SUICÍDIO 1991
eu-sui-2>- esquema viável para inventário e conto aberto
O PRAZER DO SUICÍDIO
2/Abril/1991 - A engrenagem hedonista vira os olhos e põe um lençol por cima do suicida, do suicídio, o qual é, como se sabe, um autêntico tabu. Para quem entroniza o prazer, de facto, o suicida incomoda e chateia. Vem alterar o ritmo dos consumos e do lucro. Recua às cavernas. É contra o progresso. Morde a corda. Empata. Exonera. Exagera. Faz cabecear de sono os heróis sem sono da Bolsa e da ganhuça arreganhada. Fornica a tabela de Wall Street, Tóquio, (...), Lisboa. E nem o índice «Jornal das Nove» lhe fica invulnerável. Maldito suicídio, maldita cocaína.
Hedonistas de todo o Mundo, uni-vos. Só tendes a perder um tiro nos cornos e -- claro -- o vosso orgasmo. Mas, como queria o outro, que inventou o guião do filme, a condenação pior do que a condenação à vida é, no outro mundo, ficar obrigado a consumar um orgasmo permanente. Como dizia o outro, mais vale um na mão do que dois a voar. Aí, hedonistas, porque não tendes o gozo, o prazer, o ousio de levar até às últimas consequências, até ao clímax a vossa teoria do quanto mais melhor. Fartar, vilanagem. E merda para os suicidas.
O PRAZER DO SUICÍDIO
2/Abril/1991 - A engrenagem hedonista vira os olhos e põe um lençol por cima do suicida, do suicídio, o qual é, como se sabe, um autêntico tabu. Para quem entroniza o prazer, de facto, o suicida incomoda e chateia. Vem alterar o ritmo dos consumos e do lucro. Recua às cavernas. É contra o progresso. Morde a corda. Empata. Exonera. Exagera. Faz cabecear de sono os heróis sem sono da Bolsa e da ganhuça arreganhada. Fornica a tabela de Wall Street, Tóquio, (...), Lisboa. E nem o índice «Jornal das Nove» lhe fica invulnerável. Maldito suicídio, maldita cocaína.
Hedonistas de todo o Mundo, uni-vos. Só tendes a perder um tiro nos cornos e -- claro -- o vosso orgasmo. Mas, como queria o outro, que inventou o guião do filme, a condenação pior do que a condenação à vida é, no outro mundo, ficar obrigado a consumar um orgasmo permanente. Como dizia o outro, mais vale um na mão do que dois a voar. Aí, hedonistas, porque não tendes o gozo, o prazer, o ousio de levar até às últimas consequências, até ao clímax a vossa teoria do quanto mais melhor. Fartar, vilanagem. E merda para os suicidas.
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