PARADIGMA 1989
89-04-21- notícias da frente - demanda de um novo paradigma
O RADICALISMO EM ECOLOGIA
O radicalismo em ecologia é, mais uma vez, o tema deste texto inédito, que por isso mesmo - por ser apologista do radical - foi e será inédito. Deste texto emerge também o tema dos «dossiês malditos» e da ecologia como ciência maldita. Nele se fala também de um ecorealismo que nunca consegui explicar muito bem e que foi o último refúgio para continuar pensando aquilo que mais ninguém, dos ecologistas e ambientalistas, pensava.(15/9/1999)
21/Abril/1989 - As teses mais iconoclastas e heréticas que as edições «Frente Ecológica» têm apresentado - no meio, é claro, de total indiferença e silêncio - são, na maior parte, discordâncias frontais com outras correntes ambientalistas.
O que só tem ajudado a definir o realismo ecológico como corrente autónoma.
Quer dizer: a definição de ecologismo como realismo (mais) radical leva necessariamente - e não por coincidência - a tomar posição crítica em relação a correntes do ambientalismo consideradas menos radicais.
Ao dizer «mais radicais» não se pretende com isso fazer um juízo de valor: pretende-se apenas dar o seu a seu dono.
À medida que se radicaliza - como têm feito os ensaios da «Frente Ecológica» - um realismo ecológico cada vez mais exigente, o confronto é cada vez mais entre ecologistas de diversas formações, e a polémica é mais interna que externa.
Feliz ou infelizmente, é esta a realidade dos factos. É este o dado objectivo.
O que, por exemplo, o realismo ecológico pensa do ordenamento do território e das campanhas conservacionistas, é demonstrativo de uma posição que se isola à medida que tenta radicalizar a análise. Não terá o realismo ecológico que pedir desculpa às outras correntes pelas posições que sustenta e pela teses «impopulares» que propõe: poderá , sim, fazer questão de separar as ideias das pessoas. E quando critico o conservacionismo ou o ordenamento do território , é evidente que até sou - e quero continuar a ser - amigo de muitos conservacionistas e defensores do ordenamento.
Posso, quanto muito, pedir desculpa de alguma fraseologia mais virulenta e prometer que a evitarei. Não vou é garantir que desista de aprofundar a análise e a definição de um ideário.
Que o resultado desta démarche seja a solidão - paciência.
Como dizia o Platão, sou muito amigo dos meus amigos ambientalistas de todas as cores e tendências, mas sou mais amigo da verdade.
*
AMEAÇAS E ALARMES
Entre os temas típicos do eco-realismo , cita-se o das «ameaças e alarmes com que se pretende
esmagar a liberdade humana .
Sendo eles os principais autores do Apocalipse, eis que nos ameaçam com falsos apocalipses para nos obrigarem a esquecer os reais. Com as ameaças para amanha , querem fazer-nos esquecer as mentiras de hoje.
Para dar aos nossos amigos uma ideia das interferências abrangidas por essa verdadeira guerra de nervos - na qual fundamentalmente se apoia a guerra ecológica - vamos citar títulos com que os jornais, veículo de ideologias e propagandas, tentam convencer-nos.
Repete-se: Ecologia é um esforço para ver a verdade, no meio do nevoeiro das propagandas e demagogias.
***
O RADICALISMO EM ECOLOGIA
O radicalismo em ecologia é, mais uma vez, o tema deste texto inédito, que por isso mesmo - por ser apologista do radical - foi e será inédito. Deste texto emerge também o tema dos «dossiês malditos» e da ecologia como ciência maldita. Nele se fala também de um ecorealismo que nunca consegui explicar muito bem e que foi o último refúgio para continuar pensando aquilo que mais ninguém, dos ecologistas e ambientalistas, pensava.(15/9/1999)
21/Abril/1989 - As teses mais iconoclastas e heréticas que as edições «Frente Ecológica» têm apresentado - no meio, é claro, de total indiferença e silêncio - são, na maior parte, discordâncias frontais com outras correntes ambientalistas.
O que só tem ajudado a definir o realismo ecológico como corrente autónoma.
Quer dizer: a definição de ecologismo como realismo (mais) radical leva necessariamente - e não por coincidência - a tomar posição crítica em relação a correntes do ambientalismo consideradas menos radicais.
Ao dizer «mais radicais» não se pretende com isso fazer um juízo de valor: pretende-se apenas dar o seu a seu dono.
À medida que se radicaliza - como têm feito os ensaios da «Frente Ecológica» - um realismo ecológico cada vez mais exigente, o confronto é cada vez mais entre ecologistas de diversas formações, e a polémica é mais interna que externa.
Feliz ou infelizmente, é esta a realidade dos factos. É este o dado objectivo.
O que, por exemplo, o realismo ecológico pensa do ordenamento do território e das campanhas conservacionistas, é demonstrativo de uma posição que se isola à medida que tenta radicalizar a análise. Não terá o realismo ecológico que pedir desculpa às outras correntes pelas posições que sustenta e pela teses «impopulares» que propõe: poderá , sim, fazer questão de separar as ideias das pessoas. E quando critico o conservacionismo ou o ordenamento do território , é evidente que até sou - e quero continuar a ser - amigo de muitos conservacionistas e defensores do ordenamento.
Posso, quanto muito, pedir desculpa de alguma fraseologia mais virulenta e prometer que a evitarei. Não vou é garantir que desista de aprofundar a análise e a definição de um ideário.
Que o resultado desta démarche seja a solidão - paciência.
Como dizia o Platão, sou muito amigo dos meus amigos ambientalistas de todas as cores e tendências, mas sou mais amigo da verdade.
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AMEAÇAS E ALARMES
Entre os temas típicos do eco-realismo , cita-se o das «ameaças e alarmes com que se pretende
esmagar a liberdade humana .
Sendo eles os principais autores do Apocalipse, eis que nos ameaçam com falsos apocalipses para nos obrigarem a esquecer os reais. Com as ameaças para amanha , querem fazer-nos esquecer as mentiras de hoje.
Para dar aos nossos amigos uma ideia das interferências abrangidas por essa verdadeira guerra de nervos - na qual fundamentalmente se apoia a guerra ecológica - vamos citar títulos com que os jornais, veículo de ideologias e propagandas, tentam convencer-nos.
Repete-se: Ecologia é um esforço para ver a verdade, no meio do nevoeiro das propagandas e demagogias.
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