HIPÓCRATES 1998
escola-1-> - honra ao mérito - iniciativa da escola superior das ciências naturais e homeopáticas
PRÉMIOS HIPÓCRATES VÃO DISTINGUIR OS MELHORES NA ÁREA DAS MEDICINAS NATURAIS
19/7/1998 - A reabertura do próximo ano lectivo, na Escola Superior das Ciências Naturais e Homeopáticas, em 16 de Outubro, será assinalada por uma novidade: a atribuição, pela primeira vez, dos prémios Hipócrates, destinados a galardoar, todos os anos, entidades e personalidades que se distinguiram no campo das alternativas naturais e ecológicas à medicina convencional.
Para Carlos Ventura, um dos directores da Escola, estes prémios servem a causa das terapias naturais e são uma prova de «gratidão» para com aqueles que, através dos tempos e lugares, lutaram pela justa causa da saúde pública.
« A sociedade é frequentemente ingrata para com aqueles que a melhoram» - afirma Carlos Ventura, autor da ideia a que os outros colegas de direcção logo deram plena anuência - «E são muitas vezes os herdeiros desse legado - os que usufruem dos sacrifícios dos que os antecederam - que não dedicam tempo a homenageá-los e a vivificar a sua memória ou a sua acção ainda actual e viva.»
O nome emblemático de Hipócrates, considerado o pai da medicina europeia, serve assim, muito oportunamente, para que as gerações de hoje prestem homenagem e façam justiça às gerações que as antecederam na luta pela vida, pela saúde, pela liberdade e pela dignidade humana.
Homenageando o médico da ilha de Coz, são também todos os seus herdeiros que se sentem homenageados.
Carlos Ventura explica mais em pormenor a decisão:
«A filosofia que preside a estes prémios e a sua atribuição exigiu profunda reflexão acerca da história da medicina natural, dos vultos que a formaram e dos que continuam a construí-la.»
Nada melhor, com efeito, do que esta sensibilidade ao legado histórico para revalorizar hoje aquilo que diversas ordens de interesses corporativistas pretendem destruir, como se fosse a medicina natural a surgir do vazio e a querer afirmar-se sem antecedentes.
Feliz ou infelizmente, é o contrário que acontece: a medicina natural, pela via hipocrática, é não só a mais lídima representante dessa linha «filogenética» indestrutível como a forma mais apurada que a medicina poderia ter assumido na fidelidade às raízes do passado e aos horizontes do futuro.
Se existe alguma aberração histórica a esta antiquíssima linhagem - onde se inscrevem, além de Hipócrates, sistemas como a acupunctura, o ayurveda ou a medicina tibetana - não será com certeza da parte da medicina natural.
Aberração, se existe, é da medicina moderna. E se, como afirma a sabedoria ancestral mas a ciência confirma, as árvores se julgam pelos seus frutos, basta olhar e ver que frutos dá uma e outra, quais os resultados da medicina tecnológica moderna e quais os resultados da medicina natural.
Com a frontalidade que se acostumou a usar nos momentos críticos decisivos para o movimento holístico português, Carlos Ventura põe o dedo na ferida:
«Há quem queira usurpar as funções de acupunctor ou de homeopata, limitando-as exclusivamente a médicos. Há também quem queira restringir a venda de muitos produtos e remédios naturais e homeopáticos só às farmácias.»
Classificando estas ofensivas de «escandalosas», Carlos Ventura pergunta afinal que democracia é esta:
«Se os agentes das nossas áreas sempre foram (salvo raras e honrosas excepções) esmagadoramente não médicos e não farmacêuticos, como é possível que estes queiram agora assenhorear-se de um sector que sempre combateram, visando expulsar os que sempre o defenderam, praticaram e fizeram crescer?».
A esta pergunta deviam responder, com a máxima urgência, os responsáveis da saúde em Portugal.
Para que se não diga que o poder instituído nada mais faz do que governar em função dos lobbies de pressão em vez de governar, como prometeram, para os interesses da esmagadora maioria do povo que os elegeu.
Continuar a meter o pescoço na areia não será, com certeza, a melhor forma de o poder estabelecido se ressarcir do recente «flop» que a abstenção referendária lhe provocou.
Se quem governa são os «lobbies» de pressão, então a democracia começa mesmo a ficar ameaçada por 3 flancos: os referendos que desautorizam a representação parlamentar, as abstenções que desautorizam o governo anteriormente eleito e a indisciplina dos lobbies que defendem os seus legítimos interesses minoritários em prejuízo dos interesses da esmagadora maioria de eleitores.
O aviso fica feito se o quiserem ouvir: as estimativas até agora realizadas, no maior sigilo, como se fôssemos nós a viver na clandestinidade, dão uns bons 50% de votos às terapias naturais, por mais que o polvo mediático lave o cérebro do contribuinte com as virtudes e maravilhas de mais um medicamento maravilhoso.
Será que ainda não aprenderam a lição de todos os medicamentos maravilhosos que, como a Talidomida, tão trágicas recordações deixaram?
É tempo, no mínimo, de imperar o bom senso e a justiça no reino da dinamarca.
Explicando as razões que estiveram na génese dos prémios Hipócrates, Carlos Ventura sublinha:
«Quisemos relembrar a importância hoje em dia tantas vezes secundarizada da figura ímpar de Hipócrates: ele continua a ter uma actualidade surpreendente, apesar dos seus dois milénios e meio de vida. Este foi um dos factores que se conjugaram para que a Escola Superior das Ciências Naturais e Homeopáticas tenha tomado a decisão de promover anualmente os prémios Hipócrates.»
Carlos Ventura integra um júri de elementos que, todos os anos, delibera sobre a atribuição dos prémios. São eles os membros da direcção da Escola de Ciências Naturais e Homeopáticas:
Carlos Campos Ventura
António Novaes
Armindo Caetano
Amândio Sousa Marques
As seis modalidades abrangidas pelos Prémios Hipócrates pretendem cobrir e prever todas as situações que podem vir a ser merecedoras desses prémios:
Jornalismo/Comunicação Social
Saúde e Ecologia
Companheiros de Hipócrates
Instituição
Personalidade
Vida e Obra
Este esquema, no entanto, é flexível, podendo haver anos em que algumas das modalidades não são preenchidas, havendo no entanto outras que podem ser criadas.
Personalidades e instituições já distinguidas em anos precedentes têm a prerrogativa de propor candidatos para qualquer dos prémios.
O regulamento dos prémios prevê ainda a sua atribuição a título póstumo, o que permite relembrar figuras notáveis do movimento naturoterapêutico mas já falecidas.
O incentivo aos vivos para que se sintam menos sós e menos excluídos do movimento, é outro grande objectivo que estes prémios visam.
«É nossa função - assegura Carlos Ventura - distinguir individualidades que se destacam pelo seu labor e pela sua dimensão, para que esse acto de justiça e reconhecimento público constitua um incentivo.»
Mas também as instituições devem ser reconhecidas na sua acção em prol da causa das medicinas ecológicas e holísticas:
« As instituições - refere o director da ESCNH - são pessoas organizadas que perseguem colectivamente objectivos maiores que a soma simples dos indivíduos. Instituições houve e há sem as quais a nossa história como sociedade seria bem mais pobre. Justo é, portanto, sublinhar o papel que tiveram ou têm. »
***
PRÉMIOS HIPÓCRATES VÃO DISTINGUIR OS MELHORES NA ÁREA DAS MEDICINAS NATURAIS
19/7/1998 - A reabertura do próximo ano lectivo, na Escola Superior das Ciências Naturais e Homeopáticas, em 16 de Outubro, será assinalada por uma novidade: a atribuição, pela primeira vez, dos prémios Hipócrates, destinados a galardoar, todos os anos, entidades e personalidades que se distinguiram no campo das alternativas naturais e ecológicas à medicina convencional.
Para Carlos Ventura, um dos directores da Escola, estes prémios servem a causa das terapias naturais e são uma prova de «gratidão» para com aqueles que, através dos tempos e lugares, lutaram pela justa causa da saúde pública.
« A sociedade é frequentemente ingrata para com aqueles que a melhoram» - afirma Carlos Ventura, autor da ideia a que os outros colegas de direcção logo deram plena anuência - «E são muitas vezes os herdeiros desse legado - os que usufruem dos sacrifícios dos que os antecederam - que não dedicam tempo a homenageá-los e a vivificar a sua memória ou a sua acção ainda actual e viva.»
O nome emblemático de Hipócrates, considerado o pai da medicina europeia, serve assim, muito oportunamente, para que as gerações de hoje prestem homenagem e façam justiça às gerações que as antecederam na luta pela vida, pela saúde, pela liberdade e pela dignidade humana.
Homenageando o médico da ilha de Coz, são também todos os seus herdeiros que se sentem homenageados.
Carlos Ventura explica mais em pormenor a decisão:
«A filosofia que preside a estes prémios e a sua atribuição exigiu profunda reflexão acerca da história da medicina natural, dos vultos que a formaram e dos que continuam a construí-la.»
Nada melhor, com efeito, do que esta sensibilidade ao legado histórico para revalorizar hoje aquilo que diversas ordens de interesses corporativistas pretendem destruir, como se fosse a medicina natural a surgir do vazio e a querer afirmar-se sem antecedentes.
Feliz ou infelizmente, é o contrário que acontece: a medicina natural, pela via hipocrática, é não só a mais lídima representante dessa linha «filogenética» indestrutível como a forma mais apurada que a medicina poderia ter assumido na fidelidade às raízes do passado e aos horizontes do futuro.
Se existe alguma aberração histórica a esta antiquíssima linhagem - onde se inscrevem, além de Hipócrates, sistemas como a acupunctura, o ayurveda ou a medicina tibetana - não será com certeza da parte da medicina natural.
Aberração, se existe, é da medicina moderna. E se, como afirma a sabedoria ancestral mas a ciência confirma, as árvores se julgam pelos seus frutos, basta olhar e ver que frutos dá uma e outra, quais os resultados da medicina tecnológica moderna e quais os resultados da medicina natural.
Com a frontalidade que se acostumou a usar nos momentos críticos decisivos para o movimento holístico português, Carlos Ventura põe o dedo na ferida:
«Há quem queira usurpar as funções de acupunctor ou de homeopata, limitando-as exclusivamente a médicos. Há também quem queira restringir a venda de muitos produtos e remédios naturais e homeopáticos só às farmácias.»
Classificando estas ofensivas de «escandalosas», Carlos Ventura pergunta afinal que democracia é esta:
«Se os agentes das nossas áreas sempre foram (salvo raras e honrosas excepções) esmagadoramente não médicos e não farmacêuticos, como é possível que estes queiram agora assenhorear-se de um sector que sempre combateram, visando expulsar os que sempre o defenderam, praticaram e fizeram crescer?».
A esta pergunta deviam responder, com a máxima urgência, os responsáveis da saúde em Portugal.
Para que se não diga que o poder instituído nada mais faz do que governar em função dos lobbies de pressão em vez de governar, como prometeram, para os interesses da esmagadora maioria do povo que os elegeu.
Continuar a meter o pescoço na areia não será, com certeza, a melhor forma de o poder estabelecido se ressarcir do recente «flop» que a abstenção referendária lhe provocou.
Se quem governa são os «lobbies» de pressão, então a democracia começa mesmo a ficar ameaçada por 3 flancos: os referendos que desautorizam a representação parlamentar, as abstenções que desautorizam o governo anteriormente eleito e a indisciplina dos lobbies que defendem os seus legítimos interesses minoritários em prejuízo dos interesses da esmagadora maioria de eleitores.
O aviso fica feito se o quiserem ouvir: as estimativas até agora realizadas, no maior sigilo, como se fôssemos nós a viver na clandestinidade, dão uns bons 50% de votos às terapias naturais, por mais que o polvo mediático lave o cérebro do contribuinte com as virtudes e maravilhas de mais um medicamento maravilhoso.
Será que ainda não aprenderam a lição de todos os medicamentos maravilhosos que, como a Talidomida, tão trágicas recordações deixaram?
É tempo, no mínimo, de imperar o bom senso e a justiça no reino da dinamarca.
Explicando as razões que estiveram na génese dos prémios Hipócrates, Carlos Ventura sublinha:
«Quisemos relembrar a importância hoje em dia tantas vezes secundarizada da figura ímpar de Hipócrates: ele continua a ter uma actualidade surpreendente, apesar dos seus dois milénios e meio de vida. Este foi um dos factores que se conjugaram para que a Escola Superior das Ciências Naturais e Homeopáticas tenha tomado a decisão de promover anualmente os prémios Hipócrates.»
Carlos Ventura integra um júri de elementos que, todos os anos, delibera sobre a atribuição dos prémios. São eles os membros da direcção da Escola de Ciências Naturais e Homeopáticas:
Carlos Campos Ventura
António Novaes
Armindo Caetano
Amândio Sousa Marques
As seis modalidades abrangidas pelos Prémios Hipócrates pretendem cobrir e prever todas as situações que podem vir a ser merecedoras desses prémios:
Jornalismo/Comunicação Social
Saúde e Ecologia
Companheiros de Hipócrates
Instituição
Personalidade
Vida e Obra
Este esquema, no entanto, é flexível, podendo haver anos em que algumas das modalidades não são preenchidas, havendo no entanto outras que podem ser criadas.
Personalidades e instituições já distinguidas em anos precedentes têm a prerrogativa de propor candidatos para qualquer dos prémios.
O regulamento dos prémios prevê ainda a sua atribuição a título póstumo, o que permite relembrar figuras notáveis do movimento naturoterapêutico mas já falecidas.
O incentivo aos vivos para que se sintam menos sós e menos excluídos do movimento, é outro grande objectivo que estes prémios visam.
«É nossa função - assegura Carlos Ventura - distinguir individualidades que se destacam pelo seu labor e pela sua dimensão, para que esse acto de justiça e reconhecimento público constitua um incentivo.»
Mas também as instituições devem ser reconhecidas na sua acção em prol da causa das medicinas ecológicas e holísticas:
« As instituições - refere o director da ESCNH - são pessoas organizadas que perseguem colectivamente objectivos maiores que a soma simples dos indivíduos. Instituições houve e há sem as quais a nossa história como sociedade seria bem mais pobre. Justo é, portanto, sublinhar o papel que tiveram ou têm. »
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