ECOS DA PÁTRIA-1
2544 caracteres – goes - diário75 - l.m. i.t.ecos - s/ - 1975+-(*)inventários
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escalada-3-ds-ie=os dossiês do silêncio – ideia ecológica do afonso
Domingo, 20 de Julho de 2003
(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado na revista da Associação de Estudantes da Escola de Belas Artes, «Arte/Opinião», Abril de 1979, por diligência do meu amigo e advogado Francisco Teixeira da Mota
Abril de 1979 - Mais estradas e auto-estradas, mais vias, ferrovias e rodovias, mais viadutos, aquedutos, oleodutos e gasodutos, mais cabos telefónicos, telegráficos, de alta tensão, submarinos e terrestres, mais Marconi, TV e RDP, mais antenas, mais frigoríficos e silos e máquinas congeladoras, tudo isso são apenas alguns progressos que podem dar a ilusão de que vai grande azáfama no sentido da descentralização por esse País e Mundo fora.
Então todo esse panorama de vias, condutas, fios, cabos, etc, é ou não é para fazer chegar a todos - aldeias lugarejos, montes e vales - os grandes benefícios da civilização acumulados, regra geral e até agora, na cidade-centro que os produz?
Eis mais um slogan, dos planeamentos e planeadores que nos têm cantado - a partir de que tais premissas - os encantos e benefícios da Descentralizacão (agora) , a partir da anterior Centralização-sinónimo-de-Civilização.
Mais uma vez o ecologista estraga o jogo a dizer que o Rei vai nu: a partir de tais premissas -- "Civilização é sempre obra de um centro que a produz" - o que se faz, fez e fará é reforçar a teia centralizadora concentracionária.
A cidade cancro aumenta, e por isso é preciso alargar, aumentar, sobrepor em camadas as vias de acesso a ela, vias que hão-de suportar cada vez maior tráfego de camiões carregados com cloreto de vinilo, ácido cianídrico, tomates e beringelas. O grande estômago concentracionário nunca está saciado: o grande estômago nunca deixa de obrar enormes tonelagens de dejectos. Entrar e sair implica vias, condutas, fios.
Quem vai acreditar que defendem efectivamente a descentralização, quantos partem de um modelo económico e de um tipo de concentração industrial que obriga, ele próprio, ao máximo de concentração ou centralização, num processo irreversível?
Típico exemplo desse mundo concentracionário, Sines não tem mãos a medir: mais vias, mais condutas, mais fios, mais cabos. Chega agora a grande notícia: uma firma americana vai construir uma rede de gasodutos única no Mundo.
O projecto de rebocar icebergues desde o pólo até à nossa banheira é apenas o auge . A escalada prossegue, tal como o modelo de crescimento económico, e é por isso que - face ao absurdo, à asneira, ao irracional de tal modelo, de tal crescimento e de tal concentracionário - se lança a isca-slogan da descentralização para 1980.
O SLOGAN DO «ORDENAMENTO»
Idêntico slogan é o «ordenamento do território» .
Descentralizar, no entanto, não tem nada a ver com estas premissas.
Política desconcentracionária, como a realismo ecológico a entende, tem a ver com animação, fomento, diversificação e proliferação de todas as alternativas de autosuficiência local: materiais e matérias-primas da região, alimentos da região, energia captada e explorada na região, reciclagem e reaproveitamento na região, etc.
Política desconcentracionária tem a ver com a fauna e a flora da região, com os ecossistemas e recursos que aí existem.
O realismo ecológico espera que a cidade- cancro se desagregue por si: não vai continuar a alimentá-la.
Muito mais do que as poluições instaladas, os grandes desastres contra o Meio Ambiente têm ficado a dever-se ao transporte, quer de matéria-prima para as fábricas poluidoras, quer de resíduos dessas mesmas fábricas.
Neste contexto, a ênfase posta na poluição local, pode ajudar a desviar as atenções da poluição itinerante.
Liguem alguns factos que a Imprensa dá sempre desligados e logo verão que tudo são apenas sintomas do mesmo cancro concentracionário: uma economia de mercado.
O petroleiro «Amoco Cadiz» que se parte ao meio e derrama 220 mil toneladas de nafta em 80 quilómetros da costa bretã.
O camião-cisterna que explode no acampamento de Los Alfaques carregado de propileno, matando mais de 300 pessoas
O vagão-cisterna com ácido cianídrico que se volta no centro de Tolosa (Guipúzcoa).
O "Alchimist Emden» que encalha próximo de Sesimbra carregado de acetona - matéria altamente inflamável - que deu água pela barba às forças militares, que até... vias de acesso tiveram de abrir, propositadamente.
Com mais ou menos acidentes, a rotina do tráfego normal prossegue. Tráfego que é também o tráfego com a saúde, a segurança e a sobrevivência das populações.
Quando nos rezam a ladainha da descentralização, vem logo em fá menor a cegarrega do «ordenamento do território».
Ora a simples e lapalissiana realidade é que:
a) «Ordenamento do território» significa o grito de guerra lançado pelas indústrias pesadas, quando querem mais e melhor espaço para se implantar, mais água e mais electricidade, e já está tudo mais ou menos tomado por outras indústrias pesadas;
b) Ordenamento do território significa ainda que alguns parques e reservas, meia dúzia de zonas verdes, estreitos corredores ecológicos, são piedosamente preservados pelos pesados, para a malta pôr pé em ramo verde e ter alguma clorofila para não asfixiar de todo com os pesados e seu pesadelo;
c) Pelas duas alíneas anteriores, vê-se como o «ordenamento do território» serve fundamentalmente para "aliviar" a pesada consciência da indústria pesada, permitindo que esta instale com mais garra e arrogância, com maior rentabilidade, com tudo mais à mão, toda a sorte de poluições, venenos, tóxicos, fenis, tilenos e cianetos;
d) «Ordenamento do território» significa - tal como o slogan da descentralização para 1980 - que os polos ou concentracionários industriais vão explorar até ao fim as suas "potencialidades" e tenderão a ser, portanto, cada vez mais a concentração do concentracionário: Ferrel não terá uma mas oito centrais nucleares.
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(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado na revista da Associação de Estudantes da Escola de Belas Artes, «Arte/Opinião», Abril de 1979, por diligência do meu amigo e advogado Francisco Teixeira da Mota
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silly-1
«SILY SEASON» UMA OVA
Helena Pereira e Eunice Lourenço, caríssimas colegas:
Lisboa, 4/Agosto/1999 - Descobrir o lado encoberto do mês de Agosto, trabalho que o «Público» realizou no dia 3 de Agosto de 1999, é um acontecimento histórico e inédito no jornalismo (atrevo-me a dizer, no jornalismo mundial) .
Por isso, pela novidade, a notícia é mesmo (duplamente) notícia.
Alguém no «Público» teve a ideia e merece parabéns. Mas também os merece quem a executou, com intuição feminina (o sexto sentido?), as jornalistas Helena Pereira e Eunice Lourenço.
Tanto mais que haverá sempre alguém, dos sensatos e bem pensantes, que classificará de místico/metafísico o vosso trabalho. Se é que não vai surgir um astrólogo da nossa praça a reivindicar, por mediunismo, a inspiração do vosso trabalho de pesquisa e descoberta. Ou metê-lo no saco sem fundo das «coincidências».
Venho dizer-vos que nem eu estou ché-ché, por vos escrever esta carta, nem vocês estão delirando quando chegaram à conclusão de que a «silly season» era uma piedosa fraude.
De facto, o mês de Agosto, segundo os dados cósmicos e os factos físicos do mundo vibratório, é um mês polar na roda dos 365 dias do ano, sendo o outro o mês de Fevereiro (que em culturas com o sexto sentido apurado, como a tibetana, é o último do ano).
Considerar Agosto a «silly season» é, desde logo, a prova demonstrativa da rotina mental que rege o sistema e os lavadores de cérebro profissionais que são os jornais e telejornais. Desta vez, com a excepção excepcional do «Público».
Quem está atento e «ouve» os acontecimentos (a sua ressonância com a rede cósmica), já tinha percebido, pelo menos desde 1990, limite da pesquisa do «Público», embora outros o saibam desde 26 de Agosto de 1983, que no mês de Agosto têm acontecido os eventos decisivos para a viragem.
A pesquisa (quase) exaustiva do «Público» assinala, no entanto, alguns lapsos (em si mesmo também significativos) talvez porque foi realizada (e bem realizada) com base nas primeiras páginas do «Público» quando, na verdade, os acontecimentos cosmica e vibratoriamente decisivos (importantes) surgem, regra geral, em rodapé de página, 3 linhas e ponto final. Ou nem surgem: o que sugere uma nova e fascinante linha de investigação.
Só queria lembrar, no ano de 1977, que a morte de Madre Teresa de Calcutá coincidiu com a de Diana, o que sinergiza os dois acontecimentos, talvez duas faces da mesma moeda cármica...
O que a cosmobiologia nascente consegue saber, até agora, é pouco mas certo. Indiscutível. Nada tem a ver com teorias e muito menos com astrologias cármicas mas com certezas físicas, o facto de o 26 de Agosto de 1983 ter sido o tiro de partida para a viragem de era e do novo paradigma ou imperativo cósmico.
Se a pesquisa do «Público» se estendesse, retroactivamente, até essa data, iria encontrar mais uma série de acontecimentos estatística, cósmica e vibratoriamente significantes (com carga informativa ou relevantes como dizem os advogados).
Espero bem que o faça.
Aliás, foi o «Público» o primeiro a ter a ideia de assinalar, nas suas páginas, com um trabalho de Fernando Dacosta, o «countdown» para o ano 2000, só muito recentemente adoptado também pela SIC (falando, é claro, de grandes meios de Comunicação Social).
A atenção ao mundo subtil de que os factos (maia, na nomenclatura hindu) são apenas indícios, seria um dos eventos que o «Público», nessa pesquisa mais avançada, poderia pôr em prática , com o gáudio de aprendizes como eu.
O equívoco a ultrapassar (e que será também um efeito do novo paradigma cósmico) é de que os eventos mais relevantes são, exactamente, os que não figuram nas primeiras páginas (nas primeiras páginas figura, regra geral, a parte maldita do processo) nem dão aberturas de telejornal.
São, por vezes, fait-divers do banal quotidiano, quase sempre com animais, esses seres misteriosos e «messiânicos»....
Recordo-me, há meses, de uma gatinha que, algures na América do Norte, adoptou um bébé de outra raça animal, ou de um gatinho que, em Portugal, percorreu a pé 150 quilómetros para regressar à casa dos donos...
Já não me lembro se foi em Agosto mas tanto faz: também os outros meses e dias polares de cada ano, serão cada vez mais vistos (lidos) através desses eventos que, por serem o novo mundo nascente, ninguém (e muito menos as primeiras páginas, escravas da chamada «opinião pública») os identifica como significantes, relevantes, com bastantes bytes de informação.
Durante alguns anos, ainda, as primeiras páginas serão de tragédias sangrentas e de Mónicas Lewinsky.
Vibratoriamente falando, a desestruturação ao nível humano, é a Aliança com Elohim, conforme lhe chama o biólogo Etienne Guillé que há vinte anos investiga experimentalmente aquilo que Carl Gustav Jung chamava «sincronicidade».
O trabalho de Helena e Eunice no «Público» é ainda mais notável por ter, através de meios profanos, coincidido em cheio, quase ponto por ponto, com as hipóteses de trabalho da gnose vibratória. Carl Gustav Jung tê-lo-ia inserido no seu ensaio sobre a «sincronicidade», fenómeno que aliás se regista em algumas descobertas científicas feitas ao mesmo tempo em pontos afastados do globo, ignorando-se os cientistas uns aos outros...
Por imperativo cósmico - ou de ressonância vibratória - há uma leitura diferente dos acontecimentos a fazer e o «Público» fê-la, sem ajuda do método em que poderia apoiar-se : a gnose vibratória. Mas uma estatística, mesmo rudimentar, também lá leva.
Só queria sublinhar que nada tem de mística ou de metafísica esta interpretação do vosso trabalho. Obedece às normas mais restritas da física das energias, noologia como lhe chamou Aristóteles e, mais modernamente, Helena Petrovna Blavatsky.
Pelos vistos e como vocês acabam de mostrar, a noologia emerge , no meio de algumas dores de parto, muito mais rapidamente do que os mais optimistas poderiam imaginar.
Por pessimismo, meti no lixo uma série de recortes, quase todos do «Público» (es) colhidos nos dias 13 e 26 dos meses de Fevereiro e Agosto, de alguns anos a esta parte. Já tinha desesperado de que esses recortes fizessem algum sentido e pudessem servir a algum jornalista com gosto pelo «insólito», pelo outro lado do real fantástico. Afinal, precipitei-me em os atirar para o lixo...
A velocidade dos «acontecimentos» neste ano de 1999 (lido de pernas pró ar dá 666, que o Apocalipse ou livro da revelação diz ser o número da Besta...): os 72 dias de bombardeamentos monstruosos sobre a Jugoslávia não foram 666 nem foram em Agosto mas podiam ter sido, já que nunca um crepúsculo dos monstros e aurora dos deuses foi tão informativo.
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escalada-3-ds-ie=os dossiês do silêncio – ideia ecológica do afonso
Domingo, 20 de Julho de 2003
CIDADE-CANCRO E «ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO»(*)
(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado na revista da Associação de Estudantes da Escola de Belas Artes, «Arte/Opinião», Abril de 1979, por diligência do meu amigo e advogado Francisco Teixeira da Mota
Abril de 1979 - Mais estradas e auto-estradas, mais vias, ferrovias e rodovias, mais viadutos, aquedutos, oleodutos e gasodutos, mais cabos telefónicos, telegráficos, de alta tensão, submarinos e terrestres, mais Marconi, TV e RDP, mais antenas, mais frigoríficos e silos e máquinas congeladoras, tudo isso são apenas alguns progressos que podem dar a ilusão de que vai grande azáfama no sentido da descentralização por esse País e Mundo fora.
Então todo esse panorama de vias, condutas, fios, cabos, etc, é ou não é para fazer chegar a todos - aldeias lugarejos, montes e vales - os grandes benefícios da civilização acumulados, regra geral e até agora, na cidade-centro que os produz?
Eis mais um slogan, dos planeamentos e planeadores que nos têm cantado - a partir de que tais premissas - os encantos e benefícios da Descentralizacão (agora) , a partir da anterior Centralização-sinónimo-de-Civilização.
Mais uma vez o ecologista estraga o jogo a dizer que o Rei vai nu: a partir de tais premissas -- "Civilização é sempre obra de um centro que a produz" - o que se faz, fez e fará é reforçar a teia centralizadora concentracionária.
A cidade cancro aumenta, e por isso é preciso alargar, aumentar, sobrepor em camadas as vias de acesso a ela, vias que hão-de suportar cada vez maior tráfego de camiões carregados com cloreto de vinilo, ácido cianídrico, tomates e beringelas. O grande estômago concentracionário nunca está saciado: o grande estômago nunca deixa de obrar enormes tonelagens de dejectos. Entrar e sair implica vias, condutas, fios.
Quem vai acreditar que defendem efectivamente a descentralização, quantos partem de um modelo económico e de um tipo de concentração industrial que obriga, ele próprio, ao máximo de concentração ou centralização, num processo irreversível?
Típico exemplo desse mundo concentracionário, Sines não tem mãos a medir: mais vias, mais condutas, mais fios, mais cabos. Chega agora a grande notícia: uma firma americana vai construir uma rede de gasodutos única no Mundo.
O projecto de rebocar icebergues desde o pólo até à nossa banheira é apenas o auge . A escalada prossegue, tal como o modelo de crescimento económico, e é por isso que - face ao absurdo, à asneira, ao irracional de tal modelo, de tal crescimento e de tal concentracionário - se lança a isca-slogan da descentralização para 1980.
O SLOGAN DO «ORDENAMENTO»
Idêntico slogan é o «ordenamento do território» .
Descentralizar, no entanto, não tem nada a ver com estas premissas.
Política desconcentracionária, como a realismo ecológico a entende, tem a ver com animação, fomento, diversificação e proliferação de todas as alternativas de autosuficiência local: materiais e matérias-primas da região, alimentos da região, energia captada e explorada na região, reciclagem e reaproveitamento na região, etc.
Política desconcentracionária tem a ver com a fauna e a flora da região, com os ecossistemas e recursos que aí existem.
O realismo ecológico espera que a cidade- cancro se desagregue por si: não vai continuar a alimentá-la.
Muito mais do que as poluições instaladas, os grandes desastres contra o Meio Ambiente têm ficado a dever-se ao transporte, quer de matéria-prima para as fábricas poluidoras, quer de resíduos dessas mesmas fábricas.
Neste contexto, a ênfase posta na poluição local, pode ajudar a desviar as atenções da poluição itinerante.
Liguem alguns factos que a Imprensa dá sempre desligados e logo verão que tudo são apenas sintomas do mesmo cancro concentracionário: uma economia de mercado.
O petroleiro «Amoco Cadiz» que se parte ao meio e derrama 220 mil toneladas de nafta em 80 quilómetros da costa bretã.
O camião-cisterna que explode no acampamento de Los Alfaques carregado de propileno, matando mais de 300 pessoas
O vagão-cisterna com ácido cianídrico que se volta no centro de Tolosa (Guipúzcoa).
O "Alchimist Emden» que encalha próximo de Sesimbra carregado de acetona - matéria altamente inflamável - que deu água pela barba às forças militares, que até... vias de acesso tiveram de abrir, propositadamente.
Com mais ou menos acidentes, a rotina do tráfego normal prossegue. Tráfego que é também o tráfego com a saúde, a segurança e a sobrevivência das populações.
Quando nos rezam a ladainha da descentralização, vem logo em fá menor a cegarrega do «ordenamento do território».
Ora a simples e lapalissiana realidade é que:
a) «Ordenamento do território» significa o grito de guerra lançado pelas indústrias pesadas, quando querem mais e melhor espaço para se implantar, mais água e mais electricidade, e já está tudo mais ou menos tomado por outras indústrias pesadas;
b) Ordenamento do território significa ainda que alguns parques e reservas, meia dúzia de zonas verdes, estreitos corredores ecológicos, são piedosamente preservados pelos pesados, para a malta pôr pé em ramo verde e ter alguma clorofila para não asfixiar de todo com os pesados e seu pesadelo;
c) Pelas duas alíneas anteriores, vê-se como o «ordenamento do território» serve fundamentalmente para "aliviar" a pesada consciência da indústria pesada, permitindo que esta instale com mais garra e arrogância, com maior rentabilidade, com tudo mais à mão, toda a sorte de poluições, venenos, tóxicos, fenis, tilenos e cianetos;
d) «Ordenamento do território» significa - tal como o slogan da descentralização para 1980 - que os polos ou concentracionários industriais vão explorar até ao fim as suas "potencialidades" e tenderão a ser, portanto, cada vez mais a concentração do concentracionário: Ferrel não terá uma mas oito centrais nucleares.
- - - - -
(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado na revista da Associação de Estudantes da Escola de Belas Artes, «Arte/Opinião», Abril de 1979, por diligência do meu amigo e advogado Francisco Teixeira da Mota
***
silly-1
«SILY SEASON» UMA OVA
Helena Pereira e Eunice Lourenço, caríssimas colegas:
Lisboa, 4/Agosto/1999 - Descobrir o lado encoberto do mês de Agosto, trabalho que o «Público» realizou no dia 3 de Agosto de 1999, é um acontecimento histórico e inédito no jornalismo (atrevo-me a dizer, no jornalismo mundial) .
Por isso, pela novidade, a notícia é mesmo (duplamente) notícia.
Alguém no «Público» teve a ideia e merece parabéns. Mas também os merece quem a executou, com intuição feminina (o sexto sentido?), as jornalistas Helena Pereira e Eunice Lourenço.
Tanto mais que haverá sempre alguém, dos sensatos e bem pensantes, que classificará de místico/metafísico o vosso trabalho. Se é que não vai surgir um astrólogo da nossa praça a reivindicar, por mediunismo, a inspiração do vosso trabalho de pesquisa e descoberta. Ou metê-lo no saco sem fundo das «coincidências».
Venho dizer-vos que nem eu estou ché-ché, por vos escrever esta carta, nem vocês estão delirando quando chegaram à conclusão de que a «silly season» era uma piedosa fraude.
De facto, o mês de Agosto, segundo os dados cósmicos e os factos físicos do mundo vibratório, é um mês polar na roda dos 365 dias do ano, sendo o outro o mês de Fevereiro (que em culturas com o sexto sentido apurado, como a tibetana, é o último do ano).
Considerar Agosto a «silly season» é, desde logo, a prova demonstrativa da rotina mental que rege o sistema e os lavadores de cérebro profissionais que são os jornais e telejornais. Desta vez, com a excepção excepcional do «Público».
Quem está atento e «ouve» os acontecimentos (a sua ressonância com a rede cósmica), já tinha percebido, pelo menos desde 1990, limite da pesquisa do «Público», embora outros o saibam desde 26 de Agosto de 1983, que no mês de Agosto têm acontecido os eventos decisivos para a viragem.
A pesquisa (quase) exaustiva do «Público» assinala, no entanto, alguns lapsos (em si mesmo também significativos) talvez porque foi realizada (e bem realizada) com base nas primeiras páginas do «Público» quando, na verdade, os acontecimentos cosmica e vibratoriamente decisivos (importantes) surgem, regra geral, em rodapé de página, 3 linhas e ponto final. Ou nem surgem: o que sugere uma nova e fascinante linha de investigação.
Só queria lembrar, no ano de 1977, que a morte de Madre Teresa de Calcutá coincidiu com a de Diana, o que sinergiza os dois acontecimentos, talvez duas faces da mesma moeda cármica...
O que a cosmobiologia nascente consegue saber, até agora, é pouco mas certo. Indiscutível. Nada tem a ver com teorias e muito menos com astrologias cármicas mas com certezas físicas, o facto de o 26 de Agosto de 1983 ter sido o tiro de partida para a viragem de era e do novo paradigma ou imperativo cósmico.
Se a pesquisa do «Público» se estendesse, retroactivamente, até essa data, iria encontrar mais uma série de acontecimentos estatística, cósmica e vibratoriamente significantes (com carga informativa ou relevantes como dizem os advogados).
Espero bem que o faça.
Aliás, foi o «Público» o primeiro a ter a ideia de assinalar, nas suas páginas, com um trabalho de Fernando Dacosta, o «countdown» para o ano 2000, só muito recentemente adoptado também pela SIC (falando, é claro, de grandes meios de Comunicação Social).
A atenção ao mundo subtil de que os factos (maia, na nomenclatura hindu) são apenas indícios, seria um dos eventos que o «Público», nessa pesquisa mais avançada, poderia pôr em prática , com o gáudio de aprendizes como eu.
O equívoco a ultrapassar (e que será também um efeito do novo paradigma cósmico) é de que os eventos mais relevantes são, exactamente, os que não figuram nas primeiras páginas (nas primeiras páginas figura, regra geral, a parte maldita do processo) nem dão aberturas de telejornal.
São, por vezes, fait-divers do banal quotidiano, quase sempre com animais, esses seres misteriosos e «messiânicos»....
Recordo-me, há meses, de uma gatinha que, algures na América do Norte, adoptou um bébé de outra raça animal, ou de um gatinho que, em Portugal, percorreu a pé 150 quilómetros para regressar à casa dos donos...
Já não me lembro se foi em Agosto mas tanto faz: também os outros meses e dias polares de cada ano, serão cada vez mais vistos (lidos) através desses eventos que, por serem o novo mundo nascente, ninguém (e muito menos as primeiras páginas, escravas da chamada «opinião pública») os identifica como significantes, relevantes, com bastantes bytes de informação.
Durante alguns anos, ainda, as primeiras páginas serão de tragédias sangrentas e de Mónicas Lewinsky.
Vibratoriamente falando, a desestruturação ao nível humano, é a Aliança com Elohim, conforme lhe chama o biólogo Etienne Guillé que há vinte anos investiga experimentalmente aquilo que Carl Gustav Jung chamava «sincronicidade».
O trabalho de Helena e Eunice no «Público» é ainda mais notável por ter, através de meios profanos, coincidido em cheio, quase ponto por ponto, com as hipóteses de trabalho da gnose vibratória. Carl Gustav Jung tê-lo-ia inserido no seu ensaio sobre a «sincronicidade», fenómeno que aliás se regista em algumas descobertas científicas feitas ao mesmo tempo em pontos afastados do globo, ignorando-se os cientistas uns aos outros...
Por imperativo cósmico - ou de ressonância vibratória - há uma leitura diferente dos acontecimentos a fazer e o «Público» fê-la, sem ajuda do método em que poderia apoiar-se : a gnose vibratória. Mas uma estatística, mesmo rudimentar, também lá leva.
Só queria sublinhar que nada tem de mística ou de metafísica esta interpretação do vosso trabalho. Obedece às normas mais restritas da física das energias, noologia como lhe chamou Aristóteles e, mais modernamente, Helena Petrovna Blavatsky.
Pelos vistos e como vocês acabam de mostrar, a noologia emerge , no meio de algumas dores de parto, muito mais rapidamente do que os mais optimistas poderiam imaginar.
Por pessimismo, meti no lixo uma série de recortes, quase todos do «Público» (es) colhidos nos dias 13 e 26 dos meses de Fevereiro e Agosto, de alguns anos a esta parte. Já tinha desesperado de que esses recortes fizessem algum sentido e pudessem servir a algum jornalista com gosto pelo «insólito», pelo outro lado do real fantástico. Afinal, precipitei-me em os atirar para o lixo...
A velocidade dos «acontecimentos» neste ano de 1999 (lido de pernas pró ar dá 666, que o Apocalipse ou livro da revelação diz ser o número da Besta...): os 72 dias de bombardeamentos monstruosos sobre a Jugoslávia não foram 666 nem foram em Agosto mas podiam ter sido, já que nunca um crepúsculo dos monstros e aurora dos deuses foi tão informativo.
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