ARTIGO 64
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A DOENÇA DELES E A DÍVIDA
«Em vez de mandarem os cães-polícia da Ordem perseguir naturoterapeutas e activistas da saúde, era bem melhor que nos pagassem o que devem e com retroactivos: retroactivos que, no caso desta SPN, já vão quase em um século.»
Lisboa, 3/Março/2000 - Lendo os jornais, verifica-se que o assunto das despesas com a chamada «saúde» é quase diário. Cheira mesmo a campanha orquestrada. Umas vezes por causa da Ministra que era, outras vezes por causa da ministra que é, os jornais encontram sempre maneira de nos dizer que há uma dívida colossal do Serviço Nacional de Saúde às Farmácias. E das farmácias hospitalares ao Serviço Nacional de Saúde. É uma permanente orgia de gastos com... a «saúde».
Mas se lermos toda esta pungente retórica com um pouco mais de atenção, aquilo que é sempre motivo de grandes títulos e parangonas , não é a saúde, que nem em nota de roda-pé merece a mais mínima atenção. A grande preocupação mediática é a doença e as despesas com a doença.
Leio alguns títulos:
Negócio de gases medicinais investigado
«Saúde» gasta 200 milhões
Medicamentos mais baratos
Portugal lidera despesa com fármacos
Reforma dos medicamentos «apagada» do programa do PS: assim o Estado perde 30 milhões de contos.
Até 2002, faltam 3.535 novos médicos.
Consumos de medicamentos dispara em 99 - Despesa subiu 11 por cento
Dívida dos hospitais em medicamentos sobe dez milhões num mês
Desperdício e má gestão são críticas feitas às farmácias hospitalares
O ministério da Saúde investiu 5 milhões de contos na actualização e substituição do equipamento do Serviço Nacional de Saúde
O competitivo mercado farmacêutico nacional : são mais de cem empresas a disputarem um mercado que vale cerca de 1,9 mil milhões de euros
Ordem propõe mais 150 farmácias
Custos de investigação na saúde animal não são rentáveis
O valor dos produtos de diagnóstico in vitro no mercado mundial está estimado em 18 biliões de dólares e houve um crescimento de cerca de três por cento em 1998
Indústria Farmacêutica na UE : crescer apesar das dificuldades.
E pronto. É melhor parar por aqui esta lista de maravilhas que a tal saúde deles nos apresenta. Qualquer pessoa sensata, e nem precisa de ser naturista, diria que um filme da «Play Boy» é muito menos pornográfico do que isto.
Como vemos, todas as notícias da chamada saúde são sobre os cifrões que a doença custa. Chama-se saúde às despesas com hospitalização, às cirurgias de transplante, aos medicamentos em escalada de preços porque, como se diz num desses títulos, a indústria tem que crescer.
Nunca nada é suficiente para alimentar este monstro devorador. Alguém, aliás, chamou de monstro ao último orçamento de Estado e a principal razão da monstruosidade estava precisamente nas verbas afectas à chamada «saúde». Nunca nada é suficiente para alimentar o monstro e as ameaças sobre a cabeça do contribuinte pagante, que continua a subsidiar toda esta farra, são contínuas: ora é a segurança social à beira da bancarrota, ora é o orçamento de Estado que rebenta pelas costuras por causa da famosa e famigerada «saúde» com aspas, o quadro apocalíptico entenebrece de dia para dia e é a primeira alínea da guerra entre partidos.
Curiosamente, estão todos de acordo em chamar saúde ao que é pura e simplesmente doença, ou seja, estão todos de acordo na Asneira e em prorrogar o apocalipse.
E a coisa é de tal maneira que a actual ministra da saúde, Arcanjo de nome, não precisa de saber uma linha de imunidade ou de terapia, mas é uma conhecida perita e um verdadeiro crack das finanças, ou seja , do carcanhol que é retirado do bolso dos contribuintes fiscais e da segurança social, mesmo aqueles que nem um tostão gastam disso e quando se querem tratar por homeopatia, acupunctura, naturopatia ou que for, esportulam as despesas do próprio bolso, que os naturoterapeutas também não são nada meigos.
A propósito de meiguice, em matéria de génios então a coisa é genial: o senhor Michio Kushi, Nº 1 do movimento macrobiótico mundial, cobrava 60 contos, da última vez que esteve em Lisboa, e só não cobrou o dobro porque o Francisco Varatojo lhe fez ver que o poder de compra do português não era propriamente igual ao dos norte-americanos, entre os quais Michio vive.
Mas este disparate de termos de pagar os tratamentos naturais, quando uma vida inteira descontámos para a chamada segurança social, devia merecer um pouco mais de atenção. Instaurar ao Estado-ladrão um processo por abuso de confiança e por roubo descarado de economias, talvez não fosse mal alembrado.
Sobre saúde propriamente dita, jornais e telejornais usam de um total mutismo. Eu pergunto-me, por exemplo, quando foi a última vez que os jornais noticiaram actividades da SPN, ou mesmo da Espiral, ou de qualquer outra instituição que se dedique à saúde .
A romper este silêncio de morte sobre a saúde-saúde e os activistas da saúde que somos nós, aqui, os sócios da SPN e outros que desde sempre defendem a autoterapia natural, houve apenas um acontecimento: refiro-me ao programa SIC dez horas, onde, vai para ano e meio, temos a melhor tribuna que defende a nossa causa, ou seja, a saúde.
Não se pode esquecer a importância que estas três vozes têm e terão na qualificação do movimento naturista e holístico português.
Francisco Varatojo, às 3ªas e 5ªs, Fernanda Jorge às 4ªs e Pedro Choy às 2ªs e 6ªs, são hoje a grande escola, eu diria, a universidade de autoterapia e, portanto, de ciência da saúde em Portugal.
E já agora não se pode esquecer também de como Júlia Pinheiro conseguiu transmutar a sua imagem televisiva, o que, sendo em si mesmo muito saudável, ajuda muito o programa a ser ainda mais saudável.
Já agora, permito-mo sugerir à direcção da SPN que realizemos nesta sala encontros de estudo regulares, tendo como base e ponto de partida as lições dos especialistas que acabo de referir e que, por mania minha, tenho ido gravando sempre que posso. Resultado desta mania: duas dezenas de videocassetes que poderíamos aproveitar na SPN como base de informação e discussão sobre aquilo que deveria ser uma obrigação de todos os cidadãos portugueses: a autoterapia natural. Pelo menos, é aquilo que o artigo 64 da Constituição da República Portuguesa estipula e preconiza. Com efeito, o número 1 do referido artigo, reza assim: « Todos têm direito a protecção da saúde e o dever de a defender e promover.» Mais claro do que isto, é impossível: nós, naturistas, temos cobertura constitucional. Os que nos perseguem e chateiam, são, além de anti-democratas, anti-constitucionais.
Com a rubrica Saúde, do programa SIC DEZ HORAS, a força da verdade, finalmente, venceu a barreira dos silêncios, das mentiras, das troças, das infâmias vomitadas pelo sr. Germano de Sousa e outros Germanos da praça.
No entanto e por outro lado, coisas sinistras aconteceram e estão acontecendo, com a conivência de alguns que se dizem defensores do naturismo, da medicina natural e - no caso vertente - da acupunctura, a medicina milenar e ecológica por excelência, a primeira cosmobiologia que tem ainda tudo o que importa para nos ensinar. Brada aos céus que se diga acupunctor quem é capaz de cometer as maiores vilezas, contra colegas de classe ainda por cima. É claro que a alminha em questão já tem um lugar assegurado no céu mas mesmo assim custa a engolir.
O momento, portanto, que poderia ser de regosijo, com o veto presidencial ao acto médico e com a abertura de um canal televisivo nacional às ideias naturológicas, é afinal de luto e de imensas angústias.
Nunca se sabe quando o Banco Mundial inspira mais uma campanha em que a Ordem dos Médicos é mero peão de brega. Nunca se sabe quando os altíssimos interesses económicos da indústria farmacêutica não arranjam mais um curandeiro da ilha do Pico para tentarem justificar as suas campanhas de morte e de doença, em nome, sempre da tal «saúde» com aspas.
Tenho para mim que esta é a última e decisiva batalha do apocalipse, o famoso Armagedão: A forma de terrorismo usada contra as ideias naturológicas leva a crer que, se não for o Cosmos a proteger-nos, seremos liquidados como coelhos.
Por isso, abrir a naturologia a uma cosmobiologia radical é, quanto a mim, a mais urgente das fainas, se queremos sobreviver. É, como se dizia há 20 anos da Ecologia, um caso de vida ou de morte.
Cabe ainda aqui o episódio do chamado «cartão do utente de saúde». De há 3 anos a esta parte, os serviços oficiais têm feito esforços para divulgar a (quase) obrigatoriedade de se renovar o cartão do utente do chamado Serviço Nacional de Saúde.
Na área da minha residência, leio, de vez em quando , notícias de que o centro regional de Oeiras estará aberto , das tantas às tantas, nos dias tais e tais, para que os «atrasados» possam fazer a requisição do dito cartão.
Aproveitando mais um destes anúncios, desta vez perto de casa, em Paço de Arcos, e como não quero passar por cidadão incumpridor dos meus deveres cívico-burocráticos, lá compareci no sábado , 26, entre as 10 e as 18 horas, julgando que desta vez iria ter cartão novinho em folha.
Pois é: o horário previsto era das 10 às 18 e às 11.30 lá entrei na bicha. Ia no número 80 da 1ª série e a senha que eu tirei era o 85 da 2ª série. Podia , portanto, ir dar um passeio e voltar mais tarde. Foi o que fiz: cerca das 17 horas, regressei e pude verificar que ia no 70 da minha série. Mas já se resmungava no corredor , entre os que esperavam havia horas, que, chegadas as 18 horas, mais ninguém seria atendido. De facto, assim aconteceu. 18 horas e fechou o guichê.
Ficaram uma dezenas de pessoas por atender, alguns que esperavam como eu desde a manhã e que julgavam a senha uma garantia de ser atendido, embora tarde.
Alguém falou que na Loja do Cidadão era igual ou pior. E que nos dias normais, então, nem valia a pena falar disso no centro de Paço de Arcos.
Tive então a consciência clara do que eram as famosas «listas de espera» e do que era a famosa e famigerada «saúde». Além de serem uma chatice, são de facto uma gigantesca fraude que todos vamos alimentando, indo lá, quando o capataz toca a reunir.
Moral da história mais que imoral: o sistema nacional de saúde (?) anda há 3 anos para que os cidadãos renovem o cartão e o que se passa é o que acabo de descrever.
Afinal, quem é que não tem um pingo de vergonha na cara?
Se em vez de mandaram cães-polícia chatiar as canelas dos activistas da saúde e dos naturoterapeutas (os únicos que podem inverter esta tendência para o suicídio nacional do chamado serviço nacional de saúde) , os serviços fossem, ao menos, burocraticamente mais eficazes, a malta de facto agradecia.
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A DOENÇA DELES E A DÍVIDA
«Em vez de mandarem os cães-polícia da Ordem perseguir naturoterapeutas e activistas da saúde, era bem melhor que nos pagassem o que devem e com retroactivos: retroactivos que, no caso desta SPN, já vão quase em um século.»
Lisboa, 3/Março/2000 - Lendo os jornais, verifica-se que o assunto das despesas com a chamada «saúde» é quase diário. Cheira mesmo a campanha orquestrada. Umas vezes por causa da Ministra que era, outras vezes por causa da ministra que é, os jornais encontram sempre maneira de nos dizer que há uma dívida colossal do Serviço Nacional de Saúde às Farmácias. E das farmácias hospitalares ao Serviço Nacional de Saúde. É uma permanente orgia de gastos com... a «saúde».
Mas se lermos toda esta pungente retórica com um pouco mais de atenção, aquilo que é sempre motivo de grandes títulos e parangonas , não é a saúde, que nem em nota de roda-pé merece a mais mínima atenção. A grande preocupação mediática é a doença e as despesas com a doença.
Leio alguns títulos:
Negócio de gases medicinais investigado
«Saúde» gasta 200 milhões
Medicamentos mais baratos
Portugal lidera despesa com fármacos
Reforma dos medicamentos «apagada» do programa do PS: assim o Estado perde 30 milhões de contos.
Até 2002, faltam 3.535 novos médicos.
Consumos de medicamentos dispara em 99 - Despesa subiu 11 por cento
Dívida dos hospitais em medicamentos sobe dez milhões num mês
Desperdício e má gestão são críticas feitas às farmácias hospitalares
O ministério da Saúde investiu 5 milhões de contos na actualização e substituição do equipamento do Serviço Nacional de Saúde
O competitivo mercado farmacêutico nacional : são mais de cem empresas a disputarem um mercado que vale cerca de 1,9 mil milhões de euros
Ordem propõe mais 150 farmácias
Custos de investigação na saúde animal não são rentáveis
O valor dos produtos de diagnóstico in vitro no mercado mundial está estimado em 18 biliões de dólares e houve um crescimento de cerca de três por cento em 1998
Indústria Farmacêutica na UE : crescer apesar das dificuldades.
E pronto. É melhor parar por aqui esta lista de maravilhas que a tal saúde deles nos apresenta. Qualquer pessoa sensata, e nem precisa de ser naturista, diria que um filme da «Play Boy» é muito menos pornográfico do que isto.
Como vemos, todas as notícias da chamada saúde são sobre os cifrões que a doença custa. Chama-se saúde às despesas com hospitalização, às cirurgias de transplante, aos medicamentos em escalada de preços porque, como se diz num desses títulos, a indústria tem que crescer.
Nunca nada é suficiente para alimentar este monstro devorador. Alguém, aliás, chamou de monstro ao último orçamento de Estado e a principal razão da monstruosidade estava precisamente nas verbas afectas à chamada «saúde». Nunca nada é suficiente para alimentar o monstro e as ameaças sobre a cabeça do contribuinte pagante, que continua a subsidiar toda esta farra, são contínuas: ora é a segurança social à beira da bancarrota, ora é o orçamento de Estado que rebenta pelas costuras por causa da famosa e famigerada «saúde» com aspas, o quadro apocalíptico entenebrece de dia para dia e é a primeira alínea da guerra entre partidos.
Curiosamente, estão todos de acordo em chamar saúde ao que é pura e simplesmente doença, ou seja, estão todos de acordo na Asneira e em prorrogar o apocalipse.
E a coisa é de tal maneira que a actual ministra da saúde, Arcanjo de nome, não precisa de saber uma linha de imunidade ou de terapia, mas é uma conhecida perita e um verdadeiro crack das finanças, ou seja , do carcanhol que é retirado do bolso dos contribuintes fiscais e da segurança social, mesmo aqueles que nem um tostão gastam disso e quando se querem tratar por homeopatia, acupunctura, naturopatia ou que for, esportulam as despesas do próprio bolso, que os naturoterapeutas também não são nada meigos.
A propósito de meiguice, em matéria de génios então a coisa é genial: o senhor Michio Kushi, Nº 1 do movimento macrobiótico mundial, cobrava 60 contos, da última vez que esteve em Lisboa, e só não cobrou o dobro porque o Francisco Varatojo lhe fez ver que o poder de compra do português não era propriamente igual ao dos norte-americanos, entre os quais Michio vive.
Mas este disparate de termos de pagar os tratamentos naturais, quando uma vida inteira descontámos para a chamada segurança social, devia merecer um pouco mais de atenção. Instaurar ao Estado-ladrão um processo por abuso de confiança e por roubo descarado de economias, talvez não fosse mal alembrado.
Sobre saúde propriamente dita, jornais e telejornais usam de um total mutismo. Eu pergunto-me, por exemplo, quando foi a última vez que os jornais noticiaram actividades da SPN, ou mesmo da Espiral, ou de qualquer outra instituição que se dedique à saúde .
A romper este silêncio de morte sobre a saúde-saúde e os activistas da saúde que somos nós, aqui, os sócios da SPN e outros que desde sempre defendem a autoterapia natural, houve apenas um acontecimento: refiro-me ao programa SIC dez horas, onde, vai para ano e meio, temos a melhor tribuna que defende a nossa causa, ou seja, a saúde.
Não se pode esquecer a importância que estas três vozes têm e terão na qualificação do movimento naturista e holístico português.
Francisco Varatojo, às 3ªas e 5ªs, Fernanda Jorge às 4ªs e Pedro Choy às 2ªs e 6ªs, são hoje a grande escola, eu diria, a universidade de autoterapia e, portanto, de ciência da saúde em Portugal.
E já agora não se pode esquecer também de como Júlia Pinheiro conseguiu transmutar a sua imagem televisiva, o que, sendo em si mesmo muito saudável, ajuda muito o programa a ser ainda mais saudável.
Já agora, permito-mo sugerir à direcção da SPN que realizemos nesta sala encontros de estudo regulares, tendo como base e ponto de partida as lições dos especialistas que acabo de referir e que, por mania minha, tenho ido gravando sempre que posso. Resultado desta mania: duas dezenas de videocassetes que poderíamos aproveitar na SPN como base de informação e discussão sobre aquilo que deveria ser uma obrigação de todos os cidadãos portugueses: a autoterapia natural. Pelo menos, é aquilo que o artigo 64 da Constituição da República Portuguesa estipula e preconiza. Com efeito, o número 1 do referido artigo, reza assim: « Todos têm direito a protecção da saúde e o dever de a defender e promover.» Mais claro do que isto, é impossível: nós, naturistas, temos cobertura constitucional. Os que nos perseguem e chateiam, são, além de anti-democratas, anti-constitucionais.
Com a rubrica Saúde, do programa SIC DEZ HORAS, a força da verdade, finalmente, venceu a barreira dos silêncios, das mentiras, das troças, das infâmias vomitadas pelo sr. Germano de Sousa e outros Germanos da praça.
No entanto e por outro lado, coisas sinistras aconteceram e estão acontecendo, com a conivência de alguns que se dizem defensores do naturismo, da medicina natural e - no caso vertente - da acupunctura, a medicina milenar e ecológica por excelência, a primeira cosmobiologia que tem ainda tudo o que importa para nos ensinar. Brada aos céus que se diga acupunctor quem é capaz de cometer as maiores vilezas, contra colegas de classe ainda por cima. É claro que a alminha em questão já tem um lugar assegurado no céu mas mesmo assim custa a engolir.
O momento, portanto, que poderia ser de regosijo, com o veto presidencial ao acto médico e com a abertura de um canal televisivo nacional às ideias naturológicas, é afinal de luto e de imensas angústias.
Nunca se sabe quando o Banco Mundial inspira mais uma campanha em que a Ordem dos Médicos é mero peão de brega. Nunca se sabe quando os altíssimos interesses económicos da indústria farmacêutica não arranjam mais um curandeiro da ilha do Pico para tentarem justificar as suas campanhas de morte e de doença, em nome, sempre da tal «saúde» com aspas.
Tenho para mim que esta é a última e decisiva batalha do apocalipse, o famoso Armagedão: A forma de terrorismo usada contra as ideias naturológicas leva a crer que, se não for o Cosmos a proteger-nos, seremos liquidados como coelhos.
Por isso, abrir a naturologia a uma cosmobiologia radical é, quanto a mim, a mais urgente das fainas, se queremos sobreviver. É, como se dizia há 20 anos da Ecologia, um caso de vida ou de morte.
Cabe ainda aqui o episódio do chamado «cartão do utente de saúde». De há 3 anos a esta parte, os serviços oficiais têm feito esforços para divulgar a (quase) obrigatoriedade de se renovar o cartão do utente do chamado Serviço Nacional de Saúde.
Na área da minha residência, leio, de vez em quando , notícias de que o centro regional de Oeiras estará aberto , das tantas às tantas, nos dias tais e tais, para que os «atrasados» possam fazer a requisição do dito cartão.
Aproveitando mais um destes anúncios, desta vez perto de casa, em Paço de Arcos, e como não quero passar por cidadão incumpridor dos meus deveres cívico-burocráticos, lá compareci no sábado , 26, entre as 10 e as 18 horas, julgando que desta vez iria ter cartão novinho em folha.
Pois é: o horário previsto era das 10 às 18 e às 11.30 lá entrei na bicha. Ia no número 80 da 1ª série e a senha que eu tirei era o 85 da 2ª série. Podia , portanto, ir dar um passeio e voltar mais tarde. Foi o que fiz: cerca das 17 horas, regressei e pude verificar que ia no 70 da minha série. Mas já se resmungava no corredor , entre os que esperavam havia horas, que, chegadas as 18 horas, mais ninguém seria atendido. De facto, assim aconteceu. 18 horas e fechou o guichê.
Ficaram uma dezenas de pessoas por atender, alguns que esperavam como eu desde a manhã e que julgavam a senha uma garantia de ser atendido, embora tarde.
Alguém falou que na Loja do Cidadão era igual ou pior. E que nos dias normais, então, nem valia a pena falar disso no centro de Paço de Arcos.
Tive então a consciência clara do que eram as famosas «listas de espera» e do que era a famosa e famigerada «saúde». Além de serem uma chatice, são de facto uma gigantesca fraude que todos vamos alimentando, indo lá, quando o capataz toca a reunir.
Moral da história mais que imoral: o sistema nacional de saúde (?) anda há 3 anos para que os cidadãos renovem o cartão e o que se passa é o que acabo de descrever.
Afinal, quem é que não tem um pingo de vergonha na cara?
Se em vez de mandaram cães-polícia chatiar as canelas dos activistas da saúde e dos naturoterapeutas (os únicos que podem inverter esta tendência para o suicídio nacional do chamado serviço nacional de saúde) , os serviços fossem, ao menos, burocraticamente mais eficazes, a malta de facto agradecia.
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