou por bem dizer que esta política laboral «não tinha cabimento em Portugal», porque este país se «debate com preocupações que envolvem urgente desenvolvimento da economia com vista a aumentar a produção».
Entretanto e enquanto a UGT toma posições de política laboral tão progressistas, uma outra conferência em Genebra, no mesmo ano de 1979, de 16 a 25 de Outubro, da mesma FITIM e a da OIT, em Junho de 1980, voltam a defender «redução de horários para combater desemprego».
Menos de quatro anos decorridos, porém, em 24 de Março de 1983, oa jornais anunciavam que a heróica UGT acabava de assinar o manifesto-apelo da Confederação Europeia de Sindicatos a favor de «menos horas de trabalho para travar o desemprego». Em menos de quatro anos, de inapto para adoptar tal medida Portugal tornava-se apto. A CES propunha a redução a nível de todo o Continente, na cimeira Sindical Europeia realizada em 21 de Março daquele ano.
«É necessário - afirmava o manifesto da CSE - mandatar claramente as instituições comunitárias para que elaborem e adoptem um instrumento que assegure reduções significativas da duração de trabalho, numa base europeia.» E como se tivessem restado dúvidas, reafirmava: uma política de redução e de reorganização do tempo de trabalho deveria integrar-se numa estratégia global de recuperação económica.» Como nunca mais se ouviu falar disto, é porque a economia deve ter «recuperado» tão bem, que os trabalhadores bem podem continuar alombando com as clássicas 35,40 e 45 horas de trabalho. Pelos vistos, os sindicatos chamam a isto progresso. E ainda havemos de chegar ao ano 2000 com 50 horas de trabalho semanal, que foi como as coisas começaram nos alvores da chamada «revolução industrial». Com sindicatos destes, até eu queria ser patrão.

Em 1983, é que estavam todos muito aflitos com o desemprego. De tal modo, que no seu manifesto «Prioridade-emprego», a CES lembrava que existiam então, oficialmente, 17 milhões de desempregados na Europa, o dobro dos que havia em 1979. Para a CES, esta situação «inaceitável para aos trabalhadores» constituía, por outro lado, «um grave perigo para o futuro da democracia».
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LEUCEMIA FELINA 1973

1-2 - 93-09-13-mk< mein kampf quinta-feira, 6 de Fevereiro de 2003- novo word - 5760 bytes - vacinass> - base de trabalho para responder em entrevista-testamento - se há teses polémicas (e dossiês proibidos) que levei a vida a coleccionar, gostaria de chegar o momento de me explicar melhor ou mesmo de confessar que as minhas teses estavam totalmente erradas - mais um dossiê proibido: vírus & vacinas diário de um investigador livre - um inédito de 1973

LEUCEMIA DOS GATOS:NOVA DOENÇA DA MEDICINA?

1.
1977 - A maneira subtil como se conduz o discurso para levar o leitor à aceitação do que se lhe quer impor, está bem ilustrada no artigo a seguir transcrito do jornal «Diário de Notícias» (13/Setembro/1973) .
É um exemplo. Seria impossível apontar todos os casos em que o mesmo mecanismo sofístico é utilizado mas assim terá de proceder o investigador independente que leva a sua análise até à raiz e não se fica pela rama que lhe dão.
A conclusão principal a retirar da subtil manobra que o texto a seguir ilustra, é que para haver vacina há absoluta necessidade de haver vírus. E para haver vírus é preciso que haja uma teoria microbiana. E para haver teoria microbiana há que a inventar. E para a inventar tem que haver toda uma metodologia (de investigação) científica instituída em dogma que se torna indiscutível ou intocável: e mais, que trabalha orientada para os interesses finais desta cadeia , que são os interesses do fabricante de anti-vírus (quer dizer, das vacinas) .
Não se pode fazer a denúncia da vacina sem prévia, radical e profunda denúncia da Sofística a que, através dos séculos, se chamou ciência.
Da teoria microbiana resulta «logicamente» a teoria do contágio mas o problema para o sujeito que pensa com a cabeça é saber em que absurdo último se apoia toda uma cadeia de raciocínios aparentemente lógicos entre si mas todos fundados num absurdo, num inverosímil ou num irreal.
Admitida a teoria microbiana, nada mais lógico do que a teoria do contágio. Mas o problema recua sempre: se a teoria microbiana estiver errada, tudo o resto que dela deriva estará também, incluindo a vacina.
Nesse caso, aceitar a teoria microbiana porquê? Só porque é útil ao fabrico das vacinas?...
A ciência não se funda na verdade, funda-se em teorias. Que nada nem ninguém provou estarem certas mas que persistem enquanto derem origem a um negócio.
É com base na teoria do contágio que se «tratam» dezenas de doenças. Que se fabricam dezenas de vacinas. Que se levantam dezenas de novas teorias sobre dezenas de «novas» doenças.

- Como vai o investigador independente convencer elites e massas que estão todos a ser vítimas de uma ilusão colectiva?
Será possível?
Dar-se-á o caso de os mecanismos de lavagem ao cérebro funcionarem com tanta perfeição?
Poderá uma minoria - apenas porque pensa - ver os problemas com mais lucidez do que um exército de técnicos, médicos, engenheiros, economistas, etc.- incapazes de pensar ou auto-condicionados para pensar só o que o sistema consente que eles pensem?
E se - para exemplo - a leucemia felina fosse mais uma das «histórias da carochinha» que às dezenas nos contam os prémios Nobel da Medicina, da Ciência, da Biologia para a gente acreditar?
2.
Do «Diário de Notícias» transcreve-se a notícia:
«A leucemia do gato é contagiosa para os outros gatos, tal como todas as doenças contagiosas de origem virulenta - foi a conclusão a que se chegou num estudo sobre gatos que uma equipa de veterinários e cancerólogos americanos realizou em Nova Iorque.
Foi a primeira vez que se examinaram tantos gatos conjuntamente - mais de dois mil - e a equipa, dirigida pelo médico veterinário William Hardy, especialista de cancerologia animal, conseguiu determinar os períodos em que este contágio entre animais é frequente. Em primeiro lugar, durante lutas, através de dentadas e arranhadelas. Depois, no período de acasalamento.
Os dejectos dos gatos leucémicos são igualmente suspeitos de serem portadores de agentes de transmissão da doença. O vírus da leucemia felina (FELV) encontra-se ainda presente na saliva e na urina dos animais. Recomenda-se nomeadamente, prevendo os riscos de contágio pelos dejectos, que se utilizem recipientes diferentes, quando se tem varios gatos e não uma única caixa de serradura.
Examinando 1462 gatos procedendo de lugares onde não existia leucemia, os cancerólogos apenas descobriram o vírus em dois animais. Mas no sangue de 543 gatos que viviam num ambiente contaminado pelo FELV, os cientistas detectaram o vírus em 177 animais.
Em 148 destes, quase 24 por cento morreram nos seis meses seguintes, devido a uma leucemia ou por grave anemia provocada por vírus. Os trabalhos daqueles cancerólogos e veterinários mostraram, assim, que nos animais suspeitos, a frequência de leucemia felina é 900 vezes maior que ordinariamente.
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MACROBIÓTICA 1992

cdqc -1> tese pedagogia da saúde - autoterapia

13-9-1992

CARTA A UM DOENTE QUE SE QUER CURAR PELA MACROBIÓTICA

Você que, por motivos de saúde, decidiu procurar a macrobiótica, deve levar em consideração algumas verdades fundamentais para que a mudança de hábitos alimentares possa, de facto, conduzi-lo à cura da sua doença e à resolução dos seus problemas.
De vez em quando, deverá reflectir nestes pontos que deixamos à sua consciência para que sobre eles reflicta. Ou vá reflectindo. Em uma filosofia prática como a dialéctica yin-yang, o gerúndio é sempre preferível aos outros modos verbais. Dura no tempo.

Curar pelas energias é abrir o diafragma da compreensão e do discernimento (Oshawa).
Reflectir sobre os próprios problemas, na perspectiva macrobiótica, é realizar um acto de autognose que, por si só, representa meio caminho andado para a cura.
Comendo o que a macrobiótica indica, começará a «ouvir», a saber ouvir melhor o que o organismo tem para lhe dizer, as queixas do que se queixa e as reacções (curativas) que ele irá realizando. É da sabedoria taoísta que os órgãos falam.
Resulta daqui , deste postulado - escutar-se a si mesmo - que a sua atitude em relação à doença deverá mudar radicalmente: não é só e já ao médico ou ao terapeuta que deverá ir pedir conselho e receita, mas a si próprio.
Ao assumir a responsabilidade de ser quem é, através da macrobiótica , terá que ser o primeiro grande responsável pela sua própria saúde, pela sua própria doença, sem (des) culpar delas o destino ou outro fantasma do nosso ancestral fatalismo.
Terá que perceber, aguçando a autocrítica, os alibis que você próprio irá procurar para fugir à responsabilidade de ser você mesmo o responsável de você mesmo.
Esta responsabilidade irá crescendo à medida que a sua liberdade ou libertação pela macrobiótica for também crescendo. Em Noologia, liberdade e responsabilidade são proporcionais.
A macrobiótica é uma forma de se iniciar no caminho da sua iniciação, da sua autolibertação, da sua crescente independência e autosuficiência.

Nada se faz que não se pague e para receber é preciso dar.
Aplicando à prática yin yang este princípio da lei universal, conclui-se que, para receber benefícios, melhorar a sua saúde e fazer recuar a doença, você terá que dar alguma coisa. Mas dar a si mesmo, sabendo que está a dar à ordem cósmica. E da ordem cósmica receberá então, em troca, o que lhe deu, normalmente com juros.
Costuma dizer-se que pela alquimia alimentar do yin yang se tenta pôr a nossa contabilidade cósmica, o deve e o haver energéticos, em dia.
Ao dizermos dar, queremos que entenda: não se trata tanto de bens materiais (embora o egoísmo e a avareza sejam também doenças piores do que o cancro) mas de uma entrega moral e espiritual (energética) ao sistema yin-yang, ao princípio único que rege a ordem do universo, a divina ordem do universo.
A gratidão pelos resultados que for obtendo com a macrobiótica é uma forma de dádiva, de oferenda aos deuses (energias). A pequena ou grande ajuda a outros doentes que precisam de ajuda é outra forma de dádiva que o melhorará a si.

Todos temos o dever de ser professores de saúde.
Quando alguém lhe disser que não está doente, que nunca foi doente, que não se sente doente, saiba você que encontrou talvez uma das pessoas mais doentes: porque todos nós o somos e não sabê-lo, ou não querer sabê-lo, é a doença mais incurável. Cegueira de consciência lhe chamam alguns.

Quando um terapeuta resolve dizer a alguém que a consulta é grátis, significa que lhe está a pedir muito mais do que dinheiro: está a pedir a sua colaboração no trabalho de ajudar os outros. É a grande cadeia cármica de causa e efeito.
Como já reparou, estamos sempre a falar desse princípio da lei universal, conhecido por carma, para lhe dizer que tudo se liga a tudo, que nada se perde e tudo se transforma (Lavoisier) , que tudo o que fizermos pelos outros o faremos por nós próprios (postulado da interdependência) e que a grande , a maior doença é o egoísmo, nas suas formas de ingratidão e arrogância .
Dirá você que, nesse caso, o panorama dos actuais macrobióticos é de doença generalizada. Tem com certeza razão. É verdade. Receberam muito e não deram nada ou deram muito pouco. Mas isso não põe em causa o sistema yin-yang, nem a filosofia macrobiótica. Na medida em que receberam sem dar, em que se serviram sem servir ninguém, em que perverteram e inverteram a ordem cármica, a macrobiótica está contribuindo, em numeroso grupo de pessoas, para a subversão infernal das suas almas, ao mesmo tempo que lhes enche os bolsos de dinheiro. Dupla perversão que os cristãos conhecem por «pecado mortal». Não há meio termo entre mundos supernos e mundos infernos: quando não se sobe para um está a descer-se para o outro.
Resistir à vertigem desta atracção para os infernos é, neste momento, uma das grandes obrigações do «iniciado» em Noologia, quer dizer, aquele que soube a tempo compreender a macrobiótica como um meio de atingir um fim - a melhoria da ordem cósmica - e não como um fim.

A partir de agora e de acordo com as primeiras indicações alimentares que receber, a sua cura dependerá de si, é um acto voluntário e participado, é uma nova aventura espiritual (energética) que começa, uma aposta em que aposta, uma chance de evoluir que aceita e aproveita.
Terá para isso, além de comer certo, à luz do yin-yang, que pensar, ler, dialogar, compreender, sentir e pressentir o seu próprio corpo até onde ele confina com a sua alma. Terá que ser o sismógrafo sensível de si mesmo e de tudo o que se passa em si, com os outros e à sua volta.
É o fim de um autismo energético secular. Deverá ser o fim.

Procurar um terapeuta macrobiótico é apenas um dos caminhos que se colocam a uma pessoa que adoece, mas nem sempre é o caminho mais seguro.
Porque não poderá delegar unica e exclusivamente num terapeuta - nem que seja o maior crak do mundo - o problema da sua saúde e o destino da sua vida que intima e energeticamente com ele se relaciona.
Nenhum terapeuta, mesmo o mais competente e famoso, poderá por si resolver um problema que depende de mil e um factores entrelaçados ao longo do tempo e todos os dias.
A sua liberdade ou auto-libertação cresce à medida que você dispensar a autoridade de outras dependências, seja ela a do médico, seja ela a da medicina.
É o sistema yin yang que cura e não os que praticam ou ensinam o sistema. O trabalho de cada um é, portanto, aproximar-se do yin-yang, através da energia alimentar, servindo-se para isso de quem o ajuda e orienta.
É o trabalho alquímico da iniciação.
O seu trabalho enquanto doente é aprender, com quem lhe ensina, a trabalhar como ele a dialéctica yin-yang.

O fenómeno saúde/doença excede médico e medicamento. O médico não poderá , em poucos minutos de consulta, resolver um processo de milénios e que se foi complicando, ao longo dos anos de vida, mercê de diversos factores somados e multiplicados, que podemos resumir em um só factor: energias perversas, energias contra a ordem do universo, energias dos mundos infernos por oposição a energias supernas.

A génese ambiental da doença, só notada em princípio pelos pioneiros da Ecologia Humana, é hoje reconhecida pelos organismos internacionais que tutelam a saúde, nomeadamente a Organização Mundial de Saúde.
Mas pouco mais do que isso. Nunca se passa, na cultura ocidental, do conhecimento teórico para uma prática efectiva.
A evidência da causa ambiental para a maioria das doenças coincide com os princípios da mais antiga medicina ecológica, a Acupunctura, ramo da mesma árvore yin-yang que deu origem à moderna macrobiótica de Jorge Oshawa e Michio Kushi.
A causa ambiental da doença leva à necessidade de efectuar um primeiro diagnóstico «ecológico», quer dizer, detectar os factores de ambiente (o que se respira, bebe, come, etc..) que podem ser responsáveis por determinados sintomas.

Trata-se , repetimos, na aprendizagem macrobiótica, de formar estudantes de saúde que serão, por sua vez, professores de saúde.
Fundamental para um professor de saúde, siga ele o curso profissional que seguir, dentro ou fóra das alternativas médicas, é a Ecologia Humana, matéria de várias fronteiras e de vários interfaces energéticos, espécie de placa giratória de todas as ciências noológicas.
Por gratidão com a ordem do Universo, queremos que você seja já um estudante de saúde e dentro em breve um professor de saúde.

Você deve saber que os principais obstáculos à técnica macrobiótica não são limitações dela própria , embora tenha algumas, como todas as técnicas, mas resultam da inércia inerente aos hábitos enraizados de todos nós.
O que inviabiliza, muitas vezes, uma cura macrobiótica são factores:
de ordem pessoal ( querer ou não querer, ter ou não ter fé na ordem energética do universo) ,
de ordem familiar (os conceitos e preconceitos dos que rodeiam o doente)
de ordem social, nomeadamente a contra-informação que diariamente é vomitada pelos órgãos mediáticos de intoxicação colectiva que se encontram, como é óbvio, ao serviço dos interesses económicos das internacionais dos venenos e não ao serviço da sua saúde, da sua vida e da sua liberdade.
Falando de intoxicação, deverá sublinhar-se um dos principais obstáculos à cura macrobiótica: a intoxicação e monodependência dos medicamentos, que exige um trabalho difícil e melindroso de «desmame da droga» como se diz em gíria toxicológica.

A partir do momento que encontrou a macrobiótica, você deixa de ser um doente para passar a ser um estudante de saúde, um aprendiz de saúde, um professor de saúde.
Mais: encontrou a Macrobiótica ou foi a Macrobiótica que o encontrou a si?
Eis uma questão que dará para reflectir ao longo da vida.
A experiência levou alguns a pensar que ela é uma oportunidade que aparece às pessoas quando e conforme estas a mereçam ou não. Quando claramente, sob mil e um pretextos, sob mil e um alibis, alguém claramente a rejeita, é melhor mesmo não insistir, deixar entregue ao seu destino quem tem outro destino marcado.
Se a desculpa, por exemplo, é por não gostar de algas, ou porque o arroz integral leva muito tempo a cozer, ou porque se bebem poucos líquidos e se comem poucas frutas, não vale a pena insistir.
Você terá que distinguir (discernir):
se a macrobiótica surge na sua vida como a sua grande oportunidade de mudar, como aviso de um outro destino e um sinal de outra esperança,
ou se surge como um mero acaso.
Como não há acasos... (postulado da Noologia)
Terá que perceber se ela surgiu porque você se tornou merecedor disso ou se ainda não está preparado moral e espiritualmente (energeticamente) para a receber.
Se concluir que foi a sua oportunidade, deverá ficar, como tal, grato a esse encontro, a essa oportunidade que o destino lhe dá.
Daqui resulta que deve fazer a sua cura macrobiótica como fé, como opção livre e responsável que você toma e assume completamente. Enquanto um novo sistema de cura não for descoberto, pode estar certo de que o yin-yang é, até hoje, o mais próximo da verdade divina. Suficientemente testado pelos milénios para precisar de outras provas.
Não somos nós, os aprendizes, que o afirmamos, mas a prática antes e depois de Oshawa. Experiências anteriores à sua , que agora vai iniciar, o provam. Deve beneficiar delas e também de uma atitude de gratidão. Esta palavra surge nos livros de Oshawa e Michio Kushi como um sintoma curativo. Sem a retribuição moral (energética) do que se recebe, não haverá cura.
Por isso lhe dizemos: terá que ser grato à ordem do universo, compreender as suas leis fundamentais, estudar as suas relações com ele e agir de acordo.
Você é livre de não o fazer, claro. Como é livre de estar a ser doente. Mas nesse caso não poderá queixar-se das doenças que tiver, que serão então ( parcialmente?) obra sua e da sua vontade. Ou inércia.
Ser doente ou estar doente pode ser uma opção. Mas se encontrou a Macrobiótica é porque deseja mudar de um estado dependente para um mais independente, da servidão para a libertação, de um estado mais doente para um menos doente.
É porque deseja iniciar o seu movimento alquímico a nível do corpo, da alma e do espírito.

É a altura de lhe lembrar que nada é definitivo, absolutamente bom ou absolutamente mau (postulado da relatividade), absolutamente yin ou absolutamente yang.
Na medicina yin-yang tentamos tornar as coisas mais compreensíveis falando sempre na flexibilidade, na elasticidade yin-yang, da qual Michio Kushi dá tantas vezes a imagem de uma «bola de borracha» saltitante.
Preferimos que diga connosco: em vez de «estou doente», dizer «estou com menos saúde mas queria ficar com mais saúde». Ou em vez de «não tenho saúde» dizer «queria ficar menos doente e ficar com um pouco mais de saúde».
O tempo, o estudo e a prática macrobiótica lhe ensinarão a importância destas aparentemente insignificantes nuances .

A natureza é que cura (postulado noológico).
Eis uma máxima universal, adoptada pelas novas correntes que se dizem inspiradas no sábio grego Hipócrates mas que também pode ser adoptada pelos que vão procurar informação (energia) à medicina yin-yang. A lei universal - tal como a lei da gravidade... - é igual em toda a parte.
Uma das provas da verdade energética da medicina yin-yang , se dessas provas precisasse, é exactamente a universalidade das leis em que se baseia, que não são teorias como as que enchem a ciência ocidental.
Esta universalidade das leis yin-yang torna pueril o argumento de alguns naturopatas ou alopatas empedernidos, de que se trata, na medicina taoísta, de «costumes extremo-orientais» que não poderão (sic) ser usados na Europa.
O facto de ficar na China o local onde a sabedoria yin-yang foi conservada e preservada desde há mais de 5000 anos, é um acidente geográfico, como aliás é comprovável por fragmentos que dessa sabedoria surgem através da história, emergindo na cultura tradicional de outros povos, entre os quais o português.
(Ver provérbios compilados por Maria João Baltar onde o yin-yang emerge da sabedoria tradicional portuguesa).

Alterar os hábitos alimentares exige um grande esforço, redobradas energias. Até porque nunca se sabe quando esses hábitos já se transformaram em vícios.
Nas nossas etapas de auto-cura há que levar em conta, portanto, essa inércia da vontade e do organismo. Saber que o doente deseja curar-se, pode não chegar. Pode ser que ele o diga, mas na alteração dos hábitos alimentares entram factores de ordem subjectiva - a vontade - mas também de ordem objectiva, involuntária e mesmo inconsciente que o próprio doente não controla.
Pode ser que a inconsciente aversão que todos nós temos à mudança de hábitos seja muito mais forte que o desejo consciente ou voluntário de mudança.
Não é, portanto, exagero dizer que o doente, muitas vezes, tende a fazer e a procurar o que lhe faz mal: esse masoquismo existe, de facto, integra a própria patologia e é um dos maiores obstáculos à cura por meios racionais e (eco)lógicos .
Não é por acaso que a medicina tradicional chinesa fala no estado de «perversão» dos 5 elementos, que consiste exactamente em o próprio organismo pedir (exigir) o que lhe faz mal e prejudica.
Entra-se então num círculo vicioso, situação comum em quase todos os doentes. O ciclo vicioso é tanto mais apertado e difícil de desatar quantos mais medicamentos e alimentos quimicalizados o doente tiver consumido.
Embora só se fale de toxicodependência em relação a estupefacientes e outros produtos que produzem forte viciação, há hoje um dado adquirido e indiscutível: todos os químicos - nos medicamentos, solos (alimentos), água e ar - produzem uma situação que é de ciclo vicioso e perversão (energética) quando não é de clara habituação ou dependência.
Dependência que atacando, fundamentalmente, os centros cerebrais da vontade, da inteligência e da decisão do doente, o tornam mentalmente surdo a qualquer recomendação ou conselho em que a retirada desses hábitos esteja em causa.
O tornam mentalmente surdo a tudo o que está dito nesta carta.
Dificilmente o doente ultrapassará esta etapa, se não consciencializar, apelando às suas melhores energias - corpo, alma e espírito - que está inconscientemente condicionado pela química e que a química é, na escala vibratória, abaixo do corpo: é uma energia infrahumana. A energia dos mundos infernos por oposição aos mundos supernos.
Há, portanto, uma desintoxicação mental (energética) a fazer, talvez mesmo antes da desintoxicação física.
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SAYAGO 1990

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13-9-1990

O ESTADO  DO PLUTÓNIO ?

Referências para localizar data:
- Plano Energético Nacional em discussão
- Ameaças de central nuclear para 1995
- Financiamento português de Sayago

Na perspectiva do realismo ecologista, o  nuclear não se discute - julga-se .
Por isso não aceitamos um «pluralismo energético» agora proposto a debate por um  Plano Energético Nacional, fundado em estimativas e pressupostos totalmente falsos. Ao que consegui apurar, a participação crítica do Prof. Delgado Domingos na elaboração desse projecto foi magicamente abolida da versão agora vinda a público, quer dizer, censurada .
De qualquer modo, não devemos temer as ameaças nele contidas de centrais nucleares para Portugal. Graças à crise de governo perpétua (que tudo permite no campo da industrialização pesada), não haverá central nuclear nenhuma, pura e simplesmente porque tão pesada asneira o País não aguenta.
Ameaças que se ouviram de uma central para 1995 são inverosímeis. A participação portuguesa de quase 50% no financiamento da central espanhola de Sayago, essa sim, essa é que terá de ser matéria para ampla discussão pública, escândalo que foi abafado e «dossiê» que tem de ser reaberto. A energia nuclear é defendida apenas por interesses que, nada tendo a ver com a resolução de crises energéticas, ou com qualquer outra necessidade real e inadiável do País, muito menos serve a segurança e qualidade de vida dos portugueses.

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