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2006-07-28

IDOSOS 1993

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AJUDA HUMANITÁRIA AOS IDOSOS SÓS - UM PROJECTO EM MARCHA

Esta circular tem carácter meramente exploratório, destina-se a passar de mão em mão e não constitui documento definitivo para uso público.

Lisboa, 29/7/1993

«O Poder, seja ele qual for, é sempre, à face de Deus, grotesco, abjecto, hediondo. Mas quando se atreve a atacar os velhos à paulada (ou a instrumentalizá-los) transforma-se na própria Abominação. É o momento de os velhos salvarem a alma dos poderosos, rezando muito por eles.
«Velhos de todo o Mundo, uni-vos: só tendes a perder os sonhos de Criança».

1 - De inspiração cristã, vegetariana e naturista, a Associação de Ajuda Humanitária aos Idosos Sós tem por objectivo prestar apoio e ajuda aos que, pela idade avançada, se encontram incapacitados de atender às suas básicas carências.
2 - A AAHIS será uma espécie de porto de abrigo para os que se sentem abandonados e necessitam de uma palavra ou gesto de conforto. E de preparar a vida que vão viver após esta vida, ou seja, após esta morte.
3 - Apesar de haver inúmeras instituições aparentemente com os mesmos objectivos, nunca é demais mais uma, embora esta se imponha por alguns motivos específicos característicos:
a) a inoperância da maior parte das instituições particulares e do estado, que se dizem de «solidariedade social» mas que de solidariedade humana nada ou pouco têm;
b) A magnitude das tarefas, no campo dos direitos dos Idosos, é de tal maneira vasta, que nunca será demais as instituições que se criarem com esse objectivo;
c) Para lá do mais, a AAHIS irá caracterizar-se por alguns aspectos que a especificam no contexto das instituições congéneres, tais como:
- A inspiração vegetariana e naturista
- A opção pelos métodos naturais de cura e tratamento, quer da doença aguda, quer da doença crónica
- O uso sistemático e metódico do Pêndulo como Bússola universal no caminho da eternidade
- A aprendizagem sistemática (que o Pêndulo possibilita) de uma atitude serena, confiante e radiante perante o que chamam morte
- A consequente aprendizagem dos processos que preparam não só uma velhice calma e sem violências (nem agonias lentas) mas a visão (consciência) mais clara do que a nós, velhos, nos espera do outro lado da espessa parede da chamada Segurança Social
- Sem complexos, a AAHIS declara-se e assume-se como uma instituição capaz de transmitir aos seus sócios os necessários conhecimentos e práticas que indiciam a iniciação de um processo iniciático

4 - Ao contrário do que irá acontecer aos jovens - já nascidos, quase todos, sob as vibrações de ouro da Era do Aquário e que irão portanto viver em plenitude, sem os Silva Peneda à ilharga, a Nova Idade de Ouro que se aproxima a passos largos, ao contrário dos jovens que vão ter um buraco na camada de Ozono mas todas as chances de meter os poderosos no buraco infecto das ratazanas onde eles aliás sempre estiveram, os velhos sem poder têm muito pouco tempo para preparar a grande viagem. Precisam, portanto, de ser mais ajudados do que os jovens, no sentido de uma iniciação antes da morte física. A seu favor, os velhos têm um Ego, em princípio menos rígido do que a juventude e mais susceptível de aceitar a Luz

5 - Falando de «ganhar tempo», é evidente que a AAHIS não irá contemporizar com tudo o que hoje se consideram «atrasos de vida», nomeadamente nas áreas das correntes místicas que se pretendem iniciáticas e isentas do Pecado Mortal do Poder, seja ele qual for. A AAHIS surge exactamente para exercer uma atitude lúcida, crítica e exigente em relação a tudo o que, quer no Poder, quer nas alegadas correntes do anti-Poder, constitui um obstáculo à conquista da derradeira e primeira Sabedoria. Mas só agirá, se for atacado ou provocado. Nunca, jamais tomará a iniciativa de cultivar o confronto. Queremos é sopas e descanso. Agiremos sempre e só por reacção. Em legítima defesa.

6 - A legítima defesa, neste momento, tem duas frentes concretas:
- O governo português perdeu a cabeça e, em vez de cultivar a demagogia barata do sr. Manuel Sérgio, falando muito em solidariedade, desatou à paulada na cabeça dos velhos, na cena mais apocalíptica e grotesca da Idade Moderna Europeia
- O próprio Manuel Sérgio e seu partido, que veio para tornar grotesca a arte de envelhecer em Portugal com dignidade

7 - Sem quaisquer ilusões, portanto, sobre os crimes e violências do Poder, nesta triste Idade de Kali-yuga, em que os poderosos de toas as espécies de poder queimam os últimos cartuchos que lhes restam, a AAHIS baseia o seu infinito optimismo em duas fontes eternas:
- O pêndulo como a ponta visível da Eternidade
- A Nova Idade de Ouro que desponta

8 - É claro que, na defesa destas duas fontes, a AAHIS não hesitará em combater sempre que for atacada. E só quando for atacada, como agora que um ministro português resolveu, não se sabe por que raio de loucura, desatar à paulada na cabeça dos velhos. Há, porém, à partida a certeza de que ninguém, nem o mais perverso dos poderosos, ousará atacar ou perverter uma Associação de Ajuda Humanitária aos Idosos Sós. Até porque somos os únicos a garantir que rezaremos para lhes salvar a alma. Isto, apesar de ter havido e de continuar a haver, quem tenha tido a coragem de cometer a maior proeza do século XX, ou seja, a maior e mais solene violência contra os Idosos: o Estado Português. Relativamente a este crime, há que falar claro e mijar direito:
a) Quando se fala do Estado, não se fala só de governo e maioria: fala-se de outros órgãos de soberania, à partida intersolidários entre si
b) O atentado aos direitos humanos dos idosos perpetrado pelo Estado português merecia dar entrada no Tribunal de Haia. Para essa e outras tarefas inadiáveis, irá ser fundada a Associação de Ajuda Humanitária aos Idosos Sós.
Afonso Cautela
Lisboa, 29/7/1993

PS: Esta primeira «newsletter» tem carácter meramente exploratório, não sendo nem constituindo um documento para uso público: irá apenas circular de mão em mão, num círculo restrito de pessoas, exactamente com o objectivo de recolher sugestões e críticas - principalmente críticas - que serão minuciosamente aproveitadas para a redacção final de um documento - esse sim - a tornar público.
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