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*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-02-12

ECOLOGIA HUMANA 1995

12366 caracteres - nc-0>

Chave para inéditos AC de 1983 - Regressos - Notícias da Clandestinidade -> Notícias do Terror -> Os Silêncios que Falam -> Manifesto dos silenciamentos

OS SILÊNCIOS QUE FALAM

12-2-1995
I
Nove milhões de portugueses, na maior parte trabalhadores, devem ignorar que existe, em Portugal, uma Caixa de Seguros de Doenças Profissionais. A doença no local de trabalho, de facto, foi, é e continua a ser assunto verdadeiramente proibido e tabu. Tema tratado, pela primeira e última vez, em reportagem de «A Capital», publicada em [---], seria o momento de regressar a ele, se o ambiente não fosse cada vez mais contrário e hostil a factos e à verdade dos factos. Quando a demagogia sobre a chamada «saúde» sobe em Portugal, valeria a pena - se valesse - correr o risco de perseguição e linchagem, só para mostrar que os verdadeiros problemas da saúde em Portugal, com todas as instituições aos gritos, continuam silenciados e rodeados de silenciamentos. A notícia sobre seguros de doenças profissionais, é, portanto, mais uma notícia da clandestinidade.
Como tantas outras notícias que a gritaria das demagogias silencia.
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24 caracteres - nc-1> eh-eh> dicionar>

# O MUNDO DA ECOLOGIA HUMANA # NOTÍCIAS DA CLANDESTINIDADE - PERGUNTAS DISPARATADAS

Se eu inventasse um dia uma máquina para medir o «crime» de certos anúncios alimentares da televisão, acha que alguma empresa iria comercializar o meu invento?
Se eu inventasse uma máquina capaz de provar que o fogão mirocoondas (retirando o electromegnetismo dos alimentos) é pré-cancerígeno, acha que a Miele iria comercializar o meu invento?
Se eu inventasse um detector de radiações e lhe chamasse Contador Geiger para medir, em casa e nos locais de trabalho, as radiações ionizantes, acha que a Apifarma me iria patrocinar o invento?
Se eu inventasse um aparelho capaz de medir, de analisar, nos cabelos humanos, o nível de metais pesados (cádmio, mercúrio. chumbo) no organismo exposto às poluições químicas, acha que a CIP iria promover na FIL 93 o meu invento?
Se eu descobrisse um aparelho que lesse na consciência das pesoas o seu grau de sinceridade, acha que o KGB iria patrocinar o meu invento?
Se eu amanhã descobrisse com o pêndulo a técnica divinatória do diagnóstico, revelando a presença de radicais livres no organismo provocados pela poluição industrial, acha que o Ministério da Saúde e a Ordem dos Médicos iriam formar [?]
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chave para inéditos AC de 1987 - 1512 caracteres nc-4> diário> Inéditos 87

Lisboa, 3/1/1987

Notícias da Clandestinidade - QUE FALTARÁ AINDA INSTRUMENTALIZAR?

A característica dominante dos partidos é utilizarem em proveito
próprio e das suas estratégias de poder mais ou menos ligadas e
blocos imperialistas e a variados internacionalismos ou seitas
multinacinais, tudo quanto mexe e de qualquer modo pode sucitar os
sentimentos fraternos ou humanitários das populações. Os fins
transformam-se em meios e os meios transformam-se em fins - o que
significa maquiavelismo. Quando se usam pessoas, sentimentos, causas
ou ideais, está a praticar-se um acto de prostituição.
Instrumentalizar tudo o que é nobre, livre, bom, ou humano, tornou-se
prática corrente dos partidos ao serviço de blocos hegemónicos. Eles
são os primeiros a prostituir os valores em que dizem acreditar. De
facto, que faltará ainda instrumentalizar? A voracidade dos partidos,
no entanto, vai para os movimentos sociais que se possam esboçar em
defesa das várias classes, condições, situações vividas e sofridas
pelo cidadão:
Beneficiário
Consumidor
Criança
Deficiente
Inquilino
Lumpen proletariado
Munícipe
Peão
Reformado
Terceira idade
Utente

No singular, instrumentaliza-se:
- A Paz
- A Pobreza
- A Liberdade
- A Criança
- A Juventude
- A Terceira Idade

No plural, instrumentalizam-se:
- Os direitos do trabalhador
- As necessidades mais justas e prementes do cidadão
- As necessidades de reformados e desclassificados
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chave para inéditos AC de 1962-1974 - 4538 caracteres nc-6> diário> cancro74> (Continuação)

MANIFESTO DOS SILÊNCIOS # NOTÍCIAS DA CLANDESTINIDADE

1962-1974: 12 anos de notícias sobre o cancro

ANÁLISE DE UM DISCURSO MISTIFICADOR QUE SE ESTÁ REPETINDO IPSIS VERBIS PARA A SIDA
[quatro páginas dactilografadas:]

CAUSAS LÓGICAS EM FACE DO VÍRUS (OU «CAUSA ABERRANTE»):

Depressões como causadoras de cancro (6/8/1967)

Se mesmo os fumadores não querem reduzir o número de cigarros que fumam, não poderão os fabricantes reduzir as doses de matérias nocivas dos cigarros?

Casos de cancro relacionados com a pílula conceptiva(31/1/1971)

O fumo do tabaco contém um agente que provoca o cancro (11/12/1971)

Alarmante o ritmo do aumento do cancro nos Estados Unidos-experimentados por ano 300 a 400 de 200 OOO novos produtos químicos (10/3/1972)

Menor do que se cria o perigo das radiações sobre as funções genéticas (9/9/1971)
*
INCREMENTO DA LEUCEMIA: 1965-1971:

E os rebentamentos atómicos na atmosfera? E as chuvas radioactivas de Hiroxima? E os mil novos produtos químicos todos os anos? E os medicamentos «leucemizantes»?

A leucemia ameaça o gado bovino (18/4/1967)

Aumentaram no mundo inteiro as percentagens de mortalidade por leucemia (22/6/1966)

Era um fabricante de ilusões o «biólogo» Naessens que «curava» a leucemia e por isso começou a ser julgado em Paris (4/5/1965)

Próxima descoberta de uma vacina capaz de proteger os seres humanos da leucemia (7/7/1971)

Leucemia e cancro em percentagem perturbadora entre aqueles que eram crianças quando do ataque a Hiroxima (30/7/1971)
*
A TESE ABERRANTE DO VÍRUS:

Em Moscovo - um cientista americano confirma que o cancro é provocado por um vírus (26/7/1962)

Contra o Cancro: um novo antibiótico, a Bleomicina (6/10/1968)

Vacina eficaz contra o cancro? (16/10/1969)

O vírus puro do cancro isolado na Colômbia (11/11/1969)

Abrem-se novas esperanças a centenas de milhares de cancerosos - Podem começar as pesquisas de nova vacina (5/12/1969)

É de grande importância a descoberta de um vírus do sarcoma no homem (5/12/1969)

Isolado o vírus do cancro humano (9/12/1969)

Vacina contra o cancro experimentada com êxito em animais (25/11/1970)

Isolado um vírus humano causador do cancro? (6/12/1971)

Cientistas procuram descobrir se o cancro é provocado por vírus ou por acção química (15/11/1972)

Origem virosa do cancro - Cientistas soviéticos de acordo com os americanos (20/1/1972)

Um vírus dormente na origem do cancro do seio? (15/6/1972)

O cancrodos animais é causado por vírus - diz peritoda OMS (7/9/1972)

Cientistas isrelitas cultivam um vírus esquivo que poderá ser o causador do cancro no seio (4/2/1973)

Vírus do exterior parecem ser a causa do cancro (25/2/1973)

Médicos italianos descobrem a ligação entre um vírus e o cancro das membranas (24/3/1973)

Poderá o cancro ser causado pelo vírus da gripe? (24/3/1973)

ICB 119 - Nova arma contra o cancro (1/6/1973)
*
UM CERTO GOZO

Um certo gozo sádico acaba por se instalar no discurso debitado pelos cientistas:

Mudanças de sexo provocam cancro (12/4/1968)

Era já este o prenúncio da ignóbil «doença sexualmente transmissível» em que viria a transformar-se a sida-espectáculo, a sida-progrom, a sida-caça às bruxas, a sida-promoção da indústria de preservativos?

Também surge um discurso entre o gozo sádico e o sério:

Imunizar doentes com o sangue de antigos cancerosos (7/4/1973) discurso onde, além do actual vampirismo médico, se patenteia a mentalidade mais do que medieval de uma ciência paranóica e totalmente pervertida.
*
CANCRO: MÉTODOS LÓGICOS PARA A TERAPÊUTICA:

Regime de fome - um novo método (?)

Descoberta de plantas com propriedades anticancerígenas (26/7/1972)

A grande batalha da ciência médica - Nas florestas do Quénia árvores «Maytenus» contêm um produto químico anticancerígeno (5/1/1973)

Dermatologistas afirmam : algumas lesões cutâneas são sintomas de cancros (25/5/1972)

Congresso de Veneza - alguns cancros internos manifestam-se por lesões na pele (25/5/1972)

A vitamina A cura o cancro? ( 15/7/1970)

Ondas electromagnéticas curaram ratazanas em que haviam sido enxertados tumores cancerosos e leucemias (?)

O sadismo do aleatório revela-se em anúncios fraudulentos como este: Dentro de um ano haverá no mercado um teste para detectar a presença de cancro nos seres humanos (19/5/1973)

A descoberta do veterinário farmacêutico de Córdova - Nova arma contra o cancro? (30/3/1968)
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chave para inéditos AC de 1984 - 2371 caracteres nc-7> Regressos & Silêncios -
Texto de 1984 -> Restos -> Dez anos depois -> Notícias da Clandestinidade -> Temas de Ecologia Humana


OS CRIMES DE PERIGO COMUM NO NOVO CÓDIGO PENAL DE 1982

A pena de prisão até seis meses ou multa até 50 dias, prevista no artigo 148 do
Código Penal de 1982, tem atenuantes, desde que o «agressor» seja médico e que as «ofensas no corpo ou na saúde» provocadas «no exercício da sua função» não causem doença ou incapacidade para o trabalho por mais de 8 dias.»
«Intervenções e tratamentos médico-cirúrgicos», matéria contemplada no artigo 150º do Código Penal, também despenalizam substancialmente a medicina:
Conforme refere o artigo 150º, «as intervenções e outros tratamentos que, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina,se mostram indicados e foram levados a cabo, de acordo com as «leges artis», por um médico ou outra pessoa legalmente autorizada a empreendê-los com intenção de prevenir, diagnosticar, debelar ou minorar uma doença, um sofrimento, uma lesão ou fadiga corporal ou
uma perturbação mental, não se consideram ofensas corporais. »
[publicado]: Os «crimes de perigo comum» previstos no novo Código Penal de 1982, relacionam-se directamente com a segurança quotidiana do cidadão, devendo o consumidor conhecer este texto legislativo fundamental que eventualmente o poderá defender... Especificando esses «crime de perigo comum» em duas secções -
«a) incêndios,explosões, irradiações e outros crimes de perigo comum;
b)dos crimes contra a saúde» - o novo Código Penal de 1982, integrou na legislação
portuguesa conceitos e factores respeitantes à «qualidade de vida»que ainda há três décadas eram novidade...
Considerado, assim, bastante «evoluído» no contexto jurídico europeu - por integrar conceitos e factores já com algumas décadas de história... - o Código Penal publicado no «Diário da República», I série, em 23 de Setembro de 1982, anda ainda a ser estudado pelos técnicos, não tendo chegado à opinião pública naqueles capítulos que mais directamente a podiam interessar na medida em que mexem com a nossa intergidade física imediata. De facto, o novo Código Penal, é um dos textos jurídicos portugueses em que os direitos do cidadão foram minimamente lembrados. Significativo é que, 11 anos depois da sua publicação oficial, ninguém se lembre disso: já ou ainda?
[transcrevemos os artigos referentes à secção II do já referido capítulo III - Dos Crimes de Perigo Comum ]
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-> LICA -> IDF -> Notícias do crime médico -> Notícias da Clandestinidade -> O Gulag dos Silêncios -> Os Silêncios que Falam

Regressos & Silêncios

-IATROGÉNESE: homem cobaia da medicina

-Há experiências «laboratoriais» com doentes em meio hospitalar?

-Existe para aí uma comissão de Ética?...

A rapidez com que os medicamentos são testados e o número vertiginoso de especialidades farmacêuticas que todos os dias entra no mercado, torna óbvia esta necessidade: os medicamentos são testados na sua aplicação pelo médico ao doente. Como se chama esta situação? Como deve ser julgada etica e juridicamente? O poder médico justifica tudo? Será o «cobainato» mais lícito do que o Aborto e a Eutanásia?
As experiências conhecidas praticadas em condenados à morte ou em presidiários condenados a prisão perpétua confirmam que a prática da «cobais» não é uma ficção nem uma excepção. A própria essência da ciência experimental autoriza e fomenta essa prática. se se trata de ciências humanas, é lógico que a experimentação se faça em seres humanos. Experiência laboratorial com medicamentos receitados a doentes é ou não é praticada e é ou não reconhecida oficialmente? Há casos em que o médico já tem perguntado aos familiares do doente ou ao próprio se autorizam a experiência.
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