SAÚDE 1998
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O CONSUMIDOR DE SAÚDE NUM ESTADO DE DIREITO
+ 7 PONTOS
28/9/1998 - Ao reclamar um estatuto de legalidade num Estado de Direito, a medicina natural não está a pedir nenhum favor. Antes pelo contrário: está a prestar ao Estado e às despesas com a segurança social um enorme favor, um precioso auxílio.
Está apenas a exigir que se inscrevam na letra da lei os direitos adquiridos por antiguidade, experiência e eficácia por essa tradição médica que remonta na Europa a Hipócrates mas que remonta a dez mil anos no caso da tradição taoísta e da medicina Yin-Yang.
As novas e novíssimas medicinas, de facto, apenas reencontram as mais antigas medicinas sagradas. A Física e a Biologia quântica têm apenas confirmado o que estava dito e escrito há milhares de anos.
São esses direitos adquiridos, pela experiência, pela história, pela comprovada eficácia, que fundamentam a exigência das medicinas neo-hipocráticas, ecológicas e holísticas, face aos poderes constituídos, sejam eles, por ordem de responsabilidade na vida pública:
- O poder legislativo da Assembleia da República
- O poder político do governo (a quem cabem as decisões políticas justas em favor da maioria dos cidadãos)
- O poder médico que, em princípio, não tem que ser para aqui chamado.
A ingerência da corporação médica nos assuntos internos da medicina holística, tem passado abusivamente por várias fases:
- durante a vigência do Estado corporativo, a ordem estabelecida estava de acordo com a ditadura estabelecida
- depois, em Estado democrático (a que se acrescenta a designação de Estado de Direito), o estatuto corporativo dos médicos não só se consolidou como se assanhou ainda mais do que se assanhava no tempo do inesquecível bastonário Gentil Martins ou da inesquecível eminência parda da Ordem que foi o Dr. Fernando José Costa e Sousa.
Só com uma pequena diferença de rótulo: o que dantes, no antigamente, se chamava expressa e explicitamente «corporativismo», hoje toma o nome modernaço de «lobby».
Os lobbies, aliás, estão como nunca estiveram: de poleiro, bem instalados, agindo como querem e governando o País. Um «lobby» de consumidores, neste contexto, talvez não seja má ideia.
Pensávamos nós, tristes consumidores, que um governo era para governar e uma Assembleia da República para legislar de acordo com os interesses e direitos de uma vasta maioria e não ao sabor das pressões de um lobby ou corporação, por mais poderosa que ela seja e por mais que levante a voz em altifalante, faça greves ou corte estradas.
Mas nada disso tem acontecido.
Jornais e telejornais lá estão sempre, atentos, veneradores e obrigados, para dar voz tonitruante e estes e outros donos da bola.
O sector alternativo, ecológico e holístico da nossa sociedade é como se não existisse. O chamado «underground» em ditadura continua «underground» em democracia, com a agravante que os fanzines, boletins semi-clandestinos, frentes ecológicas e outras formas de democracia participativa, nos anos 70, tudo isso desapareceu na voragem das querelas partidárias e, agora, nessa agonia da instituição parlamentar e democrática que é a moda ou mania dos referendos.
Se é tudo para distrair a malta, tudo bem. Distraiam-se.
Mas se quiserem ir ao essencial, a massa imensa de consumidores de medicinas ecológicas exige, rapidamente, o que é essencial e urgente:
1 - Um referendo nacional para saber que percentagem de portugueses quer ter a garantia de uma alternativa médica à ortodoxia vigente
2 - O artigo 64 da Constituição da República Portuguesa tem que ser levado à letra e posto em prática.
O que neste momento o establishment médico se prepara para levar em frente é a subversão total desse artigo 64. Depois de subverter a ordem democrática e a ordem social (contribuindo, com a maior fatia, para a famosa bancarrota da segurança social), o establishment prepara-se para subverter a ordem constitucional.
Se for levada por diante a ameaça de não admitir o estatuto de ensino superior para as medicinas holísticas e ecológicas, será de facto a total e completa subversão da ordem constitucional.
3 - É tempo de os consumidores de medicinas holísticas serem respeitados nos seus direitos: e se os organismos associativos, autodesignados em defesa do consumidor, são os primeiros a declarar guerra aos produtos naturais, é óbvio que os milhares de consumidores desta área deverão, eles próprios, organizar-se para defender os seus direitos.
Se é lícito o direito à asneira e que a D. Isabel Stilwell , na sua revista DN, tenha mandado chamar a polícia para nos vir prender a nós, os consumidores de medicinas naturais, já é menos lícito que um organismo do Estado, o Instituto do Consumidor, dirigido pelo meu amigo Manuel Lucas Estêvão, depois de manter o mais rigoroso silêncio, durante décadas, em relação a este sector, tenha vindo recentemente, na sua revista, com as costumadas reticências, tal e coisa, aquelas que a gente já sabe sempre que se trate de alternativas aos medicamentos químicos.
4 - Outra exigência do consumidor aos excelentíssimos media é que deixem de nos tratar como atrasados mentais, roedores de cenouras, amigos do arrozinho integral, alheios aos prazeres da carne de vaca louca e de porco ainda mais louco.
Depois do obsceno espectáculo que o carnivorismo tem dado, é caso para olhar primeiro os seus próprios ridículos em vez de tentarem pôr a ridículo os outros.
5 - Façam lá como quiserem, parlamento e governo, mas resolvam isto de uma vez por todas: eu e milhares de consumidores de saúde querem que a segurança social, para a qual todos justamente descontamos, cubra as minhas despesas na defesa da minha saúde.
Entra aqui o grande busílis da questão: o consumidor num Estado de Direito. Não pode haver filhos e enteados. Se todos descontam por igual, todos devem ter, por igual, os benefícios que justamente lhes são devidos.
Quatro alíneas para o governo decidir urgentemente, nomeando urgentemente uma comissão de estudo:
a) As despesas com a doença vão num crescendo logarítmico imparável e insuportável.
b) Uma atenção à (profilaxia natural da) saúde diminuiria em 50% (ou mais) esse despesismo obsceno e incomportável.
c) Defender a saúde (como fazem hoje milhares de consumidores de saúde) é muito mais económico para o Estado e para os cidadãos do que combater a doença.
d) A conflitualidade permanente que se vive no chamado sector da saúde é precisamente porque não há saúde mas apenas doença num crescendo trágico.
6 - Façam lá como quiserem, mas três exigências ainda decorrem destas:
a) Holística e Medicina Holística é a defesa da saúde
b) Medicina combate a doença a nada tem a ver com a saúde
c) Deixem de chamar ministério da saúde ao ministério da doença, despesas com a saúde às despesas com a doença.
Ao menos na nomenclatura, pratiquem o que é moral, normal, nacional, lógico, justo e óbvio.
7 - Talvez seja este também o momento de os produtores e terapeutas alternativos repensarem a sua estratégia face aos poderes, nomeadamente o legislativo.
A ilusão do diálogo entre as duas medicinas acabou e durou tempo demais. O diálogo nunca existiu, pese embora aos iludidos que supunham poder pôr a dialogar o lobo e o cordeiro.
Hoje, amargam essa ilusão, mas não podem dizer que ninguém os avisou.
A medicina holística não tem que ir a reboque das medicinas alopáticas, antes pelo contrário, tem de reafirmar o Novo Paradigma de pensamento e acção que os novos tempos e o novo milénio há muito exigem.
Novo Paradigma igual a velhas e antiquíssimas ciências sagradas.
Não é a acupunctura, com 10 mil anos de existência e de vigência, que tem de se adaptar à moderna e moderníssima medicina dos transplantes em colapso acelerado . É precisamente o contrário.
Não é a ordem democrática, social e constitucional que deverá ser subvertida mas os padrões do velho paradigma que hoje se encontram em agonia acelerada, a caminho do abismo.
Eu, consumidor de saúde, não vou pedir à SIC que pense nisto e nas vantagens humanas do Novo Paradigma. A SIC tem mais que fazer e julga que ganha audiências jogando nas sequelas do velhíssimo paradigma, proclamando, com um certo ar saloio, diga-se de passagem, a cirurgia dos transplantes como o último grito do progresso médico. Acontece exactamente o contrário. Laurinda Alves, no jornal «O Independente» congratulou-se, em termos ditirâmbicos, com o facto de o programa «Ficheiros Clínicos» ter transformado a doença e a morte em mais um «show business».
Todos os dias, especialmente aos domingos, na SIC, lembro aquela máxima do naturopata Dr. José Castro que dizia, lapidarmente,isto: «A cirurgia é a melhor e mais trágica prova do fracasso de uma terapia médica.»
É o que podemos, mais uma vez, constatar na SIC, com a telenovela «Corpo Dourado», onde com a habitual subtileza manipulatória para infiltrar veneno, uma personagem de hábitos ditos macrobióticos, fuma e acaba por ser submetida a uma operação cirúrgica. Como veneno instilado na opinião pública, é perfeito.
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O CONSUMIDOR DE SAÚDE NUM ESTADO DE DIREITO
+ 7 PONTOS
28/9/1998 - Ao reclamar um estatuto de legalidade num Estado de Direito, a medicina natural não está a pedir nenhum favor. Antes pelo contrário: está a prestar ao Estado e às despesas com a segurança social um enorme favor, um precioso auxílio.
Está apenas a exigir que se inscrevam na letra da lei os direitos adquiridos por antiguidade, experiência e eficácia por essa tradição médica que remonta na Europa a Hipócrates mas que remonta a dez mil anos no caso da tradição taoísta e da medicina Yin-Yang.
As novas e novíssimas medicinas, de facto, apenas reencontram as mais antigas medicinas sagradas. A Física e a Biologia quântica têm apenas confirmado o que estava dito e escrito há milhares de anos.
São esses direitos adquiridos, pela experiência, pela história, pela comprovada eficácia, que fundamentam a exigência das medicinas neo-hipocráticas, ecológicas e holísticas, face aos poderes constituídos, sejam eles, por ordem de responsabilidade na vida pública:
- O poder legislativo da Assembleia da República
- O poder político do governo (a quem cabem as decisões políticas justas em favor da maioria dos cidadãos)
- O poder médico que, em princípio, não tem que ser para aqui chamado.
A ingerência da corporação médica nos assuntos internos da medicina holística, tem passado abusivamente por várias fases:
- durante a vigência do Estado corporativo, a ordem estabelecida estava de acordo com a ditadura estabelecida
- depois, em Estado democrático (a que se acrescenta a designação de Estado de Direito), o estatuto corporativo dos médicos não só se consolidou como se assanhou ainda mais do que se assanhava no tempo do inesquecível bastonário Gentil Martins ou da inesquecível eminência parda da Ordem que foi o Dr. Fernando José Costa e Sousa.
Só com uma pequena diferença de rótulo: o que dantes, no antigamente, se chamava expressa e explicitamente «corporativismo», hoje toma o nome modernaço de «lobby».
Os lobbies, aliás, estão como nunca estiveram: de poleiro, bem instalados, agindo como querem e governando o País. Um «lobby» de consumidores, neste contexto, talvez não seja má ideia.
Pensávamos nós, tristes consumidores, que um governo era para governar e uma Assembleia da República para legislar de acordo com os interesses e direitos de uma vasta maioria e não ao sabor das pressões de um lobby ou corporação, por mais poderosa que ela seja e por mais que levante a voz em altifalante, faça greves ou corte estradas.
Mas nada disso tem acontecido.
Jornais e telejornais lá estão sempre, atentos, veneradores e obrigados, para dar voz tonitruante e estes e outros donos da bola.
O sector alternativo, ecológico e holístico da nossa sociedade é como se não existisse. O chamado «underground» em ditadura continua «underground» em democracia, com a agravante que os fanzines, boletins semi-clandestinos, frentes ecológicas e outras formas de democracia participativa, nos anos 70, tudo isso desapareceu na voragem das querelas partidárias e, agora, nessa agonia da instituição parlamentar e democrática que é a moda ou mania dos referendos.
Se é tudo para distrair a malta, tudo bem. Distraiam-se.
Mas se quiserem ir ao essencial, a massa imensa de consumidores de medicinas ecológicas exige, rapidamente, o que é essencial e urgente:
1 - Um referendo nacional para saber que percentagem de portugueses quer ter a garantia de uma alternativa médica à ortodoxia vigente
2 - O artigo 64 da Constituição da República Portuguesa tem que ser levado à letra e posto em prática.
O que neste momento o establishment médico se prepara para levar em frente é a subversão total desse artigo 64. Depois de subverter a ordem democrática e a ordem social (contribuindo, com a maior fatia, para a famosa bancarrota da segurança social), o establishment prepara-se para subverter a ordem constitucional.
Se for levada por diante a ameaça de não admitir o estatuto de ensino superior para as medicinas holísticas e ecológicas, será de facto a total e completa subversão da ordem constitucional.
3 - É tempo de os consumidores de medicinas holísticas serem respeitados nos seus direitos: e se os organismos associativos, autodesignados em defesa do consumidor, são os primeiros a declarar guerra aos produtos naturais, é óbvio que os milhares de consumidores desta área deverão, eles próprios, organizar-se para defender os seus direitos.
Se é lícito o direito à asneira e que a D. Isabel Stilwell , na sua revista DN, tenha mandado chamar a polícia para nos vir prender a nós, os consumidores de medicinas naturais, já é menos lícito que um organismo do Estado, o Instituto do Consumidor, dirigido pelo meu amigo Manuel Lucas Estêvão, depois de manter o mais rigoroso silêncio, durante décadas, em relação a este sector, tenha vindo recentemente, na sua revista, com as costumadas reticências, tal e coisa, aquelas que a gente já sabe sempre que se trate de alternativas aos medicamentos químicos.
4 - Outra exigência do consumidor aos excelentíssimos media é que deixem de nos tratar como atrasados mentais, roedores de cenouras, amigos do arrozinho integral, alheios aos prazeres da carne de vaca louca e de porco ainda mais louco.
Depois do obsceno espectáculo que o carnivorismo tem dado, é caso para olhar primeiro os seus próprios ridículos em vez de tentarem pôr a ridículo os outros.
5 - Façam lá como quiserem, parlamento e governo, mas resolvam isto de uma vez por todas: eu e milhares de consumidores de saúde querem que a segurança social, para a qual todos justamente descontamos, cubra as minhas despesas na defesa da minha saúde.
Entra aqui o grande busílis da questão: o consumidor num Estado de Direito. Não pode haver filhos e enteados. Se todos descontam por igual, todos devem ter, por igual, os benefícios que justamente lhes são devidos.
Quatro alíneas para o governo decidir urgentemente, nomeando urgentemente uma comissão de estudo:
a) As despesas com a doença vão num crescendo logarítmico imparável e insuportável.
b) Uma atenção à (profilaxia natural da) saúde diminuiria em 50% (ou mais) esse despesismo obsceno e incomportável.
c) Defender a saúde (como fazem hoje milhares de consumidores de saúde) é muito mais económico para o Estado e para os cidadãos do que combater a doença.
d) A conflitualidade permanente que se vive no chamado sector da saúde é precisamente porque não há saúde mas apenas doença num crescendo trágico.
6 - Façam lá como quiserem, mas três exigências ainda decorrem destas:
a) Holística e Medicina Holística é a defesa da saúde
b) Medicina combate a doença a nada tem a ver com a saúde
c) Deixem de chamar ministério da saúde ao ministério da doença, despesas com a saúde às despesas com a doença.
Ao menos na nomenclatura, pratiquem o que é moral, normal, nacional, lógico, justo e óbvio.
7 - Talvez seja este também o momento de os produtores e terapeutas alternativos repensarem a sua estratégia face aos poderes, nomeadamente o legislativo.
A ilusão do diálogo entre as duas medicinas acabou e durou tempo demais. O diálogo nunca existiu, pese embora aos iludidos que supunham poder pôr a dialogar o lobo e o cordeiro.
Hoje, amargam essa ilusão, mas não podem dizer que ninguém os avisou.
A medicina holística não tem que ir a reboque das medicinas alopáticas, antes pelo contrário, tem de reafirmar o Novo Paradigma de pensamento e acção que os novos tempos e o novo milénio há muito exigem.
Novo Paradigma igual a velhas e antiquíssimas ciências sagradas.
Não é a acupunctura, com 10 mil anos de existência e de vigência, que tem de se adaptar à moderna e moderníssima medicina dos transplantes em colapso acelerado . É precisamente o contrário.
Não é a ordem democrática, social e constitucional que deverá ser subvertida mas os padrões do velho paradigma que hoje se encontram em agonia acelerada, a caminho do abismo.
Eu, consumidor de saúde, não vou pedir à SIC que pense nisto e nas vantagens humanas do Novo Paradigma. A SIC tem mais que fazer e julga que ganha audiências jogando nas sequelas do velhíssimo paradigma, proclamando, com um certo ar saloio, diga-se de passagem, a cirurgia dos transplantes como o último grito do progresso médico. Acontece exactamente o contrário. Laurinda Alves, no jornal «O Independente» congratulou-se, em termos ditirâmbicos, com o facto de o programa «Ficheiros Clínicos» ter transformado a doença e a morte em mais um «show business».
Todos os dias, especialmente aos domingos, na SIC, lembro aquela máxima do naturopata Dr. José Castro que dizia, lapidarmente,isto: «A cirurgia é a melhor e mais trágica prova do fracasso de uma terapia médica.»
É o que podemos, mais uma vez, constatar na SIC, com a telenovela «Corpo Dourado», onde com a habitual subtileza manipulatória para infiltrar veneno, uma personagem de hábitos ditos macrobióticos, fuma e acaba por ser submetida a uma operação cirúrgica. Como veneno instilado na opinião pública, é perfeito.
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