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UMA LIÇÃO DE MORAL:CADA UM TEM O QUE MERECE
Lisboa,
19/7/2000 - Tentando resumir a nossa desconversa de terça-feira, 18 de Julho, vou apontar algumas pistas que podem conduzir ao centro da questão: a célula rebelde (CR).
O sentido das prioridades (ou a falta dele) é uma das pistas. Mal se fala de um tópico (item ou tema) essencial, logo se diverge do essencial e logo um rosário de acessórios vem ocupar o tempo e o espaço ( a energia, portanto) que devia ser ocupada pelo essencial, caso quiséssemos disciplinar a célula rebelde (CR) e, portanto, fazer economia energética.
Desperdício de energia (entropia) é o que a CR quer e nós ajudamos. O que ela não quer é o retorno à simplicidade (neguentropia) e daí a dificuldade.
O retorno à simplicidade é uma boa ocasião para o moralismo psicosomático falar de humildade e do papel da arrogância no crescimento da CR. Jorge Oshawa, introdutor da macrobiótica no Ocidente, dizia que a arrogância é mãe de todos as doenças em geral e do cancro em particular.
Cada um que se psicanalise a ver quantos litros ou quilos de arrogância debita todos os dias. Para a célula, o afogamento da arrogância é como retirar o oxigénio a um ser aeróbio. (Alguém disse: «Gratidão, oxigénio da Alma»). Anaerobizar a célula é o que faz a arrogância e outras ânsias decorrentes.
Varrer a casa, limpar o pó, lavar a loiça é um exercício que o bom e típico intelectual detesta, embora seja o melhor antídoto da arrogância e suas sequelas. É uma higiene da alma. Apanhar pó não é higiénico mas é psicosomaticamente inócuo. Enquanto a arrogância (falta de humildade) corrói mais do que a Coca-Cola e mata que se farta.
Surge então, com a arrogância e sequelas, ao nível psicosomático (como quer o discurso médico ordinário) a neurose de acumulação, conforme foi cunhada por mim. Pelo quantitativo (bites em barda, como a invasão dos bárbaros da internet mostra) o subconsciente (em linguagem psicologística) tenta colmatar a falta de qualidade.
É assim, de um modo geral, em toda a nossa vida. Complicando e acumulando, temos o quantitativo em vez do qualitativo a comandar e a gerir a nossa bioenergia.
O qualitativo, neste caso, é sinónimo de inteligência da célula. Acumulando e complicando (e intoxicando de medicamentos, já agora) afogamos a inteligência da célula, que fica incapaz de gerir o trabalho, de intercomunicar. O ego intelectual, cheio que nem um ovo, rejubila de internet, universidades e bibliotecas. Tem apegos que cheguem para esse júbilo. Apego forma-se com a raiz ego. Egos (principalmente o ego intelectual, no caso vertente) e apegos são sobremesa para a CR. Regala-se. Lambe-se e pede mais.
Outra forma de (neurose de) acumulação aparece com os chamados afazeres e desaires (a que se seguem queixas e recriminações e revoltas e etc). Uma agenda sobrecarregada de uns e outros é o que a CR quer. Então a medicina ordinária, sem perceber nada do assunto como sempre, fala de stress. Pois é, o stress, uma palavra mágica para não dizer nada. A medicina, aliás, diz sempre nada. Stress e, depois, aqui d'el rei que o doente está stressado: é a altura de passar do discurso lorpa e troglodita ao discurso soft da psicosomática. E mais soft ainda ao moralismo dos conselhos maternais ou paternais: «Faça assim ou faça assado», «deve assim ou deve assado», etc.
Fala-se do sistema endócrino como se falássemos de amendoins. Sistema endócrino não é um pormenor mais dos muitos milhares de pormenores com que a biologia enche os seus tratados. O sistema endócrino é um eixo de interfaces e os interfaces deviam ser, só por si, o estudo central da biologia celular que estivesse verdadeiramente interessada na célula viva e não na célula morta que se estuda nos laboratórios.
Acontece o contrário: o que está naturalmente unido é dividido (e a isso chama a ciência avançar no conhecimento científico). A divisão celular é uma metáfora da divisão dos conhecimentos operada pela magnífica ciência analítica e de laboratório.
Aqui - o item das pontes e dos interfaces - é um dos pontos que me dizem que nunca escreveremos um livro juntos: na melhor das hipóteses, cada um escreve o seu. E ficamos todos contentes.
Mas o sistema endócrino não é o único interface a ter em conta como fundamental a quem pesquisa os fundamentos da vida e os seus mecanismos de autocontrole: a actividade eléctrica da célula é outro interface e só por si deverá constituir o capítulo básico da biologia molecular como ciência da bioinformação. A biologia tal como está, é a ciência da bio-desinformação e, melhor ainda, da bio-contrainformação. O que agrada sobremaneira à CR, que nasceu exactamente de um acidente de contra-informação (vulgo, poluição em geral, poluição química em particular e poluição medicamentosa ainda mais em particular).
Outro interface-chave, já agora, é a homeostase.
Se eu digo que o vírus é uma invenção laboratorial, cai-me a polícia toda em cima. Indagar se o vírus é causa ou efeito, considera-se uma heresia. O dogma religioso da chamada ciência (a igreja mais cruel que já houve sobre a Terra, apesar da batinha branca), não admite que alguém raciocine. E o que a CR quer é mesmo o imobilismo, o dogma, o autoencerramento, a religião, o túmulo, a cruz (para romper isso tudo, Etienne aconselha o trabalho com o pêndulo).
Fala-se então em acreditar ou não acreditar. Quando se têm certezas (poucas mas boas) não é preciso acreditar ou não acreditar nas tolices que todos à compita nos querem impingir. Acreditar é de néscios. Ter certezas (poucas mas boas) é de sábios. O que torna as religiões (incluindo a religião da igreja científica) totalmente obsoletas.
A propósito de impingir, lembro que é também um desperdício de energia as tentativas continuadas de se fazerem lavagens sucessivas ao cérebro do outro. Já me fizeram as lavagens que tinham a fazer e agora, aos 66 anos, não vou mudar. Quando eu falo da seca daquele primeiro ano é que todos os chamados professores têm uma sardinha para impingir e eu já não tenho estômago para sardinhas. Lamento os alunos, coitados, vítimas de um sistema totalitário de contra-informação, mas isso é problema deles e das suas células.
Pedindo ajuda ao padre Antunes de Sousa e à sua retórica untuosa, talvez ele arranje uma epistemologia que faça mesmo a crítica e a filosofia da ciência moderna, que nos encurralou neste espectáculo de horror, terror e pavor que é actualmente o Planeta, com muitos catedráticos na 1ª fila ora a patear ora a aplaudir conforme os negócios que estão em causa.
Chorai, chorai, pilatos de agora que são os carrascos de ontem. O padre Antunes vai ao funeral e carpirá lágrimas sentidas sobre o túmulo em que todos - mas principalmente os cientistas, os senhores da engenharia genética e suas pias obras - nos meteram.
Como a epistemologia e o hipócrita padreca não desatam este nó, é evidente que alguém teria de aparecer para o desatar. Etienne veio desatar o nó górdio. Mas vamos inventar todos os pretextos para adiar a pista que ele aponta . Que mais não seja, uma viagem às Caraíbas, um congresso no Sri Lanka ou qualquer outra forma de turismo e auto-ausentação que a CR adora.
Mete raiva mas não há nada a fazer. Cada um tem as doenças e as ciências que merece.
PS: Junto a seguir cópias de cartas minhas para si, datadas do ano passado... Ainda vou a tempo de as relembrar.
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luisa-1>Lisboa,
29/Maio/1999Luísa: Sobre o meu empenho no método de Etienne Guillé, acho que me devo explicar melhor para que saiba das minhas verdadeiras razões.
1- Antes de mais nada, é uma dívida de gratidão: tento retribuir, com algumas iniciativas, o que recebi, embora o que recebi, do Etienne e da Patrice Kerviel, seja sempre muito mais do que aquilo que eu possa dar.
2 - Depois, é uma questão de «cansaço de vida». Já dei a volta ao quarteirão e não encontrei nada que justificasse andar por aqui muitos mais anos.
Por isso, transmitir quanto antes, a quem fique, a mensagem e o legado que me coube em sorte conhecer - é meu 1º e último objectivo, a minha primeira e última prioridade.
3 - Acontece que esse legado, além dos 4 livros de Etienne Guillé e das centenas de files que sobre Guillé e à volta de Guillé, teclei em computador, esse legado é constituído por alguma da (breve) bibliografia que irradia, como apoio e desenvolvimento, da «grande obra» de Guillé.
São dois milhares de livros (e outros tantos milhares de fotocópias) que eu faço questão de preservar, e que constituem a minha escolha, a escolha que me foi humanamente possível realizar, conjunto coerente de informação que eu tentei polarizar num projecto que apelidei «Biblioteca de Alexandria 2000», ou seja, uma tentativa de reconstituir, em termos de ciência profana, alguns dos itinerários possíveis das 12 ciências sagradas.
4 - Qualquer actividade «seminarística» (workshops, à americana) em que eu me meta, portanto, tem apenas o objectivo de dar mais alguns passos nesta via que lhe indico.
Não pretendo ganhar dinheiro com a gnose vibratória e até sou capaz de dar algum para que se dêem alguns passos nesta «passagem do testemunho» que unicamente pretendo.
Por exemplo: se não houver quem ceda instalações, conheço óptimas instalações na Rua Braancamp que até alugo para que a Luísa lá possa ministrar um ciclo de encontros sobre ADN e Terapias Vibratórias, com carácter mais regular.
5 - Gostaria, para já, de lhe passar o legado a si mas acho que seria mais interessante tentarmos o que eu tentei mas não consegui: constituir um núcleo de fiéis de Etienne e do seu método, de adeptos no sentido alquímico, núcleo que pudesse assegurar a continudade, aqui em Portugal, da sua mensagem.
Cheguei a «inventar» o Grupo de Estudos Herméticos, aqui em Paço de Arcos, grupo que obviamente era constituído por mim e pelos meus 7 adorados gatinhos.
6 - Mas núcleo que, tarde ou cedo, se constituísse em «instituição de utilidade pública» para fugir um bocado à efemeridade das vidas pessoais e individuais. E que preservasse a herança, herança que é materializada, como digo, pelo conjunto bibliográfico e material de ensino e prática, que individual e pessoalmente estou cansado de trazer sempre às costas.
Ou seja: preocupa-me unicamente encontrar um local de confiança - uma sala e estantes - onde possa depositar, com alguma segurança, o que há 6 anos ando seleccionando à luz da hipótese vibratória.
É que apesar das centenas de livros que foram para a ECNH, o núcleo duro da gnose vibratória continua a resistir, até que eu possa legá-lo a alguém (ou a algum grupo) de absoluta confiança: ou seja, alguém, ou algum grupo, para quem Etienne e a Gnose Vibratória seja o tesouro que foi para mim, aquilo a que chamo o minha sorte grande, o meu jackpocket.
Afonso
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luisa-2>26/Junho/1999Tudo o que indico, vai num único e supremo objectivo: criar as condições vibratórias para que, o mais brevemente possível, faça uma viagem a Paris para consultar a Patrice.
Luísa: Já sei que não leva muito a sério as minhas opiniões sobre saúde e que acabará sempre por confiar muito mais na ciência médica do que na experiência vivida (sofrida) de um leigo.
Em todo o caso, sinto-me na obrigação de lhe dar conta da leitura que faço da sua situação. E passo imediatamente aos pontos que julgo prioritários para si:
a) Uma intervenção de fundo, em vez dos expedientes casuísticos e sintomáticos a que tem recorrido;
b) Uma atenção ao terreno orgânico, em desfavor dos aspectos circunstanciais, de tempo e de lugar, que tenham ocorrido: como julgo ser o caso daquele acidente que sofreu e ao qual a medicina parece remeter sempre os problemas que surgem;
c) Interpretar esta última ocorrência como um aviso severo de que tem de fazer uma opção radical e fundamental no seu estilo de vida, incluindo o tempo que dedica a si e o tempo que dedica a outras coisas (nestas outras coisas incluo a carreira e profissão);
d) A questão do top a que pretende chegar, deixou-me, como reparou, muito perturbado: é que o top nunca tem fim e, regra geral, só termina no fim... Deixo ao cuidado da sua inteligência, interpretar esta alegoria;
e) Sendo este aviso um convite para a viragem, deverá nessa viragem incluir uma opção de fundo em relação à corrida para o top: ou seja, é o momento da verdade, em que deverá realizar a sua contabilidade pessoal e saber o que perde, energetica e vibratoriamente, ao ganhar determinadas coisas materiais;
f) O sistema é diabólico nas tentações que consegue colocar à frente das pessoas: e a meta de chegar ao top, é com certeza a cilada mais frequente e mais capaz de nos levar ao inferno, convencendo-nos de que estamos a caminho do paraíso;
g) A intervenção de fundo que refiro na alínea a) tem a ver com duas sub alíneas fundamentais:
1 - Viragem na alquimia alimentar (de modo a que a alquimia dos 600 biliões de células se faça harmonica, ritmica e ortomolecularmente)
2) Viragem na utilização do tempo: ou seja, dedicar muito tempo a «não fazer nada», que o mesmo é dizer, deixar ortomolecularmente, que os 600 biliões de células façam o trabalho que têm que fazer, em sossego e conforme a sua (delas) infinita inteligência, que eu comparo à infinita bondade e misericórdia de Deus...
O «não fazer nada» pode traduzir-se por:
uma esplêndidas férias só a ler, descontraidamente, o Etienne;
um esplêndido ano sabático desses que os universitários (ouço dizer que) podem fazer, exactamente para a reflexão ou meditação sobre o essencial
uma esplêndida licença com vencimento, ao abrigo do problema de saúde que agora lhe surgiu.
Neste «não fazer nada» incluo coisas como o seu previsto «workshop», a remodelação das suas aulas de Biologia celular, etc.
Ou seja: é o momento, penso eu, de começar a gerir a favor de si mesmo tudo o que acumulou de ciência: acho que seguir o Etienne e o pêndulo, é a melhor forma de o fazer. A alquimia celular é o melhor antídoto contra as neuroses de acumulação. Destila. Purifica. Decanta. Não é mais um autor, não é mais um cientista, não é mais um livro: é o encontro de cada um consigo mesmo e com o essencial de si mesmo.
O trabalho com os metais, como sabe, é fundamental para uma alquimia correcta e uma alquimia correcta dos 600 biliões de células é fundamental como imunidade às agressões do meio exógeno e endógeno.
Entre as agressões do meio endógeno incluo os métodos cruentos da medicina oficial.
E falta a alínea final, por onde eu queria ter começado este sermão. Tudo o que indico, vai num único e supremo objectivo: criar as condições vibratórias para que, o mais brevemente possível, faça uma viagem a Paris para consultar a Patrice.
Aí é que me parece a mais difícil, radical e decisiva das suas opções: ou EUA para continuar a carreira para o top; ou uma viagem a Paris para tratar da sua saúde e ultrapassar ortomolecularmente a actual situação.
Acumular as duas opções, impossível.
Será aí, penso eu, onde deverá investir o melhor das suas energias e também tempo, empenho, dinheiro, etc.
Tenho tentado evidenciar a importância da lógica ortomolecular nos problemas de saúde mais difíceis, mas sinto que não consigo fazer passar a mensagem. Não foi só consigo, foi com todos os intelectuais a quem tenho tentado passar a mensagem Etienne: continuo à procura do interlocutor válido...
Afonso
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