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*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-02-23

NOTÍCIAS DA FRENTE 1979

79-02-23>- nf = notícias da frente

UM PANORAMA DO ECOLOGISMO, PORQUÊ?

23/2/1979 - (In jornal «Portugal Hoje»? Ou inédito? ) Está marcada para Évora, na Pousada da Juventude, dias 23 a 27 de Fevereiro próximo, uma reunião de ecologistas.
Em cima do Carnaval, foi convocada pela revista «A Urtiga» em colaboração com o projecto «Renascimento Rural» (Apartado 31, Lagos) e a Cooperativa «Pirâmide» (R. do Breyner, 50, Porto) .
Não há programa prévio: uma vez mais, confia-se no espontaneísmo das massas... Espera-se que as iniciativas naturalmente concordem e, à hora, as pessoas se distribuam conforme os grupos de trabalho e temas de interesse em presença, em discussão.
Antecipadamente positivo é que os ecologistas se encontrem e convivam.
Com as várias mortes do Movimento Ecológico Português e da Coordenadora Nacional, em que os portugueses, mesmo ecologistas, têm demonstrado a sua imensa dificuldade em se unir e organizar, tudo quanto seja unir e organizar, integrar e coordenar, já é positivo... Independente do balanço final que se fizer. Mesmo que durante 5 dias só haja palavras.
Há uma tendência dos recém chegados ao limiar do ecologismo para fazer tábua rasa do já feito, pensado, trabalhado e sofrido. Pouco houve, é certo, mas houve e há coisas, factos, pessoas, iniciativas. Muitos que deram horas das suas vidas...
Numa tentativa de colaborar com a próxima reunião de ecologistas em Évora e de prestar homenagem aos que não têm estado parados - quando tudo paralisa neste país - vamos neste artigo dar um pequeno contributo à história da «corrente ecologista» em Portugal. Convém fazer o ponto da situação, não dando passo a posições «zeristas» do tipo «antes de nós, nada, depois de nós o dilúvio». O dilúvio , talvez, mas com molho.
Alguma coisa (con) viveu , nestes anos, enquanto a onda de morte e destruição ecocida avança e avassala o mundo, o país.
Antes de citar quaisquer outras iniciativas, porém, duas há a que teremos de fazer obrigatória referência e justiça: o quinzenário «Informação Ecológica » (aparatado 3205 Lisboa) tem mantido um ritmo e uma tenacidade que é a sua maior qualidade ; vai no número 20 (em Janeiro de 1979) e uma coisa há que supera a sua pequena tiragem (seu maior handicap): é a alma grande que tem e a esperança que o anima. Vinte valores para «Informação Ecológica»
Outra referência obrigatória é para esse homem com quem se tem identificado, desde 1974, o ecologismo português : José Carlos Marques, animador das mais belas coisas que de ecologismo se fizeram em Portugal: colecção de livros/cadernos «Ecologia e Sociedade» ; revista «Viver é Preciso», revista «A Urtiga» (cinco números até Janeiro de 1979); Festival pela Vida contra o Nuclear.
Onde quer que mexe ecologia em Portugal, tem estado a mão, o trabalho, a iniciativa , o incentivo, a perseverança e a teimosia de José Carlos Marques.

OMISSÕES INVOLUNTÁRIAS: UM RISCO DESTE ARTIGO

Só mais um ponto prévio à breve retrospectiva de iniciativas, nomes, grupos, datas e experiências do «movimento ecologista em Portugal».
Risco grave de involuntárias omissões é o que iremos correr com esta breve retrospectiva, com este primeiro balança de actividades.
Não somos um computador que garanta uma exaustiva panorâmica de tudo o que se faz.
Por isso é apenas uma achega, um contributo. E as omissões que houver só terão o mérito de suscitar correcções. Cá esperamos que os «omissos» rectifiquem , enviando sinal da sua existência e presença com dados informativos concretos. Nomes, datas, locais, actividades.
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