ORDER BOOK

*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-08-06

SUSTOS 1997

5584 caracteres - 2 páginas - sustos-1> - merge doc de um único file wri do mesmo nome -sustos-1> holística à portuguesa: ponto da situação - 6400 bytes -sustos1>

ASSUSTAI-VOS UNS AOS OUTROS & MANIPULAI-VOS UNS AOS OUTROS

Lisboa, 8/8/1997 - Em estreita ligação com a indústria da doença, a indústria da profecia & da adivinhação está montada sobre rodas.
Nas duas últimas décadas, a «arma da ameaça» - individual e colectiva - foi-se sofisticando e temos hoje, como produto do marketing industrial, a mais perfeita forma de manipular o próximo e de o ter, dócil, na mão de todos os poderes, debaixo de qualquer ditadura ou tirania, como um passarinho assustado.
«Assustai, assustai e algum proveito ireis retirar daí» - é a palavra de ordem, implícita, em todas as grandes realizações deste nosso século de catástrofes em cadeia, poluições & maravilhas electrónicas.
E de pletora de informação - que é a forma mais sofisticada de desinformar.
Um dos poderes instituídos que mais cedo percebeu a vantagem comercial de assustar o próximo, os lucros derivados de toda e qualquer ameaça, foi o poder médico, que deu sempre o excelente modelo de como se manipulam, intoxicam e condicionam almas ou massas ignaras.
Pela arma do diagnóstico, o médico (e o terapeuta dito natural, graças a Deus) tem na mão o doente.
«Adivinhar» o futuro de qulalquer desgraçado para o explorar e para o manter na eterna dependência das consultas e do consultório, é condição sine qua non do rendoso negócio, da fabulosa indústria que é hoje a doença, como, aliás, sempre foi.
Adensar o clima de pessimismo faz parte desse processo monstruoso de manipulação de massas, de intoxicação e de gigantesca lavagem aos cérebros.
Quanto mais negro se pintar o quadro, a nível individual (diagnóstico do paciente) e a nível geral (a cargo dos órgãos mediáticos, um debitar diário de horrores, terrores & catástrofes, não só as que se dão mas as que se podem dar e estão iminentes) mais submisso ficará o doente/paciente/monodependente.
Ecologistas & ambientalistas ajudaram à festa - tinham boa matéria de susto.
Em troca, o paciente, em vez de aprender a arte (fácil) de se tratar e de ser auto-suficiente, aprende a queixar-se por todos os cantos e não faz outra coisa senão carpir-se.
O senhor doutor acha óptimo que os doentes levem a vida a queixar-se e vai-lhe cobrando cada consulta a 10/15 mil, que é hoje o padrão médio remuneratório da autoridade médica e da estratégia profético-pessimista que a sustenta e que lavra, de facto, como a grande Doença deste tempo-e-mundo (leia-se tempo imundo).
- Tem uma doença incurável
- Curar uma gripe é muito complicado
- Os vírus são cada vez mais virulentos
- Novas estirpes de bactérias atacam ao amanhecer, reforçadas por doses industriais de antibióticos
- Para uma das dezenas de «ites» - desde sinusite a bronquite - há que tomar doses imoderadas e crescentes de antibióticos
- Alergia ou Diabetes, Cancro ou Artritismo, o tratamento tem que ser sempre o mesmo: medicamentos de carregar pela boca e suas sequelas de efeitos adversos (novas doenças, portanto)
- Estamos submetidos ao karma (diz o imperialismo /colonialismo hindu, hoje triunfante em Portugal enquanto o chinês não o desbancar)
- Há sempre uma bactéria (como diz a publicidade) e nós estamos sempre sujeitos a essas bactérias tremendas. Nada melhor do que a ameaça de uma bactéria para instaurar o medo nas hostes. O terreno não é nada, a bactéria é tudo e muito mais lucrativa.
Estes e outros sofismas, mantidos pelo Establishment - Médicos & Naturopatas Encartados, Ldª - alimentam o negócio da médico-dependência e fazem do doente, além da cobaia para experiências que sempre tem sido (incluindo para a Homeopatia) o alvo privilegiado de todo o negócio de frasquinhos, doses & minidoses.
É o momento de lançar o sofisma mais lucrativo de todos: medicamentos são caros e a doença longa, longa, longa...
Os medicamentos, de facto, são caros e os preços não são sofisma, não, e os tratamentos dos senhores doutores ditos naturoterapeutas são longos.
Há escolas, em Acupunctura, especializadas em eternizar os tratamentos.
Não se julgue, porém, que, ao explorarem desta maneira os doentes, eles, os exploradores, não têm um alibi de consciência para se tranquilizarem e dormirem com menos insónias sem valeriana, librium ou valium.
O alibi de consciência é este e é insofismável: o doente, de facto, não se quer tratar por si, não quer fazer os nigredos necessários a qualquer alquimia, condição sine qua non de qualquer cura, não ganhou, ao longo dos anos e apesar do sofrimento e dos ciclos viciosos em que as medicinas o meteram, auto-suficiência. E, portanto, paga porque quer, paga a supercomplicação médica porque não quis aprender a arte simples da auto-suficiência.
Não quis, não quer e continua a não querer.
Com este alibi de facto, médicos & naturopatas podem continuar sem remorsos a «ajudar o próximo» e a engrossar a respectiva conta bancária.
Não admira, portanto, que médicos & naturopatas continuem a incutir na opinião pública os sofismas depressivos, aterrorizantes, desestabilizadores, angustiógenos, que vão consolidando e eternizando a eterna monodependência do doente à autoridade médica.
À tirania do poder médico. E dos alegados naturopatas, todos de consciência tranquila.
Dois dos maiores best sellers do momento, na área da edição, são profecias.
Assim se realiza a profecia das profecias, ela também homeopática de alta diluição: Tratarás a mordedura de um cão, com pelo do mesmo cão.»
***