BIOLOGIA 1999
4 páginas - capítulo do livro principal - erwin- -1> a informação em ciências biológicas
A BIOLOGIA QUÂNTICA TEM 100 ANOS MAS A NOVA NATUROLOGIA CONTINUA A IGNORAR OS SEUS FUNDAMENTOS - ACADÉMICOS & ACADEMISMO
22/Abril/1999 - Embora seja uma disciplina decisiva para fundamentar a Nova Naturologia, a biologia quântica permanece ausente dos currículos escolares e não há indícios de que venha tão cedo a ter, na formação naturológica, a importância prática efectiva que em teoria alguns lhe reconhecem.
Alguns, poucos, não todos nem muitos.
Onde o suporte científico da teoria quântica se torna mais necessário é, obviamente, nas terapias vibratórias, que escapam à análise científica vulgar, que não tem instrumentos de análise e de medida para estudar a chamada «área quântica» das energias.
Diga-se, já agora, que o único instrumento de medida capaz de medir, detectar, avaliar e conhecer as energias da área quântica é o próprio ser humano, que aliás não tem outra missão na Terra além dessa.
O espectro electro-magnético traduz a área conhecida pela ciência ordinária. Aquém e além desse espectro, é o mundo fantasmagórico e desconhecido a que matemáticos ilustres, desde há um século, chamaram área quântica, sem se entenderem muito bem entre si, sobre e daquilo que falam.
Mas esse «campo unificado» continua problemático porque nenhuma das especialidades - seja a Física, seja a Química, seja a Biologia - consegue elaborar metodologicamente essa área unificada.
O caso da Homeopatia, como terapia vibratória, é mais uma vez extremamente elucidativo dessa dificuldade da ciência académica e materialista, que trabalha apenas no campo do espectro electromagnético, remetendo para outros especialistas - nomeadamente os matemáticos - o que escapa a essa área conhecida.
Ora, quando entram matemáticos em cena, nenhum dos outros das outras especialidades lá consegue entrar. É aqui, aliás, que reside o poder despótico das especialidades. É que cada uma delas só pode ser julgada, avaliada, conhecida e dominada pelos pares do reino, pelos colegas da mesma corporação, pelos iluminados detentores da mesma nomenclatura, tornada uma cabala hermética e fechada.
É a história dos exames e dos júris de exames. Quem não alinha nos académicos borlados, chumba. Para passar tem que alinhar. E assim se prolonga, geração atrás de geração, a linhagem da estupidez.
É o chamado corporativismo, que tão bons frutos tem dado em ditadura, sendo neste corporativismo que se baseia o poder inexpugnável do poder cientifista em geral e do poder académico-universitário em particular.
Poder que continua a oprimir gerações de estudantes atrás de gerações, formando-as no mesmo esquema e esmagando aqueles que, por espírito criador, porventura quisessem fugir um milímetro desse neo-esclavagismo instalado em nome do despotismo iluminado.
ASSALTO À FORTALEZA
A matemática «quântica» forma-se então como uma fortaleza inexpugnável , a que só os privilegiados têm acesso.
Raramente um prémio Nobel da Física se atreve a entrar na Química (embora sejam convizinhos), raramente um prémio Nobel da Química se atreve a entrar na Matemática. E assim sucessivamente.
Erwin Schrodinger, Prémio Nobel da Física, ficou como um dos raros que se atreveram a formular hipóteses de unificação entre «Vida, Espírito e Matéria», título de um livro muito curioso que me permito comentar aqui e muito ao de leve.
Esse é, com efeito, o título (interrogado) de um seu ensaio de 1944, um ano antes de terminar a hecatombe da 2ª guerra mundial, editado em língua portuguesa pelas Publicações Europa-América. (1963)
Anti-nazi refugiado na Inglaterra (para alguma coisa as democracias hão-de servir), Erwin Schrodinger é considerado um dos mestres criadores da teoria dos quanta, que tão fortemente marca a moderna teoria atómica.
Foi um dos primeiros, com Einstein, a erguer-se contra as teorias indeterministas, outra peça-chave no sistema de relações entre ciências convergentes mas ignorantes entre si.
A passagem de informação (bioinformação) entre gerações (sem a qual não existiria vida) é abordada no ensaio de Schrodinger, que humildemente não hesita em se aventurar numa ciência - a genética - que obviamente não é a sua especialidade.
E recorre a Goethe - esse gigante da ciência erradamente catalogado na história da literatura - para explicar, em linguagem poética, a realidade desse continuum entre passado, presente e futuro:
«O ser é eterno, porque as leis existem para conservar os tesouros da vida, dos quais o universo tira a beleza» - disse Goethe que até nem foi prémio Nobel da Literatura comó Saramago.
Permanência essa, continuum esse que Schrodinger explica assim com grande clareza:
«Qual a medida da constância ou permanência que se observa nos factores hereditários e qual devemos, portanto, atribuir às estruturas materiais que as suportam?»
E adianta: «Não devemos esquecer que o que se transmite do pai para o filho não é esta ou aquela particularidade, nariz arqueado, dedos curtos, tendência para o reumatismo, hemofilia, dicromatismo, etc. (...)
«Na realidade, é o conjunto da estrutura (tetradimensional) do «fenótipo», isto é, tudo o que é visível e aparente no indivíduo, que é reproduzido sem alteração apreciável durante gerações, conservado imutável durante séculos - ainda que não em dezenas de milhares de anos - e transmitido pela estrutura nuclear de duas células que se unem para constituir a célula-ovo fecundada. Trata-se de uma coisa maravilhosa - sublinha Schrodinger - , de que só há uma maior : (...) Refiro-me ao facto de nós, cujo ser total resulta da maravilhosa interacção desses processos hereditários, termos o poder de descobrir as suas leis.»
MUTAÇÕES E TRANSMUTAÇÕES
Com esta humildade do verdadeiro cientista e do verdadeiro espírito criador de investigação, Erwin Schrodinger entra a seguir no tema-chave das mutações, fronteira não só entre ciências profanas mas, o que é talvez ainda mais importante, entre ciência profana e ciências sagradas, das quais a Alquimia é imediatamente evocada quando se fala de Mutação e Transmutação:
«De Vries descobriu que, na descendência (de) certos indivíduos - dois ou três em milhares - exibiam pequenas alterações, como que saltos - fenómeno a que chamou «mutação» .
Apropósito, Erwin Schrodinger sublinha:
«O facto significativo é a discontinuidade do processo, que lembra ao físico a teoria quântica - quer dizer, de que há energias intermediárias ocorrendo entre dois níveis vizinhos de energia.»
E para que não restem dúvidas, Schrodinger afirma lapidarmente :
«Poderia, assim, chamar à teoria das mutações de De Vries a teoria quântica da biologia.»
Eis a grande porta aberta para a Nova Naturologia quântica e, portanto, para a fundamentação científica (estatística e matemática, se quisermos) das terapias vibratórias, como a Homeopatia, até hoje ignorada da ciência académica que teima em ser académica, dogmática, míope, estúpida e mesquinha.
Schrodinger entra então numa explicação luminosa da sua área predilecta:
«As mutações são na realidade devidas a saltos quânticos que se passam na molécula do gene. Mas a teoria quântica só existia há dois anos, quando de Vries publicou, em 1902, pela primeira vez, o resultado das suas observações. Não admira, portanto, que fosse necessário uma geração para descobrir a conexão íntima entre os dois fenómenos.»
Se, como lembra Schrodinger, as coisas se passaram assim entre oficiais do mesmo ofício, não devemos desesperar de que as terapias vibratórias em geral e a Homeopatia em particular venham finalmente a ser entendidas pela ciência académica, mesquinha e míope que teima em ignorá-las.
Continuando a seguir Schrodinger, sabemos que «as mutações constituem o material adequado sobre o qual se exerce o mecanismo de selecção natural, originando as espécies por eliminação dos inaptos e sobrevivência dos mais aptos, segundo o processo que descreveu Darwin (...) .»
Na teoria de Darwin - reafirma o físico Schrodinger - apenas temos de substituir as suas «ligeiras variações acidentais» pelo termo «mutações», tal como a teoria quântica substituiu a «transmissão contínua de energia» pelas «transições quânticas».
HISTÓRIA DA INFORMAÇÃO GENÉTICA
Aproveita-se para reproduzir aqui a síntese que Schrodinger realiza sobre a história da informação genética, de inegável importância na Nova Naturologia: .
«O eixo da teoria (da hereditariedade), as leis que regem, em gerações sucessivas, a distribuição dos caracteres pelos quais diferem os progenitores e, de modo especial, a importante distinção recessivo-dominante são devidos ao mundialmente famoso abade Gregor Mendel (1822-1884).
«Mendel nada sabia sobre mutações e cromossomas. No seu jardim conventual em Brunn (Brno) fez experiências com ervilheiras, criando diferentes variedades, cruzando-as e observando as descendências da primeira, segunda, terceira, etc. gerações.
«Fez assim experiências com mutantes que ele encontrou já feitos na natureza. Publicou o resultado dos seus trabalhos em 1866, nas «Actas» da revista «Naturforschender Verein in Brunn». Ninguém parece ter-se interessado com este passatempo do abade e ninguém, com certeza, teve a menor ideia de que as suas descobertas constituíssem no século XX a base de uma ciência em tudo nova, a mais interessante em nossos dias.
«O artigo, que havia sido esquecido, foi redescoberto apenas em 1900, simultâneamente e de forma independente, por Correns (Berlim), De Vries (Amsterdão) e Tschermak (Viena).»
Notem-se, neste texto do Prémio Nobel da Física, duas coisas notáveis :
a) A humildade de um físico considerar a ciência da hereditariedade « a mais interessante em nossos dias.»
b) A «coincidência» de as descobertas do abade Gregor Mendel virem a ser redescobertas simultâneamente em Berlim, Amesterdão e Viena, ilustrando, de forma espectacular, a lei da ressonância vibratória cósmica enunciada por Etienne Guillé e aquilo a que Carl Gustav Jung chamou lei cósmica da «sincronia».
Lei angular da Nova Naturologia e que só neste século, à volta dos anos 80, viria a ser descoberta,estudada e desenvolvida pelo biólogo quântico Etienne Guillé, a lei da ressonância vibratória é a base da Cosmobiologia ocidental, tal como a lei do yin-yang, ou princípio único, é a base da cosmobiologia taoísta.
Desde 1900, portanto, que sabemos isto: A Biologia será quântica ou não será... Ou será a merda que tem sido.
No entanto e apesar de tão fundamental em ciências da vida, ela continua a pairar, apenas como um fantasma, sobre as cabeças de sucessivas gerações de estudantes.
Bem o compreendemos, no curso de Naturologia, onde a base da biologia quântica se torna um factor da sua própria sobrevivência .
Enquanto o alicerce da biologia quântica não for implantado, a Nova Naturologia não terá bases sólidas e tudo se passa num limbo de empirismos, contradições e, provavelmente, de polémicas estéreis com a ciência médica estabelecida, ela também comodamente sentada no seu cadeirão académico, ela também comodamente ruminante de teorias que já eram velhas há um século, precisamente quando irrompeu a teoria quântica.
Mais uma vez, Schrodinger diz em 1944 as palavras que têm de ser ditas e repetidas em 1999 e que deverão continuar a ser repetidas até que ouvidos inteligentes e inteligências menos surdas se abram:
«À luz dos conhecimentos actuais, o mecanismo da hereditariedade funda-se na própria base da teoria quântica. Esta teoria - lembra didacticamente Schrodinger ... foi emitida por Max Planck em 1900. A moderna genética provém da redescoberta dos trabalhos de Mendel, feita por De Vries, Correns e Tchermak (1900) e dos trabalhos publicados por De Vries sobre as mutações (1901-1903).
«Deste modo, as origens da duas grandes teorias coincidem e não admira que ambas tivessem de conseguir certa maturidade, antes de atingir a fase da sua ligação .
«No que respeita à teoria quântica, só em 1926-27 é que a teoria quântica das ligações químicas foi proposta nas suas linhas gerais por W. Heitler e F. London.
«A teoria de Heitler-London envolve as mais subtis e complexas concepções sobre o último desenvolvimento da teoria quântica (chamada «mecânica quântica» ou «mecânica ondulatória»). »
Na impossibilidade de reproduzir todo o ensaio de Schrodinger, mas convidando os nossos professores a ir lê-lo rapidamente, termino com mais uma citação que ajuda à unificação holística da Nova Naturologia:
«A mecânica quântica é o principal aspecto teórico que interpreta todos os tipos de agregados atómicos encontrados na Natureza.
«A ligação Heitler-London é o único aspecto da teoria que não foi inventado com o propósito de explicar a ligação química.»
A BIOLOGIA QUÂNTICA TEM 100 ANOS MAS A NOVA NATUROLOGIA CONTINUA A IGNORAR OS SEUS FUNDAMENTOS - ACADÉMICOS & ACADEMISMO
22/Abril/1999 - Embora seja uma disciplina decisiva para fundamentar a Nova Naturologia, a biologia quântica permanece ausente dos currículos escolares e não há indícios de que venha tão cedo a ter, na formação naturológica, a importância prática efectiva que em teoria alguns lhe reconhecem.
Alguns, poucos, não todos nem muitos.
Onde o suporte científico da teoria quântica se torna mais necessário é, obviamente, nas terapias vibratórias, que escapam à análise científica vulgar, que não tem instrumentos de análise e de medida para estudar a chamada «área quântica» das energias.
Diga-se, já agora, que o único instrumento de medida capaz de medir, detectar, avaliar e conhecer as energias da área quântica é o próprio ser humano, que aliás não tem outra missão na Terra além dessa.
O espectro electro-magnético traduz a área conhecida pela ciência ordinária. Aquém e além desse espectro, é o mundo fantasmagórico e desconhecido a que matemáticos ilustres, desde há um século, chamaram área quântica, sem se entenderem muito bem entre si, sobre e daquilo que falam.
Mas esse «campo unificado» continua problemático porque nenhuma das especialidades - seja a Física, seja a Química, seja a Biologia - consegue elaborar metodologicamente essa área unificada.
O caso da Homeopatia, como terapia vibratória, é mais uma vez extremamente elucidativo dessa dificuldade da ciência académica e materialista, que trabalha apenas no campo do espectro electromagnético, remetendo para outros especialistas - nomeadamente os matemáticos - o que escapa a essa área conhecida.
Ora, quando entram matemáticos em cena, nenhum dos outros das outras especialidades lá consegue entrar. É aqui, aliás, que reside o poder despótico das especialidades. É que cada uma delas só pode ser julgada, avaliada, conhecida e dominada pelos pares do reino, pelos colegas da mesma corporação, pelos iluminados detentores da mesma nomenclatura, tornada uma cabala hermética e fechada.
É a história dos exames e dos júris de exames. Quem não alinha nos académicos borlados, chumba. Para passar tem que alinhar. E assim se prolonga, geração atrás de geração, a linhagem da estupidez.
É o chamado corporativismo, que tão bons frutos tem dado em ditadura, sendo neste corporativismo que se baseia o poder inexpugnável do poder cientifista em geral e do poder académico-universitário em particular.
Poder que continua a oprimir gerações de estudantes atrás de gerações, formando-as no mesmo esquema e esmagando aqueles que, por espírito criador, porventura quisessem fugir um milímetro desse neo-esclavagismo instalado em nome do despotismo iluminado.
ASSALTO À FORTALEZA
A matemática «quântica» forma-se então como uma fortaleza inexpugnável , a que só os privilegiados têm acesso.
Raramente um prémio Nobel da Física se atreve a entrar na Química (embora sejam convizinhos), raramente um prémio Nobel da Química se atreve a entrar na Matemática. E assim sucessivamente.
Erwin Schrodinger, Prémio Nobel da Física, ficou como um dos raros que se atreveram a formular hipóteses de unificação entre «Vida, Espírito e Matéria», título de um livro muito curioso que me permito comentar aqui e muito ao de leve.
Esse é, com efeito, o título (interrogado) de um seu ensaio de 1944, um ano antes de terminar a hecatombe da 2ª guerra mundial, editado em língua portuguesa pelas Publicações Europa-América. (1963)
Anti-nazi refugiado na Inglaterra (para alguma coisa as democracias hão-de servir), Erwin Schrodinger é considerado um dos mestres criadores da teoria dos quanta, que tão fortemente marca a moderna teoria atómica.
Foi um dos primeiros, com Einstein, a erguer-se contra as teorias indeterministas, outra peça-chave no sistema de relações entre ciências convergentes mas ignorantes entre si.
A passagem de informação (bioinformação) entre gerações (sem a qual não existiria vida) é abordada no ensaio de Schrodinger, que humildemente não hesita em se aventurar numa ciência - a genética - que obviamente não é a sua especialidade.
E recorre a Goethe - esse gigante da ciência erradamente catalogado na história da literatura - para explicar, em linguagem poética, a realidade desse continuum entre passado, presente e futuro:
«O ser é eterno, porque as leis existem para conservar os tesouros da vida, dos quais o universo tira a beleza» - disse Goethe que até nem foi prémio Nobel da Literatura comó Saramago.
Permanência essa, continuum esse que Schrodinger explica assim com grande clareza:
«Qual a medida da constância ou permanência que se observa nos factores hereditários e qual devemos, portanto, atribuir às estruturas materiais que as suportam?»
E adianta: «Não devemos esquecer que o que se transmite do pai para o filho não é esta ou aquela particularidade, nariz arqueado, dedos curtos, tendência para o reumatismo, hemofilia, dicromatismo, etc. (...)
«Na realidade, é o conjunto da estrutura (tetradimensional) do «fenótipo», isto é, tudo o que é visível e aparente no indivíduo, que é reproduzido sem alteração apreciável durante gerações, conservado imutável durante séculos - ainda que não em dezenas de milhares de anos - e transmitido pela estrutura nuclear de duas células que se unem para constituir a célula-ovo fecundada. Trata-se de uma coisa maravilhosa - sublinha Schrodinger - , de que só há uma maior : (...) Refiro-me ao facto de nós, cujo ser total resulta da maravilhosa interacção desses processos hereditários, termos o poder de descobrir as suas leis.»
MUTAÇÕES E TRANSMUTAÇÕES
Com esta humildade do verdadeiro cientista e do verdadeiro espírito criador de investigação, Erwin Schrodinger entra a seguir no tema-chave das mutações, fronteira não só entre ciências profanas mas, o que é talvez ainda mais importante, entre ciência profana e ciências sagradas, das quais a Alquimia é imediatamente evocada quando se fala de Mutação e Transmutação:
«De Vries descobriu que, na descendência (de) certos indivíduos - dois ou três em milhares - exibiam pequenas alterações, como que saltos - fenómeno a que chamou «mutação» .
Apropósito, Erwin Schrodinger sublinha:
«O facto significativo é a discontinuidade do processo, que lembra ao físico a teoria quântica - quer dizer, de que há energias intermediárias ocorrendo entre dois níveis vizinhos de energia.»
E para que não restem dúvidas, Schrodinger afirma lapidarmente :
«Poderia, assim, chamar à teoria das mutações de De Vries a teoria quântica da biologia.»
Eis a grande porta aberta para a Nova Naturologia quântica e, portanto, para a fundamentação científica (estatística e matemática, se quisermos) das terapias vibratórias, como a Homeopatia, até hoje ignorada da ciência académica que teima em ser académica, dogmática, míope, estúpida e mesquinha.
Schrodinger entra então numa explicação luminosa da sua área predilecta:
«As mutações são na realidade devidas a saltos quânticos que se passam na molécula do gene. Mas a teoria quântica só existia há dois anos, quando de Vries publicou, em 1902, pela primeira vez, o resultado das suas observações. Não admira, portanto, que fosse necessário uma geração para descobrir a conexão íntima entre os dois fenómenos.»
Se, como lembra Schrodinger, as coisas se passaram assim entre oficiais do mesmo ofício, não devemos desesperar de que as terapias vibratórias em geral e a Homeopatia em particular venham finalmente a ser entendidas pela ciência académica, mesquinha e míope que teima em ignorá-las.
Continuando a seguir Schrodinger, sabemos que «as mutações constituem o material adequado sobre o qual se exerce o mecanismo de selecção natural, originando as espécies por eliminação dos inaptos e sobrevivência dos mais aptos, segundo o processo que descreveu Darwin (...) .»
Na teoria de Darwin - reafirma o físico Schrodinger - apenas temos de substituir as suas «ligeiras variações acidentais» pelo termo «mutações», tal como a teoria quântica substituiu a «transmissão contínua de energia» pelas «transições quânticas».
HISTÓRIA DA INFORMAÇÃO GENÉTICA
Aproveita-se para reproduzir aqui a síntese que Schrodinger realiza sobre a história da informação genética, de inegável importância na Nova Naturologia: .
«O eixo da teoria (da hereditariedade), as leis que regem, em gerações sucessivas, a distribuição dos caracteres pelos quais diferem os progenitores e, de modo especial, a importante distinção recessivo-dominante são devidos ao mundialmente famoso abade Gregor Mendel (1822-1884).
«Mendel nada sabia sobre mutações e cromossomas. No seu jardim conventual em Brunn (Brno) fez experiências com ervilheiras, criando diferentes variedades, cruzando-as e observando as descendências da primeira, segunda, terceira, etc. gerações.
«Fez assim experiências com mutantes que ele encontrou já feitos na natureza. Publicou o resultado dos seus trabalhos em 1866, nas «Actas» da revista «Naturforschender Verein in Brunn». Ninguém parece ter-se interessado com este passatempo do abade e ninguém, com certeza, teve a menor ideia de que as suas descobertas constituíssem no século XX a base de uma ciência em tudo nova, a mais interessante em nossos dias.
«O artigo, que havia sido esquecido, foi redescoberto apenas em 1900, simultâneamente e de forma independente, por Correns (Berlim), De Vries (Amsterdão) e Tschermak (Viena).»
Notem-se, neste texto do Prémio Nobel da Física, duas coisas notáveis :
a) A humildade de um físico considerar a ciência da hereditariedade « a mais interessante em nossos dias.»
b) A «coincidência» de as descobertas do abade Gregor Mendel virem a ser redescobertas simultâneamente em Berlim, Amesterdão e Viena, ilustrando, de forma espectacular, a lei da ressonância vibratória cósmica enunciada por Etienne Guillé e aquilo a que Carl Gustav Jung chamou lei cósmica da «sincronia».
Lei angular da Nova Naturologia e que só neste século, à volta dos anos 80, viria a ser descoberta,estudada e desenvolvida pelo biólogo quântico Etienne Guillé, a lei da ressonância vibratória é a base da Cosmobiologia ocidental, tal como a lei do yin-yang, ou princípio único, é a base da cosmobiologia taoísta.
Desde 1900, portanto, que sabemos isto: A Biologia será quântica ou não será... Ou será a merda que tem sido.
No entanto e apesar de tão fundamental em ciências da vida, ela continua a pairar, apenas como um fantasma, sobre as cabeças de sucessivas gerações de estudantes.
Bem o compreendemos, no curso de Naturologia, onde a base da biologia quântica se torna um factor da sua própria sobrevivência .
Enquanto o alicerce da biologia quântica não for implantado, a Nova Naturologia não terá bases sólidas e tudo se passa num limbo de empirismos, contradições e, provavelmente, de polémicas estéreis com a ciência médica estabelecida, ela também comodamente sentada no seu cadeirão académico, ela também comodamente ruminante de teorias que já eram velhas há um século, precisamente quando irrompeu a teoria quântica.
Mais uma vez, Schrodinger diz em 1944 as palavras que têm de ser ditas e repetidas em 1999 e que deverão continuar a ser repetidas até que ouvidos inteligentes e inteligências menos surdas se abram:
«À luz dos conhecimentos actuais, o mecanismo da hereditariedade funda-se na própria base da teoria quântica. Esta teoria - lembra didacticamente Schrodinger ... foi emitida por Max Planck em 1900. A moderna genética provém da redescoberta dos trabalhos de Mendel, feita por De Vries, Correns e Tchermak (1900) e dos trabalhos publicados por De Vries sobre as mutações (1901-1903).
«Deste modo, as origens da duas grandes teorias coincidem e não admira que ambas tivessem de conseguir certa maturidade, antes de atingir a fase da sua ligação .
«No que respeita à teoria quântica, só em 1926-27 é que a teoria quântica das ligações químicas foi proposta nas suas linhas gerais por W. Heitler e F. London.
«A teoria de Heitler-London envolve as mais subtis e complexas concepções sobre o último desenvolvimento da teoria quântica (chamada «mecânica quântica» ou «mecânica ondulatória»). »
Na impossibilidade de reproduzir todo o ensaio de Schrodinger, mas convidando os nossos professores a ir lê-lo rapidamente, termino com mais uma citação que ajuda à unificação holística da Nova Naturologia:
«A mecânica quântica é o principal aspecto teórico que interpreta todos os tipos de agregados atómicos encontrados na Natureza.
«A ligação Heitler-London é o único aspecto da teoria que não foi inventado com o propósito de explicar a ligação química.»
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