ORDER BOOK

*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-05-18

SABEDORIA 1991

1-1- slogans-1> autoterapia – cadernos do monitor - lex> frases>saude>ideias> dicionário de ecologia humana - mein kampf 18/5/1991 anexins para a nova idade de ouro

A SABEDORIA DA SIMPLICIDADE

18/5/1991 - Evidências, postulados e princípios, definem uma filosofia do bom senso para o terceiro milénio.
É o retorno à sabedoria da simplicidade, à simplicidade da sabedoria. Estamos a contribuir para a Nova Idade de Ouro e devemos sabê-lo. Sem remorsos nem remoques. Quem está morto e pertence irremediavelmente ao passado que fique por lá.
Faz bem aos que esperam e constroem, recordar alguns slogans, palavras de ordem e anexins que o movimento holístico tem vindo a proclamar no meio da algazarra moderna e dos sofismas mediáticos.
Ecologia humana e holística, medicinas naturais, saúde, profilaxia, são apenas afluentes do grande rio:

-A arte de ser jovem em qualquer idade
-A tua saúde depende de ti - a doença depende do médico
-A tua saúde depende de ti - maior responsabilidade dá maior liberdade e maior liberdade dá maior responsabilidade
-Alternativa ao poder médico - abertura às ecomedicinas
-Alternativas ecológicas, alternativas de vida - a saída que propomos às novas gerações
-Aprender a comer, para aprender a viver
-Artes de curar ao alcance de todos
-Concepção ambiental da doença - Um passo decisivo no progresso do diagnóstico, profilaxia e terapêutica
-Ecologia humana - ciência angular da sociedade moderna
-Estamos a trabalhar pela valorização profissional dos técnicos de saúde
-Estudantes e professores de saúde - unir vontades para a meta comum
-Faz do teu alimento o teu medicamento (Hipócrates)
-Greve aos produtos químicos, às poluições alimentares e aos consumos perigosos
-Informação ao consumidor, um seguro de saúde
-Não somos um negócio, somos um serviço de utilidade pública
-OMS: Novos ventos sopram de Genebra para a política ecológica de saúde
-Para um diálogo entre todas as correntes terapêuticas e teorias de saúde
-Ponto de encontro para a valorização profissional dos naturoterapeutas
-Quem consome saúde, aforra dinheiro; quem gasta em saúde, poupa em dinheiro; quem consome em saúde, não perde dinheiro
-Regresso ao médico de família: uma aposta na reumanização
-Saúde, alternativa à medicina
-Segurança social para os tratamentos naturais - um direito que a Constituição consagra e o Estado não cumpre
-Tratamentos naturais com produtos de qualidade
-Um movimento de vanguarda pelo direito à saúde
-Um projecto de vida hoje para as gerações de amanhã
-Vale mais curar do que tratar e vale mais prevenir do que curar
-Vamos dinamizar o movimento pelo direito à saúde
-Vamos todos fazer autocrítica para uma cura de humildade
***

OFTALMOLOGIA 1987

landeiro>milenio>eh-eh> ideias de ecologia humana - ideias para a nova idade de ouro> dicionar - doenças induzidas por ambiente

POLUIÇÃO LUMINOSA NO COMPORTAMENTO HUMANO(*)

18/5/1987 - De um artigo por Jorge Landeiro, médico oftalmologista, publicado no «Diário de Lisboa» [18/5/1987], transcreve-se:

«O excesso de luz provoca sensações e alterações que vão desde o ligeiro incómodo até à dor viva e à cegueira, muitas vezes definitiva. São conhecidos de todos, os malefícios que a exposição prolongada às luzes intensas provocam. Os banhos de sol excessivos ou o fixar o Sol, por exemplo, durante eclipses, provocam lesões, muitas vezes irrecuperáveis.
Os oftalmologistas conhecem bem estas situações que, em alguns casos, só são detectadas em tardios exames de rotina, por poderem ser unilaterais e indolores. Estes casos, digamos, extremos, são a consequência da agressão brusca e intensa da luz (um dos instrumentos de tratamento ocular utiliza estas propriedades de fotocoagulação, provocando necroses celulares localizadas)».
«O problema da poluição luminosa existe por excesso e por carência. (...) Meios considerados hostis, como os desertos, o mar, os gelos e a neve, ou sob a terra, criaram reacções no organismo, que, talvez por ainda não terem tempo de provocar mutações e sequentes alterações anátomo-fisiológicas, provocam lesões de gravidade variável, mas habitualmente crónicas.»
«Lembremo-nos de quantos trabalhadores de radiações gama (raios X) sofreram e mesmo pereceram»
(...) Já é antigo que o conhecimento de determinados comprimentos de onda luminosa e, portanto, a sua cor, têm efeitos sobre o comportamento humano.»
«Na arquitectura e decoração, fazem-se pavimentos brancos, edifícios brancos, muros brancos, superfícies espelhadas, móveis brancos e espelhados, etc, que reflectindo a luz quase totalmente, tornam-se extremamente agressivos para o globo ocular. Os faróis, a iluminação de recintos com luzes fortes intermitentes, de cores variadas, o abuso dos «flashs», os projectores de cena de teatro e cinema, são algumas formas de agressão luminosa que todos experimentamos.»
«Muitas doenças, ligadas a ambientes agressivos, como as Blefarites, o Pterigium, o Tracoma, hemorragias de retina, etc., poderão ter, na sua origem a agressão luminosa.»
***

MEANDRIZAÇÃO 1980

lnec-1> eco-ecos 1980 – quase inédito ac de 1980 – ecos da capoeira - sábado, 13 de Julho de 2002

GENERAIS EUROPEUS PREPARAM NO L.N.E.C.A GRANDE GUERRA DO AMBIENTE(*)

18-19/ Maio/ 1980 - A presença de eminentes personalidades estrangeiras em ordenamento do território, deu o maior brilho ao Seminário organizado pelo Serviço de Estudos do Ambiente, no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, dias 18 e 19 de Maio de 1980.
Neste seminário que se proclamou de "Conservação da Natureza", é caso para dizer que foram os estrangeiros a dar cartas. Pelo menos, foram eles a ensinar aos portugueses os segredos da cartografia ecológica, arma de guerra até agora desconhecida dos nossos ambientalistas e que não deixou, por isso, de causar a maior surpresa e a mais curiosa expectativa em todos os presentes.
Não fomos defraudados. Os dois “generais" que se apresentaram no campo de batalha, mereceram todas as medalhas e ordens de Santiago que este País tiver para lhes dar, a troco do Mercado Comum.
Durante muitos anos, os portugueses hão-de lembrar-se deste Seminário no L.N.E.C., tal como se lembram da tomada de Lisboa aos mouros e da queda de Alcácer Quibir. Os nomes de Gunther Schneider e Oscar Knoblich ficarão muito mais ligados ao Portugal dos anos 80 do que os nossos bisavós poderiam sonhar. A entrada do Mercado Comum acelera-se, mas começa a ver-se muito bem quem comanda as tropas.

O RESSAIBO GERMÂNICO DE GUNTER SCHNEIDER

Para que a Europa possa organizar de maneira planificada o aproveitamento de recursos naturais de países pobres e subdesenvolvidos como Portugal, o Dr. Gunter Schneider advoga com entusiasmo a "cartografia ecológica".
De facto, para que a economia europeia ultrapasse os becos sem saída onde está metida, necessita da Ecologia: e os que planificam o espaço vão necessitar de saber o terreno que pisam.
O espaço para poluir já rareia na Europa e daí a urgente necessidade de exportar a poluição para a periferia, com meios terrestres mas principalmente aéreos de fotografar a topografia: tal como os exércitos para atacar necessitam de cartas em escala particularmente minuciosa, a batalha económica, que se chama "entrada de Portugal no Mercado Comum", vai necessitar a reprodução do território em escalas extraordinariamente ampliadas.
A cartografia implica também o inquérito às populações, tornado obrigatório, caso estas ofereçam resistência à devassa oficial dos serviços que pretendem saber como tudo se passa.
Espécie de "intellígence service'', o inventário e a cartografia ecológica pretende ficar em dia com o estado do ambiente: ar, água, solos, paisagem, vida selvagem, riscos naturais.
Os primeiros sintomas da degradação entusiasmam os planificadores e o Dr. Schneider referiu a eventual necessidade de reforçar “os indicadores seleccionados que podem eventualmente ser substituídos pelos indicadores auxiliares.”
Há sempre sobresselentes até levar a cartografia à "vitória final".
Fazendo fé na tese clássica dos "riscos naturais", enumerou erosão, deslizamento de terreno, inundações, avalanches, acidentes climáticos, fogo, tremores de terra, toda uma série de acidentes que hoje, em 1980, alguns consideram exactamente fabricados pela acção humana de algumas superpotências com muitas megatoneladas para gastar em rebentamentos subterrâneos chamados testes nucleares..
A exigência europeia com uma informação minuciosa sobre os países da periferia como o nosso, parece assim chocar-se com uma filosofia algo antiquada do fenómeno ecológico.
"Deslizamento de terreno", "avalanches" e "tremores de terra", por exemplo, há 16 anos que são mais vezes acidentes fabricados do que ocorridos naturalmente, desde que os testes subterrâneos com bombas nucleares se realizam.
Para uma política do ambiente europeia que se reclama tão actualizada, trata-se, sem dúvida, de um acidental anacronismo. Ou de um mero caso de surdez mental.

OS DESLISES CLÁSSICOS E OS MEANDROS MODERNOS

Houve deslizes, no LNEC, em Abril de 1980, mas por parte dos ambientalistas clássicos, ainda não habituados ao troar dos canhões europeus e às vezes de comando dos grandes estrategas do "ordenamento".
Quando o prof. Caldeira Cabral, pai de uma geração de arquitectos paisagistas, alude no seu discurso ao "progresso da civilização industrial", perdeu evidentemente uma boa ocasião de estar calado. Já ninguém, ao ritmo europeu, comete uma destas.
Outro clássico, o Dr. Fernando Carneiro, também se mostrou pouco diplomata ao inventariar os "benefícios do progresso" e ao constatar, logo a seguir, que "o preço destes benefícios é bastante elevado, mesmo no campo da saúde". Que é, sabe a gente. Mas ninguém o deve dizer num colóquio de engenheiros, feito exactamente para calar o que devia ser dito.
O Dr. Fernando Carneiro também não pareceu muito capaz de liderar a nossa entrada no Mercado, quando referiu o "progresso industrial, extremamente acelerado nas últimas décadas". É que já ninguém, mesmo os trogloditas, tem a lata de chamar progresso à Barbárie de Merda com que nos afogam.
Desde que não se metam, nisto da política, no entanto, os arquitectos paisagistas são bastante verdes e agradáveis. Caldeira Cabral é mesmo professor quando ensina e alguns conceitos brilharam no seu discurso. Ouçamos.

A MEANDRIZAÇÃO

Caldeira Cabral falou de "continuum naturale", a que associou a noção clássica de homeostase e equilíbrio estável.
A complexidade dos sistemas naturais passa por várias noções de conjunto, sublinhadas ao longo da sua lição.
"O mundo biológico, com efeito (disse Baker Cook) é uma vasta rede de populações vivas em estado de equilíbrio dinâmico, reflectindo mudanças no seu meio ambiente e nas suas mútuas relações.”
"Rede", "equilíbrio dinâmico","mútuas relações", eis outras tantas palavras-chave que, segundo Caldeira Cabral, convergem na definição de conceitos fundamentais como "variedades", "diversidade", "continuidade", "elasticidade" e "meandrização", todos eles antónimos do que define hoje a mecanização moderna, abusivamente designada "técnica".
Resulta daqui difícil saber como é que uma política de conservação vai conciliar estes dois opostos e que estratégia vai seguir para a terceira via preconizada por Caldeira Cabral.
Aludindo às duas posições extremistas, ele acusa "ambas as tendências de inviáveis: a dos que tudo querem conservar como está e a dos que tudo querem transformar e arrazar para depois construírem o mundo ideal da técnica."
Segundo o orador, "as técnicas modernas, sobretudo mecânicas, tendem para a simplificação" mas - sublinham alguns - a palavra exacta não é "simplificação", antes pelo contrário: a concepção mecanicista do Mundo tende, exactamente, para a complicação desnecessária, que o actual espectáculo de confusão e barbárie "tecnológica" traduz. Enquanto a vida e os processos vivos são, simultaneamente, simples e complexos, o mecanismo é complicado e simplório, extasiando os parolos com as "falsas maravilhas da técnica".
Segundo o conferencista, aliás, essa complexidade evidencia-se através da noção de "homeostase", inventada pelo investigador americano Walter B. Cannon.
Essencial na compreensão ecológica dos fenómenos vivos, "homeostase" define o dinamismo interno dos ecossistemas, "não implica uma situação fixa e imóvel, uma estagnação quer significar uma condição que pode variar mas que é relativamente constante."
Lamentando a incompreensão generalizada destas situações, o prof. Caldeira Cabral explica: "em relação à água, é frequente não se entender a todos os níveis que o que se chama ciclo da água é um sistema coerente e por isso um rio não é somente a água que corre livremente no leito visível mas sim um sistema de que esse leito e essa água fazem parte em conjunto com toda a água que circula no leito subterrâneo, com a água dos braços mortos do rio, com a água freática das encostas e o escoamento de toda a bacia."
-------
(*) Este texto de 5 estrelas terá sido, provavelmente, publicado no semanário «Gazeta do Sul», pelo menos acho que o enviei ao Dr. Rocha Barbosa, director da «Gazeta».
***

MEDICINA 1994

gastro-1-goa-saude -files alimentares - carta de resposta a alguém que pediu socorro

NÃO HÁ DOENÇAS INCURÁVEIS

+ 18 PONTOS

18/5/1994 - Vou indicar aqui apenas uma leitura possível do sintoma descrito: poderei acrescentar novas leituras - vendo novos aspectos - com novos pormenores do sintoma que me sejam transmitidos.
Dores gastrointestinais, mais ou menos errantes e a horas desencontradas, poderão ser originadas por uma hiperacidez estomacal, ou seja, um pH desequilibrado para o lado do ácido. Essa hiperacidez (causa e efeito ao mesmo tempo) pode, por sua vez, estar na origem de digestões difíceis, mas as digestões difíceis, mantendo muito tempo o bolo alimentar no estômago, podem por sua vez provocar aumento de acidez. Desenha-se aqui uma primeira potenciação de sintomas, sob a forma de um primeiro ciclo vicioso. Acidez do estômago, por sua vez, transmite-se aos outros órgãos e destes a todos os tecidos, incluindo o sanguíneo (o que poderá ocasionar problemas circulatórios, por exemplo). Mas regressando ao estômago, onde tudo começa, note-se o estreito relacionamento deste órgão com o seu mais directo aliado – o baço-pâncreas - e o fígado/vesícula. É possível que as dores gastrointestinais venham de uma fermentação exagerada e de gases que não são expelidos. Aí, os intestinos que funcionam deficientemente, irão agravar o quadro, somando outra causa de mal-estar e mesmo de cólicas. Se houver gases mas eles forem facilmente expelidos, há menos motivos para dores e mal-estar. A presença de fibras na alimentação (a famosa celulose) desempenha um papel central em todo este complexo processo e em todo este quadro de interdependências.
Mas as fibras na alimentação diária, hoje, são raras, e as pessoas normalmente não se querem aperceber disso. Além de outras funções, as fibras são decisivas em dois aspectos: a) provocam um fluxo biliar que ajuda à lubrificação do intestino e portanto à evacuação; b) facilitam o movimento peristáltico dos intestinos, que ajuda, ele também, à evacuação. Em ambos os casos, diminui os efeitos de fermentações acumuladas. Evacuar duas vezes por dia seria o ritmo ideal para diminuir as fermentações ao nível do cólon.
Sendo um quadro com várias frentes, também a terapêutica será em várias frentes, incluindo:
1 - Todos os alimentos que equilibram o PH (acidez/alcalinidade)
2 - Uma maior quantidade dos alimentos basificantes (alcalinizantes) desde as folhas verdes, aos legumes doces e saladas, e à cebola, rainha dos alcalinizantes
3 - A presença de fibra está incluída na recomendação anterior
4 - Algas em quantidade são também um factor- rei de alcalinização e de correcção do PH: pelo que vai sendo tempo de as pessoas encararem as Algas com menos relutância e vê-las, em último caso, como um «medicamento», difícil de tomar mas que cura: há muitas formas de tomar as algas e a desculpa «não gosto de algas» merece um bom par de açoites
5 - O «Chá» dos Vegetais Doces ( Cebola + Cenoura + Abóbora + Couve, cozidos durante 20 minutos em fogo lento) é um equilibrador do pH, um relaxante da zona do plexo solar e um remineralizador de primeira ordem (a presença do Potássio é indispensável para abrir a molécula das células de forma a que todos os outros minerais entrem)
6 - A propósito de minerais, o melhor é tomá-los nos alimentos que por excelência os têm, mas podem lembrar-se alguns específicos - tomados sob a forma suave de oligoelementos catalíticos - como é o caso, nas perturbações gástricas, do Crómio, indispensável ao bom funcionamento do baço-pâncreas, e portanto à melhoria das digestões (um bom arroto é sinal de uma boa digestão).
7 - Apropósito de digestões, o Papaisan - extracto de Papaia - é um dos mais extraordinários enzimas que se podem juntar na comida (um comprimido a cada refeição): mas a macrobiótica é toda ela um regime de alimentos e suplementos enzimáticos, desde a famosa sopa de miso ao tamari/shoiu (molho de soja): Chucrute também é um bom fornecedor de enzimas e ajuda à emulsão das gorduras. Isto para não falar no enzima mais miraculoso de todos e que tanto desprezamos: a saliva+alimento ensalivado, é alimento pré-digerido (ou quase). Beber água às refeições (ou mesmo sumos sem enzimas) é uma boa forma de liquidar esta primeira e mais importante fonte de enzimas. Três amêndoas torradas a cada refeição, são uma ajuda importante para a digestão.
8 - Falando em emulsão de gorduras, deve notar-se que as gorduras ácidas, as quais o Fígado já é incapaz de metabolizar, contribuem enormemente para o quadro de acidificação geral acima descrito
9 - A macrobiótica não é nenhuma seita: é simplesmente o regime alimentar que reúne todos estes fios e os realiza no dia a dia das refeições, sem matar a cabeça a descobrir o que é que falta agora e o que está agora a mais. Ia sendo tempo de as pessoas mostrarem um lampejo de inteligência, percebendo isto: de contrário, médicos continuarão a encher a mula e os hospitais a estar superlotados. É tempo de politizar a questão da doença: a que o sistema chama saúde. E os jornais repetem,contentes de contribuir para o engano diário do cidadão consumidor
10 - Um produto natural específico - que os há de boa qualidade - pode ser recomendado para diminuir dores eventualmente de origem espasmódica(quais dores não são espasmódicas?): mas a acidez está também na origem dos sindromas espasmódicos, daí o dizer-se que a úlcera, por exemplo, é de origem nervosa: é e não é. Antes de ser uma hipersensibilidade do terreno orgânico (o que tem a ver também com sintomas alérgicos os mais variados) o espasmo é um terreno muito ácido (ou, curiosamente, muito alcalino)
11 – A propósito de extremos, é de notar que qualquer sabor (seja picante, doce, salgado, amargo ou ácido) desde que exagerado é mau para o fígado, que não gosta de sabores exagerados mas gosta (adora) uma polaridade de todos os cinco sabores, conforma os chineses antigos tão bem sabiam: essa é uma das razões porque a alimentação comum é pobre, cega, doente. Sabores e aromas são a expressão energética (vibratória) dos alimentos. Outra razão é a ausência quase total de enzimas, que se podem considerar os mensageiros da informação vital no organismo (tal como os minerais, que são também os pombos correio).
12 - É o momento de repetir que na palavra macrobiótica se junta tudo o que está aqui dito e o que ficou aqui por dizer: se tudo está previsto, só a teimosia das pessoas - em não ver e em não ouvir – as impede de se sentirem bem.
13 - Quando se fala de acidez/alcalinidade, ou seja, do chamado PH, ou seja, do equilíbrio ácido/base,lembram-se os citrinos e a acidez do limão: é bom não esquecer que se trata aqui de reacção ácida e não do toque ao paladar. De facto, o Limão tem reacção (altamente) alcalina como aliás os outros citrinos, nomeadamente a laranja.
14 - As pessoas enlevam-se com os iogurtes, o mercado consegue impor estas modas mais ou menos leiteiras às populações indefesas: se comerem iogurte devem saber que o seu ácido magoa profundamente o fígado. E que a reacção do iogurte é também ácida, dada a proteína animal e a gordura de que é feito
15 - Apropósito: além dos hidratos de carbono (farináceos incluídos), que se transformam em depósitos ácidos, a proteína e a gordura produzem também depósitos ácidos. Michio chama-lhe mucos.
Agravados com fritos, por exemplo, um dos alimentos que, na actual fase do campeonato, deviam ser proibidos mas que todo e qualquer bom português não quer dispensar. Metade das doenças que atafulham consultórios e hospitais, evitavam-se com a supressão dos fritos
16 - Mas ao falar de acidez provocada, é capaz de se colocar a margarina à cabeça da lista, pelo que também devia ser proibida se neste país o poder mandasse: e nesse sentido - reabilitar a margarina - deve ser entendida a recente demagogia de uns alemães que começaram a vociferar, com a ajuda da TSF, contra os azeites portugueses. Tomara a margarina ser tão cancerígena como o azeite. Aliás, na margarina até ácido sulfúrico entra. E os defensores do consumidor dos anos 50 - quando havia defesa do consumidor a sério em vez da  actual - sabiam até que as gorduras hidrogenadas provocam, entre outras coisas, tumores nos ratos.
16 - Ainda ligado à hiperacidez - que se pode considerar mãe de todos os males - tem andado muito na moda, entre os  cientistas, os radicais livres, oxidação da célula a nível molecular, e aos quais o próprio cancro chega a ser atribuído. Oxidação, curiosamente, é o contrário de oxigenação e há que não confundir. É parecida com «ferrugem». Uma oxigenação correcta pode mesmo evitar a oxidação embora não seja suficiente para acabar com ela. No mercado dos tratamentos naturais, há hoje bons produtos contra a oxidação celular e contra os radicais livres: mas à cabeça vem o germânio, rei deles todos, logo seguido do selénio, que até as farmácias já vendem, tão perspicazes são.
17 - Como a deficiência imunitária também está na moda com o boato da sida, é de lembrar que há bons produtos naturais para reforçar a imunidade natural, alguns na base do óleo de tubarão ou qualquer outro cetáceo destes, que os propagandistas da sida deviam comer inteiros e com as barbatanas. Mas se a pessoa corrigir, pura e simplesmente, o seu pH, com um regime natural para o efeito, naturalmente nem precisa de comer tubarões, que além do mais ficam caríssimos.
18 - Relativamente às doenças «graves» de que as pessoas normalmente têm medo - e com razão - (não) são uma fatalidade e apenas podemos tomar medidas profilácticas, as quais passam por toda uma reestruturação dos nossos hábitos e, principalmente, pela forma como encaramos a nossa independência e autocura relativamente à dependência médico-farmacêutica.
***