MACROBIÓTICA 1992
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TROCAS INTERMEMBRANARES:A IMPORTÂNCIA DO POTÁSSIO E DAS ENZIMAS
Lisboa, 5/5/1992 - Entre muitas outras coisas que esta crise me confirmou, saliento a básica importância que tem um dos princípios-chave da Macrobiótica: o yin associado ao yang, sempre que possível. Quando se fala em equilíbrio, é essencialmente depolaridade que se fala. E quando se fala de Polaridade é de jogo entre o interior da Célula (Potássio) e o exterior da Célula (Sais minerais em geral) que se fala. É do célebre pH que se fala.
Mas na dúvida de que o pH esteja correcto, é preferível começar por um excesso de Potássio até que a remineralização correcta se comece a fazer. Mais: quando se inicia o regime macrobiótico como tratamento, é fundamental levar em conta que o estado seja mais yin que yang (que a célula esteja mais aberta do que fechada). Quer dizer: com um organismo ou alguns órgãos em forte estado yang, qualquer «medicação» (oligoelementos ou alimentar) não resultará.
À luz do que se pode ler no livro de Etienne Guillé, «L'Alchimie de la Vie», a troca intermembranar entre o interior e o exterior da célula, é fundamental em qualquer processo de re-iniciação que toda a cura significa. Sem isso não há um primeira fase em que a célula expulsa toxinas ou matérias indesejáveis e uma segunda fase em que as poderá assimilar. Não há metabolismo ou há um metabolismo muito diminuído. A célebre dieta do arroz durante dez dias para desintoxicar, pode estar errada se o organismo se encontrar mais yang do que yin.
E muito mais errada será, se for acompanhada de alimentos yang como ameixas umeboshi ou chá mu (era assim que se faziam as dietas de Arroz no início da prática macrobiótica em Portugal). E mais errado ainda se, durante essa dieta de cura, não houver uma forte presença de enzimas activando o metabolismo. Errado, erradíssimo. Seja qual for o estado, mais para o yin ou mais para o yang, a mineralização e remineralização só se poderá fazer com um terreno mais yin do que yang.
Por isso os alimentos equilibrados em si mesmo -- mais do que o arroz temos agora o maravilhoso chá de vegetais doces -- os alimentos fortemente aromáticos, e portanto, intensamente polarizados como o Gengibre (yang-yin em contraste complementar no mesmo condimento), são presença indispensável em uma cura.
Relembro algumas coisas mais importantes que não se podem esquecer durante a cura macrobiótica:
O truque da Sopa logo de manhã: chamo-lhe o «truque da sopa-de-pedra» porque é uma forma de incluir, na ração diária, aquelas pequenas grandes coisas que durante o dia não temos ocasião de juntar ao prato, a saber:
Gengibre ralado ( condimento fortemente polarizado em yin-yang)
Picles ou chucrute (enzimas para a digestão e assimilação)
Sultanas e passas ou quaisquer outros frutos secos, alimento este com bastante potássio e pouca água
Levedura de cerveja (fonte de vitaminas)
Germinado de soja (fonte de vitaminas)
Oleaginosas (fonte de lipovitaminas como a Vitamina E)
Miso Doce (fonte de enzimas sem o yang do sal do miso salgado)
A proporção deverá ser sensata: muitas coisas mas pouco de cada, até porque se trata, regra geral, de alimentos muito fortes
Queria alertar também para uma coisa que se esquece : o café de cereais (especialmente o café de cevada, que tanto se usava em casa da mãe) é muito yang, concorrendo portanto, para contrair o intestino;
O chá boldo, para limpar e descongestionar o fígado, é óptimo como te disse: mas há que ter cuidado, fazendo-o com pouca água, pois é levemente diurético e segundo te ouvi dizer, costumas tomar diuréticos para a tensão arterial: ora os diuréticos ( entre os alimentos, o alho francês, por exemplo, é bastante), expoliam o potássio do organismo e há que estar alerta, especialmente se o intestino está preso: a falta de potássio ainda o vai prender mais.
Atenção, portanto, aos alimentos com potássio, lista que te enviei em fotocópia: pelo seguro, é melhor cair num certo exagero do que numa grande falta de Potássio e ir comendo aqueles que têm o potássio sem no entanto conter muita água ( peros muito grandes, por exemplo, têm potássio mas à custa de uma grande quantidade de agua, ou peras, ou mesmo bananas, embora no teu caso uma banana de vez em quando não seja desaconselhável. Melhor banana do que, por exemplo, tomate, a menos que seja assado no forno. também a batata tem grande quantidade de Potássio, mas à custa igualmente de uma grande quantidade de Água: com a agravante, para intestinos presos, de não ter nenhuma Fibra e não ajudar nada aos movimentos do intestino. Em resumo: procurar o potássio, sim, mas em alimentos com pouca água e alguma ou muita fibra.
Do pão, não esquecer que há cereais muito yang, ou seja, muito contrativos do intestino, como é o caso da Cevada (já falada no caso do Café), do Centeio e mesmo de um trigo que às vezes aparece (há uma massa à venda) chamado trigo sarraceno, que é verdadeira cola para os intestinos.
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TROCAS INTERMEMBRANARES:A IMPORTÂNCIA DO POTÁSSIO E DAS ENZIMAS
Lisboa, 5/5/1992 - Entre muitas outras coisas que esta crise me confirmou, saliento a básica importância que tem um dos princípios-chave da Macrobiótica: o yin associado ao yang, sempre que possível. Quando se fala em equilíbrio, é essencialmente depolaridade que se fala. E quando se fala de Polaridade é de jogo entre o interior da Célula (Potássio) e o exterior da Célula (Sais minerais em geral) que se fala. É do célebre pH que se fala.
Mas na dúvida de que o pH esteja correcto, é preferível começar por um excesso de Potássio até que a remineralização correcta se comece a fazer. Mais: quando se inicia o regime macrobiótico como tratamento, é fundamental levar em conta que o estado seja mais yin que yang (que a célula esteja mais aberta do que fechada). Quer dizer: com um organismo ou alguns órgãos em forte estado yang, qualquer «medicação» (oligoelementos ou alimentar) não resultará.
À luz do que se pode ler no livro de Etienne Guillé, «L'Alchimie de la Vie», a troca intermembranar entre o interior e o exterior da célula, é fundamental em qualquer processo de re-iniciação que toda a cura significa. Sem isso não há um primeira fase em que a célula expulsa toxinas ou matérias indesejáveis e uma segunda fase em que as poderá assimilar. Não há metabolismo ou há um metabolismo muito diminuído. A célebre dieta do arroz durante dez dias para desintoxicar, pode estar errada se o organismo se encontrar mais yang do que yin.
E muito mais errada será, se for acompanhada de alimentos yang como ameixas umeboshi ou chá mu (era assim que se faziam as dietas de Arroz no início da prática macrobiótica em Portugal). E mais errado ainda se, durante essa dieta de cura, não houver uma forte presença de enzimas activando o metabolismo. Errado, erradíssimo. Seja qual for o estado, mais para o yin ou mais para o yang, a mineralização e remineralização só se poderá fazer com um terreno mais yin do que yang.
Por isso os alimentos equilibrados em si mesmo -- mais do que o arroz temos agora o maravilhoso chá de vegetais doces -- os alimentos fortemente aromáticos, e portanto, intensamente polarizados como o Gengibre (yang-yin em contraste complementar no mesmo condimento), são presença indispensável em uma cura.
Relembro algumas coisas mais importantes que não se podem esquecer durante a cura macrobiótica:
O truque da Sopa logo de manhã: chamo-lhe o «truque da sopa-de-pedra» porque é uma forma de incluir, na ração diária, aquelas pequenas grandes coisas que durante o dia não temos ocasião de juntar ao prato, a saber:
Gengibre ralado ( condimento fortemente polarizado em yin-yang)
Picles ou chucrute (enzimas para a digestão e assimilação)
Sultanas e passas ou quaisquer outros frutos secos, alimento este com bastante potássio e pouca água
Levedura de cerveja (fonte de vitaminas)
Germinado de soja (fonte de vitaminas)
Oleaginosas (fonte de lipovitaminas como a Vitamina E)
Miso Doce (fonte de enzimas sem o yang do sal do miso salgado)
A proporção deverá ser sensata: muitas coisas mas pouco de cada, até porque se trata, regra geral, de alimentos muito fortes
Queria alertar também para uma coisa que se esquece : o café de cereais (especialmente o café de cevada, que tanto se usava em casa da mãe) é muito yang, concorrendo portanto, para contrair o intestino;
O chá boldo, para limpar e descongestionar o fígado, é óptimo como te disse: mas há que ter cuidado, fazendo-o com pouca água, pois é levemente diurético e segundo te ouvi dizer, costumas tomar diuréticos para a tensão arterial: ora os diuréticos ( entre os alimentos, o alho francês, por exemplo, é bastante), expoliam o potássio do organismo e há que estar alerta, especialmente se o intestino está preso: a falta de potássio ainda o vai prender mais.
Atenção, portanto, aos alimentos com potássio, lista que te enviei em fotocópia: pelo seguro, é melhor cair num certo exagero do que numa grande falta de Potássio e ir comendo aqueles que têm o potássio sem no entanto conter muita água ( peros muito grandes, por exemplo, têm potássio mas à custa de uma grande quantidade de agua, ou peras, ou mesmo bananas, embora no teu caso uma banana de vez em quando não seja desaconselhável. Melhor banana do que, por exemplo, tomate, a menos que seja assado no forno. também a batata tem grande quantidade de Potássio, mas à custa igualmente de uma grande quantidade de Água: com a agravante, para intestinos presos, de não ter nenhuma Fibra e não ajudar nada aos movimentos do intestino. Em resumo: procurar o potássio, sim, mas em alimentos com pouca água e alguma ou muita fibra.
Do pão, não esquecer que há cereais muito yang, ou seja, muito contrativos do intestino, como é o caso da Cevada (já falada no caso do Café), do Centeio e mesmo de um trigo que às vezes aparece (há uma massa à venda) chamado trigo sarraceno, que é verdadeira cola para os intestinos.
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