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2006-07-09

ILLUMINATI 1990

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OS SINTOMAS QUE SE ETERNIZAM PORQUE DÃO LUCRO

Lisboa, 9/Julho/1990, 5 horas, segunda-feira - Se um dia, por artes mágicas, ou porque um laboratório científico finalmente acertava na muge, ou porque Deus queria (finalmente), desempenhando o papel de bonzarrão, fazer a humanidade feliz, ou por qualquer conjuntura do acaso, se um dia fosse descoberta a fórmula da Felicidade, mesmo relativa, imediatamente ela seria omitida e escondida pelas forças ocultas que velam pela sua própria subsistência e dominam o Mundo, eternizando o infortúnio da humanidade.
E, tudo isto, pela clara e simples razão de que essas forças que dominam o Mundo, o fazem exactamente baseadas na infelicidade, na injustiça, na doença, na miséria, na exploração do homem pelo homem, na pobreza, na alienação, no cancro, na marginalidade, na toxicomania, no bairro da lata ( ver lista negra de todos os sintomas que se eternizam).
A própria ideia de que seria possível resolver os problemas básicos de carência e ignorância, tornar-se-ia de imediato subversiva e, portanto, automaticamente proibida.
Dou o exemplo com a célebre «cura do cancro». O cancro, hoje, já é curável pela medicina metabólica, e não há nenhum motivo para que o não seja. No entanto, os terapeutas que fazem os tratamentos metabólicos ( aliás simples, aliás óbvios) para curar o cancro, trabalham numa semi-clandestinidade (que, embora dourada e bem paga, não deixa de ser clandestinidade).
Portanto, a única maneira de fazer passar hoje a mensagem que dê aos homens a esperança das técnicas para a sua autolibertação , é sob a forma de «politic-fiction»...
É preciso continuar a «explorar» a doença, a morte, a ignorância, o pesadelo urbano, o tráfego congestionado, a toxicodependência (ver lista do terror e do tecno-terror), enfim, toda a sintomatologia, porque a sintomatologia ( e não a causalidade científica, seu oposto lógico) é que rende dividendos, é que dá fabulosos lucros.
Dizer que o mau hálito é produto de antibióticos e da (consequente) má flora intestinal, é verdade e resolveria o mal pela raiz, mas não dá lucros a ninguém.
Mas se se disser que o mau hálito é produto de dentes lavados com a pasta dentífrica A, X ou Z, então é todo o cenário de pastas dentífricas, o produto que dá mais fabulosos lucros a maior número de multinacionais da cosmética, que levam a vida prometendo debelar o mau hálito que pura e simplesmente os antibióticos e outros destruidores da flora intestinal levam a vida provocando. Sem que jamais pasta dentífrica alguma consiga repor o mau hálito que os antibióticos provocaram.
É claro que o jornalista não pode fazer passar esta mensagem para lá dos 20 mil exemplares de tiragem. Por isso as ideias como esta, que poderiam contribuir, muito pratica e pragmaticamente, para uma relativa felicidade das pessoas ( e são muitas, e são todas as ideias de eco-alternativas e tecnologias de auto-suficiência), só podem assumir a forma de «ficção narrativa» em um mundo «utópico» que de facto e decididamente ainda não é este. Mas que está, curiosamente, a um dedo das nossas mãos, a um passo dos nossos passos...
Tornando-se inverosímeis, relevando do absurdo, classificando-se de «utópicas», as ideias mais fulgurantes e realistas, portanto, passam automaticamente para o campo da « politic-fiction», ou então não passam.
Esta mesma tese é defendida, sob a forma semi-ficcional, na espantosa obra «O Livro dos Illuminati», de Robert Anton Wilson, espantosamente editada em português pela Via Óptima, do Porto, e espantosamente ignorada da crítica neo-zelandesa que abunda nos areais sem fim dos «media» portugueses.
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