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2006-06-23

HOMEOPATIA 1997

14 208 bytes -guiao-6> = tese de noologia - guião de estudo, leitura ( crítica) e pesquisa

SERÁ A HOMEOPATIA UMA TERAPIA ÚTIL, INÚTIL OU PERIGOSA?

Comentários de Afonso Cautela ao capítulo II da 8ª parte, do livro «L'Alchimie de la Vie», de Etienne Guillé, entre as páginas 177 -181

23/Junho/1997 - 1 - Embora a ciência ordinária, através da revista «Science et Vie» ( Maio, 1997) já tenha demonstrado que a Homeopatia não existe, esta terapia das altas diluições infinitesimais ritmicamente dinamizadas, parece que continua a prestar bons serviços aos terapeutas e aos doentes que precisam de ser energeticamente dinamizados e estimulados, dada a sua indubitável estagnação energética, fonte de todas as doenças.

2 - Terapia de reacção, a homeopatia funciona principalmente pelo seu poder indutor das defesas naturais (o que Etienne Guillé, na página 179, chama de «energia vital»).
Desde logo e por aí, vê-se a que reducionismo os nossos homeopatas remeteram a homeopatia, fazendo dela uma terapia do específico, do pormenor orgânico e do particular concreto, em vez da terapia holística que ela é.
Nas mãos dos reducionistas, tudo se reduz à sua imagem e semelhança, incluindo a Homeopatia, terapia holística e global por excelência, que se aplica hoje, como a alopatia farmacêutica, ao nível do caso pontual e do específico sintomatológico. Mais uma casuística, num campo onde há casuísticas a mais e holística a menos.

3 - Na aplicação da Homeopatia à cura iniciática, podemos ter, desde logo, alguns itens interessantes a reter:
O RITMO no fabrico das próprias dinamizações, surge como um factor que induz a cura iniciática.
Como diz Etienne Guillé (LAV, 177) «se diluir determinada substância por um processus rítmico (o sublinhado é dele), atinge-se rapidamente um «ponto morto», em que as acções das substâncias em estado ponderal já não se manifestam.»
Longe de se chegar ao «nada» - nota E.G., contrariando o que os senhores da revista «Science et Vie» proclamaram do alto do púlpito - produz-se um efeito, oposto e complementar, que vai agir no meio ambiente ou medium circundante (água ou álcool).»

4 - OPOSTO e COMPLEMENTAR - eis um factor sine qua non da iniciação, como já foi dito.

Façamos um parêntesis para exemplificar com um caso concreto muito simples, a démarche possível a seguir numa terapia de urgência.
Se, no caso da dor na boca do estômago, depois do almoço, se verificou, após um inquérito rápido ao doente, que a causa determinante é a chávena de café tomada após a refeição, talvez que o melhor «medicamento» seja a diluição rítmica e dinamizada do café ou, mais simples ainda, o toque vibratório do café durante meia hora, todos os dias, para quem faça a radiestesia holística.
Se o doente não tem os receptores abertos e não pode fazer radiestesia, o terapeuta poderá, pura e simplesmente, fazer transferir a energia café para um copo de água que dará a beber ao doente.

5 - Será que o radiestesista pode transferir veneno para um copo de água? - pergunta alguém.
No caso apontado do café tomado depois de almoço, transferir a energia - e apenas a energia - da mesma «bica», dinamizada e altamente diluída, para um copo de água, talvez fosse a terapia de socorro imediato mais à mão, antes de recorrer a processos mais sofisticados.
Sem esquecer que a terapia de socorro não é uma terapia de fundo.
Como assinala E.G., verifica-se uma «inversão de acção dos remédios, conforme a dose utilizada.»
Óbvio, sempre assim foi e sempre assim será: a dose é fundamental em qualquer terapia.
Esta informação de E.G. desmistifica a utilização altamente especializada da homeopatia, para a tornar, como deve ser, uma terapia de uso democrático, por toda a gente e a toda a hora, sem gastar um tostão em frasquinhos...
Ignoram os senhores da revista «Science et Vie» que, «na relação substracto/solvente (água, álcool), - como escreve E-G. - a quantidade de substracto não desempenha um papel determinante mas cada substracto diluído modifica especificamente a estrutura físico-química do solvente (ou envolvente).»

6 - Verificam-se, principalmente, «modificações características dos equilíbrios electro-estáticos (!!!) entre as moléculas do solvente (água ou álcool) assim como modificações da constante dieléctrica - essa dimensão que mede a capacidade de neutralizar a atracção entre as cargas eléctricas».
Se assim é, pode surgir aqui uma primeira e definitiva contra-indicação da homeopatia.
Será, de facto, terapêutico e salutar modificar essa constante dieléctrica das células ou, pelo contrário, prejudicará o doente tão profunda alteração genética?
É que, informa E.G., essas mudanças ou alterações das cargas eléctricas são susceptíveis de se transmitir, no organismo, aos colóides, na sequência já conhecida dos que estudam radiestesia holística/gnose vibratória: -> metal-> transportador de metal-> água-> adn (enzimas, etc) -> teleacção -> genes-> metal -> : Nesta série de setas podemos verificar um processo de feedback , factor sine qua non de cura iniciática ( Ver homeostasia).

7 - Problemático, porém, com o intervencionismo homeopático, continuam a ser as modificações introduzidas nesse processo de intercomunição molecular e, portanto, na natureza da informação entre as células que, através da intervenção homeopática, é veiculada.
À luz desta hipótese, a Homeopatia não seria inútil nem inócua, como queria a revista «Science et Vie», mas potencialmente perigosa.
O curioso é que E.G., ilustrando a «distracção do sábio», constata essas modificações - que se estendem ao que ele designa por «receptores electromembranares», aos «metalo-ADN», à «permeabilidade membranar», aos «rearranjos cromossómicos», à «tumorogeneicidade» e à «activação de novos genes ou novos capítulos do ADN» (!!!)- e não deixa de relacionar tais modificações com o que se passa na indução do Cancro.
Como podemos nós saber se uma homeopatia estará ou não, com tantas alterações moleculares provocadas, a induzir o cancro ou qualquer outra patologia?

8 - Como refere E.G. , uma homeopatia - através de todos os factores indicados - metal, transportador de metal, água, ADN, enzimas, teleacção, genes, permeabilidade membranar, etc - « vai produzir uma activação de novos genes, ou seja, de novos capítulos do ADN e uma modificação por mutações, da sequência do ADN, implicando progressivamente uma mudança dos receptores membranares.»

9 - A palavra-chave é, evidentemente, MUTAÇÃO: nada nem ninguém, a não ser a inteligência natural da célula, está autorizado a produzir mutações, a mais complexa e melindrosa fase do processo alquímico.
Comparativamente, uma estimulação do organismo através de uma energia floral, por exemplo, de uma energia cor, de uma energia metal, poderá - por SINERGIA - induzir menos ou nenhuns riscos de mutação genética do que a homeopatia.

10 - Factor sine qua non da cura iniciática, a SINERGIA surge na terapia homeopática , tal como surge na oligoterapia, que actua por reacção.
«Os dois binómios EV X SV são sinérgicos - diz E-G. - quer dizer que, à escala da membrana celular, a energia vibratória recebida pelos receptores especializados é já programada evolutivamente para desencadear a recepção de uma outra energia vibratória pelos receptores do ADN - sequências repetidas - da heterocromatina constitutiva, e inversamente. »

11 - Curiosamente, E.G., ou a sua diligente colaboradora nesta obra, Christine Hardy - que lhe deve ter inspirado este capítulo sobre homeopatia - mostra-se, na página 170, menos preocupado com as mutações genéticas verificadas com uma intervenção homeopática do que com a «bela» confirmação que este seu estudo consegue dar da eficiência do método a que chama «análise sistémica» e que foi buscar a Louis Von Bertalanffy.
O que fica por provar - o perigo das propriedades farmacológicas das altas diluições dinamizadas - é que é verdadeiramente importante, para o destino da homeopatia, das medicinas energéticas e da própria RH/GV, que tão largamente utiliza esta muleta terapêutica nos seus (deles) consultórios.
Esta dúvida sobre a capacidade de mutação genética das dinamizações homeopáticas é que é perturbante, inutilizando completamente a ingénua afirmação, feita a seguir, na página 179:
«O objectivo da homeopatia é curar as doenças pela estimulação da energia vital» (!!!).
Era, se fosse.
A que preço ortomolecular?
Com que sequelas a nível genético?
E de que energia vital se trata? Etérica, astral, causal, etc?

12 - E.G./C.H fazem intervir a seguir a noção de homologia - raciocínio por analogia - factor sine qua non de cura iniciática que se inscreve na questão das diluições/dinamizações homeopáticas, com base no postulado cosmobiológico básico que é o dos campos de morfogénese cósmica (cmc).
O método das «cristalizações sensíveis» para diagnóstico, tão falado por E.G., dá um bom exemplo desses CMC, da lei da analogia, do princípio da homologia, a que logo deveremos ligar a sincronicidade de Carl Gustav Jung e o princípio tradicional das correspondências/equivalências vibratórias entre estruturas do universo.
Mas todos estes postulados cosmobiológicos chocam frontalmente com a técnica de manipulação homeopática de indução da mutação genética, exactamente o oposto da ordem cósmica.
Aquilo a que todas as civilizações chamaram «assinatura» e que é factor sine qua non de cura iniciática - o acesso ao Nomen Mysticum - é exemplificado na prática corrente, como ensina a alquimia alimentar taoísta:
o Feijão Azuki com a forma de um rim como terapia dos rins
a Couve Flor (e outras planas labirínticas) como terapia do cérebro
Etc.

13 - Tarefa árdua de demonstrar pela prática é esta afirmação de E.G./C.H.: «Seres análogos , no sentido energético do termo, têm as mesmas direcções de vibração, embora tenham frequências e amplitudes diferentes, numa relação definida.»
Mais uma vez, a frequência vibratória é questão por resolver:
«O Metal cobre, o planeta Vénus, uma planta, um animal ou um homem venusiano, vão vibrar nas mesmas direcções (as 7 direcções do Cobre) mas com frequências e amplitudes diferentes.(???) »
Problemático é se, como quer E.G., esta lei da similitude se estende ao que Hahnemann dizia dessa lei:
«Uma substância que produz sintomas numa pessoa saudável vai curar esses mesmos sintomas numa pessoa doente.»
«Curar», induzindo uma mutação genética ?
Não esqueçamos, como os próprios autores parecem esquecer, que, como vem numa página anterior, este «curar» implica mexer numa cadeia de estruturas moleculares, provocando, em última análise, uma mutação genética.
Na prática - segundo E.G./C.H. - tudo seria muito simples:
«Todos os medicamentos homeopáticos podem ser classificados em função do DNA: para um dado doente é preciso apenas escolher uma preparação que vibra nas mesmas direcções do doente.»
A escolha das frequências, por seu turno, e das amplitudes do medicamento «seria também a partir do DNA do doente, conforme a esfera ou as esferas energéticas perturbadas.»

14 - Resumindo e concluindo: na melhor das hipóteses, a homeopatia agiria apenas e só por ressonância vibratória entre as esferas energéticas do medicamento (!!!) e as esferas-alvo do doente.
Na secretária do terapeuta deverá sempre estar a ficha auxiliar de memória com as esferas energéticas do ser humano.
Como a acupunctua vem no capítulo seguinte do livro, poderemos, desde já, adoptar as esferas energéticas agrupadas pelos chineses através dos 5 elementos energéticos da incarnação:
- Fogo
- Ar
- Terra
- Metal
- Água
Ou então, usar a classificação, mais globalizante, de Rudoldo Steiner ( ver página 119 deste livro, o diagrama fundamental «dos ritmos cósmicos aos ritmos celulares»):
- Esfera neurosensorial
- Esfera rítmica
- Esfera metabólica
Ou então :
- Lado esquerdo
- Lado direito
Etc
Estamos nas perguntas básicas de qualquer teste a fazer pelo terapeuta quando tem um doente na frente e quer localizar o mal de que ele sofre (Ver grelhas já elaboradas) :
- Esfera energética afectada
- Qual dos 5 elementos está mais afectado
- Qual dos 3 sistemas está afectado
- A perturbação é mais yin ou mais yang
- Lado do corpo afectado
- DNA do sintoma (!!!)
Etc
***