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*DEEP ECOLOGY - NOTE-BOOK OF HOPE - HIGH TIME *ECOLOGIA EM DIÁLOGO - DOSSIÊS DO SILÊNCIO - ALTERNATIVAS DE VIDA - ECOLOGIA HUMANA - ECO-ENERGIAS - NOTÍCIAS DA FRENTE ECOLÓGICA - DOCUMENTOS DO MEP

2006-05-22

AUTO-CURA 1992

goa-0-pdf – mais um merge alimentar com as indispensáveis repetições e editável em uma emergência maníaca sobre alimentação – que remédio -46736 caracteres - 14 páginas - goa-0 = merge doc de 7 files wri da série que significa gabinete de orientação alimentar - tomaram novos nomes, files de nome diferente:

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valha-nos a linha coerente: orientação ou ecologia alimentar
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22-5-1992

C.V.D.: O SEGUNDO FÔLEGO DA MACROBIÓTICA?

Lisboa, 24/Maio/1992

+ 19 PONTOS

«Estará o Chá de Vegetais Doces para a Macrobiótica de Michio Kushi, assim como o Prato Número 7 esteve para a Macrobiótica de Oshawa, o Pêndulo para o método geral de análise de sistemas de Etienne Guillé, a Nox Vomica para a Homeopatia, o Cobre-Ouro-Prata para a Oligoterapia, e o Jejum terapêutico para toda a Medicina?... Quer dizer: será o C.V.D. a nova panaceia universal, a nova «pedra filosofal» da medicina metabólica?... »
1 - Tento perceber os motivos racionais e as razões lógicas que fazem deste «Chá de Vegetais Doces» (CVD) uma fórmula mágica e uma espécie de nova panaceia universal para todos os usos e circunstâncias, casos agudos e crónicos, fáceis e difíceis, meras gripes ou tumores em fase terminal
2 - Antes de mais e até ver, é a forma alimentar mais completa de administrar um conjunto ímpar de sais minerais ao organismo, na quantidade eventualmente necessária em proporção das múltiplas carências que podem hoje ser correntemente detectadas. Comparando com as Algas -- possivelmente o CVD será um complexo mineral ainda mais completo, mais rico, mais equilibrado e mais assimilável do que os maravilhosos vegetais do Mar, até agora o melhor veículo para «apport» mineral ao organismo
3 - O CVD é uma forma assimilável a 100%, porque os elementos e microelementos aparecem naturalmente ionizados e integrados no seu contexto orgânico mais próprio
4 - Se investigarmos o teor mineral dos quatro vegetais basicamente envolvidos na fórmula mágica e se lhe acrescentarmos, por exemplo e conforme as circunstâncias, o Alho, eventualmente o Aipo e eventualmente a Couve-Flor ou a Couve Roxa, teremos praticamente todos os minerais, não digo da tabela periódica de Mendeleiev, mas de todos os que, macro e microelementos (especialmente estes), o organismo necessita por rotina e/ou em casos críticos
5 - Diz-se: «Mas é afinal um Caldo de legumes». Não é a mesma coisa, pois a quantidade que, em situações críticas, o doente pode absorver de CVD é sempre muito maior do que a quantidade de sopa ou de caldo que ele poderia, alguma vez, ingerir. Ou seja: a «taxa de rentabilidade» no CVD é muito superior à de «qualquer caldo de legumes»
6 - O CVD vem confirmar, na prática sentida de quem o quiser experimentar, certas «teorias» pouco consistentes que alguns livros defendem e nas quais nem sempre acreditamos com grande fé por falta de provas concretas. A teoria de que o Eixo Endócrino comanda todos os outros sistemas do organismo, incluindo o sistema nervoso, e de que no Eixo Endócrino reside o Interface entre Céu e Terra, entre forças celestes e forças telúricas, entre corpo subtil e corpo material, a teoria de que no Eixo Endócrino (visto em corte transversal...) está o centro do espectro electromagnético, o centro de gravidade do equilíbrio psicosomático, é uma dessas que estavam a precisar de provas. O CVD apareceria assim a dizer que sim, que é verdade, que é não só o regulador máximo (optimal) do PH (forma bioquímica de dizer outra coisa), mas o regulador do nosso relógio biológico e, portanto, de todo o EE e centros chacrais (dos quais tanto se fala e para os quais se aconselham exercícios de meditação e/ou yoga)
6 - Nesta perspectiva, o CVD apareceria como uma «democratização dessas técnicas de élite», lentas e de longo prazo, forma prática, directa, universal, popular, de alternativa à demorada e mais difícil técnica de meditação ou de yoga. (Abro parêntesis para pedir aqui desculpa deste exagero aos meus irmãos tibetanos). O CVD seria a meditação e o yoga para os tempos de Frenesim, Stress, Ansiedade, Entropia, Violência, Maldição que são os tempos de fim de Kali-Yuga ( que se vá e que só volte daqui a trinta mil séculos...)
7 - A prática em Portugal desta miraculosa receita descoberta por Michio Kushi assinala casos tão fantásticos como a correcção quase instantânea de uma enxaqueca que durava há anos possivelmente causada por um crónico estado de yanguização
8 - Mas é por isso que a fórmula CVD se apresenta como terapêutica de choque universal, exactamente aconselhada quando há ignorância ou completo desnorte quanto às causas do sintoma. É o Reequilibrante número 1 - espécie de termostato energético - sem perguntar primeiro o que precisa de equilibrar. Fácil de fazer (na cozinha) pelo próprio doente, mais fácil de ingerir, digerir e assimilar do que o próprio e maravilhoso Arroz integral - o CVD aparece assim com a mesma força salvadora (terapêutica) e de choque com que o prato número 7 (Arroz integral) durante 10 dias, apareceu, quando com ele Mestre Oshawa conquistou o Ocidente para a dialéctica Yin Yang, por ele baptizada de Macrobiótica
9 - Acredita-se que o CVD seja ainda mágico em casos extremos ou terminais, quando o doente já não tolera comida mastigada (porque o aparelho digestivo se encontra severamente afectado em algum ou alguns dos seus órgãos essenciais): mesmo com uma palhinha de refresco, o próprio doente poderá autosocorrer-se
10 - Outro dos aspectos miraculosos deste CVD é a possibilidade de ser cozinhado e administrado pelo próprio, tanto quanto possível como um pequeno ritual de amor e de esperança: o corte dos legumes, os 20 minutos de fervura lenta para fazer o Chá, são momentos preciosos em que o Doente deve reconciliar-se com a vida e as forças que lhe restituirão a vida (as do Céu), em que o Doente vê que não está abandonado porque se pode prestar socorro a si próprio
10 - Se se verificarem sinais de eliminação (comichões, febre, diurese aumentada, enxaquecas, etc), tudo isso deve ser encarado pelo Doente como uma benção, significando que está em processo alquímico de limpesa: deverá abençoar o seu organismo por ele ainda reagir
11 - Tal como outras monodietas clássicas - que, no fundo, são tudo formas disfarçadas de jejum terapêutico (a medicina eterna e sagrada, a mais antiga e eficaz) - o CVD é mais uma forma a que a cultura ocidental recorre por incapacidade de realizar o jejum como por exemplo os Essénios o preconizavam...
12 - O CVD tem evidentes vantagens, por exemplo, sobre os sumos, que foram terapêutica de choque do famoso e venerável Colluci, sumos que são obviamente mais desequilibrados no PH do que o CVD, criando problemas de trânsito intestinal, predominando em vitaminas o que escasseia em sais: ora prioritário, em casos de emergência, são os sais e não as vitaminas, sendo aqueles que condicionam a sinergia e assimilação destas
13 - Em homenagem de gratidão a Mestre Michio, cabe reconhecer aqui a superioridade do CVD relativamente aos sumos, quer de frutas quer de legumes-rei, como os próprios que se utilizam no CVD. É o problema da hidratação que se coloca neste caso: enquanto o Chá resultante de uma fervura lenta equivale a um processo de «destilaria» elementar dos maravilhosos sais, os sumos apresentam um alto nível de hidratação, o que torna a sua ingestão muito mais difícil de fazer-se ou de o organismo conservar sem uma excessiva diurese. Ou seja: pela diurese relativamente excessiva, os sumos (mesmo de Legumes) acabam por perder percentualmente eficácia, pois os sais que se ingerem com eles são depois perdidos na urina (em excesso). Aliás a intuição diz-nos que, tratando-se de minerais, o processo de destilaria a média temperatura é mais alquímico do que a louca rotação de um centrifugador eléctrico de sumos...
14 - Tudo indica que Mestre Michio descobriu a «fórmula mágica», o fecho da Abóbada da apesar de tudo maravilhosa arte Macrobiótica, a partir da qual, aliás, se poderá completar um quadro terapêutico de choque com os «apports» já conhecidos desde Oshawa e mesmo desde os vegetarianos clássicos da escola Colluci-José Castro
15 - Recapitulando algumas dessas terapêuticas de choque, lembramos:
- Arroz integral durante 10 dias (o célebre prato número 7 de Oshawa)
- O «caldo alcalinizante» de José Castro
- Os sumos desintoxicantes de Colluci
- O jejum terapêutico das grandes tradições esotéricas como a dos essénios, mas que o homenzinho actual dificilmente pode praticar...
16 - Cumpre agora aos que gostam de ajudar os outros, ir mais além no aproveitamento desta dádiva divina que foi a fórmula mágica trazida por Michio, experimentando os alimentos que se podem juntar aos 4 de base (Cenoura - Abóbora - Couve Branca - Cebola) aqueles outros que sem estragar o equilíbrio o podem potenciar para aplicar nos casos mais difíceis e que exigem, portanto, algumas especificações. Em experiência, está a possibilidade de «enriquecer» a fórmula com aquilo que em princípio lhe falta: a riqueza vitamínica. É claro que se se junta ao CVD, quando é posto ao lume, uma boa fonte vitamínica - leveduras vivas, germinados de trigo ou de soja, sésamo/gergelim, etc - ela se perderá durante a fervura, pois dizem os livros (e a gente acredita, que remédio...) que as vitaminas hidrosolúveis são destruídas a essas temperaturas. Como fazer então? Só por junção pós-fervura é possível ultrapassar esta dificuldade: depois de feito o CVD, juntar-se-á qualquer daqueles concentrados vitamínicos acima indicados
17 - É evidente que qualquer monodieta - seja ela qual for - não resolve tudo e apenas se deverá ambicionar a mais completa delas. Em tempo de Kali Yuga, o nosso estado de Entropia involutiva atingiu um tal desespero existencial que já não nos permite fazer o jejum terapêutico universal que todas as grandes gnoses faziam. Trata-se de encontrar, em época tão triste e em ano de tantos frenesins - mercado único, olimpíadas, FEIRA DE SEVILHA-O-CÚMULO-DO-HORROR, etc, etc - os derivativos eufemísticos para o jejum salvador, aquele que era aconselhado pelos essénios e que talvez explique os milagres de Jesus...
18 - Em casos de baço/pâncreas, por exemplo, há que lembrar o que pode, no meio dos tais frenesins, ser esquecido: o BP é uma glândula endócrina, tanto quanto é também uma glândula exócrina, devendo em princípio reagir à substancial melhoria operada no EE pelo CVD. Aliás, é na simultaneidade e interdependência entre as várias «esferas energéticas» (Ver Etienne Guillé, o Mago) com centro nos centros glandulares, que estará provavelmente uma das explicações do resultado espectacular do CVD. Lembre-se que, na medicina tradicional chinesa, o BP é o elemento Terra-Mãe, ao qual recorrem todos os outros ( filhos e marido...) quando se sentem aflitos e já não sabem o que fazer. A Mãe pode muito, mas poderá não ser capaz de fazer tudo quanto a frivolidade e irresponsabilidade de filhos desatentos exigir dela... Quando o Baço/Pâncreas claudica, tenhamos a certeza de que a Mãe esgotou os seus recursos e fez tudo o que estava ao seu alcance para socorrer os filhos
19 - Com o atrevimento próprio do ignorante - e apenas guiado pela intuição que o CVD dá - ouso lançar uma profecia e uma hipótese temível como arma contra o Apocalipse: no dia em que o CVD for utilizado nos meios hospitalares - como é actualmente o Soro, por exemplo, com graves sequelas iatrogénicas posteriores - a Revolução Humana e Holística começou. Nesse dia e através do CVD, virá o Arroz Integral, as Leveduras e os Germinados ( discos compact de vitaminas...), os Enzimas (Chucrutes, Picles de água e sal, Shoiu, Tamari, Miso, etc), as Oleaginosas (Vitamina E e outras liposolúveis), etc, etc.
Será a Revolução Humana e o Fim da Era de Horror e Terror de Kali Yuga.
Lisboa, 24/Maio/1992
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Projectos
# Atelier Yin-Yang
# Centro holístico de diagnóstico
I
Entre os trabalhos de investigação a realizar no âmbito do Atelier Yin-Yang, incluído no Centro Holístico de Diagnóstico, inclui-se o apuramento das técnicas de diagnóstico natural e despistagem de factores ambientais. O esforço de auto-cura tem uma componente importante na definição que cada um pode e deve fazer do seu próprio perfil psico-somático. Além da Fisiognomia oriental, também o contributo do Astrodiagnóstico e da Iridologia holística tem, nos últimos tempos, aperfeiçoado as técnicas de análise caracterial e tipológica. A este aperfeiçoamento não é alheia a vaga do Bio-ritmo que, entre o divertido e o sério, trouxe mais uma componente ao perfil total do doente.
Embora ainda não tenha chegado a Portugal, notícias recentes indicam que há ali já em desenvolvimento uma nova vaga de testes realizados pelo paciente, desde o aparelho para medir o pulso ao teste da diabetes e para confirmação da gravidez.
A editora Abril Cultural lançou no mercado uma nova série de fascículos intitulada «super-teste» e totalmente dedicada a explorar este crescente interesse do público pelo Auto-Diagnóstico. Ainda pouco divulgado mas já desenvolvido por autores modernos como Michio Kushi é o Eco-diagnóstico ou despistagem de factores ambientais na génese da Doença, através de um questionário ao paciente. As «astrólogas» de outrora parecem estar a ser substituídas, a pouco e pouco, por técnicas mais científicas e ao mesmo tempo mais acessíveis a toda a gente. A democratização dos processos de diagnóstico é, com certeza, um sinal positivo. Assenta, pelo menos, num princípio correcto: o Autoconhecimento e o Autocontrole de cada um por si próprio
II
Oligoterapia é, em princípio, uma técnica terapêutica acessível ao consulente e que permite autonomia do consumidor na via da Auto-cura. Mas ela só resultará com o diagnóstico adequado correspondente. O Diagnóstico é, de facto, o calcanhar de Aquiles das terapêuticas metabólicas, globais ou holísticas.
A Homeopatia é, por exemplo, uma técnica terapêutica entusiasmante e eficaz desde que todo o sindroma (e não só os sintomas) seja posto na mesa de pesquisa. Para descobrir o produto homeopático adequado, é indispensável coligir uma lista quase sem fim de sintomas, entendendo-se por sintomas, também, os sinais que normalmente desprezamos, nomeadamente psíquicos ou emocionais.
O cansaço, por exemplo, surge associado a outros estados físicos ou psíquicos. Para o diagnóstico holístico trata-se de fazer um multidiagnóstico de muitas variáveis interconexas: e fala-se de sindroma muito mais do que de sintomas. As habituais categorias da psicopatologia são ainda vagas para a terapêutica Homeopática. É importante, por exemplo, saber se o cansaço é mais físico ou mental, a que horas ocorre, se está ou não ligado com a hora da digestão, se há também insónia ou sonolência excessiva. A pessoa fala pouco ou muito? Tem crises de agressividade ou não? Tem ou não medo da vida, do tempo, dos outros, da morte, etc?
Se falamos em terapêuticas de base - ou de fundo - e a longo prazo, quer metabólicas (como a Oligoterapia) quer energéticas (como a Homeopatia), é fundamental eleger o centro endócrino a tratar primeiro sabendo qual o que está a condicionar (por hiper ou hipofunção) a função ou funcionamento dos outros centros glandulares todos interligados, que irão por sua vez determinar as restantes funções. Um ponto que o consulente deve saber: há já bons produtos no mercado mas não são os mais publicitados nem os que aparecem mais à vista nos escaparates. Eles são, normalmente, segredo das clínicas que, com esses produtos de alta qualidade, jogam a sua influência junto da clientela com a sua exclusividade. De facto, muitos produtos à venda pouco mais são do que panaceias ou placebos.
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1
O que se aprende com a lei dos 5 elementos -OS ÓRGÃOS FALAM ATRAVÉS DOS SENTIMENTOS (E VICE-VERSA)

Alguém que se encolerize com facilidade é, para o diagnóstico da medicina ocidental, alguém «com mau feitio».
Alguém que se encontra normalmente deprimido e sem gosto pela vida é, para o diagnóstico da medicina ocidental, um pessimista, um tipo sem ideal, um falhado, etc.
Alguém que se embriaga habitualmente ou que habitualmente se injecta de heroína é, para o diagnóstico da medicina ocidental, um ser abjecto, um vicioso, um tipo sem escrúpulos, um imoral.
E asssim sucessivamente.
O que devia ser uma verificação científica objectiva, de relação entre causa e efeito, transforma-se num assunto de moralidade privada para a científica medicina .
Para a medicina oriental, de facto, nomeadamente para a medicina tradicional chinesa, um indivíduo que se encoleriza, um indivíduo deprimido, um indivíduo que se embebeda de álcool ou se injecta de heroína são apenas várias formas de reacção ao comportamento (nomeadamente alimentar) que o ser humano tem para com os seus órgãos e vísceras. Todos esses sinais ou indicadores ditos «psíquicos», de perturbação ou desequilíbrio, correspondem a uma fisiologia determinada, a um órgão ou vários órgãos físicos perturbados.
Grande máxima é, portanto, aquela que diz: «Nós Somos o que Comemos».
Chama-se a isto, numa linguagem dualista, o carácter psico-somático da doença. Mas só fala de «psico-somático» o sistema médico que separou primeiro o psíquico do somático, o que nunca foi o caso do sistema tradicional chinês, baseado no princípio único taoísta do yin-yang. Bastante diferente, diga-se de passagem, do beatismo místico-metafísico e moralista em vigor na beata medicina ocidental.
Que só diz asneiras, graças a Deus.
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[Artes operativas e ciência inoperante]
Segundo os textos que falam da medicina tradicional chinesa, a «arte de ver» faz parte das técnicas de diagnóstico e, tal como a arte dos pulsos, afina-se com uma longa prática e experiência. O Atelier Yin-Yang de Artes Operativas Orientais (incluído no Centro de Diagnóstico Holístico) pretende ser o lugar aberto ao estudo dessas artes que se foram perdendo e que teremos de retomar em grande parte em regime de auto-aprendizagem. Se o não conseguirmos já, porque há poucos que queiram apaixonada e verdadeiramente estudar as artes operativas orientais, aguardemos o tempo em que essas artes se tornem imperativas e absolutamente necessárias, declarada que for a total falência de uma ciência criminosa e perfeitamente inoperante ainda por cima.
Quando não se domina o diagnóstico pela técnica dos pulsos. pode lançar-se mão da Aurícula para localizar nela o órgão ou órgãos que se encontram com problemas. Basta pesquisar a área da aurícula até encontrar o ponto ou pontos dolorosos, que se tornam sensíveis a qualquer busca-pontos eléctrico. Num mapa da aurícula poderá verificar a que órgãos correspondem os pontos que deram o alarme. O mesmo se diga para as outras zonas reflexas: palma da mão, sola do pé, coluna vertebral, etc. Se tiver localizado os pontos com um busca-pontos eléctrico, poderá massajar com o próprio estilete ou, caso se sinta preparado para isso, inserir uma agulha no ponto. Trata-se de uma técnica simples, sem dúvida, mas que requer alguns cuidados.
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Autores inclinados à interpretação esotérica das cores, pretendem ver um significativo paralelelismo entre os «sete raios principais em que a luz solar se decompões» e os «sete chacras» ou centros de bionergia do corpo humano: de baixo para cima, as cores correspondentes aos chacras seriam vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo (anil) e violeta.
Manuscritos chineses, egípcios e hindús mostram que estes povos possuíam um sistema completo de cromologia, fundado na lei da correspondência entre a natureza setenária do homem e a divisão setenária do espectro solar. Gregos e egípcios usavam as cores associadas à música para regenerar o corpo.
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DIAGNÓSTICO ECOLÓGICO - DESPISTAGEM DOS FACTORES AMBIENTAIS NE GÉNESE DA DOENÇA -Uma ideia de 1976 ainda viva
A despistagem dos factores ambientais na génese da doença, apesar de evidente, nunca é levada em consideração, mesmo em diagnósticos realizados por médicos e medicinas naturais, como se o doente habitasse no vácuo... A causa ecológica de certas patologias (a que os textos da medicina oficial já chamam «doenças da civilização» - ou seja, doenças causadas por aquilo a que chamam civilização - raramente ou nunca é considerada. Postulando esta grave omissão nos meios médicos e naturoterapêuticos, tantámos uma primeira abordagem do problema, realizando em Setembro de 1976, um inquérito que tinha como objectivo servir apenas de ponto de partida - ou grelha - a melhores e futuras realizações do mesmo género. Apesar de incompleto e não exaustivo, teve uma certa difusão e utilidade entre doentes que me procuravam e dos quais eu procurava indagar a «história clínica». tempso depois, tive a satisfação de ouvir Mestre Michio Kushi falar, num dos seus seminários, em diagnóstico ecológico ou do Ambiente. Concluí que afinal a minha ideia não era assim tão estúpida nem tão gratuita ...[Editado na altura em papel cor-de-rosa, dezenas de exemplares ainda circularam e são testemunha de que não estou inventando.]
Trata-se agora de retomar a ideia, já que mais niguém lhe pegou, ampliar o número de perguntas e difundi-lo entre os que praticam medicina causal para que este primeiro esboço ou conributo a um diagnóstico ecológico desempenha o melhor possível a função a que se destina: tratar primeiro o terreno orgânico e, com isso, começar a combater os sintomas, mas a fundo. No introito a esse inquérito nº 1, escrevia-se o seguinte:
«A quem responder: este inquérito destina-se a definir, com o maior rigor possível, o ambiente geral em que o doente se encontra inserido. Para seu próprio interesse, responda com franqueza e com clareza. Não omita pormenores, mesmo que lhe pareçam sem importância. Se não puder responder a algumas perguntas, também não se preocupe. Passe adiante. Em papel à parte, numere a resposta com o nome da respectiva pergunta.»
[Despistagem ambiental da doenças do trabalho: um tabu à esquerda e à direita]
Que a medicina corrente, ao diagnosticar a doença de um trabalhador, não proceda sistematicamente a um inquérito sobre o seu ambiente de trabalho e seus factores patogénicos, é mais um absurdo que se torna ainda mais absurdo quanto menos absurdo se torna. Um absurdo que entra na rotina e já não escandaliza ninguém, é o cúmulo do absurdo. Só em casos muito esporádicos alguns dos factores patogénicos que cercam o trabalhador são considerados pelo diagnóstico médico. Por incrível que pareça é assim. Entre médico e trabalhador existirá então o «técnico de segurança» e prevenção, encarregado de executar esta política de avestruz que é a da Medicina do trabalho face à evidência. Até quando?
Mais do que em relação a qualquer outro tipo de doenças ou de diagnóstico, um tabu envolve tudo o que se refere ao ambiente de trabalho e suas características patogénicas. Compreende-se: se é a ideologia do patrão ou da classe dominante, não terão os seus ideólogos interesse algum em divulgar as condições infra-humanas em que muitos postos de trabalho são colocados.
Se é a ideologia do trabalhador, também não consideram os seus ideólogos «oportuno» levantar esse tipo de problemas, não só porque o «trabalho é sagrado» mas porque há reivindicações de maior prioridade e porque, afinal, a doença no ambiente de trabalho vai levantar questões de fundo que se prendem com a alienação do trabalhador, condição que mesmo os marxistas-leninistas não têm nenhum interesse em denunciar. E percebe-se também porquê. O tabu das doenças do trabalho é portanto absoluto, à esquerda e à direita. E a ideologia «trabalhista» - quer de esquerda, quer de direita - que alimenta esse tabu, conduz a uma sistemática minimização dos problemas ambientais doo trabalho. Quer as comissões de trabalhadores, quer as companhias de seguros, quer a Medicina do Trabalho, quer os gabinetes de segurança e prevenção, existem precisamente para conter o escândalo, para impedir a denúncia e para readaptar o trabalhador a condições insuportáveis, incómodas, anti-higiénicas, tóxicas, corrosivas, insalubres e alienatórias ou aviltatórias, e não para denunciar radicalmente essas condições.
A denúncia do ambiente de trabalho é, portanto, uma das que radicalmente distinguem um «ecologismo» ou ecopolítica de todas as ideologias políticas vigenetes. No entanto e´à parte a ideologia inerente ao discurso sobre tóxicos e corrosivos no meio de trabalho, é ainda lá que podemos colher informações sobre algo do que se passa. Porque eles sabem-no, para o omitir. É preciso sabê-lo, para o denunciar.

DOENÇAS DOS MEDICAMENTOS (IATROGÉNESE): OUTRO TABU
A INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA É TAMBÉM PSÍQUICA
[ Enquanto o Gabinete de Atendimento (um dos dispositivos do projectado Centro Holístico de Diagnóstico) não dá por terminado o trabalho a que meteu ombros - uma listagem, por ordem alfabética, dos medicamentos e seus efeitos secundários - será o próprio doente, interessado em se defender contra as agressões e tentações do consumo, quem deverá estar o mais atento possível a este importante factor no desencadear da doença. Esperamos poder ter em breve organizada em ficheiro a lista de Medicamentos mais correntes e seus efeitos no organismo. Indispensável, neste momento do percurso, é que o nosso candidato ultrapasse mais esta etapa da iniciação à cura: para isso] é indispensável compreender que os efeitos negativos dos medicamentos são um facto reconhecido pela própria medicina e que a poluição medicamentosa, quase sempre omissa das listas de poluição, tem hoje um peso relevante nas poluições qaue afectam não só o orgânico-somático mas principalmente o psíquico. A preponderância dos metais pesados que integram a composição de muitos medicamentos opera uma «limpeza» na vontade, na inteligência, na emoção e no poder de escolha do consumidor, sem que ele se aperceba pois tudo se passa ao nível vibratório mais subtil (o mesmo nível em que actua, por exemplo, o ruído e os cheiros tóxicos).
Quando se fala em intoxicação é também e principalmente desta intoxicação do corpo vibratório (chamado psíquico) que falamos, condicionada através de carências em Oligoelementos que, como se sabe, regulam a parte mais subtil ou invisível do nosso corpo, aquilo a que podemos chamar o «eixo endócrino». Que por sua vez comanda o sistema nervoso.
[Quem continuar convencido de que o medicamento é soberano e sem alternativas, que o medicamento não tem efeitos adversos ou não há outro remédio senão «comprar» a saúde a troco desses efeitos adversos, que pode combinar com o uso e abuso de produtos farmacêuticos a sua própria emancipação, o melhor será não perder tempo connosco e não nos fazer perder tempo consigo. ]
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Gabinete de Orientação Alimentar (GOA)

ETAPAS DA AUTO-CURA - HIPERTENSÃO NA MENOPAUSA:CUIDADOS ALIMENTARES GENÉRICOS

Qualquer naturoterapeuta pode receitar bons «medicamentos» homeopáticos ou biológicos para baixar a tensão, mas nenhum deles se lembrará, com certeza, de lhe indicar a causa principal da hipertensão na menopausa, para a qual a Macrobiótica tem uma explicação bastante simples e lógica: se o sangue da menstruação servia, todos os meses, para eliminar uma grande carga de toxinas da alimentação cárnea e ovo-láctea, se a menstruação pára, esse fluxo deixa de se fazer e a tensão, inevitavelmente, sobe. Para lá de todos os remédios hipotensores (para baixar a tensão), a questão principal reside em não produzir grande quantidade de toxinas no sangue, reduzi-las ao mínimo e permitir a sua eliminação por outros órgãos excretores, fígado e rins. Para isso, há que pensar nestes dois sacrificados órgãos, também, o que nenhum dos médicos indicados lhe irá também dizer.
É o momento de levar mesmo a sério todas as indicações da Macrobiótica, mesmo depois de se ter a receita de qualquer deles:
- Suprimir produtos cárneos e de origem láctea
- Aumentar, substancialmente, as folhas verdes, sob todas as formas
- Sopas de legumes com bastante cebola
- Cebola sob todas as formas, para transformar a condição ácida em condição menos ácida (mais alcalina)
- Sal, nem vê-lo: quando muito, associado ao gergelim (gomásio ou gersal)
- Pouquíssimo pão e branco nenhum, cria muitos mucos, que irão engrossar o sangue
- Um fluidificador do sangue é a Lecitina, que existe no mercado em boas marcas, embora um pouco caras
- Não esquecer nunca o fígado e, portanto, cortar definitivamente, tudo o que o maltrata, nomeadamente fritos, ovos, requeijão, cargas proteicas
- Um alimento-medicamento é o Alho (hipotensor) mas não se pode abusar dele, especialmente quem tiver fígado sensível e sobrecarregado: um dente por dia, no máximo, em duas ou três vezes
- O Espinheiro Alvar, sob a forma de Xarope ou Cápsulas, de uma boa marca que exista no mercado( os produtos da Biocol, por exemplo)

- O resumo é este: se quiser curar-se, acho que devia comer uns tempos em um restaurante que produza comida vegetariana macrobiótica bem feita (macrobiótica, aqui, significa, entre outras coisas, dispensa de ovos, lacticínios, açúcar, crus, etc)
O grande problema quando se suprimem as proteínas «perigosas» (as que deixam resíduos ácidos mais fortes e abundantes) - carne, ovos, leite e lacticínios (todos, especialmente queijos e manteiga), é que proteínas comer: a macrobiótica já dá uma resposta, mas há que ir procurar esses produtos e não são, evidentemente, baratos: há o Tofu (Queijo de Soja), há o Tempeh (o melhor de todos os derivados da Soja) mas só alguns restaurantes é que servem (e raramente), e há o Seitan (gluten do cereal). É com estes três produtos que o problema das Proteínas tem que ser resolvido. A tal «soja» floculada é, como tenho dito tantas vezes, uma fraude alimentar, muito yang, ainda por cima, (hipertensor) e sem que alimente nada.
Todas estas indicações e outras que se podem «catar» nos livros de macrobiótica visam, quase sempre, resolver um problema de eliminação, ou antes, um excesso de produtos de eliminação(toxinas) provocados por ovos, leite e carnes. A macrobiótica não é solução para tudo: mas é, até agora, o estilo alimentar que responde, de maneira prática, global, eficaz, a uma série de carências e dificuldades do metabolismo. É dentro da Macrobiótica - embora fazendo sempre as correcções necessárias, aconselhadas pela prática, que se podem encontrar algumas soluções para alguns problemas de saúde.
Em todos os problemas, incluindo os de tensão alta, vão no sentido correcto os alimentos, suplementos, produtos ou medicamentos naturais que ajudem a:
- Eliminar melhor os resíduos do metabolismo (para impedir que vão dar ao sangue)
- Fluidificar o sangue
Não é seguro que a vitamina E seja aconselhável em caso de hipertensão: por um lado ajuda os problemas genitais, mas, por outro, pode ajudar a fazer subir a tensão.
De lembrar sempre, em todos os casos em que haja sal e gordura no organismo, é o Chitaki, cogumelo japonês que há nas lojas macrobióticas, para eliminação do sal no organismo: em princípio, aconselha-se um Chataki por dia. Cozido em pouca água, durante 10 minutos, pode comer-se com a água da cozedura.
O célebre Rábano Negro, em casos de hipertensão, é também importantíssimo: a questão está em encontrar uma embalagem (marca) de confiança. Na falta do Rábano Negro, devem andar sempre na refeição diária todos os da família: Nabo, Rábano, Rabanete, ralados ou em sumo, mas também cozinhados.
Dentro dos Oligoelementos, nunca deverá abandonar-se o enxofre, pelo menos uma vez por semana.
As pessoas deviam ouvir, de vez em quando, o que a Macrobiótica diz e deviam dar prioridade à saúde. Ou seja: deviam interessar-se o mínimo pela lógica destas coisas e agir de acordo com essa lógica. Estudando, perguntando e aprendendo sempre - com a prática, primeiro e com os livros (poucos, alguns) depois.
[legenda do gráfico] Este quadro de glândulas digestivas e respectivos enzimas tem importância, no teu caso por duas razões: 1) facilitar a digestão completa dos alimentos e, portanto, evitar maior espessamento do sangue: a presença de enzimas na alimentação, as que o corpo produz e as que os alimentos levam, é portanto essencial no metabolismo (assimilação-desassimilação)
2) A maior parte da alimentação é completamente «cega» de enzimas e o organismo tende a produzir cada vez menos e de menor qualidade (o caso da saliva, por exemplo, uma das barreiras que defendem a imunocompetência do corpo): tudo isto agrava também o espessamento do sangue.
A Macrobiótica tem o maior número possível de alimentos com Enzimas, só resta escolher os que melhor se adequam a cada caso: Picles naturais, Chucrute, Tamari (Molho de Soja), Miso, Vinagre de Arroz.
Porque é que todos os (lacto) Fermentados recomendados pela Macrobiótica são importantes? Porque ajudam a dissolver ácidos gordos e impedem, portanto, que eles se depositem em órgãos de eliminação como o Fígado e os Rins. É preciso procurar, nos picles, vinagres e chucrutes à venda, os menos ácidos, pois o sabor Ácido é, entre os Cinco sabores, um dos necessários (imprescindível) mas, como tudo, moderadamente.
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A noção-chave de terreno orgânico nem sempre é claramente entendida pelo praticante da auto-terapêutica: quando, por exemplo, se aconselha, para a asma brônquica, o ar do mar rico em iodo ou o ar de montanha rico em iodo, estamos a falar de factores ambientais que podem melhorar a situação mas que não ajudam em profundidade o terreno orgânico. Ao preferir essas melhoras superficiais, você deve saber que elas valem e que não está ainda a agir em profundidade. Chamamos a sua atenção para as páginas deste guia onde lhe falamos dos níveis de profundidade a que o tratamento pode ser realizado.
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Se está disposto a subir a escada que lhe propomos, o degrau indispensável é aprender a conhecer os alimentos e saber escolher. Saber escolher é saber viver. No geral e como 1ª fase, a aperfeiçoar posteriormente, poderá fazer a experiência de nível intermédio, procedendo a algumas substituições, [ como um dos opúsculos publicados pela Natiris Biológica indica:
«Substituir o açúcar branco por mel puro, açúcar mascavado ou melaço
Substituir o vinagre por vinagre de cidra ou Cilacto
Substituir o sal vulgar por sal vegetal
Substituir as massas vulgares por massas integrais de soja ou vitaminadas
Substituir o arroz branco por arroz integral
Substituir as bebidas gasosas por água mineral, chá de ervas, sumos]
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Fazer do alimento o medicamento ou, pelo contrário, comer apenas por puro prazer e (des)orientado unicamente pelo paladar superficial, é a grande escolha de fundo a fazer pelo candidato à cura. Questão que deve ficar completamente esclarecida no seu espírito e sobre a qual não deve haver quaisquer dúvidas: uma coisa é o objectivo de cura (que em princípio só interessa a quem esteja doente) e outra coisa é o alimento entendido como puro prazer, hábito ou vício. Não estamos - compreende-se - a dizer que uma coisa é boa e outra é má: são coisas completamente diferentes. À luz do livre arbítrio individual, é evidente que não há normas ou ordem alimentar nenhuma a impor. No momento em que o indivíduo tem um problema e se decide pela cura natural, então aí sim, deverá receber e praticar normas para obter determinados resultados.
Daquele princípio fundamental - faz do alimento o teu medicamento - decorre um outro não menos importante: a determinadas causas correspondem determinados efeitos. Nunca um professor de saúde dirá «faça isto ou faça aquilo» mas sim: «se fizer isto, terá estes resultados e se fizer aquilo (o oposto) terá aqueles outros resultados (opostos). Compete a si escolher: não pode é, esquecido deste princípio inalienável de causa-efeito, querer resultados A com o tratamento B ou viversa. É impossível alterar as leis inalteráveis da lógica causal. E não vale a pena avançar para etapas seguintes, enquanto esta não for, no seu espírito, uma componente tão natural como respirar.
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FACE À CRISE DE HEMORROIDES: MUITA PACIÊNCIA E MUITA PRUDÊNCIA
É O TESTE MAIS VIOLENTO FEITO À NOSSA FÉ TERAPÊUTICA
TRATAR DAS HEMORROIDES É TRATAR O FÍGADO+VESÍCULA+INTESTINO

Recursos de emergência à mesa:
- Caldos alcalinizantes (ou oxidantes) + «Chá» de vegetais doces
- Algas + Agar-Agar
- Lactofermentados vegetais: Picles naturais, Vinagres naturais, Choucroute, Miso, shoiu, tamari, etc
- Alimentos do Enxofre: Nabos, Rábanos, Rabanetes + Rábano Negro (Radis Noir), não existe entre nós, vem em ampolas bebíveis
- Plantas medicinais: Boldo, Alcachofra, Dente de Leão
- Oligoelementos: Magnésio + Enxofre + Cobre + Cobre-Ouro-Prata
- Específico: Concentrado de Umeboshi = Ameixa Umeboshi salgada
- Específico tópico: Folhas de Alfavaca de Cobra (Vaporizações) e Pomada (Gengibre + Cardo + Alecrim + Ginseng + Canela + Alfazema + Cravo da Índia + Salsa + Cipreste + Louro)
O caldo alcalinizante destina-se, como o nome indica, a corrigir o PH do sangue e consequentemente dos tecidos que o sangue alimenta. No caso das hemorroides, a relação é clara: por um lado, as fezes encontram-se extremamente ácidas e, ao roçarem o intestino na sua fase terminal, deixam marca dolorosa que pode, em muitos casos, ir até ao ferimento com sangue.
A medicina costuma incluir as hemorroides entre as doenças da circulação, comparando-as a varizes. É e não é verdade. A causa principal da inflamação do intestino grosso não são as veias que acabam por aparecer salientes, mas os ácidos gordos que, vindos do fígado e da vesícula em descarga, magoam o intestino.
Se houver «varizes» é evidente que o quadro se agrava, pois a hiperacidez verifica-se então dentro e fóra dos vasos sanguíneos. Só há um caminho reto para a inflamação do recto, inflamação a que se chama essa palavra tão feia que é a palavra «hemorroides»: alcalinizar directa e indirectamente o «meio» é a única saída para doença tão dolorosa e para a qual a medicina só acaba por ter a saída sem saída que é a operação cirúrgica. (A Cirurgia, como se sabe, é a prova real da falhanço da medicina terapêutica).
Note-se que os próprios «pólipos» são uma sequela das hemorroides, quer estas se tenham ou não chegado a declarar como crise aguda e os pólipos, regra geral, são indicados pela medicina como podendo degenerar em cancro. É também uma meia verdade e uma meia mentira. No meio dos meios está a virtude.
Hemorroides mal «curadas» ou curadas rapidamente demais, podem deixar «pólipos». O principal cuidado a ter numa terapêutica alimentar é evitar exactamente que as hemorroides deixem pólipos. Vamos a ver como: o processo de alcalinização é um processo de contracção ou constrição dos tecidos (o que na macrobiótica se chama yanguização). Se essa yanguização é feita muito rapida e drasticamente, os tecidos apertam-se e as veias, ainda salientes, são como que «estranguladas», antes de reverterem ao seu tamanho normal. É o que mais tarde, já em processo crónico, se chamará «pólipos».
A escolha deve ser feita, portanto, entre as substâncias alcalinas mais apropriadas a cada caso e mais «suaves», no sentido de mais equilibradas. Se toda a vida se comer Algas, é evidente que não será necessário, em momento de crise, recorrer a um alcalinizante forte, como é o «concentrado de Ameixa Umeboshi», ou a própria Umeboshi salgada.
Se toda a vida usamos e abusamos da miraculosa Cebola, também dificilmente o sangue entra em hiperacidez, mantendo-se regularmente em um PH razoável.
Se toda a vida temos o cuidado de incluir na nossa alimentação os alimentos do Enxofre, que ajudam a uma limpesa regular do fígado e vesícula, é evidente que será muito mais difícil cair em hiperacidez, pois os alimentos do Enxofre (Nabo, Rábano, Rabanete) vão «despegando» essas colas ácidas à medida que elas vão sendo criadas.
Também os «lacto-fermentados» de origem vegetal (picles, choucroute, miso, tamari ou shoiu), a que alguém já chamou os «detergentes» das gorduras ácidas, vão ajudando a despegá-las. Não é por acaso o nome de «colas» que também se lhes aplica e pode avaliar-se essa consistência num escarro, por exemplo.
É o momento de lembrar que as hemorroides são provocadas fundamentalmente por essas descargas ácidas vindas do fígado em quantidades anormais. Pode acontecer durante uma diarreia, por exemplo, e uma diarreia, como se sabe, além de ser provocada por excesso de alimentos mal digeridos, é sempre uma convulsão da víscera hepática, para se ver livre daquilo que a incomoda. (Cabe lembrar aqui que, indirectamente, as hemorroides têm também que ver com digestões difíceis ou/e malfeitas, o que será questão a tratar em outro apontamento).
Regularmente, as tisanas de plantas medicinais, são outra forma de, ao mesmo tempo, evitar acumulações de gorduras ácidas (ou ácidos gordos) no fígado, permitindo a sua eliminação regular. As constipações ou gripes que, para a santa medicina, têm causa em «vírus» importados dos países de leste, são apenas - e à luz da antiquíssima teoria hipocrática do Catarro (ou dos humores) - processos que a Natureza, aliada às estações do ano, tem para eliminar de Inverno o que durante o Verão se foi acumulando.
Quando a medicina faz tudo para acabar rapidamente esse processo natural de eliminação, tentando abafar o sintoma em vez de erradicar a Causa, está apenas a cometer e a sancionar um dos seus muitos ciclos viciosos.
Os catarros ácidos têm que sair por algum lado e quando não saem pelas vias respiratórias superiores (o famoso escarro), quando não são eliminados nas fezes pelos tais alimentos na base do Enxofre, ou pelos maravilhosos «lactofermentados» de origem vegetal, eles acabam por ir, em quantidade anormal, pelo intestino abaixo, naquilo que pode ser uma crise de hemorroidal.
Em outras pessoas, essa acidez deposita-se na próstata, podendo eventualmente levar ao cancro deste órgão. Para a Macrobiótica, a Hiper-Acidez está sempre na origem de todos estes casos, o que não quer dizer que o Cancro tenha sempre uma causa Ácida.
Como se disse, se a alcalinização se fizer em excesso e sem cuidado, pode conduzir a resultados igualmente desastrosos. Nem hiperacidez, nem hiper-alcalinidade. Por isso o PH é o equilíbrio ácido-básico que a própria medicina também considera fundamental: só que não sabe como o controlar e muito menos como o corrigir...
Só o próprio doente poderá orientar, guiando-se pelas suas reacções, a forma como deve administrar os recursos dietéticos e terapêuticos que a Macrobiótica põe à sua disposição: já se falou das Algas, já se falou da Cebola, é o momento de falar no Rábano ralado, nos Caldos Oxidantes (com base em cebola e todos os legumes de que se dispuser) e no maravilhoso Chá de Vegetais Doces: Abóbora+Cenoura+Couve Branca+Cebola, cozidos durante 20 minutos em lume brando, deixam uma água que deve ser bebida como Chá.
Alcalinizar é mineralizar: eis uma verificação óbvia. Daí também que os oligoelementos (que são minerais sob a forma catalítica, a única assimilável e não tóxica) em geral e alguns em particular, desempenhem um papel preponderante em uma crise de hemorroides.
O Magnésio, por exemplo, vai «amaciar» o intestino e, caso haja «prisão de ventre», concorre para relaxar as paredes intestinais. Mas a «obstipação» intestinal é precisamente o aspecto que mais complica o hemorroidal e o seu tratamento: se as fezes são muito ralas, é inevitável que são ácidas e há que contrariar essa «raleza», yanguisando, alcalinizando, mineralizando.
Abra-se aqui um parêntesis para carnívoros e lacto-ovo-vegetarianos: carne e ovos são, simultâneamente, acidificantes mas yang, ou seja, contractivos. Mais do que nenhuns outros alimentos, podem tornar uma crise de hemorroides num inferno ainda maior, somando a Acidez das fezes com a sua maior dureza e consequente dificuldade de evacuar. É um milagre mudar esta condição adversa, mas com a macrobiótica o milagre consegue-se em pouco mais de uma semana. De facto, com ou sem Macrobiótica, se se fizer a tal yanguização muito repentina, as fezes podem endurecer, de um dia para o outro, e quando forem a passar podem ferir ainda mais o intestino, quanto mais duras estiverem.
A prática comprova que a Maçã Reineta é um «regulador» admirável da textura das fezes, ajudando muito em uma cura de hemorroides. Há mesmo quem tenha a coragem de fazer uma Cura integral de Maçãs e talvez seja um dos poucos casos em que se justifica uma Monodieta drástica como são todas as monodietas. Não se aconselha a toda a gente mas apenas a gente com coragem, esta Cura Integral de Maçãs. De preferência assadas no forno. E de preferência antes de começar uma refeição, pelos muitos enzimas que possuem e que vão facilitar a digestão. Não esquecer de incluir nessa refeição - e tendo em mira o tal comportamento das fezes, na próxima evacuação intestinal - alimentos com fibra vegetal macia: pão integral, por exemplo, é pouco ou nada aconselhável, tanto mais que acidifica bastante as fezes, mas arroz integral é, como sempre, o cereal-base para se continuar alimentado e com os intestinos em movimento peristáltico normal.
As folhas verdes - Couve, Nabiças, Grelos, etc - além de alcalinizantes, têm fibra. As algas, como se sabe, especialmente as que possuem maior teor de agar-agar, são uma fibra óptima e, como se disse, suavemente alcalinizantes. As sobremesas de agar-agar (embalagem à venda nas lojas dietéticas), que alguns confundem com «gelatina» sintética, são - note-se ainda neste contexto - um laxante natural admirável, concorrendo para fezes modeladas e escorregadias. Todos estes alimentos que aqui se recomendam como «medicamentos de emergência», evitarão as crises se forem incluídos na alimentação diária corrente. Mas isso é o que a Macrobiótica faz por rotina e por isso se considera a medicina preventiva por definição.
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Dia a Dia alimentar -Evidências básicas
- A noção de alimento-rei ou alimento principal constitui a base da terapêutica alimentar yin-yang. Ao eleger os alimentos pelo seu poder terapêutico, pela sua riqueza nutritiva e pela sua capacidade regeneradora global, o sistema yin-yang lança um factor de ordem e simplificação. A linha dos alimentos-rei é um eixo orientador da maior importância.
- Lista exaustiva dos alimentos que têm reacção ácida e dos alimentos que têm reacção alcalina: esta lista deveria figurar, tal como os meridianos de acupunctura, nas cozinhas e casas de banho de todas as famílias...
- Relativamente ao intestino, a reacção ácida acelera o peristaltismo enquanto a reacção alcalina o desacelera. Não é por acaso que se recomenda uma limonada ( altamente alcalina) para o caso de diarreias. O excesso de oleaginosas - manteiga de gergelim ou amendoim, gergelim moído sem sal, pevides de abóbora pode provocar distúrbios no intestino, associados a um extremo desequilíbrio yin-yang, a um extremo desequilíbrio ácido-base. Tem havido suspeitas de que o amendoim é cancerígeno e atribui-se o facto à presença de um fungo. Mas poderia também perguntar-se se o amendoim não será cancerígeno pela reacção extremamente ácida que provoca no meio intestinal.
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