ECO-UTOPIAS 1997
1-2- cmo-15-Mein Kampf 1997 Revisão: quinta-feira, 22 de Março de 2007
25/11/1997
25/11/1997 - A auto-cura proposta pelos adeptos da saúde holística, não é só um desafio para que o doente conquiste a independência e se liberte das dependências pelo auto-controle do seu próprio corpo: é também um desafio ao seu grau de civismo, se ele quiser pensar em que medida o acto individual de se tratar a si mesmo - comendo correcto, por exemplo - contribui para beneficiar a colectividade e tem efeitos sobre a colectividade.
De facto, e como se sabe, é o contribuinte quem paga, sempre e em última análise, as despesas feitas com os chamados cuidados médicos, muitas vezes erroneamente designados cuidados de saúde.
1 - Cuidar da sua própria saúde é o que todos podem e devem fazer, evitando adoecer. (Chama-se a isto Holística)
2 - Cuidar da doença é o que fazem médicos, hospitais, sistemas ditos de saúde, etc. (Chama-se a isto, segurança social sempre em apuros)
Directa ou indirectamente, o chamado beneficiário da Segurança Social irá pagar as despesas feitas com medicamentos, análises, operações, próteses, análises, tratamentos, etc - ou seja, com a doença.
(Não esqueçamos que os medicamentos aumentam de preço mais rapidamente que a inflação.)
A saúde, essa, não tem custos para a colectividade. E poucos custos terá para o cidadão. Todos, ao fim e ao cabo, temos que comer. Só nos resta comer (qualitativamente) melhor.
A iniciativa de autocura, por isso, não é apenas um benefício individual, é um lucro para a colectividade e uma economia para a chamada Segurança Social.
O contribuinte que utiliza a Segurança Social por não pagar nada ou pagar menos do que na medicina privada, não está a ver o quadro completo, deixando-se iludir com as enganadoras «facilidades» da outrora chamada previdência.
As despesas que ele fizer com tratamentos, já o contribuinte as pagou, está pagando e continuará a pagar.
E mesmo que ele nunca venha a gastar um tostão da chamada Segurança Social, já pagou na mesma.
Deste desafio à autocura do cidadão resulta que deveria ser o Estado a primeira entidade interessada na iniciativa, pois as técnicas de autocura - tecnologias alternativas de vida e de saúde - irão beneficiar não só o cidadão, evitando-lhe sofrimento e humilhações, mas fazer descer, na vertical, as despesas públicas com a doença, ou seja, com a chamada «saúde».
Mas o Estado, infelizmente, anda um bocado distraído. E dos três exaustivos relatórios que encomendou para a reforma da segurança social, nem um deles, com certeza, nem mesmo o de Boaventura Sousa Santos - um senhor da inteligência portuguesa - se terá lembrado de contemplar os produtos e suplementos alimentares como um direito do cidadão que desconta toda a vida para a segurança social.
Oxalá estivéssemos enganados.
Se se investisse com a profilaxia alimentar e com as terapias alternativas, um décimo do que se gasta com a doença, certamente que os custos com a doença iriam descer em flecha.
Nunca é demais repetir: se a política de saúde fosse efectivamente de saúde (e não de doença como é), muito mais barata ficaria essa política ao erário público do que a desastrosa e caríssima política de «combate à doença».
Não é utopia, nem fantasia, nem promessa eleitoralista, nem demagogia, nem sonho naturista, nem mero verbalismo, esta proposta realista, de alcance económico e político, de induzir o cidadão a tratar de si mesmo. Tratar no sentido de evitar a doença. Tratar no sentido de se curar por meios naturais e holísticos.
Nem a educação intensiva para a autocura é um sonho assim tão vago e tão distante. Com um primeiro-ministro apaixonado pela educação, até devia ser canja. E estamos em crer que com uma Ministra da Saúde que é a mais simpática carinha que já esteve em governos, não seria difícil - um dia não são dias - ao poder político tomar uma decisão inteligente.
Sem estragar o negócio a ninguém.
Quase nos sentimos no direito, como revista de ecologia, saúde e cultura, de exigir que a surdez mental dos dirigentes dê lugar - um dia não são dias - à escuta atenta e atenciosa do que é inteligente, útil, praticável, eficaz e sensato se for o bom senso - e não escorregadios ou ínvios interesses - a imperar.
Quem é amigo, quem é?
***
25/11/1997
ECONOMIA PARA O ESTADO
CUIDAR DA NOSSA SAÚDE A BEM DA COLECTIVIDADE
25/11/1997 - A auto-cura proposta pelos adeptos da saúde holística, não é só um desafio para que o doente conquiste a independência e se liberte das dependências pelo auto-controle do seu próprio corpo: é também um desafio ao seu grau de civismo, se ele quiser pensar em que medida o acto individual de se tratar a si mesmo - comendo correcto, por exemplo - contribui para beneficiar a colectividade e tem efeitos sobre a colectividade.
De facto, e como se sabe, é o contribuinte quem paga, sempre e em última análise, as despesas feitas com os chamados cuidados médicos, muitas vezes erroneamente designados cuidados de saúde.
1 - Cuidar da sua própria saúde é o que todos podem e devem fazer, evitando adoecer. (Chama-se a isto Holística)
2 - Cuidar da doença é o que fazem médicos, hospitais, sistemas ditos de saúde, etc. (Chama-se a isto, segurança social sempre em apuros)
Directa ou indirectamente, o chamado beneficiário da Segurança Social irá pagar as despesas feitas com medicamentos, análises, operações, próteses, análises, tratamentos, etc - ou seja, com a doença.
(Não esqueçamos que os medicamentos aumentam de preço mais rapidamente que a inflação.)
A saúde, essa, não tem custos para a colectividade. E poucos custos terá para o cidadão. Todos, ao fim e ao cabo, temos que comer. Só nos resta comer (qualitativamente) melhor.
A iniciativa de autocura, por isso, não é apenas um benefício individual, é um lucro para a colectividade e uma economia para a chamada Segurança Social.
O contribuinte que utiliza a Segurança Social por não pagar nada ou pagar menos do que na medicina privada, não está a ver o quadro completo, deixando-se iludir com as enganadoras «facilidades» da outrora chamada previdência.
As despesas que ele fizer com tratamentos, já o contribuinte as pagou, está pagando e continuará a pagar.
E mesmo que ele nunca venha a gastar um tostão da chamada Segurança Social, já pagou na mesma.
Deste desafio à autocura do cidadão resulta que deveria ser o Estado a primeira entidade interessada na iniciativa, pois as técnicas de autocura - tecnologias alternativas de vida e de saúde - irão beneficiar não só o cidadão, evitando-lhe sofrimento e humilhações, mas fazer descer, na vertical, as despesas públicas com a doença, ou seja, com a chamada «saúde».
Mas o Estado, infelizmente, anda um bocado distraído. E dos três exaustivos relatórios que encomendou para a reforma da segurança social, nem um deles, com certeza, nem mesmo o de Boaventura Sousa Santos - um senhor da inteligência portuguesa - se terá lembrado de contemplar os produtos e suplementos alimentares como um direito do cidadão que desconta toda a vida para a segurança social.
Oxalá estivéssemos enganados.
Se se investisse com a profilaxia alimentar e com as terapias alternativas, um décimo do que se gasta com a doença, certamente que os custos com a doença iriam descer em flecha.
Nunca é demais repetir: se a política de saúde fosse efectivamente de saúde (e não de doença como é), muito mais barata ficaria essa política ao erário público do que a desastrosa e caríssima política de «combate à doença».
Não é utopia, nem fantasia, nem promessa eleitoralista, nem demagogia, nem sonho naturista, nem mero verbalismo, esta proposta realista, de alcance económico e político, de induzir o cidadão a tratar de si mesmo. Tratar no sentido de evitar a doença. Tratar no sentido de se curar por meios naturais e holísticos.
Nem a educação intensiva para a autocura é um sonho assim tão vago e tão distante. Com um primeiro-ministro apaixonado pela educação, até devia ser canja. E estamos em crer que com uma Ministra da Saúde que é a mais simpática carinha que já esteve em governos, não seria difícil - um dia não são dias - ao poder político tomar uma decisão inteligente.
Sem estragar o negócio a ninguém.
Quase nos sentimos no direito, como revista de ecologia, saúde e cultura, de exigir que a surdez mental dos dirigentes dê lugar - um dia não são dias - à escuta atenta e atenciosa do que é inteligente, útil, praticável, eficaz e sensato se for o bom senso - e não escorregadios ou ínvios interesses - a imperar.
Quem é amigo, quem é?
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Etiquetas: práticas 2013