MEP 1974
1-2 - mep-2> para a história do movimento ecológico – confidencial – documento
O MEP EM 1974(*)
23/5/1974 - Como disse e muito bem, na noite de quinta-feira, dia 23 de Maio de 1974, o Dr. João Barreto de Atalayão, o Movimento Ecológico existia, existe e existirá, antes e depois de nós, quer o queiram ou não os seus amigos e inimigos, reunidos ou não na cooperativa UNIMAVE, a noite de ontem.
Por isso os que, neste momento, tomaram a seu encargo a incumbência de dinamizar esse movimento pré-existente e de para ele concorrer com o melhor do seu esforço, devem manter-se serenos perante a desistência ou deserção eventual de alguns amigos (certos de que eles voltarão a reintegrar-se) e à má vontade ou má fé de eventuais inimigos (certos de que eles acabam por cansar-se e ir às suas vidas, deixando em paz quem pretende efectivamente e apenas trabalhar).
O Movimento Ecológico é inevitável e os que estão certos disso prosseguirão a marcha, haja ou não quem pretenda entravá-la.
O maior erro em que poderiam incorrer os responsáveis pela dinamização do Movimento Ecológico Português era deixar-se cair na armadilha aparelhada por alguns irresponsáveis que, a coberto das regras democráticas, pretendem desacreditar a democracia (tornando-a um rígido aparelho de abusivas burocracias) e, dizendo-se amigos da Terra e do Movimento dos amigos da Terra, pretendem deixar no espírito dos menos prevenidos uma imagem deteriorada da realidade ecológica.
Se aos responsáveis pela dinamização do Movimento Ecológico Português compete fazê-lo enveredar pelo caminho onde melhor se desenvolva e frutifique, uma das suas (das nossas) primeiras obrigações será nunca nos deixarmos cair na rua, nas mãos de arruaceiros e sabotadores de reuniões. Doa a quem doer, e gritem alguns o que gritarem.
Quando a tolerância vai ao ponto de admitir - a título de uma infinita boa fé - que a má fé se instale e instile nas reuniões para as queimar e, com elas, tentar queimar o Movimento, haverá sempre os que, de cabeça fria, não tendo nada a ganhar mais do que a satisfação do dever cumprido, também sabem não ter o Movimento nada a perder enxotando os mal intencionados, usando para com os parasitas as medidas que parecerem oportunas e justas para que as reuniões e com elas o Movimento singrem, no objectivo último de ser útil, democraticamente útil, aos milhares e dezenas de milhares de portugueses que o Movimento poderá servir.
Esta é a meta e ninguém, nenhum grupo de agitação ou de provocação, impedirá os responsáveis de prosseguir até a atingir.
Sem a preocupação de conquistar a Lua numa noite, mas no firme propósito de não consentir mais manobras dilatórias e de distracção, os responsáveis pela dinamização do Movimento Ecológico Português convocam, para a Cooperativa UNIMAVE, às 21 horas do próximo dia 30 de Maio, uma reunião informal de convívio de todas aquelas pessoas que, de boa fé e de boa vontade, estiverem efectivamente interessadas em combinar planos de acção. Mais: urge concertar acções imediatas de intervenção cívica no meio ambiente português, onde urgentes problemas como o da escassez de água e focos de cólera consequentes, exigem dos verdadeiros amigos da Terra e de Portugal., atitudes de fraterna, cívica, ponderada união e serenidade.
Todos os interessados em que a dinamização do Movimento prossiga e progrida podem ficar certos de que os responsáveis hão-de encontrar a fórmula de encontro, organização e reunião que melhor sirva, pela sua elasticidade e maleabilidade, o Movimento e que mais rapidamente permita a todos a base de trabalho em equipa que ambicionam para um trabalho efectivo, eficaz. Sob a forma de colóquio ou reunião informal, grupos de trabalho ou animação de base será encontrada a via que sirva de momento ao momento, e caso se continue a verificar que os aparelhos democráticos como por exemplo as assembleias, podem estar sujeitos, na presente conjuntura, a intromissões de manobradores que pretendem servir-se deles para destruir a democracia, a liberdade e a convivialidade entre as pessoas.
Em nome do Movimento Ecológico Português e da Democracia portuguesa, garantimos que as metas serão atingidas.
Lisboa, em 24 de Maio de 1974
A COMISSÃO DINAMIZADORA DO M. E. P.
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(*) Este texto poderá ter sido lido,( no dia a seguir à reunião da Unimave), em conferência de imprensa, realizada na Casa da Imprensa, de que existe foto da mesa
O MEP EM 1974(*)
23/5/1974 - Como disse e muito bem, na noite de quinta-feira, dia 23 de Maio de 1974, o Dr. João Barreto de Atalayão, o Movimento Ecológico existia, existe e existirá, antes e depois de nós, quer o queiram ou não os seus amigos e inimigos, reunidos ou não na cooperativa UNIMAVE, a noite de ontem.
Por isso os que, neste momento, tomaram a seu encargo a incumbência de dinamizar esse movimento pré-existente e de para ele concorrer com o melhor do seu esforço, devem manter-se serenos perante a desistência ou deserção eventual de alguns amigos (certos de que eles voltarão a reintegrar-se) e à má vontade ou má fé de eventuais inimigos (certos de que eles acabam por cansar-se e ir às suas vidas, deixando em paz quem pretende efectivamente e apenas trabalhar).
O Movimento Ecológico é inevitável e os que estão certos disso prosseguirão a marcha, haja ou não quem pretenda entravá-la.
O maior erro em que poderiam incorrer os responsáveis pela dinamização do Movimento Ecológico Português era deixar-se cair na armadilha aparelhada por alguns irresponsáveis que, a coberto das regras democráticas, pretendem desacreditar a democracia (tornando-a um rígido aparelho de abusivas burocracias) e, dizendo-se amigos da Terra e do Movimento dos amigos da Terra, pretendem deixar no espírito dos menos prevenidos uma imagem deteriorada da realidade ecológica.
Se aos responsáveis pela dinamização do Movimento Ecológico Português compete fazê-lo enveredar pelo caminho onde melhor se desenvolva e frutifique, uma das suas (das nossas) primeiras obrigações será nunca nos deixarmos cair na rua, nas mãos de arruaceiros e sabotadores de reuniões. Doa a quem doer, e gritem alguns o que gritarem.
Quando a tolerância vai ao ponto de admitir - a título de uma infinita boa fé - que a má fé se instale e instile nas reuniões para as queimar e, com elas, tentar queimar o Movimento, haverá sempre os que, de cabeça fria, não tendo nada a ganhar mais do que a satisfação do dever cumprido, também sabem não ter o Movimento nada a perder enxotando os mal intencionados, usando para com os parasitas as medidas que parecerem oportunas e justas para que as reuniões e com elas o Movimento singrem, no objectivo último de ser útil, democraticamente útil, aos milhares e dezenas de milhares de portugueses que o Movimento poderá servir.
Esta é a meta e ninguém, nenhum grupo de agitação ou de provocação, impedirá os responsáveis de prosseguir até a atingir.
Sem a preocupação de conquistar a Lua numa noite, mas no firme propósito de não consentir mais manobras dilatórias e de distracção, os responsáveis pela dinamização do Movimento Ecológico Português convocam, para a Cooperativa UNIMAVE, às 21 horas do próximo dia 30 de Maio, uma reunião informal de convívio de todas aquelas pessoas que, de boa fé e de boa vontade, estiverem efectivamente interessadas em combinar planos de acção. Mais: urge concertar acções imediatas de intervenção cívica no meio ambiente português, onde urgentes problemas como o da escassez de água e focos de cólera consequentes, exigem dos verdadeiros amigos da Terra e de Portugal., atitudes de fraterna, cívica, ponderada união e serenidade.
Todos os interessados em que a dinamização do Movimento prossiga e progrida podem ficar certos de que os responsáveis hão-de encontrar a fórmula de encontro, organização e reunião que melhor sirva, pela sua elasticidade e maleabilidade, o Movimento e que mais rapidamente permita a todos a base de trabalho em equipa que ambicionam para um trabalho efectivo, eficaz. Sob a forma de colóquio ou reunião informal, grupos de trabalho ou animação de base será encontrada a via que sirva de momento ao momento, e caso se continue a verificar que os aparelhos democráticos como por exemplo as assembleias, podem estar sujeitos, na presente conjuntura, a intromissões de manobradores que pretendem servir-se deles para destruir a democracia, a liberdade e a convivialidade entre as pessoas.
Em nome do Movimento Ecológico Português e da Democracia portuguesa, garantimos que as metas serão atingidas.
Lisboa, em 24 de Maio de 1974
A COMISSÃO DINAMIZADORA DO M. E. P.
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(*) Este texto poderá ter sido lido,( no dia a seguir à reunião da Unimave), em conferência de imprensa, realizada na Casa da Imprensa, de que existe foto da mesa
posted by abel campos artigot edita o blog | 5/23/2006 09:56:00 da manhã
