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(1933- ):
CURRÍCULO PROFISSIONAL
[31-12-1997]
Jornalista de profissão há 32 anos (desde 1965), Abel Campos ( A.C.) nasceu em Ferreira do Alentejo, a 19 de Fevereiro de 1933.
Tem o curso do Magistério Primário pela Escola do Magistério Primário de Faro.
Trabalhou como revisor de provas tipográficas, na editora Ulisseia, em 1964-65 e como tradutor-redactor na redacção da Agência France Press em Lisboa (1979-81). Traduziu livros do francês para as editoras Vega, «O Século», Estúdios Cor e Arcádia.
Entre 15 de Abril de 1960 e 15 de Abril de 1964 trabalhou para a Fundação Calouste Gulbenkian, Serviço de Bibliotecas Itinerantes, tendo sido bibliotecário em Tavira (Sotavento Algarvio) e Cuba (Baixo Alentejo).
Organizou e dirigiu colecções de livros para várias editoras e foi ele próprio editor. Produziu dois jornais: «Frente Ecológica»(15 números em ano e meio) e «Ecologia em Diálogo» (4 números).
Interessado pelas medicinas ecológicas tradicionais, frequentou cursos «ad hoc», em Lisboa, tendo obtido diplomas nos de «Naturopatia», «Técnicas Médicas Alternativas», «Terapêuticas Orientais, «Massagem Oriental», «Acupunctura» e «Macrobiótica».
Participou na direcção de duas associações de alimentação vegetariana: a Sociedade Portuguesa de Naturologia(em 1967) e a Cooperativa Unimave (em 1985).
No âmbito do movimento ecológico português, realizou dezenas de colóquios e conferências em diversos pontos do País, nomeadamente escolas de vários níveis de ensino, desde o infantil ao universitário.
SÍNTESE DO CURRÍCULO POR ACTIVIDADES (1960-1990)
PROFESSOR
Em 1956, completa com 14 valores o Exame de Estado na Escola do Magistério Primário de Faro, exercendo a actividade de professor do Ensino Primário, durante dois anos a meio, nas escolas de Moura, Ferreira do Alentejo e São Luís de Odemira.
Na Escola do Magistério Primário de Faro, dirigiu e organizou o jornal «Escola Nova», órgão da Associação de Estudantes, da qual foi presidente da direcção.
COLÓQUIOS E CONFERÊNCIAS (ANIMADOR CULTURAL)
Entre Abril de 1974 e Dezembro de 1983, a convite de escolas, associações culturais, grupos de ambiente, centros médicos e de saúde, clubes rotários, etc., realizou dezenas de colóquios, palestras e intervenções, em diversos pontos do País, tais como: Almoster, Aveiro, Beja, Caldas da Rainha, Cacém, Coimbra, Estremoz, Évora, Ferrel, Figueira da Foz, Lagos, Leiria, Lisboa, Montijo, Peniche, Portalegre, Portimão, Porto, Porto Salvo, Rio Maior, Sacavém, Santarém, Setúbal, Vila Nova de Gaia, Vila Viçosa.
Em 1975, organizou o I e II Encontro do Movimento Ecológico em Portugal, tendo fundado, em Janeiro desse ano, com outros cinco elementos, a associação «Movimento Ecológico Português».
Em Março de 1977, participou no II Encontro Nacional de Política Energética (LNEC), com um trabalho intitulado «O Crime Nuclear na Imprensa Portuguesa» e em 10 de Junho do mesmo ano no I Encontro de Coordenação Ecológica das Caldas da Raínha com uma proposta intitulada «Associação de Tecnologias Leves e Alternativas Ecológicas». Em 1981-82, participa activamente na plataforma Intergrupos e no MAD, movimentos liderados por Maria de Lurdes Pintasilgo e Teresa Santa Clara Gomes. Em 1985-86, faz parte da direcção da Cooperativa Unimave.
JORNALISTA PROFISSIONAL (CARTEIRA PROFISSIONAL Nº 107)
Como jornalista profissional, foi redactor de vários jornais diários, tendo começado no diário «República», para onde entrou em Abril de 1965.
Seguiram-se, sucessivamente, «Vida Mundial», «O Século Ilustrado», «O Século» (1968-1977), «Portugal Hoje» (Outubro de 1979-Junho de 1982) e «A Capital» (Setembro de 1982-Setembro de 1996).
PRÉMIOS DE JORNALISMO
Em 1973, Prémio Imprensa(menção honrosa) da Campanha de Conservação da Natureza e Defesa do Meio Ambiente. Em Setembro de 1986, o prémio da melhor reportagem do Festival Internacional de Cinema de Troia. Em Março de 1989, o prémio do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor para o melhor conjunto de reportagens. Em 1980, ganhou o prémio da melhor reportagem com a série publicada no jornal «Portugal Hoje» sobre «Artes e Ofícios que Ainda Vivem em Portugal». Por três vezes, ganhou o prémio da melhor reportagem sobre a Feira do Livro de Lisboa.
JORNALISTA DA RÁDIO
Iniciou a actividade radiofónica, em 1947-48, no Emissor do Liceu Pedro Nunes, de Lisboa, quando frequentava o curso liceal no Liceu de Camões, de Lisboa. Trabalhou depois como free-lancer na Rádio Voz de Lisboa.
Entre Junho e Novembro de 1976, realizou para a RDP - Emissora Nacional, Lisboa 1, um programa semanal em onda média intitulado «Meio Ambiente», às quartas feiras, pelas 22.30 (Ver «Frente Ecológica », nº 1). Desde Maio de 1980 a Outubro de 1982, realizou na RDP-Antena 1, às quintas-feiras, pelas 12.30, 10 minutos com o título «Ecologia em Diálogo».
ENTREVISTAS
No âmbito da Ecologia Humana, Higiene Alimentar, saúde do Consumidor e defesa do Ambiente, entrevistou, entre outros: Flávio Zanata, Josué de Castro, Serge Jurasunas, Indíveri Colucci, Ana Soeiro, Josefina Marvão, J. Santos Lucas, Correia da Cunha, Resina Rodrigues, Lobato Faria, Júlio Pistachini Galvão, Humberto Fonseca, Malato Beliz, Adolfo Gonçalves, Correia da Cunha, Adelino Amaro da Costa, Romeu de Melo, etc
Entre os médicos entrevistados, citam-se: Rocha Barbosa, Pires da Silva, Nuno Castelo Branco, António Almeida, Jorge Monteiro, J.J. Amaral Mendes, Paes de Souza, Manuel de Sá Marques, Menezes Brandão, Júlio Galvão, Lima de Faria, João Vital, J. Andresen Leitão, Mário Andrea, Adriano de Oliveira, António Carlos da Silva Santos, Almerindo Lessa, Vasco da Costa Ribeiro, Germinal de Matos, Maria de Lurdes Lévy, Caetano de Carvalho, Machado Macedo, etc.
Entrevistou, entre outras personalides de relevo internacional: Ivan Illich, Josué de Castro, René Dumont, Michio Kushi, Malangatana, Flávio Zanata, Eduardo Gageiro, escritor Fernando Arrabal, Herman José, Mário Palmério, Santiago Kovadloff, Iorgu Iordan, etc.
Personalidades ligadas ao cinema, entrevistou em Itália e Espanha: Pino Zac, Marcello Aliprandi, Javier Aguirre, Luís Gasca, José Maria Otero, José Luís Guarner, Ráfales Gil, António Pelayo; em Portugal: Manuel de Oliveira, José Fonseca e Costa, Fernando Lopes, Gonçalves Preto, Jorge Cabral, etc.
COORDENAÇÃO E DIRECÇÃO
Em 1952-54, durante o curso na escola do Magistério Primário de Faro, dirige e organiza o jornal «Escola Nova», órgão da associação de estudantes, da qual foi presidente da direcção durante esses dois anos.
Na revista «Vida Mundial» desempenhou o cargo de chefe de redacção, durante um ano.
Durante seis anos, organiza e dirige, no jornal «A Capital», a página semanal sobre defesa do consumidor, intitulada «Guia do Consumidor - Saber Escolher, Saber Viver»
Em Abril de 1973, organiza o jornal «Filgráfica», publicado ao longo dos oito dias deste certame industrial realizado na FIL.
Em 1974, é chefe de redacção da revista «Saúde Actual», cargo a que regressa em 1984.
SOBRE ECOLOGIA HUMANA E ALIMENTAR
No caso particular da Alcoolemia, doença social, analisada na perspectiva da ecologia humana, cita-se o ensaio escrito em Dezembro de 1973, «O Alcoolismo visto da Margem Esquerda», parcialmente publicado in «O Século Ilustrado».
Participou, como jornalista, em quase todos os congressos de medicinas naturais realizados em Lisboa, e também nos de Madrid e Benalmádena, de que publicou reportagens no jornal «A Capital».
REPÓRTER DA SITUAÇÃO AMBIENTAL PORTUGUESA
Para os jornais diários «O Século», «Portugal Hoje», «A Capital» e para o semanário «O Século Ilustrado», realizou reportagens, escritas e fotográficas, sobre património natural e cultural, em diversos pontos do País, sendo a listagem de A a Z como segue: Algarve, Almonda (rio), Alviela (rio), Barreiro (zona industrial), Beja (distrito de), Caldas da Rainha (concelho de), Cascais, Curia (Termas), Ferreira do Alentejo (concelho de), Faro (Ilha e Ria Formosa), Guadiana (rio), Leiria (concelho de), Lisboa, Moncorvo (Minas de ferro), Mondego (rio), Montijo, Moura, (Barragem de Alqueva em projecto), Óbidos (Lagoa), Oeste estremenho, Rio Maior, Sado (rio), Santarém, Sines (zona industrial), Sintra, Tomar e Rio Nabão, Torres Vedras, Urgeiriça (Minas de urânio), Vidigueira (concelho), Viana do Alentejo
Em reportagem pelo País, e como jornalista de «O Século», «Portugal Hoje» e «A Capital», percorreu algumas zonas «quentes» sob o ponto de vista ambiental, publicando séries de artigos sobre: Área de Sines, Ria de Aveiro, Lagoa de Óbidos, Estuário do Tejo, Rio Águeda, Rio Alcabrichel (Vimeiro), Rio Almonda, Rio Alviela, Rio Mondego, Rio Nabão, Rio Sado, Rio Sizandro, Rio Vouga, Rio Zêzere, Serra de Ossa, Fábrica de Cacia, Praia do Ribatejo, Maceirinha e Leirosa, Praia da Ericeira, Peniche, Mata de Leiria, Barão de S. João, distritos de Beja e Évora, Minas do Pintor, Minas da Urgeiriça, aldeias de Marvão e Monsaraz, etc..
Na editora Diabril, publicou o livro de reportagens «O Alentejo na Reforma Agrária» e, na editora Socicultur, «Ecologia e Luta de Classes».
Reportagens no estrangeiro, além dos festivais de cinema, realizou apenas, por duas vezes, reportagens na RFA (Hamburgo, Berlim, Munique, Estugarda, etc)
JORNALISTA «FREE-LANCER»
A primeira reportagem, como «free lancer», foi realizada na «Casa do Conto» (estivadores) em Lisboa, Cais do Sodré, e foi publicada no magazine «Mundo», onde também publicou reportagem sobre Beja.
De 1956 a 1960, organizou o suplemento «Ângulo», com Miguel Serrano e Domingos Janeiro, para o quinzenário «A Planície».
Em 1957, colaborou, a convite do escritor António Quadros, no jornal «57», «órgão da filosofia portuguesa».
Como «free-lancer», em 1957 organizou em Évora, com Madeira Piçarra, o jornal literário «Dom Quixote» (seis números).
Em 1970, organizou para o semanário «Notícias da Amadora», o suplemento «Desenvolvimento» (dez números) e para o «Diário do Sul» (Évora) o suplemento «Sul Expresso» (cinco números).
Entre Setembro de 1971 e 1979 manteve, como «free lancer», colaboração regular sobre temas do quotidiano, defesa do consumidor, higiene alimentar, no «Diário do Alentejo», onde publicou cerca de duas centenas de artigos.
ORGANIZAÇÃO E DIRECÇÃO ( actividade editorial )
De 1970 a 1971, dirigiu uma colecção de livros -- intitulada «Cadernos do Século» -- sobre temas ecológicos e prospectivos, na Editorial «O Século», de que foram publicados 13 números, o primeiro dos quais intitulado «O Mundo Contra a Fome» e o terceiro «O Suicídio da Humanidade-Ano Europeu da Conservação da Natureza».
Em 1972, dirigiu e organizou para a editora estúdios Cor, de Lisboa, uma colecção de temas também prospectivos - «Biblioteca do Ano 2000» - de que foram publicados 5 volumes, o segundo dos quais intitulado «A Química que Mata».
Em 1974, dirigiu e organizou para a editora Arcádia, de Lisboa, uma colecção de temas ecológicos - «Dossier Zero» - , de que foram publicados três volumes: «A Conferência do Terror-Estocolmo 72», «Os Últimos Dias da Terra» e «A Indústria do Ruído».
Em 1977, organizou e dirigiu para a editora Ulmeiro, de Lisboa, a colecção «Ecologia e Saúde».
Em 1977, a pedido da Associação Académica de Coimbra, organizou uma antologia de textos sobre vacinas, que saiu editado em Fevereiro de 1978, com o título «Vacinas em Tribunal - Documentos para o Processo».
ORGANIZAÇÃO E DIRECÇÃO ( jornais)
De Março de 1975 a Julho de 1977, dirige, organiza, redige, edita e distribui o jornal «Frente Ecológica», de que saíram 14 números.
De Junho de 1981 a Março de 1982, dirige, redige, imprime, edita e distribui o jornal «Ecologia em Diálogo».
AUTOR
Como autor de versos, publicou dois livros em 1960 e 1961, respectivamente «Espaço Mortal» e «O Nariz».
Com Serafim Ferreira, organizou para a editora Ulisseia, de Lisboa, em 1965, uma antologia, «Poesia Portuguesa do Pós Guerra», 2500 exemplares esgotados uma semana após terem entrado no mercado.
Em Novembro de 1976, participou no volume 3 da colecção «Ecologia e Sociedade» (edições Afrontamento, Porto) com o trabalho intitulado «Para um diagnóstico da realidade ecológica portuguesa» e, no auge da campanha contra a central nuclear de Ferrel em projecto, um opúsculo intitulado «A Burla Nuclear».
Dos livros publicados em editoras de Lisboa sobre temas de ambiente, ecologia humana, higiene alimentar e saúde do consumidor, citam-se:
«Depois do petróleo, o Dilúvio» (1974, Estúdios Cor)
«Da Natureza Romântica à Natureza ecológica» (1974, Editora Afrodite)
«Ecologia e Luta de Classes» (1977, Editora Socicultur)
«O Suicídio Nuclear Português»(1977, Editora Socicultur)
Livros em edição do autor, citam-se:
«Condições ecológicas para uma política de saúde (1974)
«As causas das doenças descobrem-se pelos sintomas» (1975)
«Contributo à revolução ecológica» (1976)
«Manifesto ecológico contra todas as drogas» (1977)
«Como é que os medicamentos nos tratam da saúde» (1977)
«A Idade Solar - Ivan Illich e Wilhelm Reich» (1977)
«O Tao e o Zen vistos por um Ecomilitante» (1977)
«Ecologia e Medicina» (1977)
«Viva a doença, Abaixo a Medicina» (1978)
«Essa ecologia de que somos Cobaia» (1979)
«Ecologia e descanso - as teses de Ivan Illich» (1980)
«Ecologia ou Cancro»
«55 indicações de base a quem queira curar-se pela energia»
EDITOR
Entre 1974 e 1981, editou dezenas de opúsculos na «Frente Ecológica- grupo de edições», quase todos de sua autoria, em diversas colecções como por exemplo: «Ciclo de Animação» (2 números), «Sine Qua Non» (2), «Mini-Ecologia» (10), «Bionergia Curativa» (3), «Manifesto Ecológico» (3), «100 Dias-Ideias para uma sociedade pós-industrial»(7), «Breviários do Ecologista» (3), Ecologia em Diálogo» (1), «Cartas à Geração do Apocalipse» (4).
De 1974 a 1975, publicou uma colecção policopiada com o título «Textos de Apoio» ao movimento ecológico (13 números), divulgando aí temas de ecologia humana, luta antinuclear, movimento ecologista, etc.
CRÍTICO DE CINEMA
Como crítico de cinema, dirigiu, durante dois anos (1965-66), o suplemento semanal «Bastidores» do vespertino «República», onde publicou diariamente crítica de filmes até 1969, elaborando números especiais sobre cinema fantástico e o fantástico no cinema.
Durante 1967-68, escreveu quinzenalmente, no suplemento «Tela e Palco» do matutino «O Comércio do Porto».
Em 1968-69, é titular da secção de crítica do semanário «Vida Mundial», onde desempenhou as funções de chefe de redacção.
De Agosto de 1968 até Dezembro de 1971, teve a seu cargo uma crónica semanal em «O Século de Domingo».
A partir de Março de 1972, é titular da crítica de cinema do diário vespertino «A Capital»
Em anos anteriores, a mesma actividade de crítico nos jornais «O Século» e semanários «O Século Ilustrado» e «Vida Mundial». Neste último escreveu também crítica de livros.
Interessado pelos temas de «politic-fiction», «neoutopia», «realismo fantástico» e «civilizações exógenas», colaborou sobre eles em jornais de Lisboa, Coimbra, Porto e Beira (Moçambique).
Como «free-lancer» desses jornais, realizou a reportagem crítica dos festivais cinematográficos de Barcelona 70, Valladolid 71, S. Sebastián 71, Sitges 71, Barcelona 71, Benalmádena 71 e Valladolid 72. Em 1971 participou no júri internacional da Semana Internacional de Cine de Barcelona e em 1972 no de Valladolid.
Dublin, 15/12/1996
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