CONTINUUM 1999
1-2 - 99-03-17-ls-hv> = leituras da hipótese - hfv-1> nota de leitura
17-3-1999
PESQUISANDO O SAGRADO NO MUNDO NATURAL - I - O MUNDO VEGETAL, PARA COMEÇAR - A) O CONTRIBUTO DE HENRIQUE VIEIRA FILHO
DICOTOMIAS INTELECTUAIS NO CONTINUUM ENERGÉTICO
Ao falar de «somatização» , Henrique Vieira Filho está a aceitar a dicotomia da ciência moderna entre o que ela chama «psíquico» e o que ela chama o «somático». Muito do nosso mal estar, resulta dessa dicotomia. E os florais, restabelecendo o continuum energético, são capazes de operar terapeuticamente.
O que os sistemas de astrobiologia (ou cosmobiologia) , desde os mais remotos aos mais recentes, fazem é restabelecer a unidade de um continuum energético, onde a divisão artificial entre somático e psíquico e outras dicotomias inventadas pelo intelecto humano, se esbatem ou desaparecem.
Também nesse sentido, o contributo de Henrique Vieira Filho, é um avanço significativo no estudo das essências florais. A sua visão «mitológica, etimológica e arquetípica» subtítulo do seu livro «Florais de Bach», ultrapassa as visões psicologísticas de toda ou quase toda a vasta bibliografia existente sobre florais, incluindo os próprios textos de Edward Bach.
Ele abre ao sagrado, sem tabus nem preconceitos, o estudo das flores mas, principalmente, de todo o mundo vegetal onde as flores e as árvores são raínhas. Esta ampliação vem corrigir a mutilação que a floralterapia, de uma certa maneira, operara na globalidade holística do sagrado e, portanto, do universo (do ser) humano.
Dito de outra maneira, o contributo de H.V.F. ,abrindo-se ao sagrado que se esconde no mundo profano e natural, abrange o potencial energético ou vibratório do ser humano, como mais nenhuma outra terapia, incluindo a homeopática, o fizera nos tempos recentes.
A unidade entre Cosmos e Ser Humano aparece óbvia. Entre Macro e Microcosmos.
O potencial vibratório e os níveis vibratórios de consciência , estudados por Etienne Guillé, são assim a outra face das terapias particulares, demasiado limitadas em técnicas particulares de aplicação prática e totalmente encerradas num único corpo energético, o corpo físico.
PISTAS
As pistas apresentadas por H.V.F. , nomeadamente na breve mas selecta bibliografia que apresenta, abrem horizontes de vastidão infinita, mostrando que, de facto, não se pode avançar sem enfrentar o grande tabu (problema metodológico...) do sagrado e das nossas relações com ele .
Para um ecologista - ateu, laico e republicano - será este um sapo que terá de engolir, mais tarde ou mais cedo, quer a galeria dos materialistas e ateus aplauda ou pateie.
A abordagem ecológica, embora estrita, já fora um sacrilégio e neste momento a ecologia encontra-se restrita às co-incinerações e outros becos sem saída da sociedade industrial, justificando assim o ordenado de políticos, industriais e economistas que vivem exactamente desses becos sem saída (em medicina chamam-se ciclos viciosos), recusando-se a engolir os resíduos que alegremente andaram a produzir , naquele espírito de ganância que a todos serviu enquanto consumismo mas agora se rejeita , com indignação e com as vozes grossas de ilustres professores catedráticos e /ou de ilustres deputados pelo círculo de Coimbra.
Depois da abordagem ecológica, em breve atrofiada na famosa e famigerada anti-poluição, a nova indústria em escalada , foi o calvário da abordagem holística .
Ainda hoje, o global e o holístico faz nervoso miudinho, mesmo aos ecologistas mais convictos e convencidos. Holística é uma palavra bonita, retirada da astrologia medieval, mas que também tem contribuído pouco para abrir o túmulo onde o homem moderno está encerrado, com a profanação sistemática e selvática do sagrado.
Os exemplos mais recentes verificados em Portugal desta profanação, são de uma gravidade que assusta até os mais temerários .
Evitou-se a tragédia de afundar as figuras arquimilenares de Foz Coa mas, pelos vistos, e até ver, não se evitou a profanação dos tesouros megalíticos do Alentejo com a barragem de Alqueva.
Além da profanação, a nível humano, da Aldeia da Luz, que envergonha (deveria envergonhar) todos os que têm culpas neste cartório ( políticos, economistas, ecologistas). Que envergonha um país, Portugal. Que envergonha um povo, o português, ainda por cima pobre e mal agradecido. Dotado pelos deuses com alguns dos tesouros do sagrado mais fabulosos deste Planeta - lugares de sagrado e de equilíbrio cósmico - vamos alegremente dar-nos ao luxo de profanar esses lugares, esses pólos divinos com os quais devíamos ter uma relação, no mínimo, de gratidão, respeito, humildade e reverência.
As próximas gerações irão pagar caro por isso, mas será tarde e só Deus sabe quem poderá ainda proteger-nos de tamanho sacrilégio.
Tão pouco já se lembrarão, para serem julgados, os nomes dos responsaévis desta obra-prima de destruição que é a barragem de Alqueva.
CICLOS CÓSMICOS
Abrindo-se aos ciclos cósmicos , através da cronobiologia chinesa, H.V.F. estabelece outra das ligações que faltavam no estudo das terapias em geral e da terapia floral em particular , demasiado encerradas (limitadas) num interesseiro e às vezes ganancioso culto do ego.
Para superar esse ego dominante na cultura moderna (onde assume foros de neurose colectiva) , H.V.F. socorre-se de Carl Jung, outra rutura histórica com o túmulo psicanalítico de Freud e que concorreu para a estrada larga do que é hoje conhecido por «psicologia transpessoal». Foi outro momento de consciência em que alguns sentiram a necessidade vital de religar o microcosmos humano com o macrocosmos das estrelas e dos planetas.
Mais uma vez, o trabalho já estava em grande parte feito, e bem feito, pela cosmobiologia chinesa dos 5 elementos , a que H.V.F. recorre e que era, até ele, a grande lacuna da floralterapia - incapaz de encontrar aplicações florais para órgãos e vísceras. A «psicosomática » dos 5 elementos chineses o faz, com uma impressionante naturalidade.
RITUAIS SOFT
Antropologistas e etnólogos , têm-nos mostrado ritos e rituais do sagrado, alguns dos quais, pela sua crueldade, horrorizam a nossa sensibilidade de «civilizados». E com alguma razão nos horrorizam, embora isso não impeça que, como civilizados, tenhamos também os nossos rituais de crueldade em larga escala.
O acesso ao sagrado pelas energias florais, faz o contraste com a crueldade de ritos e rituais de passagem de algumas culturas.
As peregrinações do estilo - a Mecca ( Ka'bah) , a Allahbad (Índia) , a Santiago, a Lurdes e a Fátima - serão, apesar de tudo, das mais suaves e aceitáveis.
Mas todos estes rituais de passagem são ultrapassados pelos métodos soft de iniciação , entre os quais o yoga tibetano, o método de Etienne Guillé e os florais são, além de eficazes, dos mais lindos a que podemos recorrer. E, claramente, os mais civilizados.
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17-3-1999
PESQUISANDO O SAGRADO NO MUNDO NATURAL - I - O MUNDO VEGETAL, PARA COMEÇAR - A) O CONTRIBUTO DE HENRIQUE VIEIRA FILHO
DICOTOMIAS INTELECTUAIS NO CONTINUUM ENERGÉTICO
Ao falar de «somatização» , Henrique Vieira Filho está a aceitar a dicotomia da ciência moderna entre o que ela chama «psíquico» e o que ela chama o «somático». Muito do nosso mal estar, resulta dessa dicotomia. E os florais, restabelecendo o continuum energético, são capazes de operar terapeuticamente.
O que os sistemas de astrobiologia (ou cosmobiologia) , desde os mais remotos aos mais recentes, fazem é restabelecer a unidade de um continuum energético, onde a divisão artificial entre somático e psíquico e outras dicotomias inventadas pelo intelecto humano, se esbatem ou desaparecem.
Também nesse sentido, o contributo de Henrique Vieira Filho, é um avanço significativo no estudo das essências florais. A sua visão «mitológica, etimológica e arquetípica» subtítulo do seu livro «Florais de Bach», ultrapassa as visões psicologísticas de toda ou quase toda a vasta bibliografia existente sobre florais, incluindo os próprios textos de Edward Bach.
Ele abre ao sagrado, sem tabus nem preconceitos, o estudo das flores mas, principalmente, de todo o mundo vegetal onde as flores e as árvores são raínhas. Esta ampliação vem corrigir a mutilação que a floralterapia, de uma certa maneira, operara na globalidade holística do sagrado e, portanto, do universo (do ser) humano.
Dito de outra maneira, o contributo de H.V.F. ,abrindo-se ao sagrado que se esconde no mundo profano e natural, abrange o potencial energético ou vibratório do ser humano, como mais nenhuma outra terapia, incluindo a homeopática, o fizera nos tempos recentes.
A unidade entre Cosmos e Ser Humano aparece óbvia. Entre Macro e Microcosmos.
O potencial vibratório e os níveis vibratórios de consciência , estudados por Etienne Guillé, são assim a outra face das terapias particulares, demasiado limitadas em técnicas particulares de aplicação prática e totalmente encerradas num único corpo energético, o corpo físico.
PISTAS
As pistas apresentadas por H.V.F. , nomeadamente na breve mas selecta bibliografia que apresenta, abrem horizontes de vastidão infinita, mostrando que, de facto, não se pode avançar sem enfrentar o grande tabu (problema metodológico...) do sagrado e das nossas relações com ele .
Para um ecologista - ateu, laico e republicano - será este um sapo que terá de engolir, mais tarde ou mais cedo, quer a galeria dos materialistas e ateus aplauda ou pateie.
A abordagem ecológica, embora estrita, já fora um sacrilégio e neste momento a ecologia encontra-se restrita às co-incinerações e outros becos sem saída da sociedade industrial, justificando assim o ordenado de políticos, industriais e economistas que vivem exactamente desses becos sem saída (em medicina chamam-se ciclos viciosos), recusando-se a engolir os resíduos que alegremente andaram a produzir , naquele espírito de ganância que a todos serviu enquanto consumismo mas agora se rejeita , com indignação e com as vozes grossas de ilustres professores catedráticos e /ou de ilustres deputados pelo círculo de Coimbra.
Depois da abordagem ecológica, em breve atrofiada na famosa e famigerada anti-poluição, a nova indústria em escalada , foi o calvário da abordagem holística .
Ainda hoje, o global e o holístico faz nervoso miudinho, mesmo aos ecologistas mais convictos e convencidos. Holística é uma palavra bonita, retirada da astrologia medieval, mas que também tem contribuído pouco para abrir o túmulo onde o homem moderno está encerrado, com a profanação sistemática e selvática do sagrado.
Os exemplos mais recentes verificados em Portugal desta profanação, são de uma gravidade que assusta até os mais temerários .
Evitou-se a tragédia de afundar as figuras arquimilenares de Foz Coa mas, pelos vistos, e até ver, não se evitou a profanação dos tesouros megalíticos do Alentejo com a barragem de Alqueva.
Além da profanação, a nível humano, da Aldeia da Luz, que envergonha (deveria envergonhar) todos os que têm culpas neste cartório ( políticos, economistas, ecologistas). Que envergonha um país, Portugal. Que envergonha um povo, o português, ainda por cima pobre e mal agradecido. Dotado pelos deuses com alguns dos tesouros do sagrado mais fabulosos deste Planeta - lugares de sagrado e de equilíbrio cósmico - vamos alegremente dar-nos ao luxo de profanar esses lugares, esses pólos divinos com os quais devíamos ter uma relação, no mínimo, de gratidão, respeito, humildade e reverência.
As próximas gerações irão pagar caro por isso, mas será tarde e só Deus sabe quem poderá ainda proteger-nos de tamanho sacrilégio.
Tão pouco já se lembrarão, para serem julgados, os nomes dos responsaévis desta obra-prima de destruição que é a barragem de Alqueva.
CICLOS CÓSMICOS
Abrindo-se aos ciclos cósmicos , através da cronobiologia chinesa, H.V.F. estabelece outra das ligações que faltavam no estudo das terapias em geral e da terapia floral em particular , demasiado encerradas (limitadas) num interesseiro e às vezes ganancioso culto do ego.
Para superar esse ego dominante na cultura moderna (onde assume foros de neurose colectiva) , H.V.F. socorre-se de Carl Jung, outra rutura histórica com o túmulo psicanalítico de Freud e que concorreu para a estrada larga do que é hoje conhecido por «psicologia transpessoal». Foi outro momento de consciência em que alguns sentiram a necessidade vital de religar o microcosmos humano com o macrocosmos das estrelas e dos planetas.
Mais uma vez, o trabalho já estava em grande parte feito, e bem feito, pela cosmobiologia chinesa dos 5 elementos , a que H.V.F. recorre e que era, até ele, a grande lacuna da floralterapia - incapaz de encontrar aplicações florais para órgãos e vísceras. A «psicosomática » dos 5 elementos chineses o faz, com uma impressionante naturalidade.
RITUAIS SOFT
Antropologistas e etnólogos , têm-nos mostrado ritos e rituais do sagrado, alguns dos quais, pela sua crueldade, horrorizam a nossa sensibilidade de «civilizados». E com alguma razão nos horrorizam, embora isso não impeça que, como civilizados, tenhamos também os nossos rituais de crueldade em larga escala.
O acesso ao sagrado pelas energias florais, faz o contraste com a crueldade de ritos e rituais de passagem de algumas culturas.
As peregrinações do estilo - a Mecca ( Ka'bah) , a Allahbad (Índia) , a Santiago, a Lurdes e a Fátima - serão, apesar de tudo, das mais suaves e aceitáveis.
Mas todos estes rituais de passagem são ultrapassados pelos métodos soft de iniciação , entre os quais o yoga tibetano, o método de Etienne Guillé e os florais são, além de eficazes, dos mais lindos a que podemos recorrer. E, claramente, os mais civilizados.
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