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2006-08-30

PARAPSICOLOGIA 96

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CIÊNCIAS PARAPSICOLÓGICAS - UM CURSO INÉDITO EM PORTUGAL

Lisboa, 1 de Setembro de 1996 - As ciências do maravilhoso deixaram de ser secretas e ocultas para se tornarem vedetas nos órgãos mediáticos de grande difusão pública (TV, jornais, rádio). Mais do que uma moda, o interesse crescente pelas ciências do extraordinário corresponde a uma vaga de fundo. Há quem fale da nova Era do Aquário, atribuindo a influências cósmicas a transmutação previsível e necessária para sair do atoleiro planetário.
Não tivemos em Portugal um «boom» editorial como se verificou no Brasil, nem a proliferação de grupos e actividades, nem mesmo a publicação de várias revistas consagradas aos temas paralelos. Mas muitos livros se publicaram, algumas revistas houve e, regularmente, os grupos vão aparecendo ou desaparecendo.
Todo este movimento não teve até agora uma directa correspondência na esfera do ensino. Não se compreende que uma tão vasta área de técnicas e conhecimentos continue ausente das nossas escolas secundárias e superiores. Ou antes, compreende-se: é hábito do português carpir-se do que não há ou não tem, mas quando alguém ousa fazer chovem as críticas e as hostilidades.
Alheia às críticas do costume e aos velhos do Restelo sempre a pregar a desistência, a Escola Superior de Biologia e Saúde achou por bem tomar a iniciativa de lançar, já no próximo ano lectivo (1996-97), um Curso de Ciências Parapsicológicas, correndo todos os riscos de uma iniciativa desta envergadura. A ESBS vai ser a primeira, também neste campo, a desbravar novos caminhos de formação técnica e pedagógica, como já, desde o ano passado, o foi no campo das medicinas naturais, as quais dotou com estatuto de Ensino Superior.
Inédito em Portugal, um Curso de Ciências Parapsicológicas dará oportunidade aos mais jovens e aos menos jovens de seguir uma carreira profissional que alia o gosto de aperfeiçoar e afinar capacidades espirituais aos interesses de melhoramento e sucesso material.
Usa-se e abusa-se, hoje, da palavra espírito, poucas sendo as iniciativas que, de facto, concorrem para cultivar e desenvolver essa zona esquecida do ser humano. A determinação da ESBS neste objectivo de qualidade é absoluta e intransigente.
Reinaldo Baptista, director da ESBS
Afonso Cautela, director do Curso
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HEALTH FOOD 93

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DOSSIER «HEALTH FOOD» - FAÇA VOCÊ MESMO

COMO FAZER PÃO
Farinhas tradicionalmente usadas em Portugal: trigo, milho e centeio.
Se se usar mais de uma farinha, misturá-las antes de juntar o sal e o óleo. Enquanto se torna a misturar, não deixar encaroçar.
Molhar as mãos, juntar água à farinha e começar a amassar. Quando se sentir a massa homogénea e elástica, cobri-la com um pano de (algodão ou linho) húmido. Deixar a repousar toda a noite. De manhã, trabalha-se outra vez e de novo se deixa a respousar. Ao fim de poucas horas, fazer os pães. Pousar no tabuleiro sobre folhas de vide ou figueira, ou espalhar sobre o tabuleiro um pouco de farinha ou óleo. Quando a cozedura estiver completa deixar repousar ao ar livre, arrefecendo e perdendo humidade. Pronto a comer.

COMO FAZER NIGARI
Espécie de salmoura, usada tradicionalmente na confecção do Tofu.
Humedecer sal em água quente. Encerrar esse sal húmido num saco de pano de algodão que se suspende num local sem luz. O líquido que for escorrendo é o NIGARI. Atenção: não utilizar sal tostado, pois ao tostá-lo é eliminado o magnésio que, justamente, vai dar ao NIGARI a força contrativa.

COMO FAZER PICLES
Os Picles contam com três factores de ianguização dos vegetais com que são feitos: sal, tempo e pressão.
Podem fazer-se picles de sal, miso ou tamari. Vegetais mais uasados: cebolas, rábanos, rabanetes, nabos, cenouras, couve repolho, couve-flor. Cortar em palitos e dispor em camadas intercaladas sal/tamari/miso em recipiente de paredes verticais de madeira, vidro ou loiça. Colocar placa ou peso na camada de cima, de modo a que a preparação fique sujeita à maior pressão possível. Se os vegeatis se deteriorarem ou apodrecerem, é sinal de que o sal (tamari/miso) foi insuficiente. Um picle nunca deve ter menos de duas semanas, mas quanto mais tempo tiver mais activo será.

COMO FAZER PIPOCAS
Deitar uma colher de óleo no tacho. Quando estiver quente, meter um punhado de milho-pipoca e pôr a tampa. Quando se começar a ouvir o milho estalar, baixar o lume e agitar a panela de vez em quando, segurando a tampa com os polegares. Quando o milho estiver todo aberto, abrir o recipiente e temperar com sal ou gomásio. Pode fazer-se também doce, juntando malte, geleia, etc.

COMO FAZER SEITAN
Foi introduzido no Japão por monges budistas vindos da China.
Amassar farinha de trigo moída não muito fina, como se se trabalhasse para pão só que mais húmida. Deixar repousar por cerca de 45 minutos. Retirar um bocado de massa e, depois de mergulhar as mãos num recipiente com água, começar a manuseá-la. O amido começará a flutuar e a escapar-se da massa, que irá ficando cada vez mais elástica. Quando esta água estiver demasiado branca e grossa, passar a uma nova, guardando a primeira para sopas, doces ou pão. Deixar que a massa obtida escorra durante meia hora num passador. Cortá-la em «bifes» e cozê-la em água e tamari. Pode guardar-se o que que não quiser utilizar-se imediatamente.

COMO FAZER TAHIN
Usa-se para molhos ou para barrar pão.
Uma chávena de sementes de sésamo lavadas e tostadas. Uma pitada de sal tostado, opcional. Uma colher de chá de óleo de sésamo tostado (deitá-lo num tacho bem aquecido previamente: tostará de imediato). Misturar tudo num almofariz e moer até constituir uma pasta. Antes de consumir, fervê-lo num pouco de água. Ao desligar o lume, juntar uma colher de sopa de miso e misturar bem. Se juntar o miso é desnecessário o sal.
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HIPERTENSÃO 93

93-09-01-= alquimia alimentar - etapas-1- ea- etapas da auto-cura - dossiês da imunidade 93

HIPERTENSÃO NA MENOPAUSA:
CUIDADOS ALIMENTARES GENÉRICOS

1/9/1993 - Qualquer naturoterapeuta pode receitar bons «medicamentos» homeopáticos ou biológicos para baixar a tensão, mas nenhum deles se lembrará, com certeza, de lhe indicar a causa principal da hipertensão na menopausa, para a qual a Macrobiótica tem uma explicação bastante simples e lógica: se o sangue da menstruação servia, todos os meses, para eliminar uma grande carga de toxinas da alimentação cárnea e ovo-láctea, se a menstruação pára, esse fluxo deixa de se fazer e a tensão, inevitavelmente, sobe. Para lá de todos os remédios hipotensores (para baixar a tensão), a questão principal reside em não produzir grande quantidade de toxinas no sangue, reduzi-las ao mínimo e permitir a sua eliminação por outros órgãos excretores, fígado e rins. Para isso, há que pensar nestes dois sacrificados órgãos, também, o que nenhum dos médicos indicados lhe irá também dizer.
É o momento de levar mesmo a sério todas as indicações da Macrobiótica, mesmo depois de se ter a receita de qualquer deles:
- Suprimir produtos cárneos e de origem láctea
- Aumentar, substancialmente, as folhas verdes, sob todas as formas
- Sopas de legumes com bastante cebola
- Cebola sob todas as formas, para transformar a condição ácida em condição menos ácida (mais alcalina)
- Sal, nem vê-lo: quando muito, associado ao gergelim (gomásio ou gersal)
- Pouquíssimo pão e branco nenhum, cria muitos mucos, que irão engrossar o sangue
- Um fluidificador do sangue é a Lecitina, que existe no mercado em boas marcas, embora um pouco caras
- Não esquecer nunca o fígado e, portanto, cortar definitivamente, tudo o que o maltrata, nomeadamente fritos, ovos, requeijão, cargas proteicas
- Um alimento-medicamento é o Alho (hipotensor) mas não se pode abusar dele, especialmente quem tiver fígado sensível e sobrecarregado: um dente por dia, no máximo, em duas ou três vezes
- O Espinheiro Alvar, sob a forma de Xarope ou Cápsulas, de uma boa marca que exista no mercado( os produtos da Biocol, por exemplo)

- O resumo é este: se quiser curar-se, acho que devia comer uns tempos em um restaurante que produza comida vegetariana macrobiótica bem feita (macrobiótica, aqui, significa, entre outras coisas, dispensa de ovos, lacticínios, açúcar, crus, etc)
O grande problema quando se suprimem as proteínas «perigosas» (as que deixam resíduos ácidos mais fortes e abundantes) - carne, ovos, leite e lacticínios (todos, especialmente queijos e manteiga), é que proteínas comer: a macrobiótica já dá uma resposta, mas há que ir procurar esses produtos e não são, evidentemente, baratos: há o Tofu (Queijo de Soja), há o Tempeh (o melhor de todos os derivados da Soja) mas só alguns restaurantes é que servem (e raramente), e há o Seitan (gluten do cereal). É com estes três produtos que o problema das Proteínas tem que ser resolvido. A tal «soja» floculada é, como tenho dito tantas vezes, uma fraude alimentar, muito yang, ainda por cima, (hipertensor) e sem que alimente nada.
Todas estas indicações e outras que se podem «catar» nos livros de macrobiótica visam, quase sempre, resolver um problema de eliminação, ou antes, um excesso de produtos de eliminação(toxinas) provocados por ovos, leite e carnes. A macrobiótica não é solução para tudo: mas é, até agora, o estilo alimentar que responde, de maneira prática, global, eficaz, a uma série de carências e dificuldades do metabolismo. É dentro da Macrobiótica - embora fazendo sempre as correcções necessárias, aconselhadas pela prática, que se podem encontrar algumas soluções para alguns problemas de saúde.
Em todos os problemas, incluindo os de tensão alta, vão no sentido correcto os alimentos, suplementos, produtos ou medicamentos naturais que ajudem a:
- Eliminar melhor os resíduos do metabolismo (para impedir que vão dar ao sangue)
- Fluidificar o sangue
Não é seguro que a vitamina E seja aconselhável em caso de hipertensão: por um lado ajuda os problemas genitais, mas, por outro, pode ajudar a fazer subir a tensão.
De lembrar sempre, em todos os casos em que haja sal e gordura no organismo, é o Chitaki, cogumelo japonês que há nas lojas macrobióticas, para eliminação do sal no organismo: em princípio, aconselha-se um Chataki por dia. Cozido em pouca água, durante 10 minutos, pode comer-se com a água da cozedura.
O célebre Rábano Negro, em casos de hipertensão, é também importantíssimo: a questão está em encontrar uma embalagem (marca) de confiança. Na falta do Rábano Negro, devem andar sempre na refeição diária todos os da família: Nabo, Rábano, Rabanete, ralados ou em sumo, mas também cozinhados.
Dentro dos Oligoelementos, nunca deverá abandonar-se o enxofre, pelo menos uma vez por semana.
As pessoas deviam ouvir, de vez em quando, o que a Macrobiótica diz e deviam dar prioridade à saúde. Ou seja: deviam interessar-se o mínimo pela lógica destas coisas e agir de acordo com essa lógica. Estudando, perguntando e aprendendo sempre - com a prática, primeiro e com os livros (poucos, alguns) depois.

[legenda do gráfico] Este quadro de glândulas digestivas e respectivos enzimas tem importância, no teu caso por duas razões: 1) facilitar a digestão completa dos alimentos e, portanto, evitar maior espessamento do sangue: a presença de enzimas na alimentação, as que o corpo produz e as que os alimentos levam, é portanto essencial no metabolismo (assimilação-desassimilação)
2) A maior parte da alimentação é completamente «cega» de enzimas e o organismo tende a produzir cada vez menos e de menor qualidade (o caso da saliva, por exemplo, uma das barreiras que defendem a imunocompetência do corpo): tudo isto agrava também o espessamento do sangue.
A Macrobiótica tem o maior número possível de alimentos com Enzimas, só resta escolher os que melhor se adequam a cada caso: Picles naturais, Chucrute, Tamari (Molho de Soja), Miso, Vinagre de Arroz.
Porque é que todos os (lacto) Fermentados recomendados pela Macrobiótica são importantes? Porque ajudam a dissolver ácidos gordos e impedem, portanto, que eles se depositem em órgãos de eliminação como o Fígado e os Rins. É preciso procurar, nos picles, vinagres e chucrutes à venda, os menos ácidos, pois o sabor Ácido é, entre os Cinco sabores, um dos necessários (imprescindível) mas, como tudo, moderadamente.

A noção-chave de terreno orgânico nem sempre é claramente entendida pelo praticante da auto-terapêutica: quando, por exemplo, se aconselha, para a asma brônquica, o ar do mar rico em iodo ou o ar de montanha rico em iodo, estamos a falar de factores ambientais que podem melhorar a situação mas que não ajudam em profundidade o terreno orgânico. Ao preferir essas melhoras superficiais, você deve saber que elas valem e que não está ainda a agir em profundidade. Chamamos a sua atenção para as páginas deste guia onde lhe falamos dos níveis de profundidade a que o tratamento pode ser realizado.
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Se está disposto a subir a escada que lhe propomos, o degrau indispensável é aprender a conhecer os alimentos e saber escolher. Saber escolher é saber viver. No geral e como 1ª fase, a aperfeiçoar posteriormente, poderá fazer a experiência de nível intermédio, procedendo a algumas substituições, [ como um dos opúsculos publicados pela Natiris Biológica indica:
«Substituir o açúcar branco por mel puro, açúcar mascavado ou melaço
Substituir o vinagre por vinagre de cidra ou Cilacto
Substituir o sal vulgar por sal vegetal
Substituir as massas vulgares por massas integrais de soja ou vitaminadas
Substituir o arroz branco por arroz integral
Substituir as bebidas gasosas por água mineral, chá de ervas, sumos

Fazer do alimento o medicamento ou, pelo contrário, comer apenas por puro prazer e (des)orientado unicamente pelo paladar superficial, é a grande escolha de fundo a fazer pelo candidato à cura. Questão que deve ficar completamente esclarecida no seu espírito e sobre a qual não deve haver quaisquer dúvidas: uma coisa é o objectivo de cura (que em princípio só interessa a quem esteja doente) e outra coisa é o alimento entendido como puro prazer, hábito ou vício. Não estamos - compreende-se - a dizer que uma coisa é boa e outra é má: são coisas completamente diferentes. À luz do livre arbítrio individual, é evidente que não há normas ou ordem alimentar nenhuma a impor. No momento em que o indivíduo tem um problema e se decide pela cura natural, então aí sim, deverá receber e praticar normas para obter determinados resultados.
Daquele princípio fundamental - faz do alimento o teu medicamento - decorre um outro não menos importante: a determinadas causas correspondem determinados efeitos. Nunca um professor de saúde dirá «faça isto ou faça aquilo» mas sim: «se fizer isto, terá estes resultados e se fizer aquilo (o oposto) terá aqueles outros resultados (opostos). Compete a si escolher: não pode é, esquecido deste princípio inalienável de causa-efeito, querer resultados A com o tratamento B ou viceversa. É impossível alterar as leis inalteráveis da lógica causal. E não vale a pena avançar para etapas seguintes, enquanto esta não for, no seu espírito, uma componente tão natural como respirar.
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