SIDERURGIA 1997
fe1980-1> - silêncios e silenciamentos em 1980 - temas portugueses para «dossiês malditos»
11-6-1997
PLANO SIDERÚRGICO NACIONAL 1980
Se não temos um Plano Económico de Médio e Longo Prazo, em que um Plano Siderúrgico naturalmente se apoiasse e integrasse
Se não temos estabilidade política que permita o mínimo de coerência entre as várias acções pontuais
Se não temos informação quanto mais domínio prático sobre as novas tecnologias que vão ser instaladas
Se não temos certeza nenhuma sobre a viabilidade de aproveitamento das cinzas de pirites como minério de ferro
Se a CP não garante pôr uma nova ponte no lugar da actual ponte D. Maria
Se os países importadores de minérios de ferro diminuiram drasticamente as suas importações dos fornecedores clássicos , voltando-se para aqueles cujos minérios oferecem teores mais atraentes
Se não temos planos de aproveitamento (consumos internos) para o que se vai fazer dos excedentes de ferro produzidos
Se tudo isto é reconhecido, afirmado, criticado pelos que defendem o Plano Siderúrgico Nacional como um dos planos capazes de salvar a Pátria, quem será capaz de nos dizer o que fica afinal - argumento ou razão - que explique esta inexplicável e nos dê a lógica deste absurdo?
Se não temos planos de formação de pessoal para enfrentar as novas tecnologias que vão ser instaladas (importadas)
Se não temos dinheiro para financiar e temos de recorrer a consórcios com empresas estrangeiras (Brasil, Suécia, França) e multinacionais
Se não temos estudo sobre a viabilidade tecnológica e económica do minério de Moncorvo para fins siderúrgicos
Se não temos a certeza de como se poderá fazer, com a mesma finalidade, o aproveitameto das pirites, contando apenas com as «cinzas» para alimentar o Seixal e já que o resto dos componentes do minério ficaria no Barreiro
Se não temos qualquer sinal de que o mercado europeu inverta a sua actual situação de recessão e retracção
Se vai haver excedentes de produção e nada está previsto para o seu consumo interno, ao mesmo tempo que está vedada a exportação desses excedentes para mercados já neste momento saturados
Se nada está previsto nem resolvido para as infraestruturas necessárias ao transporte de minérios
Afonso Cautela
In semanário «Voz do Povo», 12/12/1980
***
11-6-1997
PLANO SIDERÚRGICO NACIONAL 1980
Se não temos um Plano Económico de Médio e Longo Prazo, em que um Plano Siderúrgico naturalmente se apoiasse e integrasse
Se não temos estabilidade política que permita o mínimo de coerência entre as várias acções pontuais
Se não temos informação quanto mais domínio prático sobre as novas tecnologias que vão ser instaladas
Se não temos certeza nenhuma sobre a viabilidade de aproveitamento das cinzas de pirites como minério de ferro
Se a CP não garante pôr uma nova ponte no lugar da actual ponte D. Maria
Se os países importadores de minérios de ferro diminuiram drasticamente as suas importações dos fornecedores clássicos , voltando-se para aqueles cujos minérios oferecem teores mais atraentes
Se não temos planos de aproveitamento (consumos internos) para o que se vai fazer dos excedentes de ferro produzidos
Se tudo isto é reconhecido, afirmado, criticado pelos que defendem o Plano Siderúrgico Nacional como um dos planos capazes de salvar a Pátria, quem será capaz de nos dizer o que fica afinal - argumento ou razão - que explique esta inexplicável e nos dê a lógica deste absurdo?
Se não temos planos de formação de pessoal para enfrentar as novas tecnologias que vão ser instaladas (importadas)
Se não temos dinheiro para financiar e temos de recorrer a consórcios com empresas estrangeiras (Brasil, Suécia, França) e multinacionais
Se não temos estudo sobre a viabilidade tecnológica e económica do minério de Moncorvo para fins siderúrgicos
Se não temos a certeza de como se poderá fazer, com a mesma finalidade, o aproveitameto das pirites, contando apenas com as «cinzas» para alimentar o Seixal e já que o resto dos componentes do minério ficaria no Barreiro
Se não temos qualquer sinal de que o mercado europeu inverta a sua actual situação de recessão e retracção
Se vai haver excedentes de produção e nada está previsto para o seu consumo interno, ao mesmo tempo que está vedada a exportação desses excedentes para mercados já neste momento saturados
Se nada está previsto nem resolvido para as infraestruturas necessárias ao transporte de minérios
Afonso Cautela
In semanário «Voz do Povo», 12/12/1980
***
<< Home