HOLÍSTICA 1981
manifest - Inéditos AC - mein kampf 88 - 1988 - sebenta nova naturologia
28-8-1981
Holística é a ciência da saúde, Medicina é a ciência da doença.
Aos médicos, pois, a medicina. E a Holística a todos os cidadãos-consumidores, nomeadamente os que se especializaram: os técnicos holísticos de saúde.
+ 4 PONTOS
28/1/1988 - Uma política preventiva de saúde, nas suas duas vertentes, a da higiene pública e a das bioterapêuticas, permitirá economizar ao Estado (a todos nós) milhões de contos por ano: ter isto sempre presente como um punhal cravado no escândalo do desperdício que são os gastos públicos com medicamentos, é o dever fundamental de qualquer pessoa minimamente consciente das suas responsabilidades como cidadão de um país pobre.
1
No momento crítico que as ecoterapêuticas atravessam face aos poderes públicos, com perseguições a rusgas policiais, rafeiros e mastins da Imprensa assolados às canelas, é urgente manter a serenidade (própria de quem está dentro da razão)e não oscilar nos pontos fulcrais de uma estratégia defensiva inteligente,face à ignóbil e suja guerra que a medicina move contra os seus doentes, vítimas e refens.
A única maneira de a Ordem dos Médicos ficar sem o seu alvo de ataque predilecto - usurpação de título é a única acusação até agora com algum fundamento, entre as que ela regularmente lança aos naturoterapeutas - é estes elegerem como tónica dominante da sua acção não a medicina, mas exactamente as terapêuticas, as técnicas terapêuticas - ou, ainda melhor, holísticas, às quais todas as pessoas, pelo facto de o serem, têm o direito de acesso reconhecido na Constitução da República.
O facto de as terapêuticas naturais ou/ e técnicas holísticas (profilaxia da saúde) estarem vocacionadas para defender e conservar a saúde e não para combater a doença, mostra qual deve ser a palavra de ordem de uma estratégia defensiva, dos que advogam uma política de saúde contra a malfadada política da doença.
Saúde, prevenção da saúde, higiene individual e profilaxia, profissões e profissionais de saúde, estudantes e professores de saúde, técnicos de saúde, consumidores de saúde - pode constituir assim a nomenclatura básica, os «cavalos de batalha» da nossa defesa, deixando a medicina aos médicos e a doença aos profissionais da doença.
Desde que a Medicina não interfira na nossa área - defesa da saúde, um direito fundamental do homem, a que a Constituição da República Portuguesa curiosamente chama também «dever» - não seremos nós, defensores da saúde pelos meios naturais, a preocupar-nos com a Medicina e a sua ordem.
2
Ideias de fundo a que deve obedecer a estratégia defensiva da naturoterapia:
-defender a saúde muito mais do que combater a doença
-despistar e debelar causas em vez de abafar e reprimir sintomas (efeitos)
-praticar a higiene alimentar de acordo com a mais antiga experiência dietética
-ignorar e medicina e a Ordem dos Médicos como elementar medida de saúde e profilaxia mental
-focar todo o discurso defensivo na palavra «saúde», na «conservação da saúde»,na «higiene alimentar», na «higiene pública», na «saúde pública», nas «técnicas terapêuticas», nas «práticas holísticas», etc
-procurar enquadramento nas normas de índole progressista emanadas da OMS e condensadas no slogan «Saúde para todos no Ano 2000»
-alinhar pelos ensinamentos da ecologia alimentar, recusando alimentos refinados, industrializados, conservados, liofilizados, alterados, adicionados de químicas, desequilibrados, desvitalizados, etc.
-alinhar criticamente em todas as análises feitas pela ecologia humana à patológica, doentia e mortífera sociedade industrial, principal fonte contemporânea de doenças: raras são hoje as doenças que não sejam doenças do ambiente, da poluição, dos consumos, da civilização, do estilo de vida, do trabalho, do stress, etc.
-confiar na vitória final das técnicas holísticas e profilácticas, deixando a medicina reduzida aos seus redutos traumáticos, à cirurgia de urgência e pouco mais
-usar, sempre que possível, serenidade que não exclui energia, na análise dos sofismas e contradições com que a medicina química continua amarrando e colonizando as pessoas
-apelar a todos os profissionais de saúde para uma vigilante autocrítica e a uma constante cura de humildade
-elaborar, quanto antes, um código deontológico para a profissão de técnico holístico de saúde ou professor de saúde
-não confiar demasiado nem exclusivamente na «solução total» que o Estado possa vir a dar à chamada «oficialização» das medicinas livres
3
Se os doentes precisam de ver reconhecido o direito à medicina que cura e que escolheram como um direito fundamental do cidadão, a questão respeita unicamente ao consumidor de medicinas e a mais ninguém: é o momento de encorajar os consumidores de saúde a dinamizar o seu próprio movimento de autodefesa, frente a naturopatas e outros alopatas
-Tem havido, até agora, na polémica em torno das «medicinas leves», uma atitude bastante umbilicalista da classe dos naturoterapeutas: só muito raramente tem sido invocada a sua «base social de apoio», ou seja, o grande movimento de ideias e de opinião que são os adeptos e consumidores das ecoalternativas ecológicas e holísticas (alternativas médicas?) e das tecnologias terapêuticas apropriadas
-Entre a medicina que trata e a medicina que cura (ou previne), o consumidor de ambas deve constituir-se em Interlocutor Principal de toda esta guerra, com a qual, às vezes, até nem te nada a ver ou da qual se limita a ser passiva vítima
-Se quem trabalha deve fazer-se pagar pelo preço justo e compensador, é tempo também de não ir longe demais nesta matéria: se se quer deontologia e moralização dos costumes naturopáticos, não nos podemos ficar apenas pelo campo das competências técnicas mas também exigir nível moral aos praticantes
4
CADA MACACO NO SEU GALHO
A Naturopatia aos naturopatas
A Naturoterapia aos naturoterapeutas
A informação aos jornalistas
A medicina aos médicos
Se o campo da naturopatia ou naturoterapia está invadido de charlatães e aldrabões, também a informação alusiva às alternativas terapêuticas deixa muito a desejar, não sendo elaborada nem produzida pelos que tinham obrigação de a produzir com melhor qualidade, os profissionais da informação.
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28-8-1981
SAÚDE SEM MEDICINA (JOGAR À DEFESA)
SUBSÍDIOS PARA UM MANIFESTO HOLÍSTICO
Holística é a ciência da saúde, Medicina é a ciência da doença.
Aos médicos, pois, a medicina. E a Holística a todos os cidadãos-consumidores, nomeadamente os que se especializaram: os técnicos holísticos de saúde.
+ 4 PONTOS
28/1/1988 - Uma política preventiva de saúde, nas suas duas vertentes, a da higiene pública e a das bioterapêuticas, permitirá economizar ao Estado (a todos nós) milhões de contos por ano: ter isto sempre presente como um punhal cravado no escândalo do desperdício que são os gastos públicos com medicamentos, é o dever fundamental de qualquer pessoa minimamente consciente das suas responsabilidades como cidadão de um país pobre.
1
No momento crítico que as ecoterapêuticas atravessam face aos poderes públicos, com perseguições a rusgas policiais, rafeiros e mastins da Imprensa assolados às canelas, é urgente manter a serenidade (própria de quem está dentro da razão)e não oscilar nos pontos fulcrais de uma estratégia defensiva inteligente,face à ignóbil e suja guerra que a medicina move contra os seus doentes, vítimas e refens.
A única maneira de a Ordem dos Médicos ficar sem o seu alvo de ataque predilecto - usurpação de título é a única acusação até agora com algum fundamento, entre as que ela regularmente lança aos naturoterapeutas - é estes elegerem como tónica dominante da sua acção não a medicina, mas exactamente as terapêuticas, as técnicas terapêuticas - ou, ainda melhor, holísticas, às quais todas as pessoas, pelo facto de o serem, têm o direito de acesso reconhecido na Constitução da República.
O facto de as terapêuticas naturais ou/ e técnicas holísticas (profilaxia da saúde) estarem vocacionadas para defender e conservar a saúde e não para combater a doença, mostra qual deve ser a palavra de ordem de uma estratégia defensiva, dos que advogam uma política de saúde contra a malfadada política da doença.
Saúde, prevenção da saúde, higiene individual e profilaxia, profissões e profissionais de saúde, estudantes e professores de saúde, técnicos de saúde, consumidores de saúde - pode constituir assim a nomenclatura básica, os «cavalos de batalha» da nossa defesa, deixando a medicina aos médicos e a doença aos profissionais da doença.
Desde que a Medicina não interfira na nossa área - defesa da saúde, um direito fundamental do homem, a que a Constituição da República Portuguesa curiosamente chama também «dever» - não seremos nós, defensores da saúde pelos meios naturais, a preocupar-nos com a Medicina e a sua ordem.
2
Ideias de fundo a que deve obedecer a estratégia defensiva da naturoterapia:
-defender a saúde muito mais do que combater a doença
-despistar e debelar causas em vez de abafar e reprimir sintomas (efeitos)
-praticar a higiene alimentar de acordo com a mais antiga experiência dietética
-ignorar e medicina e a Ordem dos Médicos como elementar medida de saúde e profilaxia mental
-focar todo o discurso defensivo na palavra «saúde», na «conservação da saúde»,na «higiene alimentar», na «higiene pública», na «saúde pública», nas «técnicas terapêuticas», nas «práticas holísticas», etc
-procurar enquadramento nas normas de índole progressista emanadas da OMS e condensadas no slogan «Saúde para todos no Ano 2000»
-alinhar pelos ensinamentos da ecologia alimentar, recusando alimentos refinados, industrializados, conservados, liofilizados, alterados, adicionados de químicas, desequilibrados, desvitalizados, etc.
-alinhar criticamente em todas as análises feitas pela ecologia humana à patológica, doentia e mortífera sociedade industrial, principal fonte contemporânea de doenças: raras são hoje as doenças que não sejam doenças do ambiente, da poluição, dos consumos, da civilização, do estilo de vida, do trabalho, do stress, etc.
-confiar na vitória final das técnicas holísticas e profilácticas, deixando a medicina reduzida aos seus redutos traumáticos, à cirurgia de urgência e pouco mais
-usar, sempre que possível, serenidade que não exclui energia, na análise dos sofismas e contradições com que a medicina química continua amarrando e colonizando as pessoas
-apelar a todos os profissionais de saúde para uma vigilante autocrítica e a uma constante cura de humildade
-elaborar, quanto antes, um código deontológico para a profissão de técnico holístico de saúde ou professor de saúde
-não confiar demasiado nem exclusivamente na «solução total» que o Estado possa vir a dar à chamada «oficialização» das medicinas livres
3
Se os doentes precisam de ver reconhecido o direito à medicina que cura e que escolheram como um direito fundamental do cidadão, a questão respeita unicamente ao consumidor de medicinas e a mais ninguém: é o momento de encorajar os consumidores de saúde a dinamizar o seu próprio movimento de autodefesa, frente a naturopatas e outros alopatas
-Tem havido, até agora, na polémica em torno das «medicinas leves», uma atitude bastante umbilicalista da classe dos naturoterapeutas: só muito raramente tem sido invocada a sua «base social de apoio», ou seja, o grande movimento de ideias e de opinião que são os adeptos e consumidores das ecoalternativas ecológicas e holísticas (alternativas médicas?) e das tecnologias terapêuticas apropriadas
-Entre a medicina que trata e a medicina que cura (ou previne), o consumidor de ambas deve constituir-se em Interlocutor Principal de toda esta guerra, com a qual, às vezes, até nem te nada a ver ou da qual se limita a ser passiva vítima
-Se quem trabalha deve fazer-se pagar pelo preço justo e compensador, é tempo também de não ir longe demais nesta matéria: se se quer deontologia e moralização dos costumes naturopáticos, não nos podemos ficar apenas pelo campo das competências técnicas mas também exigir nível moral aos praticantes
4
CADA MACACO NO SEU GALHO
A Naturopatia aos naturopatas
A Naturoterapia aos naturoterapeutas
A informação aos jornalistas
A medicina aos médicos
Se o campo da naturopatia ou naturoterapia está invadido de charlatães e aldrabões, também a informação alusiva às alternativas terapêuticas deixa muito a desejar, não sendo elaborada nem produzida pelos que tinham obrigação de a produzir com melhor qualidade, os profissionais da informação.
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