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*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-08-15

VACINAS 1994

94-08-17-bm mumby-6-adn- leitura analítica de keith mumby(*) - notas de leitura

VACINAS  COMALERGIAS PELO MEIO (*)

17/8/1994 - 1 - Quando alguns médicos dizem que a Alergia se esconde por detrás de doenças vulgares como Artrite, Eczema ou Enxaquecas, estão a dizer uma notável verdade, embora sem o saber. E é o Fígado, sempre o Fígado, o órgão comum às duas sintomatologias, o órgão que de facto determina Alergias, como determina Eczemas, como determina Enxaquecas (Vesícula). O tratamento do Fígado é o tratamento comum a Alergias, Eczemas, Enxaquecas: o Enxofre. Nunca esquecer que o Enxofre, princípio masculino por definição, como a radiestesia ensina, é o princípio destrutor (ou desestruturante). Ou seja: sob a acção do Enxofre, o organismo reencontra um movimento de desestruturação que deverá ser aproveitado como oportunidade e acompanhado por todo um conjunto de cuidados de higiene alimentar.
2 - Notável é que Keith Mumby faça uma única referência de duas linhas ao eventual papel do Fígado nas Alergias. E que nem uma só vez a palavra desintoxicação apareça no livro: quando é de desintoxicação (e do Fígado como principal órgão eliminador) que se trata, quando estudamos Alergias. Nem uma só vez também o Enxofre é referido como «des-sensibilizante» universal. Face a esta aproche das Alergias, vê-se assim que o método da radiestesia - e o trabalho dos Metais com o Pêndulo - pode significar uma revolução na terapêutica e na profilaxia.
3 - Se o ano de 1902 é a data em que surgiu a palavra Alergia, há que procurar, perto desta, a data em que o uso obrigatório da Vacina se generalizou. E talvez se possa estabelecer uma correlação de causa-efeito entre as Vacinas e as Alergias. De que, por exemplo, a imunodeficiência crónica e endémica (apelidada pidescamente de sida) é apenas o fenómeno mais recente e espectacular. Mas a sida é ainda uma Alergia, na doença ambiental definida para a Alergia. A escalada, que tem um século, deu-se ao nível da transmissão de informação entre células. A imunodeficiência (doença das Vacinas, fundamentalmente) é o ponto zero da informação vibratória entre as células. O total bloqueio. A incrustação desordenada de metais (alguns dos quais seriam, nessa situação, classificados de Alergenos). Não deixa de ser curioso - como anedota de humor negro - que os laboratórios andem à procura de uma vacina para a sida, quando a sida, a ser alguma coisa, é apenas o último elo de um processo histórico que começou exactamente com o advento, generalização pública e obrigatoriedade da Vacina. De toda a espécie de Vacinas. Cujo princípio universal, como se sabe, é inocular a própria doença...

4 -Keith MUMBY ANTOLÓGICO

«A maioria dos alérgicos a produtos químicos têm um sentido do Olfacto muito apurado».
Mumby, 75

«Por norma o radiestesista usa um pêndulo, posto em movimento por cima da amostra do cabelo. O movimento altera-se em caso de alergia. Não tenho nenhuma objecção contra esta espécie de coisas desde que sejam feitas por um radiestesista (o que geralmente não se verifica). O custo geralmente é moderado (cerca de 3 contos) pelo que, do meu ponto de vista, ninguém está a ser roubado. Posso apontar com segurança um certo número de exemplos dos meus arquivos onde as melhoras se registaram ao eliminar os alimentos identificados por intermédio da radiestesia.»- Mumby, 101
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(*) «O Tratamento das Alergias», de Keith Mumby, edições 70, Lisboa, 1990
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RECURSOS 1993

restos-6> restos de um diário militante - ecologia dos recursos

O DESENVOLVIMENTO DO SUBDESENVOLVIMENTO

17/8/1993 - [o desenvolvimento do subdesenvolvimento ] O que foi durante séculos a dialéctica do terror à escala planetária - o desenvolvimento do Norte feito à custa do subdesenvolvimento do Sul - verifica-se, a pouco e pouco, a todos os níveis - nacional, regional, local - onde quer que o mesmo modelo de desenvolvimento foi chegando. Josué de Castro foi dos primeiros a levantar a lebre, ao lembrar que o subdesenvolvimento é apenas a outra face do desenvolvimento. A pouco e pouco se foi vendo isso, mesmo que muitos ainda neguem a evidência, continuando a entoar a ladainha do miserabilismo. E hoje é possível traçar um quadro ou balanço dos resultados obtidos com o chamado desenvolvimento. Em toda a parte se repete o esquema ou pecado original: o desenvolvimento do subdesenvolvimento. Exemplo flagrante é o das tensões e pretensões mundiais no campo das pescas, embora se pretenda desviar para motivos colaterais a verdadeira essência ecológica do problema dos «recursos pesqueiros». A sobrepesca das potências com frotas mais poderosas, é um facto mas é também um desses factores colaterais. Facto fundamental - e não colateral - é que a diminuição dos «stocks» cresce vertiginosamente devido ao biocídio praticado nos oceanos, lagos e rios pelas actividades do imperialismo industrial, o tal desenvolvimento. Que a outra face do crescimento industrial é a fome e não a prosperidade, prova-o o défice cada vez maior de produtos pescados nos oceanos em geral e nas costas portuguesas em particular, como os vários incidentes com pesqueiros constantemente têm provado nos últimos anos. Todos os dias, entretanto, nas listas dos portos mais fartos de pesca, Matozinhos, Peniche, Olhão, camiões frigoríficos recebem toneladas de peixe fresco que transportam rumo à Europa, nomeadamente Itália, que consegue assim abastecer os seus hotéis de luxo com o peixe que já não consegue tirar das águas podres do Adriático. «Não há falta de peixe» - continuam a dizer os entendidos. «O peixe está cada vez mais caro» - dizem os desentendidos, sem ligar o efeito à causa. Ignorando que esta sociedade aumenta constantemnte os preços sem dizer nunca que é o produto que cada vez mais rareia. [ Afonso Cautela, reteclado em 23/6/1993 ]
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[ pecuária sem fins de abate - balanço energético menos negativo - proteinas vegetais - estrume natural - cultura diversificada - pastagens/pousio - combate à monocultura industrial ] Para o leite que o País necessita, dizem os entendidos que é preciso uma «reconversão da pecuária» com fins mais produtivos e reprodutivos do que de abate. Também os ecologistas defendem a criação de gado para fins que não sejam os de abate, embora por motivos diferentes e até antagónicos daqueles. Motivos que se podem enunciar em alguns pontos: é preciso que os portugueses se acostumem a comer menos carne e a desencantar proteínas vegetais. Uma pecuária sem fins de abate não só aumentará as reservas de leite - como pretendem os produtores deste - mas produzirá estrume natural ou fertilizante orgânico (dispensando importação de adubos), levando as unidades de produção diversificadas (em vez do absurdo ecológico da monocultura extensiva das culturas industriais) e ao sistema de rotação pastagens-poisio que é fundamental para a manutenção dos ecossistemas agrícolas. É possível ver nos que defendem a criação de gado sem fins de bate um aliado táctico. O leite, o estrume, a pastagem-poisio, a produção diversificada e o combate implícito à monocultura industrial são afinidades suficientemente importantes para o ecologista. Isto sem entrar no balanço energético negativo que o consumo de carne representa face ao consumo de proteína vegetal e de cereais.

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[os 8 mitos da fome ] O texto sobre os 8 mitos da fome publicado pela revista «Eco-forum», órgão internacional das Organizações não Governamentais para o Ambiente (ONG) que se publica em Nairobi, sede do Organismo das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), consegue desmistificar o problema mundial da Fome em poucas palavras e destruir sofismas da longa e exaustiva demagogia que, a Leste e a Oeste, continua produzindo a fome dizendo que a mata. Este texto, publicado em uma revista que reflecte a vanguarda do movimento eco-alternativo mundial, serve para, no campo de concentração português, se compreender até que ponto nos mentem, dia a dia, hora a hora, sobre os assuntos fundamentais do globo, e até que ponto nos lavam o cérebro as centrais de intoxicação planetária que, a Leste e a Oeste, conseguem mentir a meio mundo e enganar outro meio.
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MACROSISTEMA 1993

restos-2 > restos reteclados - definição política do realismo ecologista - notícias da frente

O MACROSISTEMA

17/8/1993 - O tema da «sintomatologia» foi uma das constantes sistematicamente analisadas, desde 1972, pelos textos da oficina «Frente Ecológica». Começando, em 1967, pelo caso exemplar do mercado médico, onde o doente funciona de consumidor de uma poderosa indústria multinacional, longo tem sido o caminho para traçar, com clareza, uma dialéctica generalizada onde o homem se tornou consumidor e mercadoria de um colossal mercado chamado sociedade tecno-industrial. A identidade entre economia de Mercado e ecocídio têm vindo a surgir com toda a evidência. Ir às causas ou raiz de todas as doenças (no sentido mais lato da palavra sinónimo de sintoma) tem-se mostrado, assim, a démarche fundamental do ecologismo entendido como causalismo, sinónimo de radicalismo face aos reformistas ambientalistas e ambioentocratas. Com base nas edições da oficina «Frente Ecológica» será possível elaborar uma lista bibliográfica de referências sobre uma zona do chamado ecologismo que temos verificado encontrar-se totalmente ausente dos tratados de ecologia e outros ecólogos à venda no mercado. Comum. Radicalismo causal contra reformismo sintomatológico - uma constante temática na oficina de ideias «Frente Ecológica».
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«Segundo calculou Goldwin, se a sociedade dividisse o trabalho por igual entre os seus membros, todas as necessidades de uma vida civilizada poderiam produzir-se trabalhando cada pessoa apenas duas horas por dia.»
Foi o romântico Shelley quem escreveu estas palavras, 50 anos antes de Marx. Confirma-se assim que «a libertação do trabalhador» é uma reivindicação dos movimentos românticos que o «Elogio da Preguiça», de Paul Lafargue, glosou em termos que ficaram clássicos. A campanha para as «30 horas de trabalho semanais» proposta na actualidade por algumas organizações sindicais europeias, continua no entanto a ser surdamente combatida pelos partidos de todas as tendências. Eles bem sabem que a «alienação do trabalho» por um lado e o «desemprego» por outro - expresso ou latente como espada de Damocles - são ingredientes necessários para que os partidos continuem a desenvolver, cada qual à sua maneira, as suas lógicas de submissão e opressão, já que todas se fundam na ideologia do trabalho, sem que ninguém tenha a coragem de vir defender o descanso. Manter o desemprego é, no fundo, manter a preponderância dos partidos e sindicatos satélites. Redistribuir as horas de trabalho seria caminho andado para a revolução que, evidentemente, não interessa a nenhum dois partidos que vampirizam e parasitam a energia chamada pessoa humana, reduzida na nomenclatura dos políticos a seus ideólogos à categoria de «trabalhador». Virar do avesso a ideologia do trabalho - raiz de toda a opressão -é o que raros têm tido a coragem de fazer. É, no entanto, a opção do realismo ecologista, relativamente bem acompanhado. Lembro, de 1934, o célebre ensaio da escritora mística Simone Weil, intitulado «reflexões sobre as causas da liberdade e da opressão social»; mais recentemente, os ensaios de Michel Bosquet/André Gorz «Quando os Desempregados forem felizes».

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Penso que não tem sido suficientemente explorado por ecologistas um campo fascinante da investigação: procurar, através dos nossos consumos mais frequentes - de preferência os mais provocantes, supérfluos ou de luxo - descobrir até que ponto e de que maneira esses consumos são produtos em cujo fabrico entram matérias-primas obtidas partir de recursos naturais, cuja intensiva exploração conduz a alguns dos desastres e desequilíbrios ecológicos mais trágicos.
É nessa perspectiva e nesse espírito - descobrir as contradições no seio da sociedade industrial e descobrir até que ponto essa sociedade faz de nós, pavlovianamente, enquanto consumidores, cúmplices e réus de crimes contra a Natureza - quase tudo o que escrevi sobre o consumo de papel, carnes, café e bebidas alcoólicas. Não conheço livro nem autor que tenha investigado esta linha e por isso me parece de alguma utilidade reunir, num conjunto mais coerente, pistas e apontamentos dispersos, publicados ou inéditos, que relacionam os nossos consumos mais frequentes - às vezes mais inocentes - com os desastres ecológicos. Para responsabilizar destes desastres os consumidores? Também e talvez mas nem só. Evidentemente que o inimigo principal não é o consumidor. Mas deve o consumidor saber - tomar consciência - de que o inimigo o instrumentaliza («Pela boca morre a natureza»). De que maneira o sistema condiciona, prende, aliena, escraviza o consumidor para afinal o responsabilizar, in extremis, dos crimes que ele próprio, sistema, pratica?
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Seria assustador o livro de Guillofrey, se não fosse pura e simples ficção. O que suaviza esse cenário de horror descrito pelo escritor checo é sabê-lo de antemão impossível, quer dizer, impraticável, quer dizer, completamente fora da História e do real. Hilary Guillofrey, escritor checo de origem latino-americana, recentemente falecido em plena celebridade, imagina um país numa zona temperada do globo terrestre, recém-saído de uma longa ditadura. Sem se deter em descrições de paisagem - o que na época da imagem seria ocioso - ele ocupa-se mais da vida social desse povo, com uma antiga vocação do Mar mas modernamente esquecido dessas e outras antigas glórias ou conquistas.
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