ANTOLOGIA AC-1998
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DA PSICOLOGIA À NATUROLOGIA
CADEIRA DE PSICOLOGIA NA ESCNH
DOCENTE:PROFESSORA JUDITE CORTE REAL
Diário de bordo do aluno nº 170, do 1º Ano
19/11/1998
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O diário londrino People relatou uma série de experiências americanas acerca do crescimento de plantas através da prece e dedicou ao assunto grande parte da primeira página e duas páginas também na sua edição dominical.
O articulista classificou as experiências de notabilíssimas, só igualadas pelo último satélite russo.
Len Coulter apontou o caso de feijões que foram semeados em duas panelas. Sobre os feijões de uma fizeram-se preces e as plantas cresceram 25 centímetros, ao passo que as outras não chegaram a germinar. E não tem dúvida de classificar este acontecimento como a experiência mais científica do século vinte.
Depois de alguns anos de rigorosa experiência laboratorial, um grupo norte-americano afirma que as preces produzem efeito, visto que as provas estabelecem a existência de uma força supranormal exercida pela mente ou alma.
«Esta força invisível - acrescenta - não é simples teoria do reino do espírito, mas um facto rigoroso no mundo material que nos cerca.
Como Franklin Loher e os seus companheiros de Los Angeles têm provado, trabalha-se para acelerar o crescimento das plantas, de forma verdadeiramente assustadora.
Loher é um padre-cientista formado em Química e as suas experiências de prece realizou-as na Fundação de Investigações Religiosas, destinada ao estudo científico das crenças religiosas. Loher foi incitado pelo célebre Dr. J.B. Rhine, que fez aceitar a telepatia como facto científico em muitas universidades do mundo.
A notícia refere-se a três espécies de sementes, entre elas feijões e ervilhas, sobre as quais, no início das experiências, incidiram preces «ad petendam pluviam» (a pedir chuva). As sementes impressionadas ultrapassaram em muito as outras.
Com a ervilhas, porém, houve resultado inverso.
As experiências repetiram-se muitas vezes. Coulter diz que se provou que as plantas poderão ser atrofiadas com preces deliberadas.
Todas as descobertas humanas têm medalha e reverso. Ao lado do bem está o mal. E o mais interessante é que isto surgeem primeiro lugar, como temos dito. A destruição de qualquer coisa sobreleva a construção.
(In revista «Estudos Psíquicos», Fevereiro 1959)
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CACTOS SALVAM EPILÉPTICO NO DESERTO
Um epiléptico de 65 anos conseguiu sobreviver durante três dias ao calor intenso do deserto do Arizona, mantendo-se hidratado graças ao líquido contido nos cactos.
Manuel Canto, de Wittmnn (no Arizona), andava a fazer tiro ao alvo, quando a sua viatura começou a entrerrar-se na areia, sob uma temperatura superior a 40 graus centígrados.
Para além de se ter alimentado do suco dos cactos, abrigou-se do sol debaixo de pequenos arbustos que crescem nesta zona, situada a noroeste de Phoenix, o que lhe permitiu sobreviver.
Graças ao rádio CB instalado na sua viatura, Manuel Canto conseguiu finalmente emitir os seus pedidos de socorro, recebidos por um rádio amador da região que alertou as autoridades.
Quando a ajuda chegou, Manuel Canto estava tão desesperado que tinha atirado, em vão, vários tiros no reservatório da sua viatura para que ela explodisse e assim pudesse ser localizado.
(In «A Capital», 7/Agosto/1990)
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LUA CHEIA ESTIMULA ACTIVIDADE DAS PLANTAS
Os cientistas soviéticos Igor Zelepukhine e Iuri Korneev, do Centro de Investigação de Cultras Frutícolas e Vitícolas do Casaquistão, descobriram que a estimulação de crescimento das plantas produz mais efeitos quando efectuado tendo em consideração a posição da lua.
Até há algum tempo pensava-se que só o Sol exercia um efeito determinante sobre a vida na Terra. A actividade biológica dos animais e das plantas obedece ao ciclo de 24 horas da rotação da Terra à volta do seu eixo. E ao longo do ano, também os ciclos sazonais são função do movimento da Terra em relação ao sol.
São partículas elementares que nos são enviadas pelo Sol que exercem uma influência considerável nos processos biológicos. Alexandre Tchijevsky que, nos anos vinte, formulou as primeiras ideias a este respeito, provou, por exemplo, que os «picos» das curvas da mortalidade ao longo dos séculos coincidiam com os pontos culminantes da actividade solar o espectro invisível, observados todos os 11/12 anos. O mesmo período caracteriza também a proliferação de certos insectos.
Mas a lua também exerce os seus efeitos sobre a terra. Ela provoca mudanças importantes nos campos de gravidade que explicam as marés; os ciclos lunares estão também ligados a mudanças de tensão atmosférica, às precipitações e às variações do campo magnético. Mas também sobre os seres vivos essa influência se faz sentir.
O Centro Federal Suíço de Investigações sobre a Quimização da Agricultura, que elaborou um programa de estudos para dez anos sobre as plantas, concluiu que os metabolismos vegetais estavam em consonância com o período de rotação à volta da terra. o máximo da sua intensidade corresponde à lua cheia. Também o cientista americano Panzer descobriu que durante a lua cheia as plantas absorvem mais água. Daí que no Canadá a madeira seja cortada na lua nova, que é quando se encontra mais seca.
Esta experiência foi referida e confirmada pelos dois cientistas soviéticos que sabendo ser a quantidade de água nas plantas um índice de actividade celular e do conjunto dos processos biológicos propuseram-se transferir a questão para o plano prático.
ESTIMULADORES BIOLÓGICOS
Actualmente, afirma Zelepukhine, a intensificação da produção agrícola passa pela utilização de estimuladores biológicos, com recurso a componentes químicos e a tratamentos físicos e fisiológicos das sementes. É o que acontece com o trigo tratado com «laser» pelo grupo Biofizika do Professor Victor Inuchine, que já semeou centenas de milhares de hectares, obtendo melhores colheitas.
A ideia dos dois cientistas soviéticos foi aproveitar a intensificação da actividade biológica provocada pela lua na aplicação das acções de estimulação fisiológica. Para verificar se isso era possível resolveram utilizar um pomar de macieiras.
Certas variedades desta planta crescem lentamente e frutificam bastante tarde. Utilizaram com estimuladores água desgaseificada ou magnetizada. Seis experiências, correspondentes a diferentes posições da lua, foram repetidas oito vezes, durante três anos. Constatou-se um crescimento mais rápido das macieiras estimuladas durante as fases da lua cheia.
O crescimento médio de todos os ramos de uma planta estimulada durante três anos foi de 66, 1 metros, enquanto as plantas não estimuladas atingiram 48, 3 metros. A diferença não é menor no número de ramos frutíferos: 202 contra 121.
Além do mais as plantas estimuladas apresentavam um sumo celular mais concentrado e um metabolismo gasoso mais intenso.
As experiências de Zelepukhine e Korneev sugerem uma conclusão de ordem geral: quando se procede a uma experiência biológica há que ter em conta a posição da lua.
(In «A Capital», 27/Agosto/1984 )
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«A VIDA SECRETA DAS PLANTAS»: O LIVRO DE TOMPKINS POSTO À PROVA
30/12/1974 - Dois cientistas da Universidade de Munique iniciaram , com grande cepticismo, uma série de experiências destinadas a comprovar - de forma mensurável - se as plantas estão em condições de se alegrar ou assustar em presença de pessoas de contacto. As reacções das plantas foram captadas através de um electroencefalograma, destinado, em geral, à medição da corrente cerebral. O iniciador da experiência foi o terceiro programa da cadeia de televisão da Baviera, através da redacção da série «A Autenticidade do Livro».
O físico Hans Piper, sua esposa e o dr. Josep Schonberger, biologista e psicólogo, dedicaram-se à observação cuidadosa da vida interior de cinco filodendros, seleccionados especialmente para o efeito. Durante toda a semana a srª Piper cuidou das plantas com um carinho muito especial. Chegou então a altura de iniciar as observações no electroencefalograma. E, por incrível que pareça, os dados registados demonstraram que as plantas dormiam durante a noite, se excitavam na presença de muita gente, «palpitando» ainda mais quando a srª Piper se aproximava delas.
O electroencefalograma registou, porém, as curvas de maior excitação nos momentos em que se fazia a ameaça de cortar uma folha. os cientistas começaram a ficar desconfiados com a capacidade telepática das plantas e repetiram, por isso, a experiência, alterando as condições exteriores. No final, porém, viram-se obrigados a reconhecer a autenticidade das observações e das medições recolhidas.
O livro cuja autenticidade se pretendeu confirmar é o original americano «A Vida Secreta das Plantas»; os autores, Peter Tompkins e Christopher, referem experiências semelhantes na sua obra. Neste sector, situado à margem da investigação moderna, inserem-se as experiências de cientistas indianos que pretendem comprovar que a música influencia favoravelmente o crescimento das plantas. Todos estes fenómenos pertencem ainda ao domínio dos mistérios da criação ainda por esclarecer.
Josef Schonberger e Hans Piper não aceitam todas as teorias do livro americano. A referência à vida interior ou a emoções experimentadas pelos filodendros são totalmente de excluir, em sua opinião, dada a falta de um sistema nervoso nas plantas. Não obstante, o tom final do parecer dos cientistas foi conciliador, com recurso a uma citação de Santo Agostinho: «O milagre não é contrário à natureza, mas sim apenas àquilo que dela conhecemos...»
Josef Gruber
30/Dezembro/1974
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AS ÁRVORES COMUNICAM ENTRE SI
7/6/1983 - Investigadores americanos descobriram indícios que levam a pensar que as árvores falam, ou mais exactamente, comunicam entre si, revelou a Fundação Nacional de Ciências (National Science Foundation, NSF).
A NSF indica que, segundo os professores Gordon Orians e David Rhoades, ambos da Universidade do Estado de Washington, as árvores atacadas por insectos enviam «mensagens» de alarme àquelas que ainda não foram atingidas para as prevenir.
Estas «mensagens» , nota a NSF, consistem em emissões de feromonas, substâncias emitidas pelos animais em geral e que agem nos indivíduos da mesma espécie.
Os professores Orians e Rhoades fizeram incidir as suas pesquisas em certas espécies de salgueiros e verificaram que árvores atacadas por lagartas ou vermes «alertam» aquelas que as rodeiam emitindo feromonas. Após a recepção destas mensagens , as árvores intactas modificam a composição química das suas folhas de maneira a torná-las menos comestíveis.
(Dos jornais,7/Junho/1983)
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CARLOS DE INGLATERRA FALA COM AS PLANTAS
26/9/1986 - O príncipe Carlos de Inglaterra mostrou-se indiferente às críticas que lhe foram feitas depois de ter dito que conversava com as suas plantas e repetiu a afirmação .
Carlos foi interpelado por um vendedor de legumes ao chegar a um local de Londres onde tinha um compromisso. O homem tentou vender-lhe alguns legumes. «E os meus - garantiu - são bastante maiores, porque lhes dou instruções para o serem.»
Ao admitir que falava às suas plantas, num documentário televisivo transmitido domingo, o herdeiro do trono britânico levantou celeuma na imprensa.
Muitos jornais apressaram-se a recordar aos leitores que um antepassado de Carlos, Jorge III, era conhecido por falar frequentemente às árvores e morreu louco em 1820.
Outros recordaram que o interesse de Carlos por agricultura orgânica e pela dieta vegetariana é antigo.
Especialistas em horticultura, duvidando embora que as plantas respondam à voz humana, aceitam geralmente que falar com elas é sinal de amor e interesse.
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psi-6
LIÇÃO DE 27/11/1998
MACRONEUROSES DE FUNDO E PROFILAXIA BIOENERGÉTICA
Paço de Arcos, 28/Novembro/1998 - Será mística uma concepção da psicologia que se baseie numa física e numa fisiologia das energias?
Aceitando o desafio da minha professora Judite Corte Real, vou tentar enunciar alguns itens que possam argumentar a favor da tese que defendo e que defendi no texto sobre a morte que elaborei como trabalho de casa.
Se mística é uma concepção de psicologia que postula um continuum energético entre céu e terra e que, portanto, ultrapassa natural e dialecticamente a célebre antinomia entre vida psíquica e vida somática, nesse caso talvez a visão noológica (bioenergética) que defendo, seja mística.
Sem me ofender nada a palavra mística, gostaria, por amor ao rigor, de propor a palavra mais adequada e justa , na perspectiva naturológica, e que é a palavra Noologia ou ciência do espírito. Ou Bioenergética.
POSTULADO INDISCUTÍVEL
Além do postulado já enunciado - o continuum energético - um outro, decorrente desse, se impõe para fundamentar (alicerçar) a psicologia em base física e não metafísica.
A esse outro postulado se deverá chamar a «composição trinitária do ser humano»: corpo, alma e espírito.
O facto de a psicologia experimental ter exilado a palavra «alma» e a palavra «espírito» dessa trilogia, deixando apenas a palavra «corpo» e metendo-se nele como num gueto, o facto de a ordem estabelecida ter expulsado alma e espírito das nobres universidades onde se ensina a nobre ciência materialista às novas gerações - para que prossigam a espiral de autodestruição das anteriores - , o facto de a lavagem ao cérebro continuar a ser a especialidade das especialidades científicas em vigor na sacrossanta instituição universitária, diz mais das limitações e automutilações da psicologia clássica do que da legitimidade ou ilegitimidade dessas palavras - corpo e espírito - e do que elas fìsicamente significam.
VER O INVISÍVEL
Tal como dizia o nosso professor de Epistemologia , Dr. José Alves Antunes de Sousa, «se alguma coisa deve animar o desígnio desta escola é despertar as pessoas para níveis invisíveis da realidade.»
Pelos vistos e dado que a psicologia trata exactamente desses «níveis invisíveis da realidade», estaria reservado, nesta Escola , um papel muito especial à Psicologia .
A valência que se lhe atribui, no entanto, em termos de carga horária, comparativamente às cadeiras que abordam o somático, ou seja, o visível (e o visível, hoje, vai até à neurose do microscópio electrónico, prevendo-se para breve um novo microscópio mais electrónico e potente), mostra apenas que o visível ainda vai ser a prioridade, nesta e em todas as escolas, durante muito tempo.
Para desgosto do nosso professor de Epistemologia e para meu desgosto também, ainda vamos gramar muitos anos com tudo do avesso: ou seja, o visível determinando o invisível, o que é pura e simplesmente uma aberração física e cosmobiológica, já que toda a gente devia saber que é o invisível que rege o visível e o contém, e não o contrário.
Se baseássemos o nosso psicodiagnóstico nesta realidade física inelutável, nesta ordem cósmica e universal - é o invisível que comanda o visível, ponto final, parágrafo - , certamente que a ciência psíquica e psiquiátrica não estaria tão cheia de iniquidades como está. Não estaria a precisar de hospitalização urgente como está.
O MODELO MICROSCÓPICO
Embora o professor José Alves tenha valorizado a valência invisível, a verdade é que todo o peso institucional, hic et nunca, vai para o visível e nomeadamente para o modelo microscópico, que se provou ser o mais rentável e lucrativo para o sistema que industrializou a doença.
Em termos muito simples, essa perversão da ordem natural e cósmica das coisas, significa apenas isto: o materialismo extreme e extremo a que chegou o ensino, a que chegou a sociedade, a que chegou a chamada «civilização» ocidental (que é a mais pura das barbáries), a que chegou a vida que nos é imposta como um fardo e não como uma libertação.
A REVOLUÇÃO TRANQUILA (JOSEPH LÉVY)
É talvez prematuro esperar que esta escola de Naturologia faça a revolução holística já. Mas as cadeiras de Psicologia, de Epistemologia, de História da Saúde e talvez de Botânica, têm, neste momento, a tremenda responsabilidade de preparar essa revolução holística no mais curto prazo de tempo. Se queremos ir ainda a tempo de ocupar o lugar a que temos direito, enquanto naturólogos, como «contemporâneos do futuro».
A tudo isto talvez se chame «mística». Mas nesse caso, o futuro será místico, a sociedade será mística, a física das energias será mística, a bioenergética será mística, a acupunctura (noologia yin-yang) será mística.
Tal como disse o escritor, filósofo e ministro da cultura André Malraux (por sinal marxista, por sinal materialista dialéctico) , o século XXI será religioso ou não será.
A NEUROSE DO RÓTULO
Por causa do «místico» e de outros rótulos interessantes, entramos, sem querer, num tópico muito interessante, abordado nesta aula e que foi particular e severamente assinalado pelo colega Hernâni Oliveira: o vício dos rótulos em psiquiatria. Vício a que eu, coerentemente, chamo «neurose do rótulo».
Todos estão de acordo em criticar esse vício, inclusive a nossa professora também o criticou. Todos pressentem e compreendem que a neurose do rótulo conduz em directo à segregação «racista» em sentido lato e que, por exemplo, o rótulo de sida, hoje em dia aplicado a torto e a direito, criou um novo gueto numa sociedade onde os guetos proliferam.
Isto para não falar desse outro rótulo ainda mais anedótico que é o de «pedófilo».
Não adianta vir a medicina e a psiquiatria com paninhos quentes e autodesculpas: medicina em geral e psiquiatria em particular são directamente culpadas desses guetos e de todas as segregações e perseguições que ocasionam.
EVITANDO A IDEOLOGIA
Evitando cair no registo moralista e, principalmente , no registo ideológico, a que o tema da rotulação se presta, podíamos acrescentar que a física das energias ( ou noologia) procura exactamente ultrapassar esses impasses da ciência médica em geral e da ciência psiquiátrica em particular:
o impasse moralista (dividir o mundo entre doentes e saudáveis, normais e anormais, bons e maus)
o impasse ideológico ( os rótulos conduzem a todos os racismos , segregações perseguições)
o impasse místico
o impasse psicologístico.
Tudo isto com um objectivo muito preciso: chegar à terapia naturológica eficaz, seja qual for o rótulo, seja qual for o sintoma, seja qual for a doença, seja qual for a neurose, seja qual for a psicose catalogada pelas ciências arregimentadas ao poder universitário, ele próprio um poder neurótico
O salto, em Naturologia, é urgente, perante as epidémicas neuroses de âmbito planetário.
O senso comum, muitas vezes, costuma desabafar: «Isto é um mundo de loucos». Verdade seja que o senso comum - palavra também exilada como a palavra alma - muitas vezes acerta. E desta vez acerta na muge.
A ciência noológica e a terapia naturológica apenas têm que fundamentar experimentalmente esse senso comum, o que alguns estão fazendo, em regime de outsiders...
AS MACRONEUROSES
Tentemos enunciar as grandes neuroses contemporâneas que compõem, aliás, o quadro de fundo ou ambiente exógeno que condiciona a chamada saúde mental ou desenvolvimento mental do indivíduo:
- Psicomanipulação mediática (neurose mediática)
- O papel das baixas frequências vibratórias na chamada «doença mental» (neurose do virtual ou neurose do Nintendo)
- O stress imposto por um «struggle for life» em escalada consumista permanente (neurose da ganância e da acumulação)
- A arrogância como estrutura básica da personalidade, conforme foi diagnosticado pelo grande pioneiro da gnose yin-yang Jorge Oshawa (neurose do ego & dos apegos)
- A alimentação como factor determinante do comportamento (Jean Marie Bourre, Michio Kushi, etc.) - neurose consumista do fast food, mais conhecida por neurose do Hamburger
- A relação entre o apego materialista do ego e a pulsão da célula cancerosa para a imortalidade material (neurose estrutural básica)
A estes macrofactores do macroambiente deverão juntar-se todos os que - a nível microambiental (exógeno e endógeno) - foram enunciados nesta aula, aproveitando para os indicar por ordem de importância, ou seja, dos que interferem mais drasticamente na prégravidez da mãe, na formação do feto e no período pós-natal.
- Radiações ionizantes no meio ambiente
Alimentação biologicamente pobre ou degenerada, energeticamente desequilibrada, carente em termos de quantidade (fome expressa) ou de qualidade (fome oculta ou fome na abundância)
- Adrenalina do stress materno que passa para o feto
- Hábitos alcoólicos dos pais
- Hábitos toxicodependentes dos pais
- Antecedentes patológicos dos pais
NEUROSE DA TALIDOMIDA
Aí está uma lista que provavelmente nunca ficará completa. Falta juntar aquela que talvez devesse figurar à cabeça de todas as causas patológicas, embora seja a mais escamoteada: - Medicamentos ingeridos pela mãe, antes, durante e depois da gravidez .
A Talidomida, tranquilizante dos anos 50, foi o único falado na aula, porque chegou a extremos de deformação inocultáveis. Muito mais perigosos para a futura saúde física e mental das futuras gerações, são os medicamentos que têm efeitos deformantes menos visíveis no corpo físico.
Neste campo e como se calcula, a hipocrisia médica é total: a maior parte das patologias causadas por radiações ionizantes e medicamentos químicos, entram no bode expiatório das doenças genéticas, hereditárias ou congénitas.
Estamos perante outra neurose da ciência médica - (a neurose de Pilatos) que arranjou um série de bodes expiatórios para ocultar os crimes da Iatrogénese médica.
PROFILAXIA DAS NEUROSES
Se, como foi frisado na aula, os níveis de desenvolvimento mental dependem do sistema nervoso, temos então que a profilaxia naturológica prioritária é o alimento - preventivo - da célula nervosa.
Se quiséssemos dar um exemplo muito simplório, poderíamos citar as contracções do parto (os homens, se quiserem ter um arremedo disso, podem observar as contracções a que a evacuação fecal os obriga...).
Os aportes de magnésio e potássio serão decisivos nesse momento das contracções. Mas logo que se fala de magnésio, a tendência da naturologia positivista (que também a há e bastante lampeira a fazer asneiras) é para aconselhar magnésio em frascos, potássio em frascos.
Erro crassíssimo.
É na alimentação, no seu contexto natural, que devem ser procurados esses dois minerais importantíssimos para a célula nervosa, para o tecido muscular e fibroso, para o parto e para as contracções do parto.
Simploriamente, o magnésio das tâmaras ou o potássio das bananas.
Por exemplo.
Mas a profilaxia natural da célula nervosa não é só para este caso concreto: deveria ser generalizada a todos os casos inventariados pela psiquiatria como:
doença mental
doença nervosa
doença psicosomática
Compulsando os muitos livros que fui comprar para a disciplina de Psicologia , é um quadro perfeitamente aterrador o das doenças mentais, em relação às quais a medicina alopática (a dos químicos) e a medicina naturopática (dos suplementos específicos) parecem continuar totalmente impotentes.
É tempo de fazer a «revolução tranquila» , em que fala Joseph Lévy , um dos modernos luminares da medicina ortomolecular.
No mínimo, há que tentar, neste curso, não perder o comboio das novas medicinas, já que as existentes têm provado que não funcionam. Que, de todo, não funcionam.
A esperança dos espiritualistas e místicos, hoje, é de que a abordagem se faça:
- pela lógica ortomolecular (o que é um pouco diferente da corrente médica norte-americana rotulada de medicina ortomolecular )
- pela lógica da imunização natural e do reforço dessa imunização
- pela lógica da profilaxia natural
- pela lógica do continuum energético ou física das energias
- pela lógica da gnose vibratória
- pela lógica das terapias alquímicas modernas ( macrobiótica, oligoterapia, medicina antroposófica, florais de Bach, cura iniciática).
Sem se preocuparem muito que os rotulem de místicos, os raros espiritualistas que ainda sobrevivem (e onde, com muita honra, me incluo) pretendem apenas que a famosa «vida psíquica», fenómeno caracterizadamente holístico e global, seja estudada exactamente com os instrumentos mais adequados à sua natureza:
- Abordagem global dos sistemas ( Louis Von Bertalanffy)
- Radiestesia holística (Gnose Vibratória)
- Kaballah moderna
Sabendo que o rótulo de místico se inclui na neurose moderna dos rótulos, um naturólogo deve manter-se sereno e continuar a cumprir estritamente a sua obrigação: observar as neuroses e os neuróticos à sua volta, responder se lhe pedem socorro, receitar se lhe pedem conselho e libertar definitivamente o ser humano das milenares escravidões, entre as quais a escravidão do rótulo (instrumento privilegiado de tortura da ciência ordinária) não é com certeza das menos tirânicas.
GNOSE YIN-YANG: IMUNE A RÓTULOS E NEUROSES
Ainda a propósito de rótulos, recomenda-se vivamente que seja elaborado um glossário - Da Psicologia à Noologia - onde as palavras surjam classificadas pelo seu índice noológico, que é também o seu índice de Neguentropia, ou seja, as que têm mais ou menos relevância para uma concepção naturológica, global, holística e profiláctica da saúde energética.
Porque é desta saúde energética que se fala sempre que se fala de «doença mental» e «doença psíquica» - esses, sim, rótulos místicos, obsoletos e completamente ultrapassados.
Ainda a propósito de rótulos, valia a pena indagar se a Noologia yin-yang estudada nesta escola - acupunctura, alimentação macrobiótica, reflexologia e diagnóstico visual - cai no mesmo vício e erro.
Talvez se concluísse que , à luz do yin yang, o binómio saúde/doença mental se relaciona directa e estreitamente com o padrão civilizacional a que orgulhosamente pertencemos.
Mas - agora me lembro - para os cientistas muito positivistas e senhores do seu (deles) nariz,) o yin-yang é... mais uma mística.
Para tranquilidade deles e nossa, é preciso dizer, sem nervosismos, que o sistema yin-yang não é mística nem metafísica, nem papa crinancinhas ao pequeno almoço, é apenas um dos sistemas energéticos (noológicos) mais antigos, perfeitos e poderosos da Terra.
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psi-7-da psicologia à naturologia conselho roteiro
SAÚDE MENTAL: AJUSTAMENTO OU DESAJUSTAMENTO?
CALOR MATERNO AFINAL É NECESSÁRIO AO FILHO!
18/12/1998 - A ciência em geral e a ciência psicológica em particular, leva algum tempo e oferece uma grande resistência a conhecer e reconhecer o óbvio.
Foi necessário que se cometessem barbaridades, foi necessário que a história da doença mental fosse uma sucessão de horrores, para que, por exemplo, após vários testes e experiências no terreno com gorilas e chimpanzés, a ciência psicológica começasse a «desconfiar» de que o calor do regaço materno é um alimento tão necessário à saúde física e mental da criança como o leite que a amamenta.
E que havia uma diferença abissal entre o leite transmitido de mãe para filho e os leites comerciais que a providencial indústria farmacêutica de leites condensados se tem encarregado de colocar no mercado dos consumos.
À mistura com uns boiões de comida sintética que, dado o seu alto teor em cloreto de sódio ( o tal sabor que leva a criança a papar!), torna os bebés uma pilha de nervos, com uma implosão yang nos seus débeis corpinhos.
Isto para não falar dos brometos dados à parturiente em maternidades e clínicas, e que se destina a secar o leite da mãe.
Esta alteração nos hábitos ancestrais de alimentação infantil poderá ser, obviamente, responsável por algumas das perturbações mais graves do desenvolvimento, por alterações profundas no comportamento e por algumas das mais graves doenças que hoje proliferam com carácter endémico/epidémico.
Mas a ciência que, regra geral, não compreende o que toda a gente vê e já compreendeu, precisa ainda de muitos testes, de muitas provas estatísticas, de muitos estudos epidemiológicos, de muitas investigações no terreno, para aceitar que haja uma relação directa entre ambiente (neste caso o amor materno) e o comportamento (neste caso a criança na idade de colo).
Ou entre os novos alimentos embalados e o «mau feitio» de que as novas gerações dão actualmente mostra...
A sociedade de consumo vem agravar estes qui pro quos ambientalistas, mas a verdade é que se trata de vícios estruturais de um sistema cultural de características acentuadamente esquizofrénicas, ou seja, ausente do real, ou seja, alienado.
Sistema cultural de que a «doenças mentais» são, obviamente, o puro e simples reflexo directo.
É afinal a mais linear das relações entre causa e efeito.
A LAPIDAR DEFINIÇÃO DE DENNIS STOTT
A melhor definição que me foi dado ouvir, até hoje, de «doença mental» vem de Dennis Stott, citado pela nossa professora Judite Corte Real, na aula de 18 de Dezembro de 1998.
Lapidar, Dennis Stott diz: «Mentalmente doente (ou desajustado?) é o indivíduo que age contra os seus próprios interesses.»
Eu permitir-me-ia apenas 2 observações a esta definição lapidar de Denis Stott que parece estar muito próxima do alvo:
a) Ao falar de ajustamento e desajustamento, deveremos entrar numa pormenorização mais subtil do problema, já que o ajustamento se entende, também e principalmente, em relação com o ambiente cultural e, portanto, em sintonia com todas as neuroses e psicoses desse ambiente cultural
b) A fronteira entre o que é e o que não é o interesse próprio de um indivíduo é muito ténue e, a maior parte das vezes, confundem-se.
O que se verifica hoje em dia, no campo dos novos hábitos (des)alimentares do jovem, é que o jovem está perfeitamente ajustado a esses novos hábitos alimentares - de que o hamburger é o símbolo supremo! - e goza, portanto, de perfeita saúde mental, na medida em que se envenena fisicamente.
A cena pode repetir-se com a Coca-Cola, outro símbolo da sociedade de consumo e com todos os restantes símbolos do «fast food» e etc.
À luz da definição de Stott, isto não é ir contra o interesse próprio. Antes pelo contrário: quando come hamburgers (carne picada com alguns ratos e ratazanas à mistura) ele está, evidentemente ajustadíssimo e portanto mentalmente sadio.
O mesmo se diga em relação à Coca-Cola que, conforme a publicidade televisiva não se cansa de repetir, dá mais vida, mais saúde, mais alegria e mais felicidade.
A LAVAGEM AOS CÉREBROS
E é aqui que reside a questão, se fizermos entrar no processo de autoapreço do indivíduo por si próprio aquilo que a sociedade de consumo - com todas as suas artimanhas de psicomanipulação, de envenenamento mediático, monolítico e sistemático dos espíritos, de corrupção dos caracteres, das personalidades e dos temperamentos - lhe indica como bom.
A situação mais perigosa, na perspectiva da saúde mental, não é a de desajustamento - a qual permitirá, no mínimo, uma atenção ao problema e a consciência de que há um problema - mas precisamente a de ajustamento total e completo ao sistema, às modas, truques e lavagens ao cérebro do sistema.
A situação gravíssima, à luz da ética, é quando, por influência do meio consumista, passa a haver um total ajustamento entre o comportamento individual e o meio.
O fenómeno da moda, nas idades jovens, citado pela nossa professora, é o factor «educativo» mais decisivo, muito superior ao que o jovem recebe dos pais ou dos professores.
Com a moda , o consumismo toma conta das consciências juvenis, diria mesmo que as «compra».
E tudo se passa no melhor dos mundos, desde que o jovem adopte os tiques, os cortes de cabelo, os brinquinhos na orelha, os sapatorros inacreditavelmente desconfortáveis, quiçá as tatuagens ( carimbo irreversível, onde pode estar uma das causas da célebre sida!), as noitadas na Avenida 24 de Julho e etc., englobando neste etc as drogas (mais) pesadas.
Há indústrias e industriais especializados nestas técnicas de ajustamento do jovem à sociedade que lhe é proposta. Até os meter nas discotecas, onde, então, em ambiente mais fechado, se passa à segunda fase da psicomanipulação, através do bombardeamento vibratório chamado «música» e que é apenas o ruído suficientemente ensurdecedor que afecta o labirinto, as meninges, os neurónios, o sistema endócrino e nervoso, enfim todo o sistema celular e molecular dos indivíduos. Todo o seu sentido de orientação. Ou seja, a consciência de si próprio e do que seriam os seus próprios interesses.
Isto é a alienação, a corrupção em massa da saúde mental do jovem, a que se acrescenta o trabalho suplementar das televisões, dos jogos nintendos (epileptogénicos), dos filmes sistematicamente manipulatórios e corruptores, etc.
E nem é preciso chegar ao requinte das «imagens subliminais» como o «Brave New World», do Aldous Huxley, já previa e que, actualmente, ninguém sabe se é ou não sitematicamente usado pelos meios de transmissão de imagem electrónica.
Naturalmente já passámos e ultrapassámos a sofisticação imaginada por Aldous Huxley e George Orwell - mas como estamos todos admiravelmente ajustados e, portanto, somos todos mentalmente saudáveis, já ninguém dá por isso.
Sobre esta situação de total e absoluta perfeição de total ajustamento, filosofou o norte-americano Herbert Marcuse, no seu livro «O Homem Unidimensional».
Recomendável para entender onde começa e acaba o ajustamento ou desajustamento na chamada saúde mental.
O CONTRIBUTO DE ROBERT S. MENDELSOHN
Sobre as barbaridades cometidas no dia a dia com as crianças, ou seja, as barbaridades domésticas, terá que se referir sempre, obrigatoriamente, o texto de Robert S. Mendelsohn, professor na Escola Médica Abrahm Lincoln (Illinois) e presidente do Medical Licensure Committee (Illinois).
Numa crítica radical e frontal à moderna ciência médica, Mendelsohn atribui o nascimento da Pediatria a todas as malfeitorias e conivências do establishment. É um texto modelar, ao qual podemos ter acesso em língua portuguesa, já que figura como prefácio do livro de Michio Kushi, «Cura Natural pela Macrobiótica», editado por Jacinto Rosa Vieira, em 1978.
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PSI-8
TEMAS PARA O PONTO DE PSICOLOGIA
- O naturólogo na clínica e na comunidade
- Comunicação com o utente
1. Características da relação terapêutica de ajuda
2. Comportamentos apropriados versus inapropriados
3. Implementação de estratégias de mudança
4. Interacção Naturólogo-Utente em situação de:
a) Stress, ansiedade e medo: stress no paciente e o técnico de saúde, redução da ansiedade e medo
b) Dor - Controlo da dor
Tipos de paciente:
- adaptação e mudança no ciclo da vida (aspectos específicos da relação técnico de saúde com a criança muito jovem até à adolescência
- o adulto (pacientes hostis, ansiosos, deprimidos, hipocondríacos)
Prevenção e educação para a saúde :
- aprendizagem e motivação
- mudança e influência pessoal
- personalidade
- patologia
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DA PSICOLOGIA À NATUROLOGIA
CADEIRA DE PSICOLOGIA NA ESCNH
DOCENTE:PROFESSORA JUDITE CORTE REAL
Diário de bordo do aluno nº 170, do 1º Ano
19/11/1998
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psi-2
3 NOTÍCIAS DO MARAVILHOSO
A PRECE FAZ CRESCER AS PLANTAS ?
O diário londrino People relatou uma série de experiências americanas acerca do crescimento de plantas através da prece e dedicou ao assunto grande parte da primeira página e duas páginas também na sua edição dominical.
O articulista classificou as experiências de notabilíssimas, só igualadas pelo último satélite russo.
Len Coulter apontou o caso de feijões que foram semeados em duas panelas. Sobre os feijões de uma fizeram-se preces e as plantas cresceram 25 centímetros, ao passo que as outras não chegaram a germinar. E não tem dúvida de classificar este acontecimento como a experiência mais científica do século vinte.
Depois de alguns anos de rigorosa experiência laboratorial, um grupo norte-americano afirma que as preces produzem efeito, visto que as provas estabelecem a existência de uma força supranormal exercida pela mente ou alma.
«Esta força invisível - acrescenta - não é simples teoria do reino do espírito, mas um facto rigoroso no mundo material que nos cerca.
Como Franklin Loher e os seus companheiros de Los Angeles têm provado, trabalha-se para acelerar o crescimento das plantas, de forma verdadeiramente assustadora.
Loher é um padre-cientista formado em Química e as suas experiências de prece realizou-as na Fundação de Investigações Religiosas, destinada ao estudo científico das crenças religiosas. Loher foi incitado pelo célebre Dr. J.B. Rhine, que fez aceitar a telepatia como facto científico em muitas universidades do mundo.
A notícia refere-se a três espécies de sementes, entre elas feijões e ervilhas, sobre as quais, no início das experiências, incidiram preces «ad petendam pluviam» (a pedir chuva). As sementes impressionadas ultrapassaram em muito as outras.
Com a ervilhas, porém, houve resultado inverso.
As experiências repetiram-se muitas vezes. Coulter diz que se provou que as plantas poderão ser atrofiadas com preces deliberadas.
Todas as descobertas humanas têm medalha e reverso. Ao lado do bem está o mal. E o mais interessante é que isto surgeem primeiro lugar, como temos dito. A destruição de qualquer coisa sobreleva a construção.
(In revista «Estudos Psíquicos», Fevereiro 1959)
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CACTOS SALVAM EPILÉPTICO NO DESERTO
Um epiléptico de 65 anos conseguiu sobreviver durante três dias ao calor intenso do deserto do Arizona, mantendo-se hidratado graças ao líquido contido nos cactos.
Manuel Canto, de Wittmnn (no Arizona), andava a fazer tiro ao alvo, quando a sua viatura começou a entrerrar-se na areia, sob uma temperatura superior a 40 graus centígrados.
Para além de se ter alimentado do suco dos cactos, abrigou-se do sol debaixo de pequenos arbustos que crescem nesta zona, situada a noroeste de Phoenix, o que lhe permitiu sobreviver.
Graças ao rádio CB instalado na sua viatura, Manuel Canto conseguiu finalmente emitir os seus pedidos de socorro, recebidos por um rádio amador da região que alertou as autoridades.
Quando a ajuda chegou, Manuel Canto estava tão desesperado que tinha atirado, em vão, vários tiros no reservatório da sua viatura para que ela explodisse e assim pudesse ser localizado.
(In «A Capital», 7/Agosto/1990)
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LUA CHEIA ESTIMULA ACTIVIDADE DAS PLANTAS
Os cientistas soviéticos Igor Zelepukhine e Iuri Korneev, do Centro de Investigação de Cultras Frutícolas e Vitícolas do Casaquistão, descobriram que a estimulação de crescimento das plantas produz mais efeitos quando efectuado tendo em consideração a posição da lua.
Até há algum tempo pensava-se que só o Sol exercia um efeito determinante sobre a vida na Terra. A actividade biológica dos animais e das plantas obedece ao ciclo de 24 horas da rotação da Terra à volta do seu eixo. E ao longo do ano, também os ciclos sazonais são função do movimento da Terra em relação ao sol.
São partículas elementares que nos são enviadas pelo Sol que exercem uma influência considerável nos processos biológicos. Alexandre Tchijevsky que, nos anos vinte, formulou as primeiras ideias a este respeito, provou, por exemplo, que os «picos» das curvas da mortalidade ao longo dos séculos coincidiam com os pontos culminantes da actividade solar o espectro invisível, observados todos os 11/12 anos. O mesmo período caracteriza também a proliferação de certos insectos.
Mas a lua também exerce os seus efeitos sobre a terra. Ela provoca mudanças importantes nos campos de gravidade que explicam as marés; os ciclos lunares estão também ligados a mudanças de tensão atmosférica, às precipitações e às variações do campo magnético. Mas também sobre os seres vivos essa influência se faz sentir.
O Centro Federal Suíço de Investigações sobre a Quimização da Agricultura, que elaborou um programa de estudos para dez anos sobre as plantas, concluiu que os metabolismos vegetais estavam em consonância com o período de rotação à volta da terra. o máximo da sua intensidade corresponde à lua cheia. Também o cientista americano Panzer descobriu que durante a lua cheia as plantas absorvem mais água. Daí que no Canadá a madeira seja cortada na lua nova, que é quando se encontra mais seca.
Esta experiência foi referida e confirmada pelos dois cientistas soviéticos que sabendo ser a quantidade de água nas plantas um índice de actividade celular e do conjunto dos processos biológicos propuseram-se transferir a questão para o plano prático.
ESTIMULADORES BIOLÓGICOS
Actualmente, afirma Zelepukhine, a intensificação da produção agrícola passa pela utilização de estimuladores biológicos, com recurso a componentes químicos e a tratamentos físicos e fisiológicos das sementes. É o que acontece com o trigo tratado com «laser» pelo grupo Biofizika do Professor Victor Inuchine, que já semeou centenas de milhares de hectares, obtendo melhores colheitas.
A ideia dos dois cientistas soviéticos foi aproveitar a intensificação da actividade biológica provocada pela lua na aplicação das acções de estimulação fisiológica. Para verificar se isso era possível resolveram utilizar um pomar de macieiras.
Certas variedades desta planta crescem lentamente e frutificam bastante tarde. Utilizaram com estimuladores água desgaseificada ou magnetizada. Seis experiências, correspondentes a diferentes posições da lua, foram repetidas oito vezes, durante três anos. Constatou-se um crescimento mais rápido das macieiras estimuladas durante as fases da lua cheia.
O crescimento médio de todos os ramos de uma planta estimulada durante três anos foi de 66, 1 metros, enquanto as plantas não estimuladas atingiram 48, 3 metros. A diferença não é menor no número de ramos frutíferos: 202 contra 121.
Além do mais as plantas estimuladas apresentavam um sumo celular mais concentrado e um metabolismo gasoso mais intenso.
As experiências de Zelepukhine e Korneev sugerem uma conclusão de ordem geral: quando se procede a uma experiência biológica há que ter em conta a posição da lua.
(In «A Capital», 27/Agosto/1984 )
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psi-3
«A VIDA SECRETA DAS PLANTAS»: O LIVRO DE TOMPKINS POSTO À PROVA
30/12/1974 - Dois cientistas da Universidade de Munique iniciaram , com grande cepticismo, uma série de experiências destinadas a comprovar - de forma mensurável - se as plantas estão em condições de se alegrar ou assustar em presença de pessoas de contacto. As reacções das plantas foram captadas através de um electroencefalograma, destinado, em geral, à medição da corrente cerebral. O iniciador da experiência foi o terceiro programa da cadeia de televisão da Baviera, através da redacção da série «A Autenticidade do Livro».
O físico Hans Piper, sua esposa e o dr. Josep Schonberger, biologista e psicólogo, dedicaram-se à observação cuidadosa da vida interior de cinco filodendros, seleccionados especialmente para o efeito. Durante toda a semana a srª Piper cuidou das plantas com um carinho muito especial. Chegou então a altura de iniciar as observações no electroencefalograma. E, por incrível que pareça, os dados registados demonstraram que as plantas dormiam durante a noite, se excitavam na presença de muita gente, «palpitando» ainda mais quando a srª Piper se aproximava delas.
O electroencefalograma registou, porém, as curvas de maior excitação nos momentos em que se fazia a ameaça de cortar uma folha. os cientistas começaram a ficar desconfiados com a capacidade telepática das plantas e repetiram, por isso, a experiência, alterando as condições exteriores. No final, porém, viram-se obrigados a reconhecer a autenticidade das observações e das medições recolhidas.
O livro cuja autenticidade se pretendeu confirmar é o original americano «A Vida Secreta das Plantas»; os autores, Peter Tompkins e Christopher, referem experiências semelhantes na sua obra. Neste sector, situado à margem da investigação moderna, inserem-se as experiências de cientistas indianos que pretendem comprovar que a música influencia favoravelmente o crescimento das plantas. Todos estes fenómenos pertencem ainda ao domínio dos mistérios da criação ainda por esclarecer.
Josef Schonberger e Hans Piper não aceitam todas as teorias do livro americano. A referência à vida interior ou a emoções experimentadas pelos filodendros são totalmente de excluir, em sua opinião, dada a falta de um sistema nervoso nas plantas. Não obstante, o tom final do parecer dos cientistas foi conciliador, com recurso a uma citação de Santo Agostinho: «O milagre não é contrário à natureza, mas sim apenas àquilo que dela conhecemos...»
Josef Gruber
30/Dezembro/1974
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psi-4
AS ÁRVORES COMUNICAM ENTRE SI
7/6/1983 - Investigadores americanos descobriram indícios que levam a pensar que as árvores falam, ou mais exactamente, comunicam entre si, revelou a Fundação Nacional de Ciências (National Science Foundation, NSF).
A NSF indica que, segundo os professores Gordon Orians e David Rhoades, ambos da Universidade do Estado de Washington, as árvores atacadas por insectos enviam «mensagens» de alarme àquelas que ainda não foram atingidas para as prevenir.
Estas «mensagens» , nota a NSF, consistem em emissões de feromonas, substâncias emitidas pelos animais em geral e que agem nos indivíduos da mesma espécie.
Os professores Orians e Rhoades fizeram incidir as suas pesquisas em certas espécies de salgueiros e verificaram que árvores atacadas por lagartas ou vermes «alertam» aquelas que as rodeiam emitindo feromonas. Após a recepção destas mensagens , as árvores intactas modificam a composição química das suas folhas de maneira a torná-las menos comestíveis.
(Dos jornais,7/Junho/1983)
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psi-5
CARLOS DE INGLATERRA FALA COM AS PLANTAS
26/9/1986 - O príncipe Carlos de Inglaterra mostrou-se indiferente às críticas que lhe foram feitas depois de ter dito que conversava com as suas plantas e repetiu a afirmação .
Carlos foi interpelado por um vendedor de legumes ao chegar a um local de Londres onde tinha um compromisso. O homem tentou vender-lhe alguns legumes. «E os meus - garantiu - são bastante maiores, porque lhes dou instruções para o serem.»
Ao admitir que falava às suas plantas, num documentário televisivo transmitido domingo, o herdeiro do trono britânico levantou celeuma na imprensa.
Muitos jornais apressaram-se a recordar aos leitores que um antepassado de Carlos, Jorge III, era conhecido por falar frequentemente às árvores e morreu louco em 1820.
Outros recordaram que o interesse de Carlos por agricultura orgânica e pela dieta vegetariana é antigo.
Especialistas em horticultura, duvidando embora que as plantas respondam à voz humana, aceitam geralmente que falar com elas é sinal de amor e interesse.
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psi-6
LIÇÃO DE 27/11/1998
MACRONEUROSES DE FUNDO E PROFILAXIA BIOENERGÉTICA
Paço de Arcos, 28/Novembro/1998 - Será mística uma concepção da psicologia que se baseie numa física e numa fisiologia das energias?
Aceitando o desafio da minha professora Judite Corte Real, vou tentar enunciar alguns itens que possam argumentar a favor da tese que defendo e que defendi no texto sobre a morte que elaborei como trabalho de casa.
Se mística é uma concepção de psicologia que postula um continuum energético entre céu e terra e que, portanto, ultrapassa natural e dialecticamente a célebre antinomia entre vida psíquica e vida somática, nesse caso talvez a visão noológica (bioenergética) que defendo, seja mística.
Sem me ofender nada a palavra mística, gostaria, por amor ao rigor, de propor a palavra mais adequada e justa , na perspectiva naturológica, e que é a palavra Noologia ou ciência do espírito. Ou Bioenergética.
POSTULADO INDISCUTÍVEL
Além do postulado já enunciado - o continuum energético - um outro, decorrente desse, se impõe para fundamentar (alicerçar) a psicologia em base física e não metafísica.
A esse outro postulado se deverá chamar a «composição trinitária do ser humano»: corpo, alma e espírito.
O facto de a psicologia experimental ter exilado a palavra «alma» e a palavra «espírito» dessa trilogia, deixando apenas a palavra «corpo» e metendo-se nele como num gueto, o facto de a ordem estabelecida ter expulsado alma e espírito das nobres universidades onde se ensina a nobre ciência materialista às novas gerações - para que prossigam a espiral de autodestruição das anteriores - , o facto de a lavagem ao cérebro continuar a ser a especialidade das especialidades científicas em vigor na sacrossanta instituição universitária, diz mais das limitações e automutilações da psicologia clássica do que da legitimidade ou ilegitimidade dessas palavras - corpo e espírito - e do que elas fìsicamente significam.
VER O INVISÍVEL
Tal como dizia o nosso professor de Epistemologia , Dr. José Alves Antunes de Sousa, «se alguma coisa deve animar o desígnio desta escola é despertar as pessoas para níveis invisíveis da realidade.»
Pelos vistos e dado que a psicologia trata exactamente desses «níveis invisíveis da realidade», estaria reservado, nesta Escola , um papel muito especial à Psicologia .
A valência que se lhe atribui, no entanto, em termos de carga horária, comparativamente às cadeiras que abordam o somático, ou seja, o visível (e o visível, hoje, vai até à neurose do microscópio electrónico, prevendo-se para breve um novo microscópio mais electrónico e potente), mostra apenas que o visível ainda vai ser a prioridade, nesta e em todas as escolas, durante muito tempo.
Para desgosto do nosso professor de Epistemologia e para meu desgosto também, ainda vamos gramar muitos anos com tudo do avesso: ou seja, o visível determinando o invisível, o que é pura e simplesmente uma aberração física e cosmobiológica, já que toda a gente devia saber que é o invisível que rege o visível e o contém, e não o contrário.
Se baseássemos o nosso psicodiagnóstico nesta realidade física inelutável, nesta ordem cósmica e universal - é o invisível que comanda o visível, ponto final, parágrafo - , certamente que a ciência psíquica e psiquiátrica não estaria tão cheia de iniquidades como está. Não estaria a precisar de hospitalização urgente como está.
O MODELO MICROSCÓPICO
Embora o professor José Alves tenha valorizado a valência invisível, a verdade é que todo o peso institucional, hic et nunca, vai para o visível e nomeadamente para o modelo microscópico, que se provou ser o mais rentável e lucrativo para o sistema que industrializou a doença.
Em termos muito simples, essa perversão da ordem natural e cósmica das coisas, significa apenas isto: o materialismo extreme e extremo a que chegou o ensino, a que chegou a sociedade, a que chegou a chamada «civilização» ocidental (que é a mais pura das barbáries), a que chegou a vida que nos é imposta como um fardo e não como uma libertação.
A REVOLUÇÃO TRANQUILA (JOSEPH LÉVY)
É talvez prematuro esperar que esta escola de Naturologia faça a revolução holística já. Mas as cadeiras de Psicologia, de Epistemologia, de História da Saúde e talvez de Botânica, têm, neste momento, a tremenda responsabilidade de preparar essa revolução holística no mais curto prazo de tempo. Se queremos ir ainda a tempo de ocupar o lugar a que temos direito, enquanto naturólogos, como «contemporâneos do futuro».
A tudo isto talvez se chame «mística». Mas nesse caso, o futuro será místico, a sociedade será mística, a física das energias será mística, a bioenergética será mística, a acupunctura (noologia yin-yang) será mística.
Tal como disse o escritor, filósofo e ministro da cultura André Malraux (por sinal marxista, por sinal materialista dialéctico) , o século XXI será religioso ou não será.
A NEUROSE DO RÓTULO
Por causa do «místico» e de outros rótulos interessantes, entramos, sem querer, num tópico muito interessante, abordado nesta aula e que foi particular e severamente assinalado pelo colega Hernâni Oliveira: o vício dos rótulos em psiquiatria. Vício a que eu, coerentemente, chamo «neurose do rótulo».
Todos estão de acordo em criticar esse vício, inclusive a nossa professora também o criticou. Todos pressentem e compreendem que a neurose do rótulo conduz em directo à segregação «racista» em sentido lato e que, por exemplo, o rótulo de sida, hoje em dia aplicado a torto e a direito, criou um novo gueto numa sociedade onde os guetos proliferam.
Isto para não falar desse outro rótulo ainda mais anedótico que é o de «pedófilo».
Não adianta vir a medicina e a psiquiatria com paninhos quentes e autodesculpas: medicina em geral e psiquiatria em particular são directamente culpadas desses guetos e de todas as segregações e perseguições que ocasionam.
EVITANDO A IDEOLOGIA
Evitando cair no registo moralista e, principalmente , no registo ideológico, a que o tema da rotulação se presta, podíamos acrescentar que a física das energias ( ou noologia) procura exactamente ultrapassar esses impasses da ciência médica em geral e da ciência psiquiátrica em particular:
o impasse moralista (dividir o mundo entre doentes e saudáveis, normais e anormais, bons e maus)
o impasse ideológico ( os rótulos conduzem a todos os racismos , segregações perseguições)
o impasse místico
o impasse psicologístico.
Tudo isto com um objectivo muito preciso: chegar à terapia naturológica eficaz, seja qual for o rótulo, seja qual for o sintoma, seja qual for a doença, seja qual for a neurose, seja qual for a psicose catalogada pelas ciências arregimentadas ao poder universitário, ele próprio um poder neurótico
O salto, em Naturologia, é urgente, perante as epidémicas neuroses de âmbito planetário.
O senso comum, muitas vezes, costuma desabafar: «Isto é um mundo de loucos». Verdade seja que o senso comum - palavra também exilada como a palavra alma - muitas vezes acerta. E desta vez acerta na muge.
A ciência noológica e a terapia naturológica apenas têm que fundamentar experimentalmente esse senso comum, o que alguns estão fazendo, em regime de outsiders...
AS MACRONEUROSES
Tentemos enunciar as grandes neuroses contemporâneas que compõem, aliás, o quadro de fundo ou ambiente exógeno que condiciona a chamada saúde mental ou desenvolvimento mental do indivíduo:
- Psicomanipulação mediática (neurose mediática)
- O papel das baixas frequências vibratórias na chamada «doença mental» (neurose do virtual ou neurose do Nintendo)
- O stress imposto por um «struggle for life» em escalada consumista permanente (neurose da ganância e da acumulação)
- A arrogância como estrutura básica da personalidade, conforme foi diagnosticado pelo grande pioneiro da gnose yin-yang Jorge Oshawa (neurose do ego & dos apegos)
- A alimentação como factor determinante do comportamento (Jean Marie Bourre, Michio Kushi, etc.) - neurose consumista do fast food, mais conhecida por neurose do Hamburger
- A relação entre o apego materialista do ego e a pulsão da célula cancerosa para a imortalidade material (neurose estrutural básica)
A estes macrofactores do macroambiente deverão juntar-se todos os que - a nível microambiental (exógeno e endógeno) - foram enunciados nesta aula, aproveitando para os indicar por ordem de importância, ou seja, dos que interferem mais drasticamente na prégravidez da mãe, na formação do feto e no período pós-natal.
- Radiações ionizantes no meio ambiente
Alimentação biologicamente pobre ou degenerada, energeticamente desequilibrada, carente em termos de quantidade (fome expressa) ou de qualidade (fome oculta ou fome na abundância)
- Adrenalina do stress materno que passa para o feto
- Hábitos alcoólicos dos pais
- Hábitos toxicodependentes dos pais
- Antecedentes patológicos dos pais
NEUROSE DA TALIDOMIDA
Aí está uma lista que provavelmente nunca ficará completa. Falta juntar aquela que talvez devesse figurar à cabeça de todas as causas patológicas, embora seja a mais escamoteada: - Medicamentos ingeridos pela mãe, antes, durante e depois da gravidez .
A Talidomida, tranquilizante dos anos 50, foi o único falado na aula, porque chegou a extremos de deformação inocultáveis. Muito mais perigosos para a futura saúde física e mental das futuras gerações, são os medicamentos que têm efeitos deformantes menos visíveis no corpo físico.
Neste campo e como se calcula, a hipocrisia médica é total: a maior parte das patologias causadas por radiações ionizantes e medicamentos químicos, entram no bode expiatório das doenças genéticas, hereditárias ou congénitas.
Estamos perante outra neurose da ciência médica - (a neurose de Pilatos) que arranjou um série de bodes expiatórios para ocultar os crimes da Iatrogénese médica.
PROFILAXIA DAS NEUROSES
Se, como foi frisado na aula, os níveis de desenvolvimento mental dependem do sistema nervoso, temos então que a profilaxia naturológica prioritária é o alimento - preventivo - da célula nervosa.
Se quiséssemos dar um exemplo muito simplório, poderíamos citar as contracções do parto (os homens, se quiserem ter um arremedo disso, podem observar as contracções a que a evacuação fecal os obriga...).
Os aportes de magnésio e potássio serão decisivos nesse momento das contracções. Mas logo que se fala de magnésio, a tendência da naturologia positivista (que também a há e bastante lampeira a fazer asneiras) é para aconselhar magnésio em frascos, potássio em frascos.
Erro crassíssimo.
É na alimentação, no seu contexto natural, que devem ser procurados esses dois minerais importantíssimos para a célula nervosa, para o tecido muscular e fibroso, para o parto e para as contracções do parto.
Simploriamente, o magnésio das tâmaras ou o potássio das bananas.
Por exemplo.
Mas a profilaxia natural da célula nervosa não é só para este caso concreto: deveria ser generalizada a todos os casos inventariados pela psiquiatria como:
doença mental
doença nervosa
doença psicosomática
Compulsando os muitos livros que fui comprar para a disciplina de Psicologia , é um quadro perfeitamente aterrador o das doenças mentais, em relação às quais a medicina alopática (a dos químicos) e a medicina naturopática (dos suplementos específicos) parecem continuar totalmente impotentes.
É tempo de fazer a «revolução tranquila» , em que fala Joseph Lévy , um dos modernos luminares da medicina ortomolecular.
No mínimo, há que tentar, neste curso, não perder o comboio das novas medicinas, já que as existentes têm provado que não funcionam. Que, de todo, não funcionam.
A esperança dos espiritualistas e místicos, hoje, é de que a abordagem se faça:
- pela lógica ortomolecular (o que é um pouco diferente da corrente médica norte-americana rotulada de medicina ortomolecular )
- pela lógica da imunização natural e do reforço dessa imunização
- pela lógica da profilaxia natural
- pela lógica do continuum energético ou física das energias
- pela lógica da gnose vibratória
- pela lógica das terapias alquímicas modernas ( macrobiótica, oligoterapia, medicina antroposófica, florais de Bach, cura iniciática).
Sem se preocuparem muito que os rotulem de místicos, os raros espiritualistas que ainda sobrevivem (e onde, com muita honra, me incluo) pretendem apenas que a famosa «vida psíquica», fenómeno caracterizadamente holístico e global, seja estudada exactamente com os instrumentos mais adequados à sua natureza:
- Abordagem global dos sistemas ( Louis Von Bertalanffy)
- Radiestesia holística (Gnose Vibratória)
- Kaballah moderna
Sabendo que o rótulo de místico se inclui na neurose moderna dos rótulos, um naturólogo deve manter-se sereno e continuar a cumprir estritamente a sua obrigação: observar as neuroses e os neuróticos à sua volta, responder se lhe pedem socorro, receitar se lhe pedem conselho e libertar definitivamente o ser humano das milenares escravidões, entre as quais a escravidão do rótulo (instrumento privilegiado de tortura da ciência ordinária) não é com certeza das menos tirânicas.
GNOSE YIN-YANG: IMUNE A RÓTULOS E NEUROSES
Ainda a propósito de rótulos, recomenda-se vivamente que seja elaborado um glossário - Da Psicologia à Noologia - onde as palavras surjam classificadas pelo seu índice noológico, que é também o seu índice de Neguentropia, ou seja, as que têm mais ou menos relevância para uma concepção naturológica, global, holística e profiláctica da saúde energética.
Porque é desta saúde energética que se fala sempre que se fala de «doença mental» e «doença psíquica» - esses, sim, rótulos místicos, obsoletos e completamente ultrapassados.
Ainda a propósito de rótulos, valia a pena indagar se a Noologia yin-yang estudada nesta escola - acupunctura, alimentação macrobiótica, reflexologia e diagnóstico visual - cai no mesmo vício e erro.
Talvez se concluísse que , à luz do yin yang, o binómio saúde/doença mental se relaciona directa e estreitamente com o padrão civilizacional a que orgulhosamente pertencemos.
Mas - agora me lembro - para os cientistas muito positivistas e senhores do seu (deles) nariz,) o yin-yang é... mais uma mística.
Para tranquilidade deles e nossa, é preciso dizer, sem nervosismos, que o sistema yin-yang não é mística nem metafísica, nem papa crinancinhas ao pequeno almoço, é apenas um dos sistemas energéticos (noológicos) mais antigos, perfeitos e poderosos da Terra.
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psi-7-da psicologia à naturologia conselho roteiro
SAÚDE MENTAL: AJUSTAMENTO OU DESAJUSTAMENTO?
CALOR MATERNO AFINAL É NECESSÁRIO AO FILHO!
18/12/1998 - A ciência em geral e a ciência psicológica em particular, leva algum tempo e oferece uma grande resistência a conhecer e reconhecer o óbvio.
Foi necessário que se cometessem barbaridades, foi necessário que a história da doença mental fosse uma sucessão de horrores, para que, por exemplo, após vários testes e experiências no terreno com gorilas e chimpanzés, a ciência psicológica começasse a «desconfiar» de que o calor do regaço materno é um alimento tão necessário à saúde física e mental da criança como o leite que a amamenta.
E que havia uma diferença abissal entre o leite transmitido de mãe para filho e os leites comerciais que a providencial indústria farmacêutica de leites condensados se tem encarregado de colocar no mercado dos consumos.
À mistura com uns boiões de comida sintética que, dado o seu alto teor em cloreto de sódio ( o tal sabor que leva a criança a papar!), torna os bebés uma pilha de nervos, com uma implosão yang nos seus débeis corpinhos.
Isto para não falar dos brometos dados à parturiente em maternidades e clínicas, e que se destina a secar o leite da mãe.
Esta alteração nos hábitos ancestrais de alimentação infantil poderá ser, obviamente, responsável por algumas das perturbações mais graves do desenvolvimento, por alterações profundas no comportamento e por algumas das mais graves doenças que hoje proliferam com carácter endémico/epidémico.
Mas a ciência que, regra geral, não compreende o que toda a gente vê e já compreendeu, precisa ainda de muitos testes, de muitas provas estatísticas, de muitos estudos epidemiológicos, de muitas investigações no terreno, para aceitar que haja uma relação directa entre ambiente (neste caso o amor materno) e o comportamento (neste caso a criança na idade de colo).
Ou entre os novos alimentos embalados e o «mau feitio» de que as novas gerações dão actualmente mostra...
A sociedade de consumo vem agravar estes qui pro quos ambientalistas, mas a verdade é que se trata de vícios estruturais de um sistema cultural de características acentuadamente esquizofrénicas, ou seja, ausente do real, ou seja, alienado.
Sistema cultural de que a «doenças mentais» são, obviamente, o puro e simples reflexo directo.
É afinal a mais linear das relações entre causa e efeito.
A LAPIDAR DEFINIÇÃO DE DENNIS STOTT
A melhor definição que me foi dado ouvir, até hoje, de «doença mental» vem de Dennis Stott, citado pela nossa professora Judite Corte Real, na aula de 18 de Dezembro de 1998.
Lapidar, Dennis Stott diz: «Mentalmente doente (ou desajustado?) é o indivíduo que age contra os seus próprios interesses.»
Eu permitir-me-ia apenas 2 observações a esta definição lapidar de Denis Stott que parece estar muito próxima do alvo:
a) Ao falar de ajustamento e desajustamento, deveremos entrar numa pormenorização mais subtil do problema, já que o ajustamento se entende, também e principalmente, em relação com o ambiente cultural e, portanto, em sintonia com todas as neuroses e psicoses desse ambiente cultural
b) A fronteira entre o que é e o que não é o interesse próprio de um indivíduo é muito ténue e, a maior parte das vezes, confundem-se.
O que se verifica hoje em dia, no campo dos novos hábitos (des)alimentares do jovem, é que o jovem está perfeitamente ajustado a esses novos hábitos alimentares - de que o hamburger é o símbolo supremo! - e goza, portanto, de perfeita saúde mental, na medida em que se envenena fisicamente.
A cena pode repetir-se com a Coca-Cola, outro símbolo da sociedade de consumo e com todos os restantes símbolos do «fast food» e etc.
À luz da definição de Stott, isto não é ir contra o interesse próprio. Antes pelo contrário: quando come hamburgers (carne picada com alguns ratos e ratazanas à mistura) ele está, evidentemente ajustadíssimo e portanto mentalmente sadio.
O mesmo se diga em relação à Coca-Cola que, conforme a publicidade televisiva não se cansa de repetir, dá mais vida, mais saúde, mais alegria e mais felicidade.
A LAVAGEM AOS CÉREBROS
E é aqui que reside a questão, se fizermos entrar no processo de autoapreço do indivíduo por si próprio aquilo que a sociedade de consumo - com todas as suas artimanhas de psicomanipulação, de envenenamento mediático, monolítico e sistemático dos espíritos, de corrupção dos caracteres, das personalidades e dos temperamentos - lhe indica como bom.
A situação mais perigosa, na perspectiva da saúde mental, não é a de desajustamento - a qual permitirá, no mínimo, uma atenção ao problema e a consciência de que há um problema - mas precisamente a de ajustamento total e completo ao sistema, às modas, truques e lavagens ao cérebro do sistema.
A situação gravíssima, à luz da ética, é quando, por influência do meio consumista, passa a haver um total ajustamento entre o comportamento individual e o meio.
O fenómeno da moda, nas idades jovens, citado pela nossa professora, é o factor «educativo» mais decisivo, muito superior ao que o jovem recebe dos pais ou dos professores.
Com a moda , o consumismo toma conta das consciências juvenis, diria mesmo que as «compra».
E tudo se passa no melhor dos mundos, desde que o jovem adopte os tiques, os cortes de cabelo, os brinquinhos na orelha, os sapatorros inacreditavelmente desconfortáveis, quiçá as tatuagens ( carimbo irreversível, onde pode estar uma das causas da célebre sida!), as noitadas na Avenida 24 de Julho e etc., englobando neste etc as drogas (mais) pesadas.
Há indústrias e industriais especializados nestas técnicas de ajustamento do jovem à sociedade que lhe é proposta. Até os meter nas discotecas, onde, então, em ambiente mais fechado, se passa à segunda fase da psicomanipulação, através do bombardeamento vibratório chamado «música» e que é apenas o ruído suficientemente ensurdecedor que afecta o labirinto, as meninges, os neurónios, o sistema endócrino e nervoso, enfim todo o sistema celular e molecular dos indivíduos. Todo o seu sentido de orientação. Ou seja, a consciência de si próprio e do que seriam os seus próprios interesses.
Isto é a alienação, a corrupção em massa da saúde mental do jovem, a que se acrescenta o trabalho suplementar das televisões, dos jogos nintendos (epileptogénicos), dos filmes sistematicamente manipulatórios e corruptores, etc.
E nem é preciso chegar ao requinte das «imagens subliminais» como o «Brave New World», do Aldous Huxley, já previa e que, actualmente, ninguém sabe se é ou não sitematicamente usado pelos meios de transmissão de imagem electrónica.
Naturalmente já passámos e ultrapassámos a sofisticação imaginada por Aldous Huxley e George Orwell - mas como estamos todos admiravelmente ajustados e, portanto, somos todos mentalmente saudáveis, já ninguém dá por isso.
Sobre esta situação de total e absoluta perfeição de total ajustamento, filosofou o norte-americano Herbert Marcuse, no seu livro «O Homem Unidimensional».
Recomendável para entender onde começa e acaba o ajustamento ou desajustamento na chamada saúde mental.
O CONTRIBUTO DE ROBERT S. MENDELSOHN
Sobre as barbaridades cometidas no dia a dia com as crianças, ou seja, as barbaridades domésticas, terá que se referir sempre, obrigatoriamente, o texto de Robert S. Mendelsohn, professor na Escola Médica Abrahm Lincoln (Illinois) e presidente do Medical Licensure Committee (Illinois).
Numa crítica radical e frontal à moderna ciência médica, Mendelsohn atribui o nascimento da Pediatria a todas as malfeitorias e conivências do establishment. É um texto modelar, ao qual podemos ter acesso em língua portuguesa, já que figura como prefácio do livro de Michio Kushi, «Cura Natural pela Macrobiótica», editado por Jacinto Rosa Vieira, em 1978.
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PSI-8
TEMAS PARA O PONTO DE PSICOLOGIA
- O naturólogo na clínica e na comunidade
- Comunicação com o utente
1. Características da relação terapêutica de ajuda
2. Comportamentos apropriados versus inapropriados
3. Implementação de estratégias de mudança
4. Interacção Naturólogo-Utente em situação de:
a) Stress, ansiedade e medo: stress no paciente e o técnico de saúde, redução da ansiedade e medo
b) Dor - Controlo da dor
Tipos de paciente:
- adaptação e mudança no ciclo da vida (aspectos específicos da relação técnico de saúde com a criança muito jovem até à adolescência
- o adulto (pacientes hostis, ansiosos, deprimidos, hipocondríacos)
Prevenção e educação para a saúde :
- aprendizagem e motivação
- mudança e influência pessoal
- personalidade
- patologia
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