AQUARIUS 1996
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21-6-1996
NOVA REVISTA QUER SER PONTO DE ENCONTRO - «URÂNIA» DIVULGA ESPÍRITO DE AQUARIUS
Texto de Afonso Cautela
«Ponto de encontro para comunicar e divulgar ideias relacionadas com o espírito «nova era» é o propósito expressamente assumido pela nova revista «Urânia», que o seu director, Luís Resina, considera aberta a todas as correntes, mas sem privilégios.
«Damos mais importância à unidade, se bem que essa unidade seja constituída por uma pluralidade de ideias, movimentos e escolas do esoterismo», sublinha.
Destinada à «divulgação temática no espírito de Aquarius», como se diz em subtítulo, a nova revista escolheu o nome de «Urânia» porque, «sendo a musa representativa da Astrologia e da Astronomia, simboliza em si os arquétipos fundamentais da alma colectiva.»
Visa não só a divulgação mas também -- acentua Resina -- a formação, isto é, a criação de novos valores que estejam em consonância com o espírito «nova era». É uma revista aberta, colaboradores são todos os que quiserem enviar artigos. Se vierem coisas com valor, serão publicadas.»
«Urânia» pretende -- como diz o director -- «ser fiel à nossa tradição ancestral, tradição que faz parte da essência da alma lusa.»
Tal como os outros grupos da chamada «nova era», procura-se, nestas páginas, «o fio de ariadne que -- sublinha Resina -- nos permita sair do labirinto da chamada crise dos tempos modernos, o actual estado anacrónico do tempo em que vivemos.»
O SONHO DA INTERNET
«Urânia» inclui, no primeiro número, colaboração de nomes ilustres do esoterismo português: Maria Flávia de Monsaraz escreve sobre «A Viragem dos Tempos», Luís Resina sobre «Ciclos, Reinos e Eleições» e José Manuel Anes sobre «o simbolismo iniciático da Flauta Mágica», propondo hipóteses ousadas que Mozart, na qualidade de iniciado maçónico, talvez não se importasse de subscrever.
Além do espaço especial reservado à Astrologia, muitos são os temas que a revista se propõe tratar: alquimia, mitologia, medicinas alternativas, artes simbólicas e -- por estranho que pareça -- ciências tão profanas como economia, política, arquitectura, psicologia, ecologia, etc.
Aliás, Luís Resina faz o elogio total e completo da tecnologia moderna: entrar no Internet é um dos próximos passos: «É uma forma muito simples e muito alargada de comunicar. A Internet é uma linguagem da nova era.»
E referindo-se concretamente à sua profissão, confessa sem complexos: «Considero-me um astrólogo electrónico, no sentido em que recorro no meu trabalho às novas tecnologias».
Astrologia e ciência, no seu entender, têm que se dar bem: «Há muitos preconceitos em ambos os lados. Mas tem que haver uma aproximação dessas posições mais radicalistas: no fundo, espírito e matéria são apenas uma e a mesma energia, com graus de vibração diferentes.
Einstein dizia: a matéria é a energia do espírito a vibrar na situação mais densa, assim como o espírito é a energia da matéria na sua vibração mais rarefeita... O problema não está na tecnologia ou no espiritualismo. O único problema está no separatismo».
Explica então como teve o «insight» da Astrologia: «Comecei a estudar Astrologia por causa do Fernando Pessoa. Achava incrível o desdobramento de personalidades que ele criou. Em 1978 assisti a uma aula de astrologia no Centro Rosa Cruz de Lisboa e a partir daí nunca mais parei. Fui sempre um autodidacta. Em 1988, houve a ideia de fundar, com a Flávia Monsaraz e a Paula Chambel, um centro de astrologia humanista e transpessoal. Nascia o «Quiron», cuja actividade regular vai continuar a ser dinamizada. Mas a pessoa indicada para lhe falar do Quiron e da astrologia humanista e transpessoal é mesmo a Maria Flávia Monsaraz.»
Em todo o caso, não deixa de nos explicar o simbolismo do nome escolhido para o centro de astrologia: «Escolhemos o termo Quiron, por ser, dentro do sistema solar, o corpo celeste (planetóide) descoberto mais recentemente (em 1977). Mas para lhe explicar o que é o Quiron, o melhor é falar com a directora, Flávia Monsaraz. Eu colaboro no centro - onde dou cursos de astrologia e tarô - mas apenas respondo pelo jornal.»
Acertado ficou também que Luís Resina irá, em exclusivo para «A Capital», contar a investigação que tem feito dos manuscritos astrológicos do Fernando Pessoa.
A matéria esotérica mais genérica tem sido divulgada, mas sobre o espólio astrológico de Pessoa apenas existe o que António Quadros publicou e pouco mais.
Ele insurge-se contra a situação e, se tiver apoios, se tiver uma bolsa, Luís Resina promete pôr cá fora tudo o que Pessoa escreveu e pensava de Astrologia. Ficamos à espera.
***
21-6-1996
NOVA REVISTA QUER SER PONTO DE ENCONTRO - «URÂNIA» DIVULGA ESPÍRITO DE AQUARIUS
Texto de Afonso Cautela
«Ponto de encontro para comunicar e divulgar ideias relacionadas com o espírito «nova era» é o propósito expressamente assumido pela nova revista «Urânia», que o seu director, Luís Resina, considera aberta a todas as correntes, mas sem privilégios.
«Damos mais importância à unidade, se bem que essa unidade seja constituída por uma pluralidade de ideias, movimentos e escolas do esoterismo», sublinha.
Destinada à «divulgação temática no espírito de Aquarius», como se diz em subtítulo, a nova revista escolheu o nome de «Urânia» porque, «sendo a musa representativa da Astrologia e da Astronomia, simboliza em si os arquétipos fundamentais da alma colectiva.»
Visa não só a divulgação mas também -- acentua Resina -- a formação, isto é, a criação de novos valores que estejam em consonância com o espírito «nova era». É uma revista aberta, colaboradores são todos os que quiserem enviar artigos. Se vierem coisas com valor, serão publicadas.»
«Urânia» pretende -- como diz o director -- «ser fiel à nossa tradição ancestral, tradição que faz parte da essência da alma lusa.»
Tal como os outros grupos da chamada «nova era», procura-se, nestas páginas, «o fio de ariadne que -- sublinha Resina -- nos permita sair do labirinto da chamada crise dos tempos modernos, o actual estado anacrónico do tempo em que vivemos.»
O SONHO DA INTERNET
«Urânia» inclui, no primeiro número, colaboração de nomes ilustres do esoterismo português: Maria Flávia de Monsaraz escreve sobre «A Viragem dos Tempos», Luís Resina sobre «Ciclos, Reinos e Eleições» e José Manuel Anes sobre «o simbolismo iniciático da Flauta Mágica», propondo hipóteses ousadas que Mozart, na qualidade de iniciado maçónico, talvez não se importasse de subscrever.
Além do espaço especial reservado à Astrologia, muitos são os temas que a revista se propõe tratar: alquimia, mitologia, medicinas alternativas, artes simbólicas e -- por estranho que pareça -- ciências tão profanas como economia, política, arquitectura, psicologia, ecologia, etc.
Aliás, Luís Resina faz o elogio total e completo da tecnologia moderna: entrar no Internet é um dos próximos passos: «É uma forma muito simples e muito alargada de comunicar. A Internet é uma linguagem da nova era.»
E referindo-se concretamente à sua profissão, confessa sem complexos: «Considero-me um astrólogo electrónico, no sentido em que recorro no meu trabalho às novas tecnologias».
Astrologia e ciência, no seu entender, têm que se dar bem: «Há muitos preconceitos em ambos os lados. Mas tem que haver uma aproximação dessas posições mais radicalistas: no fundo, espírito e matéria são apenas uma e a mesma energia, com graus de vibração diferentes.
Einstein dizia: a matéria é a energia do espírito a vibrar na situação mais densa, assim como o espírito é a energia da matéria na sua vibração mais rarefeita... O problema não está na tecnologia ou no espiritualismo. O único problema está no separatismo».
Explica então como teve o «insight» da Astrologia: «Comecei a estudar Astrologia por causa do Fernando Pessoa. Achava incrível o desdobramento de personalidades que ele criou. Em 1978 assisti a uma aula de astrologia no Centro Rosa Cruz de Lisboa e a partir daí nunca mais parei. Fui sempre um autodidacta. Em 1988, houve a ideia de fundar, com a Flávia Monsaraz e a Paula Chambel, um centro de astrologia humanista e transpessoal. Nascia o «Quiron», cuja actividade regular vai continuar a ser dinamizada. Mas a pessoa indicada para lhe falar do Quiron e da astrologia humanista e transpessoal é mesmo a Maria Flávia Monsaraz.»
Em todo o caso, não deixa de nos explicar o simbolismo do nome escolhido para o centro de astrologia: «Escolhemos o termo Quiron, por ser, dentro do sistema solar, o corpo celeste (planetóide) descoberto mais recentemente (em 1977). Mas para lhe explicar o que é o Quiron, o melhor é falar com a directora, Flávia Monsaraz. Eu colaboro no centro - onde dou cursos de astrologia e tarô - mas apenas respondo pelo jornal.»
Acertado ficou também que Luís Resina irá, em exclusivo para «A Capital», contar a investigação que tem feito dos manuscritos astrológicos do Fernando Pessoa.
A matéria esotérica mais genérica tem sido divulgada, mas sobre o espólio astrológico de Pessoa apenas existe o que António Quadros publicou e pouco mais.
Ele insurge-se contra a situação e, se tiver apoios, se tiver uma bolsa, Luís Resina promete pôr cá fora tudo o que Pessoa escreveu e pensava de Astrologia. Ficamos à espera.
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