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2006-05-10

ESCOLA 1982

1-1 - frente-1-GG> os guardas do gulag

METER OS POLÍTICOS NA ESCOLA DA VIDA (QUOTIDIANA)

10 de Maio de 1982 - Volta e meia os políticos promovem realizações para "sensibilizar as massas".
No entender deles, as "massas" é que precisam de ser mentalizadas, educadas, "alertadas", como eles dizem - e outras coisas em idas.
Jamais alguém diz ou se lembra de que é preciso sensibilizar, educar, mentalizar os políticos. Que precisam todos de ir para a Escola. Que estão mesmo a necessitar reciclagem e tratamento de choque. Que se encontram em total carência de palmatória e jardim de infância.
Quem diz políticos, diz técnicos seus consultores.
Uma "biblioteca dos tempos difíceis" teria a seu cargo essa função didáctica.
Entre outras coisas que importa ensinar aos especialistas, o quotidiano da vida é (devia ser) a matéria-prima de toda a política: os factos, a realidade, o quotidiano, o dia a dia dos cidadãos - como "vivem" mal e morrem (pior) as pessoas deste País.
Porque os políticos não sabem, são totalmente analfabetos de factos, remexem-se num aquário de ideologia e fantasmagorias, de mitos e sofismas, de textos e pretextos, de intelectualismo e teoria, aquário de águas podres e estagnadas.
Ignoram no fundo o "tecido" social, a "rede" viva que constitui a trama da política.
Por isso a política é esta casa de fantasmas e correntes arrastando-se pelos sinistros corredores dos ministérios e nem só.
Por isso a crise.
Por isso a miséria de estar.
O que os senhores políticos precisam é um duche de realidade.
E a Biblioteca dos Tempos Difíceis pode dar-lhes esse duche de realidade, preparando numa primeira fase uma listagem de factos que os senhores políticos acham sem importância e, numa segunda fase, a análise, interpretação e leitura inteligente dessa listagem.
Na Biblioteca dos Tempos Difíceis existe já reunido um acervo de recortes de Imprensa, material que pode ser um bom princípio de formação básica para todo e qualquer político que se preze.
Até porque desse quadro pouco edificante de factos que é a psicopatologia do quotidiano em Portugal, os primeiros grandes responsáveis são, em globo, os senhores das classes dirigentes, que bem podiam, graças a Deus, ser menos estúpidos e matricular-se a tempo numa Escola de Instrução Primária .
É o que sugerimos.
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