PETRÓLEO 1973
73-07-14-de> = diário de um ecologista – inédito AC de 1973 – eco-ecos
ESCASSÊS DE ORIGEM:PRIORIDADE À ECOLOGIA(*)
14/Julho/1973 - Notícias que os jornais já nem se dão ao trabalho de escamotear, vão anunciando a escassez em vários domínios: é de gasolina nos Estados Unidos, de trigo na URSS e em outros países, de papel para alguns jornais portugueses forçados a reduzir o número de páginas, de água um pouco por toda a parte.
Sempre, com a imperturbável calma de Panglosses, encaramos o facto economicamente e nada mais do que economicamente. Mais uns discursos sobre consumo per capita, mais uns protestos contra os fornecedores (e eles, contra quem protestam?), contra os serviços públicos que não servem o público (de facto não), mais um pouco de propaganda anti-comunista no caso da URSS e seu fracasso da política agrícola...
Enfim, a um lado e a outro não saímos dos argumentos político-tecnológicos, sócio-economicistas.
E, no entanto, o problema já começou a ser ecológico: quer dizer, a escassez é de raiz e não já, e não só como até aqui, de repartição mal feita, de administração ou gestão viciadas.
Como vamos sair deste impasse? E quando começaremos a compreender que a Prioridade, nos dez anos que nos restam para evitar a catástrofe, tem que ser indubitavelmente dada à Ecologia?
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(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado no livro «Depois do Petróleo, o Dilúvio»(páginas 55-56), edição Estúdios Cor, Lisboa, Março de 1774
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ESCASSÊS DE ORIGEM:PRIORIDADE À ECOLOGIA(*)
14/Julho/1973 - Notícias que os jornais já nem se dão ao trabalho de escamotear, vão anunciando a escassez em vários domínios: é de gasolina nos Estados Unidos, de trigo na URSS e em outros países, de papel para alguns jornais portugueses forçados a reduzir o número de páginas, de água um pouco por toda a parte.
Sempre, com a imperturbável calma de Panglosses, encaramos o facto economicamente e nada mais do que economicamente. Mais uns discursos sobre consumo per capita, mais uns protestos contra os fornecedores (e eles, contra quem protestam?), contra os serviços públicos que não servem o público (de facto não), mais um pouco de propaganda anti-comunista no caso da URSS e seu fracasso da política agrícola...
Enfim, a um lado e a outro não saímos dos argumentos político-tecnológicos, sócio-economicistas.
E, no entanto, o problema já começou a ser ecológico: quer dizer, a escassez é de raiz e não já, e não só como até aqui, de repartição mal feita, de administração ou gestão viciadas.
Como vamos sair deste impasse? E quando começaremos a compreender que a Prioridade, nos dez anos que nos restam para evitar a catástrofe, tem que ser indubitavelmente dada à Ecologia?
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(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado no livro «Depois do Petróleo, o Dilúvio»(páginas 55-56), edição Estúdios Cor, Lisboa, Março de 1774
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