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2006-05-08

NEUROSES 1997

n-1 = neuroses - neuroses - listagem de itens

8/5/1997


O DOSSIÊ DA ECOLOGIA HUMANA:
EFEITOS E CAUSAS - CICLOS VICIOSOS

8/5/1997 - Para uma tipologia das neuroses, as listas de poluentes pode dar um contributo concreto, apontando causas físicas de fenómenos e situações ditos psíquicos. E vice-versa, segundo o modelo designado «ciclo vicioso».
Atravancando o quotidiano do cidadão, muitos são os factores ambientais de patologia (morbilidade) e mortalidade ainda não identificados como tal pelas chamadas «ciências humanas»(sic), que estão lá exactamente para cobrir e encobrir as poluições da sociedade industrial.
Apontam-se alguns dos itens mais óbvios, que são simultaneamente causa e efeito das neuroses de entropia, num ciclo fechado perverso a que podemos chamar «ciclo vicioso», modelo da sociedade entrópica que temos e mantemos:

Aborto e demagogia interpartidária sobre aborto
Acidentes nas praias
Acidentes rodoviários
Aditivos químicos alimentares
Calamidades industriais
Camiões-cisternas c/ produtos inflamáveis
Chumbo na gasolina
Cianeto de Metilo para a FISIPE
Consultas psiquiátricas
Consumos cancerígenos
Contaminação alimentar
Derrames de nafta no Oceano
Doenças profissionais
Escape roto das motorizadas
Garrafas de policloreto de vinilo com águas gasosas ou líquidos ácidos que fazem reacção química com a embalagem
Insegurança generalizada do cidadão
Internamentos hospitalares
Intoxicações alimentares de que se ignora sempre a causa
Lixeiras selvagens
Margarinas na alimentação
Medicamentos iatrogénicos por excelência (antibióticos, cortisona, vacinas)
Passagens de nível sem guarda
Química na Agricultura
Química na Medicina
Química no Ambiente
Ruído das motorizadas
Sinistralidade em geral
Sinistralidade no Trabalho
Sprays que destroem o ozono da alta atmosfera
Suicídios
Toxicodependências
Veículos longos


CONCENTRAÇÃO URBANA

Enquanto a concentração urbana for o campo concentracionário que é, outros subconcentracionários decorrerão dele:

- Sistema de assistência médica concentracionária (Assistanato)
- Sistema burocrático (por definição concentracionário)
- Sistema energético concentracionário (grandes redes nacionais e total banimento das unidades locais de energia, autosuficientes)
- Sistema escolar concentracionário
- Sistema de internatos (concentracionário, por definição): asilo, hospital, escola, prisão, etc
- Sistema de serviços públicos (transportes e comunicações, com o seu congestionamento crónico)
Note-se: Enquanto não avançar o projecto da sociedade alternativa ou paralela - à margem da grande sociedade do desperdício e da entropia - , enquanto a concentração urbana for o  que é, outros campos  decorrem desse.
As alternativas agrocomunitárias e bioagrícolas ao sistema urbano são, portanto e de uma assentada, a resposta a todas essas  desgraças .

DESUMANISMO DAS CIÊNCIAS DITAS HUMANAS

Para a tipologia das neuroses contribuem as chamadas ciências humanas, identificadas como poder  que nos governa e governa as nossas vidas.

Quando se consideram ciências humanas as que hoje existem, temos, a traço grosso, um esboço da tipologia neurótica que nos governa:

Engenharia biológica (da vida)
Engenharia de pontes e calçadas
Engenharia do ambiente
Engenharia financeira (Cardoso e Cunha)
Engenharia genética
Engenharia humana
Engenharia sísmica
Engenharia social
Mega-engenharia
É um dos casos em que as próprias palavras dizem tudo. Não é preciso comentários para comentarume «engenharia social» ou uma «engenharia biológica».
Assim vão, em termos de humanidade, as ciências humanas.


SECTORIZAR É SECTARIZAR

Decorrente dos mestres a que vai beber e que se limita, aliás, a macaquear, todo o sofista . de Maquiavel a Descartes, de Comte a Pavlov, de Darwin a Malthus - todo o adepto do progresso tecnoindustrial sofre de uma tineta incurável : sectoriza tudo onde pega.
Ou seja: mata tudo o que toca e mata se o que toca é vivo, dizendo . em nome da ciência, em nome da investigação - que pesa, que analisa, que mede, que estuda.
Dizendo que matematiza.
Dizendo que objectiva.



Indagar da causa, mesmo que seja a causa próxima e nem precisa de ser da causa última (causa rerum), é quase sempre indagar do delito
Em Ecologia Humana é sempre.
Por isso a pura investigação científica tem muito a ver com o esquema de uma novela policial.
Para compreender, por exemplo, o mistério dos incêndios de Verão nas matas de pinheiros, requer-se um Sherlock Holmes de grande envergadura.
Para compreender o mistério dos incêndios de Verão nas matas de pinheiros, várias hipóteses se deveriam pôr quanto à definição da sua causa.
E o facto de aparecerem, constantemente, pré-fabricadas para intoxicar a opinião pública, causas ou inimigos secundários (ou perfeitamente imaginários) e obviamente falsos, leva-nos a crer que a verdadeira causa se coloca a um nível de inverosímil e fantástico.
Hipótese de ficção a pôr, entre outras: tratar-se-ia de «limpar» certas zonas para que os satélites que detectam recursos geológicos possam ver (fotografar) mais profundamente o solo e subsolo da terra.
Fundamentalmente, eles talvez procurem urânio, mas talvez procurem petróleo e outros minerais. Ou água, ouro do próximo futuro.
Esta sofisticada hipótese de ficção científica pode coincidir com a hipótese verdadeira, ao mesmo tempo que lhe presta um bom serviço, pois dela - da hipótese verdadeira, ou imbróglio celulósico - desvia as atenções.
Não se pretenda, porém, a lua.
É evidente que ninguém, mesmo que soubesse, iria denunciar a verdadeira causa dos incêndios florestais. De tão óbvia, aliás, nem precisa de ser dita.
Todo o mundo acredita - incluindo governos e órgãos mediáticos - que é a famosa ponta de cigarro de um fumador desleixado que provoca a maior calamidade nacional.
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